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domingo, 2 de junho de 2024

Reflexão para o IX Domingo do Tempo Comum (B)

Evangelho do domingo (Vatican News)

“Guardar e santificar o Domingo, dia do Senhor, dia de descanso, de festa e de alegria comunitária e familiar”.

Vatican News

Na Liturgia deste IX Domingo do Tempo Comum, vemos, na primeira leitura, que o autor bíblico do Deuteronômio focaliza o terceiro mandamento da lei do Senhor, que fala do dia de sábado, como proibição de explorar o trabalho do irmão, tornando-o escravo.

Todo homem tem direito ao dia de descanso para se retomar suas forças e tomar consciência da sua vida. Este mandamento leva as pessoas a reconhecer que dependem do Criador e que o trabalho humano é relativo.

Nós, cristãos, celebramos o domingo porque, neste dia, Jesus venceu a morte para a nossa salvação.

Na segunda leitura, o apóstolo Paulo acentua os grandes contrastes entre a missão e os instrumentos escolhidos por Deus para realizá-la. Na fraqueza, na tribulação, na perseguição e no martírio, o cristão anuncia o mistério da morte de Cristo e, ao mesmo tempo, anuncia que a força de Deus e a vida de Cristo agem nele. A cruz de Cristo manifesta seu mistério de loucura e sabedoria, não só como recordação histórica, mas na vida do cristão.

No Evangelho, São Marcos diz que, para os fariseus, os discípulos de Jesus cometeram duas infrações: apropriaram-se do que não lhes pertencia e o fizeram em dia de sábado.

Então, Jesus recorre às Escrituras e a um maior esclarecimento do sentido do sábado, mostrando que, diante da fome, tudo se torna secundário.

A vida humana está acima de qualquer lei ou estrutura. Jesus reage com indignação e tristeza diante dos que resistem ao seu ensinamento e à sua prática. Por isso, mostra até onde vai a exigência de a lei do sábado estar a serviço da vida.

Por outro lado, ao colocar o doente ao centro e curá-lo, Ele indica, mais uma vez, sua opção pelos desprezados.

Hoje, nós cristãos, celebramos o Dia do Senhor no domingo, o dia em que Cristo venceu todas as forças do mal e ressuscitou. Por isso, os primeiros cristãos mudaram o sagrado costume judaico de santificar o dia de sábado.

A santificação do sétimo dia, para o povo judeu, prescrita no Antigo Testamento, passou, por disposição dos Apóstolos, a ser praticada no primeiro dia da semana, o domingo, dia santificado dos cristãos.

Ao longo de vinte séculos de história, a Igreja Católica, juntamente com as outras igrejas cristãs, sempre reconheceu o sentido sagrado deste dia, vendo nele a Páscoa da semana, que torna presente a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.

Domingo é dia do Senhor, que nos quer todos reunidos para participar da Eucaristia, ouvir sua Palavra e celebrar a ação de graças. É o dia em que as famílias e as comunidades se encontram, para reforçar os laços de comunhão e amizade. É o dia em que o ser humano se revigora em suas forças físicas e espirituais. É dia de descanso, um direito que é expressão de justiça social, que possibilita a convivência com a família e com a comunidade.

O domingo, enfim, é o dia da vida, da festa, da alegria; não é apenas um feriado, mas um dia santificado: “Guardar e santificar o dia do Senhor”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A violação da dignidade humana

Violações à dignidade Humana (SSVP Global)

A VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA

Dom Leomar Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Quando, em março passado, o Dicastério da Doutrina da Fé publicou a Declaração Dignitas Infinita, refletindo sobre a dignidade humana, alertou-se sobre a redução desse conceito com sérias consequências práticas. Especialmente quem pleiteia novos direitos que contrastam com o direito fundamental à vida. O que se pretende é garantir os direitos individuais e a satisfação de desejos subjetivos. Nesses casos, quem pretende uma liberdade isolada e individualista tende a impor direitos que a coletividade deve acolher.

A Declaração, entretanto, denuncia que a dignidade humana não pode ser baseada sobre pretensões meramente individuais. Ela não pode ser identificada somente com o bem-estar psicofísico do indivíduo. Afinal, “a dignidade humana, à luz do caráter relacional da pessoa, ajuda a superar a perspectiva redutiva de uma liberdade autorreferencial e individualista, que pretende criar os próprios valores prescindindo das normas objetivas do bem e da relação com os outros seres viventes.”

É nesse contexto de subjetividades que se repetem narrativas que trazem graves consequências na violação da Dignidade Humana. A Declaração denuncia que é preciso “reconhecer que se opõe à dignidade humana tudo aquilo que é contrário à vida mesma, como toda espécie de homicídio, o genocídio, o aborto, a eutanásia e o suicídio voluntário. Atenta ainda contra a nossa dignidade tudo aquilo que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, as torturas infligidas ao corpo e à mente, as constrições psicológicas”.

O texto também indica que “tudo aquilo que ofende a dignidade humana, como as condições de vida sub-humana, os encarceramentos arbitrários, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condições de trabalho com as quais os trabalhadores são tratados como simples instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis.”

O texto profeticamente alerta sobre a gravidade da guerra, que nega a dignidade humana. Com o seu poder de destruição e causa de dor, a guerra ataca a dignidade humana mesmo que seja reafirmado o direito inalienável à legítima defesa, como também a responsabilidade de proteger aqueles cuja existência é ameaçada. Devemos admitir que a guerra é sempre uma “derrota da humanidade”, diz a declaração.

Merece ser transcrito aqui o que se diz sobre os desdobramentos de uma guerra: “nenhuma guerra vale a as lágrimas de uma mãe que viu seu filho mutilado ou morto; nenhuma guerra vale a perda da vida, ainda que fosse de uma só pessoa humana, ser sagrado, criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento da nossa casa comum; nenhuma guerra vale o desespero de quantos são obrigados a deixar a sua pátria e são privados, de um momento a outro, da sua casa e de todos os vínculos familiares, de amizade, sociais e culturais que foram construídos, às vezes ao longo de gerações”. Enfim, nada pode ameaçar a dignidade infinita de cada pessoa.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O Pobre Homem da Rússia (4)

Patriarca Aleixo II durante a cerimônia de devolução das relíquias de São Serafim de Sarov à Igreja Ortodoxa Russa, São Petersburgo, 11 de janeiro de 1991 [© Afp/GraziaNeri] | 30Giorni

Arquivo 30Dias – 05/2009

SERAFIM DE SAROV. Duzentos e cinquenta anos após o nascimento

O Pobre Homem da Rússia

Como Francisco de Assis, Serafino pertence a uma “qualidade” particular de testemunhas da história da Igreja: a dos narradores da doçura e da ternura de Deus. Artigo do fundador da Comunidade de Bose também sobre o santo monge ortodoxo. venerado pelos católicos.

por Enzo Bianchi

Na transfiguração do Senhor no Monte Tabor, os discípulos Pedro, Tiago e João conseguiram ver o Cristo transfigurado porque eles próprios tinham sido transfigurados naquela mesma luz. Isto aconteceu também com São Serafino e com aqueles que tiveram a graça de conhecê-lo. A transfiguração não é um acontecimento que termina no transfigurado, mas é um acontecimento que transfigura aqueles que são suas testemunhas, aqueles que experimentam o privilégio amoris de viver ao lado Dele, como Elena Vasilievna Manturova e seu irmão Mikhail viveram ao lado de Serafino, os pobres órfãos da Comunidade do Moinho e o jovem Nikolaj Motovilov, que São Serafim curou de uma grave paralisia. É a este último que o santo se mostra enquanto a luz divina transfigura o seu rosto. As notas de Motovilov foram infelizmente perdidas com a dispersão dos arquivos de Diveevo, mas em 1903, ano da canonização de Serafino, o conhecido publicitário Sergej Nilus publicou parte delas sob o título de Diálogo do velho Serafino com AN Motovilov no final da vida cristã . Graças a esta publicação, logo traduzida em todas as línguas, no século XX a mensagem de São Serafim ganhou ampla difusão também no Ocidente. A finalidade da vida cristã, revela Serafino ao amigo, é a aquisição do Espírito Santo, aquele espírito de amor que Cristo viveu ao extremo.

No dia 2 de janeiro de 1833, ajoelhado diante do ícone da Mãe de Deus, “a alegria de todas as alegrias”, Serafino encontrou Aquele que tanto procurava, o Cristo humilde, doce e misericordioso. O Espírito Santo, que adquiriu com a vida monástica, guiou-o, dando sempre à sua lâmpada o óleo do amor alegre, fruto do Espírito. São Serafim nunca se preocupou com o rigorismo da observância, nunca desdenhou a mesa dos pecadores, foi um pai materno, sonhou e cantou a Ressurreição, nunca viu um irmão no inferno, nunca aceitou que um homem estivesse triste .

É narrado nos ditos dos Padres do Deserto que Abba José de Panephysis recebeu o monge Lot, que lhe perguntou: «Abba, celebro a minha liturgia o melhor que posso, jejuo, rezo, medito, vivo em meditação, Tento ser puro em pensamentos. O que mais tenho que fazer?". O velho, levantando-se, abriu os braços para o céu e os seus dedos tornaram-se como chamas: “Se quiseres”, disse-lhe, “fica todo em fogo”.

Serafino é um monge que se tornou todo fogo, fogo agápico, universal, fogo cósmico. Agora ele, na comunhão dos santos do céu, acelera a comunhão dos santos da terra que olham para ele como uma testemunha do amor universal, um hermeneute do Espírito Santo.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa no Angelus: contra a lógica do egoísmo, tornemo-nos cristãos "eucarísticos"

Angelus de 01/06/2024 - Papa Francisco (Vatican News)

“Graças à Eucaristia, nos tornamos profetas e construtores de um mundo novo. Quando superamos o egoísmo e nos abrimos ao amor, estamos partindo o pão de nossas vidas como Jesus”, disse o Papa Francisco no Angelus, referindo-se à festa de Corpus Christi, cuja solenidade a Igreja no Brasil celebrou na última quinta-feira.

https://youtu.be/ylMSp0W84Ww

Thulio Fonseca - Vatican News

Neste domingo, 2 de junho, diante de milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco dedicou a meditação que precede a oração do Angelus à solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada hoje na Itália e em outros países. O Pontífice, em sua alocução, refletiu sobre o Evangelho da liturgia, que nos apresenta a Última Ceia de Jesus (Mc 14,12-26), durante a qual Ele realiza um gesto de entrega:

“No pão partido e no cálice oferecido aos discípulos, é Ele mesmo que se doa por toda a humanidade e se oferece pela vida do mundo.”

Tornar-se "pão partido" para o próximo

Francisco sublinhou que, no gesto de partir o pão, há um aspecto importante presente nas palavras de Jesus: "e lhes deu", e completou: "A Eucaristia, de fato, remete antes de tudo à dimensão do dom. O Senhor toma o pão não para consumi-lo sozinho, mas para parti-lo e dá-lo aos discípulos, revelando assim sua identidade e sua missão", pois, de toda a sua vida, Jesus fez um dom.

"Compreendemos, assim, que celebrar a Eucaristia e alimentar-se desse Pão, como fazemos especialmente aos domingos, não é um ato de culto desvinculado da vida ou um simples momento de consolação pessoal. Sempre devemos nos lembrar que Jesus tomou o pão, partiu-o e lhes deu e, portanto, a comunhão com Ele nos torna capazes de também nos tornarmos pão partido para os outros, de compartilhar o que somos e o que temos."

Cristãos “eucarísticos”

Segundo o Papa, este é o chamado de todo cristão: tornarmo-nos "eucarísticos", ou seja, pessoas que não vivem mais para si mesmas, na lógica da posse e do consumo, mas que sabem fazer de suas vidas um dom para os outros. Assim, graças à Eucaristia, nos tornamos profetas e construtores de um mundo novo:

"Quando superamos o egoísmo e nos abrimos ao amor, quando cultivamos laços de fraternidade, quando compartilhamos os sofrimentos de nossos irmãos e dividimos nosso pão e nossos recursos com os necessitados, quando colocamos à disposição de todos os nossos talentos, então estamos partindo o pão de nossas vidas como Jesus."

Dom de amor

Por fim, o Santo Padre convidou os fiéis a uma reflexão interior:

"Perguntemo-nos então: guardo minha vida somente para mim ou a dou como Jesus? Eu me gasto pelos outros ou estou fechado em meu pequeno eu? E, nas situações do dia a dia, sei como compartilhar ou busco sempre o meu próprio interesse?"

"Que a Virgem Maria, que acolheu Jesus, o Pão descido do Céu, e se doou inteiramente junto com Ele, ajude também a nós a nos tornarmos um dom de amor, unidos a Jesus na Eucaristia", concluiu Francisco.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Marcelino e São Pedro Mártir

São Marcelino e São Pedro Mártir (A12)
02 de junho
São Marcelino e São Pedro Mártir

Pouco se sabe sobre a origem desses dois santos mártires. Marcelino era presbítero e Pedro exorcista. Ambos eram muito conhecidos pela comunidade e foram denunciados por serem cristãos e estarem trabalhando pela conversão de muitas pessoas. Conta-se que eles realizaram milagres, dentre os quais a cura de filha do seu carcereiro, chamado Artêmio, que se converteu ao cristianismo com sua família.

Os santos Marcelino e Pedro, foram condenados à morte durante a perseguição do imperador Diocleciano no ano 304. De acordo com o Papa São Dâmaso, eles foram levados ao lugar do suplício no meio de uma floresta, chamada Selva Negra, onde foram obrigados a cavar com as próprias mãos a sua sepultura, para que seus corpos ficassem ocultos; por fim, foram decapitados. Tempos depois, uma mulher piedosa chamada Lucina sepultou dignamente seus corpos em Roma, junto à Via Labicana, no cemitério “ad Duas Lauros”.

Uma invocação nasceu do povo, que rezava: “Marcelino e Pedro, poderosos protetores, escutem nossos clamores”.

Colaboração: Josimeri Farias

Reflexão:

Os mártires são as grandes testemunhas de fé cristã, foram homens e mulheres que não temeram derramar seu sangue em favor da fidelidade ao Cristo e a Igreja. A vida dos santos Marcelino e Pedro nos inspiram a ter gestos e palavras de conforto para com os sofredores e, sobretudo, a dedicar nossas vidas para proclamar a Palavra santificadora do Evangelho em todo tempo e lugar.

Oração:

Senhor Deus Todo-poderoso, concede-nos a graça de uma evangelização centrada no amor, de forma que muitas famílias se convertam e se tornem sinais visíveis deste amor que santifica e salva. Te pedimos a sensibilidade de perceber as necessidades daqueles que estão ao nosso redor e a força para não ter medo das exigências de ser seu discípulo. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 1 de junho de 2024

NAZARENO: Do sepulcro para a vida (a ressurreição de Lázaro) - (43)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 43 - Do sepulcro para a vida (a ressurreição de Lázaro)

É um dia cheio de luz. Eles caminham em silêncio, todos juntos. De repente, Jesus tomou os Doze a sós e lhes disse, enquanto caminhavam: “Eis que estamos subindo a Jerusalém e o Filho do Homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado. Mas no terceiro dia ressuscitará”.

Um anúncio de seu iminente sofrimento. Enquanto isso, em Betânia, na casa de seus amigos, a vida de Lázaro está sendo consumida, assistida por suas irmãs Marta e Maria. Ele foi acometido de uma infecção que, em poucos dias, o imobilizou na cama, vítima de febre alta e dores intensas. De nada adiantaram os remédios de seus vizinhos e os médicos que as irmãs do enfermo haviam trazido de Jerusalém. "Se Jesus estivesse aqui!", repetiam as duas jovens com frequência. "Digam a Jesus que eu o amo", repetia Lázaro com frequência. Graças a um grupo de comerciantes a caminho de Jerusalém, Marta e Maria ficam sabendo que o Mestre está do outro lado do Jordão e, por isso, mandam então dizer a Jesus: “Senhor, aquele que amas, está doente”. A essa notícia Jesus disse: “Essa doença não é mortal, mas para a glória de Deus, para que, por ela, seja glorificado o Filho de Deus”. A resposta aos mensageiros de Betânia acalma os discípulos. Seus amigos acreditam que Lázaro seria curado graças às suas orações. Portanto, mais dois dias se passam. Nesse meio tempo, na casa de seus amigos em Betânia, Lázaro morre e é enterrado em um sepulcro escavado na rocha não muito longe do povoado.

Na manhã do terceiro dia, o Nazareno diz: “Vamos outra vez até a Judeia!”. “Nosso amigo Lázaro dorme, mas vou despertá-lo”. Os discípulos responderam: “Senhor, se ele está dormindo, vai se salvar!”. Jesus, porém, falara de sua morte e eles julgaram que falasse do repouso do sono. Então Jesus lhes falou claramente: “Lázaro morreu. Por vossa causa, alegro-me de não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos para junto dele!”.

Portanto, partem em viagem. Ao chegar, Jesus encontrou Lázaro já sepultado havia quatro dias... Quando Marta soube que Jesus chegara, saiu ao seu encontro; Maria, porém, continuava sentada em casa.

Ela o alcança já nas portas do vilarejo. Seu rosto está cheio de lágrimas.

Disse a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Mas ainda agora sei que tudo o que pedires a Deus, ele te concederá”. Disse-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. “Sei, disse Marta, que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia!”. Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressureição, Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso?”. Disse ela: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que vem ao mundo”.

Marta respondeu com o ímpeto do coração: Tendo dito isso, afastou-se e chamou sua irmã Maria, dizendo baixinho: “O Senhor está aqui e te chama!”. Esta, ouvindo isso, ergueu-se logo e foi ao seu encontro. Jesus não entrara ainda no povoado, mas estava no lugar em que Marta o fora encontrar. Muita gente a segue.

Quando chega ao lugar onde Jesus estava, vendo-o, prostrou-se a seus pés e lhe disse: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. Quando Jesus a viu chorar, comoveu-se interiormente e ficou conturbado. E perguntou: “Onde o colocastes?”. Responderam-lhe: “Senhor, vem e vê”. Jesus chorou.

O Nazareno se aproxima do sepulcro: era uma gruta, com uma pedra sobreposta. Disse Jesus: “Retirai a pedra!”. Marta, a irmã do morto, disse-lhe: “Senhor, já cheira mal: é o quarto dia!”. Disse-lhe Jesus: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”. Retiraram, então, a pedra.

Eles obedecem, embora não entendam por que fazia isso. Quatro homens fortes, amigos de Lázaro, não sem dificuldade rolam a pedra.

Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: “Pai, dou-te graças porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves; mas digo isso por causa da multidão que me rodeia, para que creiam que me enviaste”. Tendo dito isso, gritou em voz alta: “Lázaro, vem para fora!”.

Lázaro emerge sorrindo, com o olhar fixo em Jesus. Não há cheiro de morte, mas perfume de vida.


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Celebração de Corpus Christi em Brasília - DF

Celebração de Corpus Christi em Brasília - DF (arqbrasilia)

Celebração de Corpus Christi reúne cerca de 80 mil fiéis na Esplanada dos Ministérios

Este ano, durante a Solenidade de Corpus Christi, a Arquidiocese de Brasília, em parceria com o Exército, promoveu uma campanha solidária de arrecadação de alimentos não perecíveis, que serão enviados na próxima semana para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

  • maio 31, 2024

Desde às 6h, cerca de 600 membros de diversos movimentos, pastorais e serviços da Arquidiocese se reuniram no gramado central da Esplanada para confeccionarem o tradicional tapete de 125 metros, composto por 25 quadros com temas religiosos, produzidos com serragem, borra de café, sal, areia, palha de arroz e bisnagas líquidas coloridas.

À tarde, os fiéis participaram de shows com bandas católicas locais, louvando e agradecendo a Deus por se fazer presente no Sacrifício do Altar, ao se entregar a cada um por amor, sendo alimento vivo do céu para as almas. Uma tenda foi montada no evento especialmente para os atendimentos de confissão, oportunidade de reconciliação com Deus que foi canal de graça para muitas pessoas.

A Santa Missa teve início às 17h, sendo presidida pelo Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, e concelebrada pelos Bispos Auxiliares e por 235 sacerdotes da Arquidiocese.

Durante a homilia, o Cardeal destacou a importância da Eucaristia na vida da Igreja, sendo o alicerce da fé católica, pois é o próprio Cristo que se entrega por amor em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

“Temos na Eucaristia o sustento para o nosso testemunho de fé, pois é através da comunhão que a nossa vida vai se tornando um culto agradável a Deus e a vocação à santidade vai tomando forma a cada dia na nossa vida. A Eucaristia nos compromete com a missão, pois não podemos reservar para nós o amor de Cristo que vivemos, é preciso dividir com o mundo essa alegria e comunicá-lo a todos. No centro do anúncio deve estar o amor de Cristo. É da Eucaristia que brota a missão. Em cada católico deve haver um forte desejo de amar e testemunhar Jesus, para ir ao encontro dos outros, pregar o Evangelho e se tornar verdadeiro dom de amor para as pessoas”, frisou Dom Paulo.

A celebração do Corpus Christi reuniu milhares de devotos na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (30) | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Após a Comunhão, o Santíssimo Sacramento passou pelo tapete, sendo levado pelo Cardeal, em um lindo momento de adoração e oração do Santo Terço, dando início à procissão das velas, que seguiu pelo quadrilátero da Esplanada dos Ministérios em frente à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. No momento da procissão foram concedidas três bênçãos: aos enfermos, aos governantes e às famílias.
Após a missa, o público participou da procissão do Santíssimo Sacramento | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Pobre Homem da Rússia (3)

As relíquias do santo durante procissão religiosa em Sarov, 31 de julho de 2003, por ocasião do centenário de sua canonização [© Associated Press/LaPresse] | 30Giorni

Arquivo 30Dias – 05/2009

SERAFIM DE SAROV. Duzentos e cinquenta anos após o nascimento

O Pobre Homem da Rússia

Como Francisco de Assis, Serafino pertence a uma “qualidade” particular de testemunhas da história da Igreja: a dos narradores da doçura e da ternura de Deus. Artigo do fundador da Comunidade de Bose também sobre o santo monge ortodoxo. venerado pelos católicos.

por Enzo Bianchi

A luz agora acesa não pode permanecer escondida. Em 1825, por inspiração da Santíssima Mãe de Deus, Serafino deixou sua cela. Aqui começa a última etapa de sua vida, sua epifania. Serafino ressuscitado, elevado, elevado pelo poder de Deus que o chamou à divinização, encontra os agricultores, os pobres, os últimos, dos quais se torna pai e pastor. Ele consola, exorta e cura, mostrando ao ícone da Mãe de Deus “a alegria de todas as alegrias”, e com os olhos cheios de Deus saúda cada rosto que encontra, reconhecendo o rosto do Amado: “Alegria minha, Cristo ressuscitou !" .

No seu ministério de pai espiritual, Serafino discerne os espíritos daqueles que lhe pedem uma palavra de consolo ou de iluminação, cuida e cura os sofredores, ouve longamente as confissões de homens e mulheres cheios de vergonha dos seus pecados. , mostra que compreende a sua confusão com a ternura de uma mãe, e inflama a todos com aquela caridade infinita capaz de amar todas as criaturas, animadas e inanimadas, conscientes e inconscientes, inteligentes e estúpidas, boas e más. “Deus é fogo que queima e inflama o coração e as entranhas”, escreve ele em suas Ensinanças . Multidões de peregrinos acorrem a ele: o “miserável Serafim”, porém, permanece humilde e alegre, muitas vezes refugiando-se na floresta para preservar a paz e experimentar a santa hesíquia bezmolvie ), a tranquilidade interior do homem que sabe comunicar-se com Deus e com seus irmãos.

Não poderia ser de outra forma: quem se tornou estavróforo (portador da cruz) com Cristo é feito pneumatóforo (portador do Espírito) por Deus! «De agora em diante, já agora e aqui», insiste Serafino, «é preciso experimentar a alegria do Reino, a comunhão com o Senhor, é preciso adquirir o dom do Espírito Santo», o Consolador que faz com que cada um morada de Deus, Serafino aprendeu a tornar-se obediente apenas ao Espírito, que nele falava sem obstáculos: «O primeiro pensamento que me vem à mente, creio que é Deus quem me envia, por isso falo sem. sabendo o que se passa na alma do meu interlocutor, mas com a certeza de que esta é a vontade de Deus e é para o seu bem. Mas às vezes acontece que respondo a uma pergunta sem confiá-la à vontade de Deus, confiando na minha razão, pensando que é possível resolvê-la sem recorrer a Deus. Mas nesses casos cometo sempre erros”. Assim o santo fala abertamente do seu discernimento. Ele não foi do homem para Deus, mas de Deus para o homem.

As irmãs da "Comunidade do Moinho" de Diveevo, a comunidade monástica feminina que Serafino seguiu desde a sua fundação e para a qual nomeou Elena Manturova, uma jovem freira de Diveevo que o próprio Serafino vinha preparando para esta tarefa desde que era uma garota. Quis preparar tudo para uma formação espiritual e humana integral destas jovens em busca de um autêntico caminho monástico: a sua sábia e amorosa orientação paterna soube dar à frágil comunidade das irmãs aquelas ferramentas espirituais que lhes permitiram continuar na fidelidade a a vocação que receberam, apesar das dificuldades e das divisões, apesar das provações e dos sofrimentos, especialmente depois da revolução de 1917, quando a comunidade foi dispersa e perseguida.

Hoje o mosteiro de Diveevo está reconstruído, ainda é um destino de fiéis, um lugar de oração e de invocação da misericórdia de Deus sobre a Rússia e o mundo. Quando em 1991 as relíquias de São Serafim foram encontradas no depósito do Museu do Ateísmo (hoje novamente a Catedral da Mãe de Deus de Kazan em São Petersburgo), uma multidão incrível acompanhou sua tradução para Diveevo: o espírito do amor e do perdão que São Serafino soube discernir e acolher na sua vida revelou-se mais uma vez mais forte do que o ódio e a destruição que os homens são capazes de causar.

Fonte: https://www.30giorni.it/

O Papa: fraternidade e amizade social que não se limitem às palavras

Papa Francisco no encontro com os membros das Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos (Vatican Media)

Ao destacar cinco características das Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos, o Papa convidou todos “a cultivar um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limitem às palavras”. O encontro se realizou na manhã deste sábado (01/06) no Vaticano.

Vatican News

Na manhã deste sábado, 1° de junho, o Papa Francisco recebeu as Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos (ACLI) por ocasião do 80° aniversário de fundação. Na saudação inicial recordou que esse aniversário é uma boa oportunidade para rever a sua história, com suas alegrias e momentos difíceis, e para expressar gratidão. Recordando que as Associações são um lugar onde é possível conhecer os “santos da porta ao lado”, que não aparecem nas primeiras páginas dos jornais, mas que, às vezes, realmente mudam as coisas para melhor!

Presença na sociedade

Francisco prosseguiu afirmando que essa história é um patrimônio do qual pode-se extrair energia vital para olhar para frente com esperança e determinação. “Nela, encontramos os valores que inspiraram seus fundadores e gerações de aclistas que ao longo dos anos marcaram uma presença importante na sociedade”. Em seguida disse que iria destacar cinco características desse estilo, fundamentais para o caminho dos presentes.

Estilo popular

Sobre a primeira característica, o estilo popular, enfatizou que “não se trata apenas de estar perto das pessoas, mas de ser e se sentir parte do povo”. “A verdadeira essência das pessoas está na solidariedade e no sentido de pertença. Explicando em seguida:

“No contexto de uma sociedade que é fragmentada e de uma cultura individualista temos uma grande necessidade de lugares onde as pessoas possam experimentar esse sentido criativo e dinâmico de pertença, que ajuda a passar do 'eu' para o 'nós', a desenvolver projetos para o bem comum em conjunto e a encontrar formas e meios de realizá-los”

Associações multiformes e inquietas

No que se refere à segunda característica, o estilo sinodal, Francisco recordou: “Trabalhar em conjunto e colaborar para o bem comum é fundamental”. E que este estilo “é testemunhado pela presença de pessoas que pertencem a diferentes horizontes culturais, sociais, políticos e até mesmo eclesiais".

“Vocês são um conjunto de associações ‘multiformes e inquietas’. Isso é bonito: a variedade e a inquietação - em sentido positivo - que ajudam a caminhar juntos e também a se misturar com outras forças da sociedade, criando redes e promovendo projetos compartilhados”

Democracia nos fatos, não apenas nas palavras

Refletindo sobre o estilo democrático o Papa recordou que a sociedade democrática é aquela “onde há realmente lugar para todos, na realidade e não apenas nas declarações e no papel”. Por isso, continuou, “é importante, apoiar os que correm o risco de marginalização”, desde os jovens, as mulheres, os trabalhadores e migrantes mais frágeis. Todos esses encontram nas ACLI “alguém capaz de ajudá-los a obter o respeito por seus direitos”; citando também os idosos e aposentados, que muito facilmente se veem “descartados” pela sociedade.

Que as ACLI sejam a voz de uma cultura de paz

Falando sobre o estilo pacífico, ou seja, como construtores da paz o Papa disse:

“Que as ACLI sejam a voz de uma cultura de paz, um espaço para afirmar que a guerra nunca é ‘inevitável’, enquanto a paz é sempre possível; e que isso é verdade tanto nas relações entre os Estados quanto na vida das famílias, comunidades e locais de trabalho”

Recordando ainda aos presentes: “Interceder pela paz é algo que vai muito além de um mero compromisso político, pois requer que se coloque em risco e corra riscos”. Concluindo em seguida “o nosso mundo é marcado por conflitos e divisões, e seu testemunho como construtores da paz, como intercessores pela paz, é mais necessário e valioso do que nunca”.

Estilo cristão: síntese e raiz dos outros aspectos

“Por fim, um estilo cristão”, disse Francisco, “menciono isso por último, não como um apêndice, mas porque é a síntese e a raiz dos outros aspectos”. “Assumir um estilo cristão” afirmou, “significa crescer na familiaridade com o Senhor e no espírito do Evangelho, para que ele permeie tudo o que fazemos e nossa ação tenha o estilo de Cristo e o torne presente no mundo”.

Concluindo o Papa convidou “a cultivar ‘um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite às palavras’. É o sonho de São Francisco de Assis e de tantos outros santos, de tantos cristãos, de tantos fiéis de todas as religiões: irmãos e irmãs que esse seja também o seu sonho!”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Justino

São Justino (A12)
01 de junho
São Justino

Justino nasceu na antiga Siquém, em Samaria, na Terra Santa, por volta do ano 100, de família pagã. Tinha origem latina e seu pai se chamava Prisco. Ele foi educado e se formou nas melhores escolas do seu tempo, cursando filosofia e especializando-se nas teorias de Platão, um grande filósofo grego. Tinha alma de eremita e abandonou a civilização para viver na solidão. Anos mais tarde, acompanhou uma sangrenta perseguição aos cristãos, conversou com outros deles e acabou se convertendo. Foi batizado por volta do ano 130 na cidade de Éfeso, substituindo assim a filosofia de Platão pela verdade de Cristo.

No ano seguinte estava em Roma e evangelizava entre os letrados, pois esse era o mundo onde melhor transitava. Era um missionário filósofo. Seus ensinamentos influenciaram e ainda hoje estão presentes na catequese e na doutrina da Igreja. As duas “Apologias” e o “Diálogo com o judeu Trifon” são as únicas obras que nos restam dele. Seus registros fornecem importantes informações sobre ritos e administração dos Sacramentos na Igreja primitiva.

Escreveu, defendeu e argumentou em favor do Cristianismo. Denunciado por Crescêncio, um filósofo pagão invejoso, Justino e outros seis companheiros foram sentenciados à mote por participarem de uma religião ilícita, como era considerado o cristianismo à época. Acabou flagelado e decapitado por volta do ano 165 na cidade de Roma, no tempo do Imperador Marco Aurélio Antonino.

São Justino foi considerado pelo Papa Bento XVI “o mais importante dos padres apologistas do segundo século”. Chama-se apologista a quem escreve em defesa de algo. E Justino escreveu várias apologias ou defesas do cristianismo, que depois ensinou na Ásia Menor e em Roma.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR e Josimeri Farias

Reflexão:

Para São Justino o cristianismo é a manifestação histórica e pessoal da Palavra feita carne na sua totalidade. Por isso, ele afirmou: “Tudo o que de bom foi dito, por qualquer um, pertence a nós, cristãos”. Ele não se limitou em defender a fé com escritos, mas o fez com a própria vida, derramando seu próprio sangue. Um exemplo extraordinário que nos inspira sobretudo nestes tempos. O mundo precisa de leigos que estudem a doutrina cristã e a experimentem por meio de uma santidade profunda.

Oração:

Deus Eterno e Todo-Poderoso, que destes a São Justino forças para que se deixasse conduzir pela verdade em toda a sua vida. Pedimos por sua intercessão que nos ensine a defender nossa fé através de uma vivência coerente do Evangelho, para que assim sejamos também dignos das promessas de Cristo. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém!


Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF