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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Jubileu 2025: concessão da indulgência, tornar-se peregrinos de esperança

Abertura da Porta Santa durante o Jubileu da Misericórdia em 2015 (Vatican Media)

Leia na íntegra as normas para a concessão da indulgência em vista do Jubileu de 2025, publicadas hoje (13/05) pela Penitenciaria Apostólica do Vaticano. 

SOBRE A CONCESSÃO DA INDULGÊNCIA

DURANTE O JUBILEU ORDINÁRIO DO ANO 2025

PROCLAMADO POR SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO

“Agora chegou o momento dum novo Jubileu, em que se abre novamente de par em par a Porta Santa para oferecer a experiência viva do amor de Deus” (Spes non confundit, 6). Na bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, o Santo Padre, no momento histórico atual em que, “esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência” (Spes non confundit, 8), convida todos os cristãos a tornarem-se peregrinos de esperança. Esta é uma virtude a redescobrir nos sinais dos tempos, os quais, contendo “o anélito do coração humano, carecido da presença salvífica de Deus, pedem para ser transformados em sinais de esperança” (Spes non confundit, 7), que deverá ser obtida sobretudo na graça de Deus e na plenitude da Sua misericórdia.

Já na bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia de 2015, o Papa Francisco sublinhava o quanto a Indulgência adquiria, naquele contexto, “uma relevância particular” (Misericordiae vultus, 22), uma vez que a misericórdia de Deus “torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado” (ibid.). Do mesmo modo, hoje, o Santo Padre declara que o dom da Indulgência “permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era cambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites” (Spes non confundit, 23). A Indulgência é, pois, uma graça jubilar.

Também por ocasião do Jubileu Ordinário de 2025, portanto, por vontade do Sumo Pontífice, este “Tribunal de Misericórdia”, ao qual compete dispor tudo o que diz respeito à concessão e ao uso das Indulgências, pretende estimular os ânimos dos fiéis a desejar e alimentar o piedoso desejo de obter a Indulgência como dom de graça, próprio e peculiar de cada Ano Santo, e estabelece as seguintes prescrições, para que os fiéis possam usufruir das “disposições necessárias para poder obter e tornar efetiva a prática da Indulgência Jubilar” (Spes non confundit, 23).

Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência. Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 20, § 1) e movidos por um espírito de caridade, e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, poderão obter do tesouro da Igreja pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio:

I.- Nas sagradas peregrinações

Os fiéis, peregrinos de esperança, poderão obter a Indulgência Jubilar concedida pelo Santo Padre se empreenderem uma piedosa peregrinação:

a qualquer lugar sagrado do Jubileu: aí participando devotamente na Santa Missa (sempre que as normas litúrgicas o permitam, poderá recorrer-se especialmente à Missa própria para o Jubileu ou à Missa votiva: Pela reconciliação, Pelo perdão dos pecados, Para pedir a virtude da caridade e Para promover a concórdia); numa Missa ritual para conferir os sacramentos da iniciação cristã ou a Unção dos Enfermos; na celebração da Palavra de Deus; na Liturgia das Horas (Ofício de Leituras, Laudes, Vésperas); na Via-Sacra; no Rosário Mariano; no hino Akathistos; numa celebração penitencial, que termine com as confissões individuais dos penitentes, como está estabelecido no Rito da Penitência (forma II);

em Roma: a pelo menos uma das quatro Basílicas Papais Maiores: São Pedro no Vaticano, Santíssimo Salvador em Laterão, Santa Maria Maior, São Paulo fora de Muros;

na Terra Santa: a pelo menos uma das três basílicas: do Santo Sepulcro em Jerusalém, da Natividade em Belém, da Anunciação em Nazaré;

noutras circunscrições eclesiásticas: à igreja catedral ou a outras igrejas e lugares santos designados pelo Ordinário do lugar. Os Bispos terão em conta as necessidades dos fiéis, assim como a própria oportunidade de manter intacto o significado da peregrinação com toda a sua força simbólica, capaz de manifestar a necessidade ardente de conversão e reconciliação;

II.- Nas piedosas visitas aos lugares sagrados

Ademais, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, individualmente ou em grupo, visitarem devotamente qualquer lugar jubilar e aí dedicarem um côngruo período de tempo à adoração eucarística e à meditação, concluindo com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e invocações a Maria, Mãe de Deus, para que, neste Ano Santo, todos possam “experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos” (Spes non confundit, 24).

Na particular ocasião do Ano Jubilar, poderão visitar-se, para além dos supramencionados insignes lugares de peregrinação, estes outros lugares sagrados nas mesmas condições:

em Roma: a Basílica de Santa Cruz em Jerusalém, a Basílica de São Lourenço fora de Muros, a Basílica de São Sebastião (recomenda-se vivamente a devota visita conhecida como “das sete Igrejas”, tão cara a São Filipe Neri), o Santuário do Divino Amor, a Igreja do Espírito Santo em Sassia, a Igreja de São Paulo “alle Tre Fontane”, o lugar do Martírio do Apóstolo, as Catacumbas cristãs; as igrejas dos caminhos jubilares dedicadas ao Iter Europaeum e as igrejas dedicadas às Mulheres Padroeiras da Europa e Doutoras da Igreja (Basílica de Santa Maria sobre Minerva, Santa Brígida em Campo de' Fiori, Igreja Santa Maria da Vitória, Igreja de “Trinità dei Monti”, Basílica de Santa Cecília em Trastevere, Basílica de Santo Agostinho em Campo Marzio);

noutros lugares do mundo: as duas Basílicas Papais menores de Assis, de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos; as Basílicas Pontifícias de Nossa Senhora de Loreto, de Nossa Senhora de Pompeia, de Santo António de Pádua; qualquer Basílica menor, igreja catedral, igreja concatedral, santuário mariano, assim como, para o benefício dos fiéis, qualquer insigne igreja colegiada ou santuário designado por cada Bispo diocesano ou eparquial, bem como santuários nacionais ou internacionais, “lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança” (Spes non confundit, 24), indicados pelas Conferências Episcopais.

Os fiéis verdadeiramente arrependidos que não puderem participar nas celebrações solenes, nas peregrinações e nas piedosas visitas por motivos graves (como, primeiramente, todas as monjas e monges de clausura, os idosos, os doentes, os reclusos, assim como quantos, nos hospitais ou noutros lugares de assistência, prestam um serviço continuado aos doentes), receberão a Indulgência jubilar nas mesmas condições se, unidos em espírito aos fiéis presentes, sobretudo nos momentos em que as palavras do Sumo Pontífice ou dos Bispos diocesanos forem transmitidas através dos meios de comunicação, recitarem nas suas casas ou nos lugares onde o impedimento os reter (por exemplo, na capela do mosteiro, do hospital, do centro de assistência, da prisão...) o Pai-Nosso, a Profissão de Fé em qualquer forma legítima e outras orações em conformidade com as finalidades do Ano Santo, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida;

III.- Nas obras de misericórdia e de penitência

Além disso, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se, com ânimo devoto, participarem em Missões populares, em exercícios espirituais ou em encontros de formação sobre os textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, que se realizem numa igreja ou noutro lugar adequado, segundo a intenção do Santo Padre.

Apesar da norma segundo a qual se pode obter uma só Indulgência plenária por dia (cf. Enchiridion Indulgentiarum, IV ed., norm. 18, § 1), os fiéis que terão praticado o ato de caridade a favor das almas do Purgatório, se se aproximarem legitimamente do sacramento da Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, poderão obter duas vezes no mesmo dia a Indulgência plenária, aplicável apenas aos defuntos (entende-se no âmbito de uma celebração eucarística; cf. cân. 917 e Pontificia Commissione per l’interpretazione autentica del CIC, Responsa ad dubia, 1, 11 iul. 1984). Com esta dupla oblação, cumpre-se um louvável exercício de caridade sobrenatural, através daquele vínculo pelo qual estão unidos no Corpo místico de Cristo os fiéis que ainda peregrinam sobre a terra, juntamente com aqueles que já completaram o seu caminho, em virtude do facto de que “a Indulgência Jubilar, em virtude da oração, destina-se de modo particular a todos aqueles que nos precederam, para que obtenham plena misericórdia” (Spes non confundit, 22).

Mas, de modo particular, precisamente “no Ano Jubilar, seremos chamados a ser sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade” (Spes non confundit, 10): a Indulgência está, portanto, ligada também às obras de misericórdia e de penitência, com as quais se testemunha a conversão empreendida. Os fiéis, seguindo o exemplo e o mandato de Cristo, sejam encorajados a praticar mais frequentemente obras de caridade ou misericórdia, principalmente ao serviço daqueles irmãos que se encontram oprimidos por diversas necessidades. Mais concretamente, redescubram “as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos” (Misericordiae vultus, 15) e redescubram também “as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos” (ibid.).

Do mesmo modo, os fiéis poderão obter a Indulgência jubilar se se deslocarem para visitar por um côngruo período de tempo os irmãos que se encontrem em necessidade ou dificuldade (doentes, presos, idosos em solidão, pessoas com alguma deficiência...), quase fazendo uma peregrinação em direção a Cristo presente neles (cf. Mt 25, 34-36) e cumprindo as habituais condições espirituais, sacramentais e de oração. Os fiéis poderão, sem dúvida, repetir estas visitas no decurso do Ano Santo, adquirindo em cada uma delas a Indulgência plenária, mesmo quotidianamente.

A Indulgência plenária jubilar também poderá ser obtida mediante iniciativas que implementem de forma concreta e generosa o espírito penitencial, que é como que a alma do Jubileu, redescobrindo em particular o valor penitencial das sextas-feiras: abstendo-se, em espírito de penitência, durante pelo menos um dia, de distrações fúteis (reais mas também virtuais, induzidas, por exemplo, pelos meios de comunicação social e pelas redes sociais) e de consumos supérfluos (por exemplo, jejuando ou praticando a abstinência segundo as normas gerais da Igreja e as especificações dos Bispos), assim como devolvendo uma soma proporcional em dinheiro aos pobres; apoiando obras de caráter religioso ou social, especialmente em favor da defesa e da proteção da vida em todas as suas fases e da própria qualidade de vida, das crianças abandonadas, dos jovens em dificuldade, dos idosos necessitados ou sós, dos migrantes de vários Países “que deixam a sua terra à procura duma vida melhor para si próprios e suas famílias” (Spes non confundit, 13); dedicando uma parte proporcional do próprio tempo livre a atividades de voluntariado, que sejam de interesse para a comunidade, ou a outras formas semelhantes de empenho pessoal.

Todos os Bispos diocesanos ou eparquiais e aqueles que pelo direito lhes são equiparados, no dia mais oportuno deste tempo jubilar, por ocasião da celebração principal na catedral e nas igrejas jubilares individuais, poderão conceder a Bênção Papal com a Indulgência Plenária anexa, que pode ser obtida por todos os fiéis que receberem tal Bênção nas condições habituais.

Para que o acesso ao sacramento da Penitência e à consecução do perdão divino através do poder das Chaves seja pastoralmente facilitado, os Ordinários locais são convidados a conceder aos cónegos e aos sacerdotes que, nas Catedrais e nas Igrejas designadas para o Ano Santo, puderem ouvir as confissões dos fiéis, as faculdades limitadamente ao foro interno, como se indica, para os fiéis das Igrejas Orientais, no cân. 728, § 2 do CCIO, e, no caso de uma eventual reserva, o cân. 727, excluídos, como é evidente, os casos considerados no cân. 728, § 1; para os fiéis da Igreja latina, as faculdades indicadas no cân. 508, § 1 do CDC.

A este propósito, esta Penitenciaria exorta todos os sacerdotes a oferecer com generosa disponibilidade e dedicação a mais ampla possibilidade dos fiéis usufruírem dos meios da salvação, adotando e publicando horários para as confissões, de acordo com os párocos ou os reitores das igrejas vizinhas, estando presentes no confessionário, programando celebrações penitenciais de forma fixa e frequente, oferecendo também a mais ampla disponibilidade de sacerdotes que, por terem atingido limite de idade, não tenham encargos pastorais definidos. Dependendo das possibilidades, recorde-se ainda, segundo o Motu Proprio Misericordia Dei, a oportunidade pastoral de ouvir as Confissões também durante a celebração da Santa Missa.

Para facilitar a tarefa dos confessores, a Penitenciaria Apostólica, por mandato do Santo Padre, dispõe que os sacerdotes que acompanhem ou se unam a peregrinações jubilares fora da própria Diocese possam valer-se das mesmas faculdades que lhes foram concedidas na sua própria Diocese pela autoridade legítima. Faculdades especiais serão depois concedidas por esta Penitenciaria Apostólica aos penitenciários das basílicas papais romanas, aos cónegos penitenciários ou aos penitenciários diocesanos instituídos em cada uma das circunscrições eclesiásticas.

Os confessores, depois de terem amorosamente instruído os fiéis acerca da gravidade dos pecados aos quais estiver anexada uma reserva ou uma censura, determinarão, com caridade pastoral, penitências sacramentais apropriadas, de modo a conduzi-los o mais possível a um arrependimento estável e, segundo a natureza dos casos, a convidá-los à reparação de eventuais escândalos e danos.

Enfim, a Penitenciaria convida fervorosamente os Bispos, enquanto detentores do tríplice múnus de ensinar, guiar e santificar, a ter o cuidado de explicar claramente as disposições e os princípios aqui propostos para a santificação dos fiéis, tendo em conta de modo particular as circunstâncias de lugar, cultura e tradições. Uma catequese adequada às características socioculturais de cada povo poderá propor de forma eficaz o Evangelho e a integridade da mensagem cristã, enraizando mais profundamente nos corações o desejo deste dom único, obtido em virtude da mediação da Igreja.

O presente Decreto tem validade para todo o Jubileu Ordinário de 2025, não obstante qualquer disposição contrária.

Dado em Roma, da sede da Penitenciaria Apostólica, 13 de maio de 2024, Memória da Beata Virgem Maria de Fátima.

Angelo Card. De Donatis

Penitenciário-Mor

S.E. Dom Krzysztof Nykiel

Regente

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima (Arautos do Evangelho))

Nossa Senhora de Fátima, as aparições que mudaram a história – 13 de Maio

Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Seu semblante era de uma inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura…

As aparições de Fátima

13 de maio de 1917. Lúcia de Jesus, 10 anos, Francisco Marto, 9 anos e Jacinta Marto, 7 anos, após a Missa na igreja de Aljustrel, lugarejo de Fátima, foram pastorear o rebanho de ovelhas nas terras do pai de Lúcia, na Cova da Iria.

Após um como que clarão de relâmpago, num céu luminoso e sereno, sobre uma carrasqueira de metro e pouco de altura apareceu-lhes a Mãe de Deus.

Nossa Senhora de Fátima (Arautos do Evangelho))

Segundo as descrições da Irmã Lúcia, era “uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”. Seu semblante era de uma inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. Como descrever em pormenores seus traços? De que cor os olhos, os cabelos dessa figura celestial? Lúcia nunca o soube dizer ao certo!

O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de luz. Tinha as mangas relativamente estreitas e era fechado no pescoço, descendo até os pés, os quais, envolvidos por uma tênue nuvem, mal eram vistos roçando as franças da azinheira. Um manto lhe cobria a cabeça, também branco e orlado de ouro, do mesmo comprimento que o vestido, envolvendo-lhe quase todo o corpo. “As mãos, trazia-as juntas em oração, apoiadas no peito, e da direita pendia um lindo rosário de contas brilhantes como pérolas, terminando por uma cruzinha de vivíssima luz prateada. [Como] único adereço, um fino colar de ouro-luz, pendente sobre o peito, e rematado, quase à cintura, por uma pequena esfera do mesmo metal”

Nesta primeira aparição, Nossa Senhora pede aos 3 pastorinhos que venham seis meses seguidos, no dia 13, à mesma hora. E diz que ainda viria uma sétima vez.

“Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de suplica pela conversão dos pecadores?

À resposta afirmativa das crianças, Ela acrescentou: “Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto”.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (‘a graça de Deus…’, etc.), que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que nos penetrava no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente do que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo, também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: ‘Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento’.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou: ‘Rezem o Terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra’.

E Nossa Senhora se elevou serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer no Céu.

A celeste Mensageira havia produzido nas crianças uma deliciosa impressão de paz e de alegria radiante, de leveza e liberdade. Parecia-lhes que poderiam voar como os pássaros. De tempos em tempos, o silêncio em que tinham caído era cortado por esta jubilosa exclamação de Jacinta:

– Ai! que Senhora tão bonita! Ai! que Senhora tão bonita!

Nas aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia, Jacinta só ouvia o que Ela dizia e Francisco não A ouvia mas apenas via.

A segunda aparição: 13 de junho

Já com a presença de 50 pessoas na Cova da Iria, os 3 pastorinhos viram de novo o reflexo da luz (a que chamavam relâmpago) que se aproximou da carrasqueira. Nossa Senhora queria que voltassem no próximo dia 13, que rezassem o Terço todos os dias e aprendessem a ler.

Lúcia pede para que Ela os leve para o Céu. “Sim, à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono”.

A Virgem anima Lúcia, dizendo que nunca a deixará. “O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.”

De novo, abriu as mãos e lhes comunicou o reflexo de intensa luz, como que submergindo-os em Deus. E na palma da mão direita de Maria estava um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade, querendo reparação! Aos poucos essa visão se esvaeceu diante das vistas enlevadas dos três pastorinhos.

E Nossa Senhora, resplandescente de luz, subiu suavemente para o leste, até desaparecer.

https://youtu.be/NwbREC3-luA

Terceira aparição: 13 de julho

Lúcia, até a tarde do dia anterior, estava resolvida a não comparecer à Cova da Iria. Mas, ao se aproximar a hora, numa sexta-feira, sentiu-se impelida por uma força estranha, à qual não lhe era fácil resistir. Foi ter com os primos, aos quais encontrou no quarto, de joelhos, chorando e rezando pois não queriam ir sem Lúcia. As três crianças, então, se puseram a caminho.

Chegando ao local da aparições, surpreenderam-se com mais de 2 mil pessoas aguardando o extraordinário acontecimento. O pai de Francisco e Jacinta, Sr. Marto, narrou ter visto uma nuvenzinha acinzentada pairar sobre a azinheira, enquanto o sol se turvava e fresca aragem soprava…

“Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”.

E Lúcia revela que Nossa Senhora pediu para eles se sacrificarem pelos pecadores e dizerem muitas vezes, em especial sempre que fizerem algum sacrifício:

“Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”.

Maria Santíssima revela, então, aos 3 pastorinhos a primeira parte do segredo de Fátima: a visão do inferno; a segunda parte do segredo: o anúncio do Castigo e dos meios para evitá-lo. A terceira parte do segredo permaneceu desconhecida até 26 de junho de 2000. Nesta data, foi ela divulgada por determinação de S.S. o Papa João Paulo II.

Nossa Senhora, então, elevou-se em direção ao nascente, até desaparecer no firmamento. O final da aparição, segundo Sr. Marto, foi indicado por uma espécie de trovão.

Os três pastorinhos (Arautos do Evangelho)

Quarta aparição: 15 de agosto

Às vésperas da data, os 3 pastorinhos foram sequestrados e mantidos por 3 dias sob vigilância pelo Administrador de Ourém, que lhes desejava arrancar os segredos a eles confiados. Assim, não puderam comparecer à Cova da Iria, no dia 13 de agosto. Alguns dos presentes, no local, testemunharam ter ocorrido o trovão, o relâmpago e o surgimento da pequena nuvem, leve, branca e bonita, pairando sobre a azinheira. E que, depois, subiu e desapareceu no céu.

Libertos e estando, em 15 de agosto, a pastorear em Valinhos, Lúcia e Jacinto sentiram algo sobrenatural que os envolvia… E mandaram que João, irmão de Jacinta, fosse chamá-la. Lúcia e Francisco viram o reflexo da luz como um relâmpago e, chegada a Jacinta, logo, Nossa Senhora apareceu sobre a carrasqueira. Ela queria que viessem no próximo dia 13 e que rezassem o Terço todos os dias.

“No último mês farei o milagre para que todos acreditem.” prometeu a Virgem.

Mandou que fossem feitos dois andores para a festa de Nossa Senhora do Rosário com o dinheiro deixado pelo povo na Cova da Iria. O restante seria usado para ajudar na capela que mandariam fazer. E, tomando um aspecto mais triste, acrescentou:

“Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”. – E Nossa Senhora se retira em direção ao nascente, como das outras vezes. Durante longos minutos os pastorinhos permaneceram em estado de êxtase. Sentiam-se invadidos por uma alegria inigualável, após tantos sofrimentos e temores.

https://youtu.be/6yOm5P-o7oM

Quinta aparição: 13 de setembro

Nesse dia, 15 a 20 mil pessoas, e talvez mais, acorreram à Cova da Iria. Todos queriam ver, falar e fazer pedidos às crianças para que apresentassem à Virgem. Junto à carrasqueira, começaram a rezar o Terço com o povo, até que num reflexo de luz Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira.

“Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda [cilício], trazei-a só durante o dia”.

Segundo o testemunho de alguns espectadores, por ocasião dessa visita de Nossa Senhora, como das outras vezes, ocorreram diversos fenômenos atmosféricos. Observaram “à distância aparente de um metro do sol, um globo luminoso, que em breve começou a descer em direção ao poente e, da linha do horizonte, voltou a subir de novo em direção ao sol”. Além disso, a atmosfera tomou uma cor amarelada, verificando-se uma diminuição da luz solar, tão grande que permitia ver a lua e as estrelas; uma nuvenzinha branca, visível até o extremo da Cova, envolvia a azinheira e com ela os videntes. Do céu choviam como que pétalas de rosas ou flocos de neve, que se desfaziam pouco acima das cabeças dos peregrinos, sem deixar-se tocar ou colher por ninguém”.

Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco, de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a perspectiva de ver, dali a um mês, Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme lhes prometera a Rainha do Céu e da Terra.

https://youtu.be/1ivM32HXgPo

Sexta e última aparição: 13 de outubro de 1917

Já era o outono. Uma chuva persistente e forte transformara a Cova da Iria num lamaçal e encharcava a multidão de 50 a 70 mil peregrinos, vindos de todos os cantos de Portugal. Assim que chegaram os videntes, Lúcia pediu que fechassem os guarda-chuvas para rezarem o Terço. E, pouco depois, houve o reflexo de luz e Nossa Senhora apareceu sobre a carrasqueira.

“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.”

Ao pedido de cura para uns doentes e conversão para alguns pecadores, Nossa Senhora respondeu:

“Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”.

E tomando um aspecto triste, Ela acrescentou:

“Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido”.

E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol.

Crédito: Arautos do Evangelho

Visões de cenas simbolizando os Mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos do Rosário

Chovera durante toda a aparição. Lúcia, no término de seu colóquio com Nossa Senhora, gritara para o povo: “Olhem para o sol!” Rasgam-se as nuvens, e o sol aparece como um imenso disco de prata. Apesar de seu intenso brilho, pode ser olhado diretamente sem ferir a vista. As pessoas o contemplam absortas quando, de súbito, o astro se põe a “bailar”. Gira rapidamente como uma gigantesca roda de fogo. Pára de repente, para dentro em pouco recomeçar o giro sobre si mesmo numa espantosa velocidade. Finalmente, num turbilhão vertiginoso, seus bordos adquirem uma cor escarlate, espargindo chamas vermelhas em todas as direções. Esses fachos refletem-se no solo, nas árvores, nos arbustos, nas faces voltadas para o céu, reluzindo com todas as cores do arco-íris. O disco de fogo rodopia loucamente três vezes, com cores cada vez mais intensas, treme espantosamente e, descrevendo um ziguezague descomunal, precipita-se em direção à multidão aterrorizada. Um único e imenso grito escapa de todas as bocas. Todos caem de joelhos na lama e pensam que vão ser consumidos pelo fogo. Muitos rezam em voz alta o ato de contrição. Pouco a pouco, o sol começa a se elevar traçando o mesmo ziguezague, até o ponto do horizonte de onde havia descido. Torna-se então impossível fitá-lo. É novamente o sol normal de todos os dias. O ciclo das visões de Fátima estava encerrado.

Os prodígios haviam durado cerca de 10 minutos. Todos se entreolhavam perturbados. Depois, a alegria explodiu: “O milagre! As crianças tinham razão!” Os gritos de entusiasmo ecoavam pelas colinas adjacentes, e muitos notavam que sua roupa, encharcada alguns minutos antes, estava completamente seca.

O milagre do sol pôde ser observado a uma distância de até 40 quilômetros do local das aparições.

A promessa da sétima vinda de Nossa Senhora

Em sua primeira aparição, a Santíssima Virgem pediu aos 3 pastorinhos que viessem à Cova da Iria seis meses seguidos. E acrescentou: “Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez”.

Seguiram-se as seis aparições, segundo o relato da Irmã Lúcia, pairando o mistério sobre a sétima aparição…

Estará, esta, ligada à promessa do triunfo de Seu Imaculado Coração? Esse triunfo, sem dúvida, configura uma suprema e altíssima esperança para os dias de hoje! Fátima, queiramos ou não, tornou-se com a promessa “Por fim meu Imaculado Coração triunfará” o ponto de referência essencial, indispensável, para nossa vida e para o mundo contemporâneo.

Fátima, inegavelmente, é a aurora do terceiro milênio!

Fonte: Arautos do Evangelho

https://templariodemaria.com/santo-do-dia-13-de-maio-nossa-senhora-de-fatima/

https://templariodemaria.com/

Santo André Humberto Fournet

Santo André Humberto Fournet (A12)
13 de maio
Santo André Humberto Fournet

André Humberto Fournet, nasceu em uma família de dez filhos, em 6 de dezembro de 1752, em Saint Pierre de Maillé, na França. Ele era uma criança muito inquieta, que preferia brincar a estudar. Na juventude, gostava da vida fácil, com regalias, das festas e diversões.

Ao ver a vida sem sentido que o filho estava levando, seus pais o mandaram morar com seu tio que era pároco de Haims. Depois de algum tempo, o menino decidiu se tornar sacerdote.

Em 1776, ordenou-se em Poitiers, foi nomeado Vigário de Haims e depois pároco de São Pedro em Maillé.

Embora tenha sido ordenado sacerdote, o Padre André continuava apegado às comodidades, via o sacerdócio como uma profissão, não como uma missão.

Um encontro mudou o rumo da sua vida. Depois de uma conversa com um mendigo que lhe fez repensar em tudo o que havia vivido até aquele momento, o Padre André sentiu-se incomodado, vendeu tudo o que tinha e distribuiu aos pobres. Passou a viver com mais simplicidade e humildade.

Começou a viver com austeridade, dedicando-se à oração, ao jejum e à penitência. Seus sermões tocavam o coração das pessoas, eram simples e compreensíveis. Em 1791, durante o período da Revolução, recusou-se assinar a Constituição Civil do Clero e foi expulso da França, refugiando-se na Espanha.

Em 1797, retornou para a França na clandestinidade, e se manteve escondido celebrando os sacramentos para os fiéis. Quando a paz voltou à França, e à Igreja, o Padre André voltou à sua paróquia e trabalhou refazendo tudo o que havia sido destruído, recebendo o título de “Bom Padre”, pelo exemplo de sua santidade.

Trabalhou junto com Elisabetta Bichier, na educação cristã de meninas, especialmente as mais pobres, foi aí que nasceu a Congregação das Filhas da Cruz. Em 1820, Padre André, mudou-se para La Puye onde foi estabelecida a nova sede da Congregação.

Suas pregações eram feitas baseadas na humildade, no desprendimento de prazeres, no mistério de Jesus Crucificado e nas virtudes evangélicas da pobreza.

Padre André era admirado por sua imensa devoção à Santíssima Trindade e à Cruz, num espírito de penitência e zelo apostólico ilimitado.

Faleceu em maio de 1834, em La Puye. Foi beatificado por Pio XI em 1926 e canonizado 1933, também pelo Papa Pio XI.

Colaboração: Nathália Queiroz de Carvalho Lima

Reflexão:

Santo André encontrou Cristo no pobre que lhe pedia esmola, deixou-se tocar por este encontro e passou por uma profunda conversão. Deixou todos os apegos e comodismos vazios para se dedicar ao que verdadeiramente importa, conhecer e amar a Deus através da oração e fazê-lo conhecido através da sua pregação. Uma vida de oração e serviço. Que o exemplo de Santo André nos ensine que para ter uma vida plena e feliz é preciso desapegar de tudo o que nos impede de seguir a Cristo e amar os irmãos.

Oração:

Glorioso Santo André Humberto Fournet, hoje eu te escolho como meu padroeiro especial: sustenta-me na Esperança, confirma-me fortalece-me na Virtude. Ajude-me em minha luta espiritual, obtenha de Deus todas as graças que me são mais necessárias e os méritos para alcançar contigo a Glória Eterna...


Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 12 de maio de 2024

Reflexão para a Solenidade da Ascensão do Senhor (B)

Evangelho do domingo | Vatican News

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Esta comemoração não tem um caráter cronológico, mas teológico-catequético.

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, quis afirmar que Jesus, o crucificado, ressuscitou e foi acolhido por Deus. Os dois anjos com vestes brancas são os mesmos que apareceram no dia de Páscoa, relatado em seu Evangelho.

O mesmo Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome, escreveu nesse seu outro livro uma cena muito mais simples – Jesus se elevou aos céus perante seus discípulos.

O céu, entendido a partir do Evangelho de Jesus, não é o além das estrelas e das nuvens. Isso seria um céu materializado, continuação do nosso mundo. Céu é a comunhão plena com o Pai, a sintonização absoluta com sua santíssima vontade e a vivência radical da caridade, do amor, a plenitude do amor fraterno, em total ágape e comunicação com a Trindade.

Jesus subiu ao céu no mesmo instante de sua morte, mas os discípulos só foram compreendendo isso aos poucos, a partir do terceiro dia.

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar. Principalmente porque ele nos ama e quem ama deseja ficar ao lado do ser amado.

Jesus está presente no mundo, no meio dos homens quando o testemunhamos, quando somos fiéis aos seus ensinamentos e praticamos a justiça, o amor e o perdão.

Sua obra de redenção continua no mundo, através da ação da Igreja, através de nossa ação de batizados. Somos os continuadores de sua missão redentora. Ele investe todos nós nessa missão ao dizer: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!”.

Ascensão não é despedida, afastamento de Jesus, mas outro modo de Ele estar presente ao nosso lado através de sinais. Por isso ele acrescenta: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

E os sinais serão nossa prática de caridade fraterna, nossa ida aos marginalizados, aos sofredores, nossa vida alicerçada nos valores do Reino e não nos contravalores de uma sociedade materialista e consumista.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Fórum Social Católico Permanente de 2024

Fórum Social Católico Permanente de 2024 | arqbrasilia

Arquidiocese de Brasília promove I Fórum Social Católico Permanente de 2024

Neste primeiro semestre de 2024, a Arquidiocese de Brasília propõe o debate sobre a situação da Saúde no Distrito Federal, mediante a participação ativa dos membros das comunidades. O Fórum Social Católico Permanente foi criado pela Arquidiocese de Brasília, sob a coordenação do Vigário-Geral, padre Eduardo Peters, e conta com o apoio da Frente Parlamentar Católica da Câmara Legislativa do Distrito Federal, presidida pelo Deputado Distrital João Cardoso.

  • maio 8, 2024

O primeiro Fórum Social Católico Permanente de 2024 foi realizado no dia 26 de abril, na Paróquia São José de Anchieta, localizada no Paranoá, Vicariato Centro, e teve como tema central a Saúde no DF.

“A saúde precisa ser entendida de maneira geral. São necessárias estruturas de atendimento e prevenção. O Estado tem a responsabilidade de evitar epidemias, mas nós também precisamos fazer a nossa parte para ajudar”, salienta padre Eduardo Peters, Vigário-Geral da Arquidiocese de Brasília. 

No ano passado, o tema abordado pelo Fórum foi a Educação. Os assuntos centrais dos encontros têm a proposta de promover um diálogo com a sociedade, no contexto da religião e das medidas que podem ser adotadas pelo poder público.

“Todos devemos fazer a nossa parte. No ano passado, nós ouvimos as opiniões de pais, professores e diretores e, a partir disso, fizemos alguns encaminhamentos junto aos órgãos de ensino. Finalizamos com uma Audiência Pública na CLDF sobre o papel das comunidades cristãs na educação, o que foi muito proveitoso”, explica o Vigário-Geral.

Os primeiros frutos dos encontros realizados no ano passado foram apresentados pelo Presidente da Frente Parlamentar Católica, Deputado João Cardoso, destacando os dados sobre os investimentos nas escolas do Distrito Federal, a partir de emendas parlamentares. De acordo com o levantamento, mais de R$ 40 milhões foram alocados pelo mandato para atender cerca de 300 unidades de ensino, mostrando como o Fórum Social Católico Permanente pode colaborar nas demandas de interesse social.

Durante o I Fórum deste ano, os presentes conversaram sobre ansiedade, depressão e síndrome do pânico, doenças que estão cada vez mais presentes na sociedade e comprometem a qualidade de vida da população. 

“É preciso atenção especial em relação a essas doenças que acometem profissionais de várias áreas. Aumentaram os casos entre professores, policiais e, inclusive, entre os líderes religiosos. Os casos de suicídio também cresceram” finaliza o parlamentar.

A coordenação do Fórum Social Católico Permanente já informou as datas das próximas reuniões, confira:

Vicariato Norte

Data: 31 de maio de 2024
Horário: 19h30
Local: Paróquia Divino Espírito Santo (Planaltina)

Vicariato Sul

Data: 28 de junho de 2024
Horário: 19h30
Local: Paróquia Imaculado Coração de Maria (Taguatinga Sul)

Vicariato Leste

Data: 05 de julho de 2024
Horário: 19h30
Local: Paróquia Nossa Senhora das Dores (Samambaia)

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Mães: mestras da sabedoria do coração e da ternura

Mãe e filho | Vatican News

Que Maria Santíssima proteja, ilumine e fortaleça sempre as nossas mães para que nunca nos falte seu regaço, sua palavra e sua benção.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos dos Goytacazes (RJ)

Num mundo muitas vezes opaco e frio onde parece despontar como sinal de eficácia e de alta resolução de problemas e desafios a Inteligência Artificial, parece-nos importante ao comemorarmos o dia das mães, lembrá-las como fonte inspiradora da Inteligência Espiritual e Emocional sem as quais não nos tornamos humanos.

O Educador Augusto Cury adverte-nos do risco da intoxicação digital, criador de novas adições e dependências, da condição de mendigos e analfabetos emocionais e de reféns da exposição midiática. Falta-nos reaprender a vida afetiva, o lado direito do cérebro, a capacidade sentipensante (conhecimento compassivo e amoroso) de gerenciar relacionamentos saudáveis, equilibrados e fraternos.

Por isso a proximidade e presença de mães que nos acompanhem nesta mentoria da sabedoria do coração, que Pascal chamava espírito de fineza, de empatia e de acolhida das pessoas, é cada vez mais necessária. Hoje sabemos de tudo e de nada, somos como banco de dados supercarregados, que sabemos o preço e talvez a utilidade das coisas; mas não seu verdadeiro valor e sentido.

Nossas conversas são apenas solilóquios isto é exposição muitas vezes narcísica de como vivemos. Torna-se urgente e primordial a educação e formação de nossos sentimentos, da capacidade de olhar e respeitar a alteridade, de sermos iniciados na aventura fascinante da amizade, da partilha, da compaixão.

E se há alguém que pode nos ajudar a desenvolver esta vida interior que desabrochará numa vida social aberta ao dom e a reciprocidade de amar, são as mães. Elas como sinal vivo da misericórdia e ternura divinas, nos amam por primeiro, ou como diz o Papa Francisco nos “ primeireiam” no afeto, na doação de si, no sacrifício generoso apresentando-nos a alegria de viver e conviver servindo e entregando-se sem reservas a seus filhos/as.

No seu colo e amparo percebemos que somos amados pelo que somos, não pela nossa inteligência, produção ou habilidades, que somos dons preciosos para elas e para os outros, e que existem coisas como o amor de uma mãe que o dinheiro nunca poderá comprar. Que Maria Santíssima proteja, ilumine e fortaleça sempre as nossas mães para que nunca nos falte seu regaço, sua palavra e sua benção. Deus seja louvado!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Hoje é dia da beata Joana de Portugal

Beata Joana de Portugal | Agência Ecclesia
12 de maio
Beata Joana de Portugal

A beata Joana de Portugal, celebrada hoje (12) pela Igreja, era filha do rei dom Afonso V. Recebeu uma formação cristã e desde jovem sentia o chamado a seguir a vida religiosa. Por isso, rejeitou todos os pretendentes a casamento para se tornar esposa de Cristo, recolhida em um convento dominicano. Após sua morte, sua fama de santidade logo se espalhou e ela é chamada até hoje de Santa Joana Princesa.

Joana nasceu em 6 de fevereiro de 1452, em Lisboa. Era a filha mais velha do rei dom Afonso V e de dona Isabel de Avis e irmã do futuro rei de Portugal, dom João II. Seus pais lhe deram o nome de Joana por causa da grande devoção da rainha por são João Evangelista. Aos quatro anos, Joana ficou órfã de mãe.

Desde pequena, buscava praticar as virtudes, demonstrando forte inclinação religiosa. Dedicava-se à caridade em favor dos pobres. Cultivava uma profunda piedade e vida interior e tinha grande devoção à paixão de Cristo. Usava cilício por baixo de seus trajes reais para se mortificar, jejuava muitas vezes a pão e água, especialmente na Sexta-feira Santa. À noite, meditava a Paixão e morte de Jesus. Quando seu pai lhe perguntou qual brasão desejava colocar em seu escudo, respondeu: “a santa coroa de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Joana recebeu alguns pedidos de casamento, os quais recusou. Entre seus pretendentes estavam o delfim da França, Maximiliano da Áustria e o rei Carlos III da Inglaterra.

Aos 19 anos, Joana convenceu seu pai a deixá-la entrar para um convento. Após o retorno vitorioso de dom Afonso da conquista de Arzila e Tânger, no Marrocos, a princesa aproveitou a ocasião para convencer o pai a oferecer sua única filha a Deus como agradecimento. O rei então, consentiu que ela ingressasse no Mosteiro de Odivelas.

Mas, Joana desejava uma disciplina mais austera. Entrou no Mosteiro de Jesus, em Aveiro e vestiu o hábito dominicano de noviça em 1972.

Por causa de sua saúde frágil e também por ser potencial herdeira do trono, Joana não pôde professar os votos definitivos. Permaneceu no mosteiro como dominicana secular, obedecendo a todas as regras com rigor e dedicando-se aos serviços mais humildes.

Joana morreu em 12 de maio de 1490, aos 38 anos. Foi sepultada no coro de baixo da capela do mosteiro de Jesus, onde suas relíquias estão guardadas.

Foi beatificada pelo papa Inocêncio XII e 1693. Mais tarde, em 1965, o papa são Paulo VI a proclamou padroeira da cidade e da diocese de Aveiro.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Santo Inácio de Láconi

Santo Inácio de Láconi (A12)
11 de maio
Santo Inácio de Láconi

Francisco Inácio Vincenzo Peis nasceu em 17 de novembro de 1701, na cidade de Láconi, era de família pobre, mas rica em virtudes humanas e cristãs.

Desde pequeno possuía dons especiais e um forte carisma. Ainda adolescente praticava severas penitências e rigorosos jejuns, mantendo seu espírito sereno e alegre, em estreita comunhão com Cristo. Ele não foi à escola e nunca aprendeu a ler, mas ia à missa diária e era coroinha.

Quando tinha 18 anos ficou gravemente doente, e fez uma promessa de seguir os passos de São Francisco de Assis caso fosse curado, mas não a cumpriu. Dois anos depois o seu cavalo correu em direção a um precipício, mas parou repentinamente e Vicenzo foi salvo pela segunda vez e resolveu cumprir a promessa de se dedicar aos doentes e pobres, como São Francisco.

Foi para o Convento Capuchinho do Bom Caminho em Cagliari, para viver entre os frades, mas não foi aceito por causa de sua saúde frágil. Depois de muitas tentativas, foi aceito pelos capuchinhos em 10 de novembro de 1721.

Passou por muitos conventos até se estabelecer finalmente no Convento do Bom Caminho em Cagliari, onde era encarregado da portaria, função que desempenhou até a morte.

Tinha o verdadeiro espírito franciscano: exemplo vivo da pobreza, entretanto, de absoluta disponibilidade aos pobres, aos desamparados, aos doentes físicos e aos doentes espirituais, ou seja, aos pecadores, muitos dos quais conseguiu recolocar no caminho cristão.

Nos últimos cinco anos de sua vida, Inácio ficou completamente cego. Mesmo assim continuou cumprindo com rigor a vida comum com todos os regulamentos do convento. Morreu no dia 11 de maio de 1781. Depois da morte a fama de sua santidade se fortaleceu com a relação dos milagres alcançados pela sua intercessão.

Frei Inácio de Láconi foi beatificado pelo Papa Pio XII em 1940 e depois canonizado por este mesmo Papa em 1951. O dia designado para sua celebração litúrgica foi o de sua morte: 11 de maio.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR e Nathália Queiroz de Carvalho Lima

Reflexão:

Santo Inácio nunca aprendeu a escrever, não tinha estudo nem grandes conhecimentos, viveu uma vida simples, humilde, sem grandes feitos, mas na sua pequenez se tornou grande em Cristo, grande no amor. Um homem comum que se fez santo na vida cotidiana. Aprendamos a valorizar a simplicidade daqueles que reconhecendo-se humildades transparecem o amor e a bondade de Deus pelos homens.

Oração:

Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Láconi, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!


Fonte: https://www.a12.com/

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Espiritualidade é relação

Espiritualidade (Inscer/PUCRS)

ESPIRITUALIDADE É RELAÇÃO

Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo Metropolitano de Santa Maria

Espiritualidade é fundamentalmente movimento e relação. Ela precisa integrar as alegrias, sonhos, desejos e anseios, mas igualmente deve acolher e ressignificar dores, perdas e frustrações de cada pessoa. Uma espiritualidade autêntica não fecha ninguém em seu mundo. Ela está sempre aberta à relação, no encontro com Deus que não é algo privado e secreto, mas sempre compartilhado e narrado aos irmãos. Não se separa a relação com o divino e o humano.

A espiritualidade é o lugar do reencontro do eu e da própria identidade, é o lugar onde Deus se deixa conhecer, onde o eterno e o inefável se revela e se aproxima do ser humano. Ela depende muito de uma experiência de Deus. Trata-se de passar do plano do conhecimento de Deus para a experiência de encontro com o divino. Não se trata, portanto, apenas de uma iniciativa humana que busca simplesmente uma sensação agradável no âmbito psíquico ou físico. Nesse caso seria uma experiência religiosa e não espiritual.

Na Bíblia, a categoria “experiência de Deus” não existe. Na verdade, a Sagrada Escritura vai em outra direção, até oposta: é Deus que faz a experiência do ser humano. Portanto, é sempre Deus que escolhe caminhos que nem sempre agradam ao ser humano para revelar-se. Recorde-se o exemplo de Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Isaias e Jeremias. Suas histórias são marcadas por desventuras ou cicatrizes do encontro com Deus.

A categoria “experiência de Deus”, que tem como sujeito o humano que busca o divino, é moderna. Quem a criou foi o ser humano desejoso de ser peregrino do divino, mas sempre, porém tentado pela presunção de conquistar e aprisionar o eterno nas circunstâncias do tempo e nos limites do pensamento humano. Pretende tornar o sagrado tão próximo para torná-lo familiar e seguro a ponto de exigir que o divino atenda os pedidos do ser humano. Nessa concepção, Deus é acolhido como uma presença ocasional e extraordinária, algo dramaticamente ambivalente, porque está totalmente confiado aos critérios subjetivos de cada indivíduo.

A segunda categoria, entretanto, “Deus que faz a experiência do humano” é autenticamente bíblica, porque é a exata expressão da vontade salvífica de Deus narrada na Escritura. Deus aparece em busca do humano. Como o procura, ou como e onde Deus faz a experiência do humano? Primeiro, se tudo depende de Deus, a experiência não pode ser algo de ocasional e extraordinário.

Deus está presente na vida humana em todo momento da existência, em todas as circunstâncias, em todas as idades e estações existenciais, por meio de qualquer pessoa ou mediação humana, na boa e na má sorte, na precariedade e contradição da vida, em todo caso, aquele que é perfeito suporta a imperfeição da mediação e, portanto, pode se servir de cada fragmento e situação existencial para satisfazer o seu constante desejo: ir ao encontro do humano para revelar-lhe a sua ternura.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF