Translate

segunda-feira, 3 de junho de 2024

O sonho do Papa para o Jubileu: silenciar as armas e abolir a pena de morte

O sonho do Papa para o Jubileu (Vatican Media)

"Spes non confundit" é o título da Bula de proclamação do Ano Santo de 2025. Os apelos de Francisco são pelos prisioneiros, migrantes, doentes, idosos e jovens dominados pelas drogas e transgressões. No texto, o anúncio da abertura de uma Porta Santa em um presídio, o pedido de perdão da dívida dos países pobres, o incentivo ao aumento da taxa de natalidade, a acolhida dos migrantes, o desejo de criar um fundo para abolir a fome e um maior empenho da diplomacia por uma paz duradoura.

Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano

É a esperança que o Papa invoca como dom no Jubileu 2025 para um mundo marcado pelo conflito de armas, morte, destruição, ódio contra o próximo, fome, "dívida ecológica" e baixa taxa de natalidade. A esperança é o bálsamo que Francisco quer derramar sobre as feridas de uma humanidade oprimida pela "brutalidade da violência" ou que se encontra nas garras de um crescimento exponencial da pobreza. "Spes non confundit", a esperança não decepciona, é o título da Bula de proclamação do Jubileu Ordinário entregue na tarde de hoje, 9 de maio, pelo Papa às Igrejas dos cinco continentes durante as primeiras Vésperas da Solenidade da Ascensão. A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema "Peregrinos de esperança".

"Spes non confundit", a Bula de proclamação do Jubileu 2025 (Vatican Media)

Uma data comum para a Páscoa 

No documento, o Papa Francisco recorda dois importantes aniversários: a celebração em 2033 dos dois mil anos da Redenção e os 1700 anos do primeiro grande Concílio Ecumênico de Nicéia, que entre outros temas tratou também da definição da data da Páscoa. Ainda hoje, "posições diferentes" impedem a celebração no mesmo dia do "o evento fundante da fé", ressalta, lembrando que, no entanto, "por uma circunstância providencial, isso acontecerá precisamente no ano de 2025" (17). 

"Seja isto um apelo a todos os cristãos do Oriente e do Ocidente para darem resolutamente um passo rumo à unidade em torno duma data comum para a Páscoa."

A abertura da Porta Santa

Em meio a essas "grandes etapas", o Papa estabelece que a Porta Santa da Basílica de São Pedro será aberta em 24 de dezembro de 2024. No domingo seguinte, 29 de dezembro, o Pontífice abrirá a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão; em 1º de janeiro de 2025, Solenidade de Maria Mãe de Deus, a de Santa Maria Maior e, em 5 de janeiro, a Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros. As três Portas serão fechadas no domingo, 28 de dezembro do mesmo ano. O Jubileu terminará com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro em 6 de janeiro de 2026. (6)

A abertura da Porta Santa no Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro de 2015) (Vatican Media)

Sinais dos tempos

Francisco espera que "o primeiro sinal de esperança" do Jubileu "se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra". 

"Esquecida dos dramas do passado, a humanidade encontra-se de novo submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência. Faltará ainda a esses povos algo que não tenham já sofrido? Como é possível que o seu desesperado grito de ajuda não impulsione os responsáveis das Nações a querer pôr fim aos demasiados conflitos regionais, cientes das consequências que daí podem derivar a nível mundial? Será excessivo sonhar que as armas se calem e deixem de difundir destruição e morte?"

Apelo em favor da natalidade

Com preocupação, o Papa Francisco observa a "queda na taxa de natalidade" que está sendo registrada em vários países e por vários motivos: "dos ritmos frenéticos de vida", "dos receios face ao futuro", "da falta de garantias de emprego e de adequada proteção social" e "de modelos sociais ditados mais pela procura do lucro do que pelo cuidado das relações humanas". Para o Pontífice, há uma "necessidade urgente" de "apoio convicto" dos fiéis e da sociedade civil ao "desejo" dos jovens de gerar novas crianças, para que o futuro possa ser "marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, venham encher os demasiados berços vazios". (9)

A ternura de Francisco com uma criança nos braços (Vatican Media)

Para os presidiários, respeito, condições dignas, abolição da pena de morte

Na sequência, Francisco pede "sinais tangíveis de esperança" para os presos. Propõe aos governos "formas de amnistia ou de perdão da pena", bem como "percursos de reinserção na comunidade". Acima de tudo, o Papa pede "condições dignas para quem está recluso, respeito pelos direitos humanos e sobretudo a abolição da pena de morte". (10) Para oferecer aos prisioneiros um sinal concreto de proximidade, o próprio Pontífice abrirá uma Porta Santa em uma prisão.

Esperança para os doentes e incentivo para os jovens: "Não podemos decepcioná-los".

Sinais de esperança também devem ser oferecidos aos doentes, que se encontram em casa ou no hospital: "O cuidado para com eles é um hino à dignidade humana". (11) A esperança também é necessária para os jovens que, com tanta frequência, "veem desmoronar-se os seus sonhos". 

"A ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efêmero criam nos jovens, mais do que nos outros, confusão e escondem-lhes a beleza e o sentido da vida, fazendo-os escorregar para abismos escuros e impelindo-os a gestos autodestrutivos." (12)

Sinais de esperança em relação aos migrantes

Mais uma vez o Papa pede que as expectativas dos migrantes "não sejam frustradas por preconceitos e isolamentos". 

"A tantos exilados, deslocados e refugiados que, por acontecimentos internacionais controversos, são forçados a fugir para evitar guerras, violência e discriminação, sejam garantidos a segurança e o acesso ao trabalho e à instrução, instrumentos necessários para a sua inserção no novo contexto social." (13)

O Papa abraça um migrante durante sua viagem a Malta (Vatican Media)

O número de pobres no mundo é escandaloso

Francisco não se esquece, na Bula, dos muitos idosos que "experimentam a solidão e o sentimento de abandono" (14). Também não se esquece dos "bilhões" de pobres que "falta o necessário para viver" e "sofrem a exclusão e a indiferença de muitos". "É escandaloso", de acordo com Francisco, que os pobres constituam a maioria da população de um mundo "dotado de enormes recursos destinados em grande parte para armas". (15) Em seguida, pede " que seja generoso quem possui riquezas", e renova seu apelo para a criação de "um Fundo Global para acabar de vez com a fome" com o dinheiro proveniente de gastos militares. (16)

O perdão das dívidas dos países pobres

Outro convite sincero é dirigido às nações mais ricas para que "reconheçam a gravidade de muitas decisões tomadas e estabeleçam o perdão das dívidas dos países que nunca poderão pagá-las". "É uma questão de justiça", escreve o Papa Francisco, "agravada hoje por uma nova forma de desigualdade", como a "dívida ecológica", especialmente entre o Norte e o Sul. (16)

O testemunho dos mártires

Na Bula do Jubileu, o Papa convida a olhar para o testemunho dos mártires, pertencentes às diversas tradições cristãs, e expressa o desejo de que durante o Ano Santo esteja presente o aspecto ecumênico. 

"Estes mártires, pertencentes às diferentes tradições cristãs, são também sementes de unidade, porque exprimem o ecumenismo do sangue. Durante o Jubileu desejo ardentemente que não falte uma celebração ecumênica para evidenciar a riqueza do testemunho destes Mártires." (20)

A importância da Confissão e o papel dos Missionários da Misericórdia

Francisco também se refere ao sacramento da Penitência e anuncia a continuação do serviço dos Missionários da Misericórdia, estabelecido durante o Jubileu extraordinário. Aos bispos, pede que os enviem a lugares onde "a esperança está posta a dura prova, como nas prisões, nos hospitais e nos lugares onde a dignidade da pessoa é espezinhada, nas situações mais desfavorecidas e nos contextos de maior degradação, para que ninguém fique privado da possibilidade de receber o perdão e a consolação de Deus". (23)

Francisco confessa alguns fiéis em uma paróquia de Roma (Vatican Media)

O convite às Igrejas Orientais e aos ortodoxos

O Papa dirige "um convite especial" aos fiéis das Igrejas Orientais que "tanto sofreram, muitas vezes até à morte, pela sua fidelidade a Cristo e à Igreja". Esses irmãos devem se sentir "particularmente bem-vindos a Roma, que também é Mãe para eles e conserva tantas memórias da sua presença". O acolhimento também para os irmãos e irmãs ortodoxos que já estão vivendo "a peregrinação da Via-Sacra, sendo muitas vezes obrigados a deixar as suas terras de origem, as suas terras santas, donde a violência e a instabilidade os expulsam rumo a países mais seguros" (05).

Oração nos santuários marianos

Francisco também convida os "peregrinos que vierem a Roma" a rezar nos santuários marianos da cidade para invocar a proteção de Maria, de modo a "experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos". (24)

O Papa em oração diante da imagem de Nossa Senhora, no Iraque (Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

João Paulo II: virtudes de um Papa santo (1)

São João Paulo II (Presbíteros)

João Paulo II: virtudes de um Papa santo

Por Pe. Francisco Faus

UMA TOCHA DE FÉ

O instinto do povo não se enganava quando, desde o início do pontificado de João Paulo II, via no Papa Wojtyla um homem de Deus. A fé notava-se-lhe no calor sereno e viril da voz, no olhar profundo, afetuoso e calmo, na paz com que abraçava o seu serviço sacrificado e incansável e com que aceitava as adversidades, doenças e dores como vindas da mão de Deus.

A fé, uma fé segura, sólida e feliz, pode-se dizer que lhe saía por todos os poros do corpo e da alma. Acreditava mesmo em Deus, acreditava mesmo em Jesus Cristo, único Salvador do mundo; acreditava plenamente no chamado de todos à salvação que está em Cristo Jesus; acreditava, com confiança de filho, na intercessão da santíssima Virgem Maria, em cujos braços maternos se abandonara muito cedo, declarando-se Totus tuus! -”Todo teu!”.

A ORAÇÃO, ESPELHO DA FÉ

Diz-se, com toda a razão, que a oração é o espelho da fé. É pela oração que a alma se une a Deus, em plena intimidade; é pela oração amorosamente contemplativa que os traços de Cristo se imprimem na alma; é pela oração que os olhos vêem o mundo, a história, os homens – cada homem – com a própria visão de Deus; e é pela oração que se pode chegar a dizer, como São Paulo: Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gál 2, 20).

Pois bem, João Paulo II vivia literalmente mergulhado na oração. E isso, mesmo para os que o ignoravam, se notava de uma forma indisfarçável. Desde o início do seu pontificado – continuando, aliás, com seus antigos hábitos de padre e de bispo – , levantava-se às 5,30 horas e, depois de se arrumar, ia imediatamente à capela para fazer mais de uma hora de oração íntima, ajoelhado diante do sacrário, perante um crucifixo e uma imagem da Virgem Negra de Czestokowa [1].

No seu penúltimo livro, Levantai-vos! Vamos![2], o próprio Papa fala da alegria de ter a capela tão perto das dependências onde trabalhava: “A capela fica tão próxima para que na vida do bispo tudo – a pregação, as decisões, a pastoral – tenha início aos pés de Cristo, escondido no Santíssimo Sacramento […]. Estou convencido de que a capela é um lugar de onde provém uma inspiração particular. É um privilégio enorme poder habitar e trabalhar no espaço dessa Presença, uma Presença que atrai, como um potente ímã”. “Todas as grandes decisões – comentava um dos seus ajudantes – tomava-as de joelhos em frente ao santíssimo Sacramento”.

A capela era, realmente, o ímã constante, irresistível, do dia-a-dia de João Paulo II. Nela, além da oração matutina e da celebração da Santa Missa, rezava todos os dias a Liturgia das Horas. Na capela, muitas vezes, das 9,30 às 11,00 horas, dedicava-se a escrever, anotando sempre no cabeçalho de cada folha uma oração abreviada, uma jaculatória. Na capela, guardava o que ele chamava a “geografia da sua oração”, pois, no interior da parte de cima do genuflexório, as freiras que cuidavam da casa pontifícia deixavam centenas de folhas datilografadas, com pedidos de oração pessoal enviados por carta ao Papa por fiéis de todo o mundo, intenções pelas quais fazia questão de rezar. Conta-se que um dos seus secretários, o Pe. John Magee, procurou certa data o Papa nos seus aposentos e não o encontrou. Foi-lhe indicado que o procurasse na capela, mas não o viu. Sugeriram-lhe, então, que olhasse melhor, e lá descobriu efetivamente o Papa, prostrado no chão, em adoração, diante do Sacrário.

Esse clima de oração estendia-se, como uma onda cálida, a todas as atividades do dia. João Paulo II rezava constantemente: entre as diversas reuniões, a caminho das audiências, no carro, num helicóptero… Num terraço do Palácio Apostólico, onde mandara colocar as catorze estações da Via Sacra, praticava essa devoção todas as sextas-feiras do ano e, na Quaresma, todos os dias. Rezava o terço em diversos momentos da jornada, até completar o Rosário. Um detalhe simpático: só dedicava ao descanso, após o almoço, uns dez minutos; depois dos quais, enquanto outros repousavam, passeava pelos jardins do Vaticano rezando o terço [3].

COM OS OLHOS DA FÉ

A oração, a intimidade com Deus, é a condição imprescindível para que permaneçam abertos e argutos os olhos da fé. Na Missa inicial do Conclave, dia 18 de abril de 2005, o cardeal Ratzinger dizia uma verdade grande e simples: “Quanto mais amamos Jesus, tanto mais o conhecemos”. E na Missa de exéquias, o mesmo cardeal dizia: “O amor de Cristo foi a força dominante em nosso querido Santo Padre. Quem o viu rezar, quem o viu pregar, sabe disso”.

Isso explica a serena firmeza com que João Paulo II se empenhou sem descanso, ao longo dos seus vinte e seis anos de pontificado, em aprofundar na autêntica doutrina católica – muitas vezes chegando, como exímio filósofo e teólogo que era, a profundidades deslumbrantes – e em difundi-la por todo o mundo. A fé, enraizada no amor, dava-lhe autenticidade. Todos sabiam que pregava sobre aquilo em que firmemente acreditava, sobre aquilo que vivia, sobre aquilo que sinceramente amava e sentia, quer fossem as verdades da fé relativas ao Redentor do homem, ao Espírito Santo, à Eucaristia, ao sacramento da Reconciliação, ao sentido do sacerdócio, ao Ecumenismo, à missão maternal de Maria…, quer às verdades morais que exprimem o plano de Deus sobre a família, sobre o amor humano e o sexo, sobre a dignidade inviolável da vida desde o primeiro instante da concepção até à morte natural, sobre o valor permanente dos Mandamentos do Decálogo, etc.[4]

Muitos experimentavam o impacto dessas verdades, e mudavam. Outros, vibravam com elas e admiravam o Papa, mesmo que não se decidissem a praticá-las. Alguns, desorientados, as contestavam. Mas afora uns poucos sectários, todos – a começar pelos não católicos e os não crentes – captavam que o Papa tinha, nas suas falas, a transparência de Deus, a “longitude de onda” da Palavra de Deus. Era como se vissem nele, feito realidade, o louvor que Cristo dirigiu a Pedro em Cesaréia de Filipe: Feliz és Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos Céus (Mt 16, 17), bem como a oração que Jesus fez por Pedro na Última Ceia: Simão…, eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos (Lc 22, 32).

____________

Notas:

[1] Cfr. George Weigel, Testemunho da Esperança, Bertrand Editora, Lisboa, 2000, pág. 227

[2] Ed. Planeta, São Paulo 2004, págs. 147-148

[3] Cfr. George Weigel, obra citada, págs. 227, 228 e 337; e Carl Bernstein e Marco Politi, Sua Santidade, Ed. Objetiva, Rio de Janeiro 1996, págs. 383 e 540

[4] Os documentos de João Paulo II (Encíclicas, Exortações apostólicas, Cartas, etc.) podem ser consultados no site www.vatican.va . Há também várias coleções de encíclicas publicadas no Brasil: Encíclicas de João Paulo II, Ed. Paulus, São Paulo 2003;João Paulo II. Encíclicas, Ed. L Tr, 3ª edição, São Paulo 2003

Fonte: https://presbiteros.org.br/

Papa recebe focolarinos: "Diálogo inter-religioso é condição necessária para a paz"

Papa recebe participantes do Congresso Inter-religioso promovido pelo Movimento dos Focolares (Vatican Media)

Para Francisco, o testemunho dos focolarinos é motivo de alegria e consolação, especialmente neste tempo de conflitos, em que a religião com frequência é instrumentalizada para alimentar o confronto. O diálogo inter-religioso, ao contrário – recordou o Papa –, é condição necessária para a paz no mundo.

Vatican News

O Papa recebeu os participantes do Congresso inter-religioso do Movimento dos Focolares. Ao saudar os presentes, dirigiu palavras de consolação à presidente dos focolarinos, a palestina Margaret Karram. "Rezo muito pela sua pátria, que sofre neste momento", disse Francisco.

Papa com a presidente Margaret Karram (Vatican Media)

O Pontífice agradeceu pela perseverança com a qual a Obra de Maria leva avante o caminho iniciado por Chiara Lubich com pessoas de outras religiões - "um caminho revolucionário, que tanto bem faz à Igreja": “É uma experiência animada pelo Espírito Santo, radicada no coração de Cristo, em sua sede de amor, de comunhão e de fraternidade”.

Um exemplo da ação do Espírito é uma comunidade inteiramente muçulmana que nasceu 50 anos atrás na Argélia e que aderiu ao  Movimento. O fundamento sobre o qual se apoia esta experiência é o Amor de Deus, afirmou o Pontífice. Com o tempo, cresceu a amizade e a colaboração em tentar responder juntos ao clamor dos pobres, ao cuidado da criação e no trabalho pela paz. “Com essas pessoas, se vai além do diálogo e é possível sentir-se irmãos e irmãs, compartilhando o sonho de um mundo mais unido, na harmonia das diversidades.”

O testemunho dos focolarinos, portanto, é motivo de alegria e consolação, especialmente neste tempo de conflitos, em que a religião com frequência é instrumentalizada para alimentar o confronto. O diálogo inter-religioso, ao contrário – recordou o Papa –, é condição necessária para a paz no mundo e um dever para os cristãos e para outras comunidades religiosas. “Por isso, eu os encorajo a ir avante, sempre abertos”, exortou Francisco.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Carlos Lwanga

São Carlos Lwanga (A12)
03 de junho
São Carlos Lwanga e companheiros mártires

Carlos Lwanga era membro do clã Ngabi e se converteu a fé católica através do testemunho dos Missionários da África, mais conhecidos como “Padres Brancos”. Em 1885 foi convocado para ser prefeito da Sala Real, durante o reinado de Mwanga II, que empreendeu uma sangrenta perseguição contra os cristãos, vistos como uma ameaça para o reino.

O rei Mwanga tinha um verdadeiro harém masculino, formado por seus pajens, dos quais Carlos Lwanga era o chefe, que deviam satisfazer todos os seus desejos. O rei não aceitava a desobediência de seus súditos, por isso, deu um ultimato a todos os cristãos: ou renegavam a fé, se submetendo a seus caprichos sexuais, ou a morte. Carlos e os demais pajens, com idades entre os 14 e 30 anos, preferiram aceitar todas as tribulações. Alguns foram decapitados e outros queimados vivos.

Em 1886 Carlos Lwanga foi o primeiro a morrer, queimado vivo, para dar chance de que os demais escapassem da morte renegando sua fé. Mas de nada adiantou pois eles preferiram ser fiéis a Deus.

São Carlos Lwanga foi declarado o "padroeiro da juventude da África cristã" em 1934.

Colaboração: Josimeri Farias

Reflexão:

“Pegarei na tua mão. Se tivermos que morrer por Jesus, morreremos juntos, de mãos dadas": eis as últimas palavras pronunciadas por Carlos Lwanga e dirigidas ao jovem Kizito, que morreu com ele, com apenas 14 anos de idade, por ódio à fé, mostrando a coragem que devemos ter para seguir a Cristo. Em homilia durante uma viagem a Uganda, o Papa Francisco disse: “Hoje, recordamos com gratidão o sacrifício dos Mártires ugandenses, cujo testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja atingiu até os confins da terra; recordamos também os Mártires anglicanos, cuja morte por Cristo testemunha o ecumenismo do sangue... vidas assinaladas pelo poder do Espírito Santo; vidas que, ainda hoje, dão testemunho do poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo".

Oração:

Que a morte destes valorosos heróis da fé, que mereceram, por sua fidelidade a Cristo e pelo testemunho da mais perfeita castidade, as honras triunfais que reserva Deus a seus mártires, nos encha de coragem para fazermos frente aos ataques do mundo à nossa fé e à moral sexual que a Igreja, como fiel guardiã da verdade revelada e mestra das nações, com tanto empenho e paciência busca transmitir às almas. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

 Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 2 de junho de 2024

Reflexão para o IX Domingo do Tempo Comum (B)

Evangelho do domingo (Vatican News)

“Guardar e santificar o Domingo, dia do Senhor, dia de descanso, de festa e de alegria comunitária e familiar”.

Vatican News

Na Liturgia deste IX Domingo do Tempo Comum, vemos, na primeira leitura, que o autor bíblico do Deuteronômio focaliza o terceiro mandamento da lei do Senhor, que fala do dia de sábado, como proibição de explorar o trabalho do irmão, tornando-o escravo.

Todo homem tem direito ao dia de descanso para se retomar suas forças e tomar consciência da sua vida. Este mandamento leva as pessoas a reconhecer que dependem do Criador e que o trabalho humano é relativo.

Nós, cristãos, celebramos o domingo porque, neste dia, Jesus venceu a morte para a nossa salvação.

Na segunda leitura, o apóstolo Paulo acentua os grandes contrastes entre a missão e os instrumentos escolhidos por Deus para realizá-la. Na fraqueza, na tribulação, na perseguição e no martírio, o cristão anuncia o mistério da morte de Cristo e, ao mesmo tempo, anuncia que a força de Deus e a vida de Cristo agem nele. A cruz de Cristo manifesta seu mistério de loucura e sabedoria, não só como recordação histórica, mas na vida do cristão.

No Evangelho, São Marcos diz que, para os fariseus, os discípulos de Jesus cometeram duas infrações: apropriaram-se do que não lhes pertencia e o fizeram em dia de sábado.

Então, Jesus recorre às Escrituras e a um maior esclarecimento do sentido do sábado, mostrando que, diante da fome, tudo se torna secundário.

A vida humana está acima de qualquer lei ou estrutura. Jesus reage com indignação e tristeza diante dos que resistem ao seu ensinamento e à sua prática. Por isso, mostra até onde vai a exigência de a lei do sábado estar a serviço da vida.

Por outro lado, ao colocar o doente ao centro e curá-lo, Ele indica, mais uma vez, sua opção pelos desprezados.

Hoje, nós cristãos, celebramos o Dia do Senhor no domingo, o dia em que Cristo venceu todas as forças do mal e ressuscitou. Por isso, os primeiros cristãos mudaram o sagrado costume judaico de santificar o dia de sábado.

A santificação do sétimo dia, para o povo judeu, prescrita no Antigo Testamento, passou, por disposição dos Apóstolos, a ser praticada no primeiro dia da semana, o domingo, dia santificado dos cristãos.

Ao longo de vinte séculos de história, a Igreja Católica, juntamente com as outras igrejas cristãs, sempre reconheceu o sentido sagrado deste dia, vendo nele a Páscoa da semana, que torna presente a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.

Domingo é dia do Senhor, que nos quer todos reunidos para participar da Eucaristia, ouvir sua Palavra e celebrar a ação de graças. É o dia em que as famílias e as comunidades se encontram, para reforçar os laços de comunhão e amizade. É o dia em que o ser humano se revigora em suas forças físicas e espirituais. É dia de descanso, um direito que é expressão de justiça social, que possibilita a convivência com a família e com a comunidade.

O domingo, enfim, é o dia da vida, da festa, da alegria; não é apenas um feriado, mas um dia santificado: “Guardar e santificar o dia do Senhor”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A violação da dignidade humana

Violações à dignidade Humana (SSVP Global)

A VIOLAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA

Dom Leomar Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Quando, em março passado, o Dicastério da Doutrina da Fé publicou a Declaração Dignitas Infinita, refletindo sobre a dignidade humana, alertou-se sobre a redução desse conceito com sérias consequências práticas. Especialmente quem pleiteia novos direitos que contrastam com o direito fundamental à vida. O que se pretende é garantir os direitos individuais e a satisfação de desejos subjetivos. Nesses casos, quem pretende uma liberdade isolada e individualista tende a impor direitos que a coletividade deve acolher.

A Declaração, entretanto, denuncia que a dignidade humana não pode ser baseada sobre pretensões meramente individuais. Ela não pode ser identificada somente com o bem-estar psicofísico do indivíduo. Afinal, “a dignidade humana, à luz do caráter relacional da pessoa, ajuda a superar a perspectiva redutiva de uma liberdade autorreferencial e individualista, que pretende criar os próprios valores prescindindo das normas objetivas do bem e da relação com os outros seres viventes.”

É nesse contexto de subjetividades que se repetem narrativas que trazem graves consequências na violação da Dignidade Humana. A Declaração denuncia que é preciso “reconhecer que se opõe à dignidade humana tudo aquilo que é contrário à vida mesma, como toda espécie de homicídio, o genocídio, o aborto, a eutanásia e o suicídio voluntário. Atenta ainda contra a nossa dignidade tudo aquilo que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, as torturas infligidas ao corpo e à mente, as constrições psicológicas”.

O texto também indica que “tudo aquilo que ofende a dignidade humana, como as condições de vida sub-humana, os encarceramentos arbitrários, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condições de trabalho com as quais os trabalhadores são tratados como simples instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis.”

O texto profeticamente alerta sobre a gravidade da guerra, que nega a dignidade humana. Com o seu poder de destruição e causa de dor, a guerra ataca a dignidade humana mesmo que seja reafirmado o direito inalienável à legítima defesa, como também a responsabilidade de proteger aqueles cuja existência é ameaçada. Devemos admitir que a guerra é sempre uma “derrota da humanidade”, diz a declaração.

Merece ser transcrito aqui o que se diz sobre os desdobramentos de uma guerra: “nenhuma guerra vale a as lágrimas de uma mãe que viu seu filho mutilado ou morto; nenhuma guerra vale a perda da vida, ainda que fosse de uma só pessoa humana, ser sagrado, criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento da nossa casa comum; nenhuma guerra vale o desespero de quantos são obrigados a deixar a sua pátria e são privados, de um momento a outro, da sua casa e de todos os vínculos familiares, de amizade, sociais e culturais que foram construídos, às vezes ao longo de gerações”. Enfim, nada pode ameaçar a dignidade infinita de cada pessoa.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O Pobre Homem da Rússia (4)

Patriarca Aleixo II durante a cerimônia de devolução das relíquias de São Serafim de Sarov à Igreja Ortodoxa Russa, São Petersburgo, 11 de janeiro de 1991 [© Afp/GraziaNeri] | 30Giorni

Arquivo 30Dias – 05/2009

SERAFIM DE SAROV. Duzentos e cinquenta anos após o nascimento

O Pobre Homem da Rússia

Como Francisco de Assis, Serafino pertence a uma “qualidade” particular de testemunhas da história da Igreja: a dos narradores da doçura e da ternura de Deus. Artigo do fundador da Comunidade de Bose também sobre o santo monge ortodoxo. venerado pelos católicos.

por Enzo Bianchi

Na transfiguração do Senhor no Monte Tabor, os discípulos Pedro, Tiago e João conseguiram ver o Cristo transfigurado porque eles próprios tinham sido transfigurados naquela mesma luz. Isto aconteceu também com São Serafino e com aqueles que tiveram a graça de conhecê-lo. A transfiguração não é um acontecimento que termina no transfigurado, mas é um acontecimento que transfigura aqueles que são suas testemunhas, aqueles que experimentam o privilégio amoris de viver ao lado Dele, como Elena Vasilievna Manturova e seu irmão Mikhail viveram ao lado de Serafino, os pobres órfãos da Comunidade do Moinho e o jovem Nikolaj Motovilov, que São Serafim curou de uma grave paralisia. É a este último que o santo se mostra enquanto a luz divina transfigura o seu rosto. As notas de Motovilov foram infelizmente perdidas com a dispersão dos arquivos de Diveevo, mas em 1903, ano da canonização de Serafino, o conhecido publicitário Sergej Nilus publicou parte delas sob o título de Diálogo do velho Serafino com AN Motovilov no final da vida cristã . Graças a esta publicação, logo traduzida em todas as línguas, no século XX a mensagem de São Serafim ganhou ampla difusão também no Ocidente. A finalidade da vida cristã, revela Serafino ao amigo, é a aquisição do Espírito Santo, aquele espírito de amor que Cristo viveu ao extremo.

No dia 2 de janeiro de 1833, ajoelhado diante do ícone da Mãe de Deus, “a alegria de todas as alegrias”, Serafino encontrou Aquele que tanto procurava, o Cristo humilde, doce e misericordioso. O Espírito Santo, que adquiriu com a vida monástica, guiou-o, dando sempre à sua lâmpada o óleo do amor alegre, fruto do Espírito. São Serafim nunca se preocupou com o rigorismo da observância, nunca desdenhou a mesa dos pecadores, foi um pai materno, sonhou e cantou a Ressurreição, nunca viu um irmão no inferno, nunca aceitou que um homem estivesse triste .

É narrado nos ditos dos Padres do Deserto que Abba José de Panephysis recebeu o monge Lot, que lhe perguntou: «Abba, celebro a minha liturgia o melhor que posso, jejuo, rezo, medito, vivo em meditação, Tento ser puro em pensamentos. O que mais tenho que fazer?". O velho, levantando-se, abriu os braços para o céu e os seus dedos tornaram-se como chamas: “Se quiseres”, disse-lhe, “fica todo em fogo”.

Serafino é um monge que se tornou todo fogo, fogo agápico, universal, fogo cósmico. Agora ele, na comunhão dos santos do céu, acelera a comunhão dos santos da terra que olham para ele como uma testemunha do amor universal, um hermeneute do Espírito Santo.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa no Angelus: contra a lógica do egoísmo, tornemo-nos cristãos "eucarísticos"

Angelus de 01/06/2024 - Papa Francisco (Vatican News)

“Graças à Eucaristia, nos tornamos profetas e construtores de um mundo novo. Quando superamos o egoísmo e nos abrimos ao amor, estamos partindo o pão de nossas vidas como Jesus”, disse o Papa Francisco no Angelus, referindo-se à festa de Corpus Christi, cuja solenidade a Igreja no Brasil celebrou na última quinta-feira.

https://youtu.be/ylMSp0W84Ww

Thulio Fonseca - Vatican News

Neste domingo, 2 de junho, diante de milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco dedicou a meditação que precede a oração do Angelus à solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada hoje na Itália e em outros países. O Pontífice, em sua alocução, refletiu sobre o Evangelho da liturgia, que nos apresenta a Última Ceia de Jesus (Mc 14,12-26), durante a qual Ele realiza um gesto de entrega:

“No pão partido e no cálice oferecido aos discípulos, é Ele mesmo que se doa por toda a humanidade e se oferece pela vida do mundo.”

Tornar-se "pão partido" para o próximo

Francisco sublinhou que, no gesto de partir o pão, há um aspecto importante presente nas palavras de Jesus: "e lhes deu", e completou: "A Eucaristia, de fato, remete antes de tudo à dimensão do dom. O Senhor toma o pão não para consumi-lo sozinho, mas para parti-lo e dá-lo aos discípulos, revelando assim sua identidade e sua missão", pois, de toda a sua vida, Jesus fez um dom.

"Compreendemos, assim, que celebrar a Eucaristia e alimentar-se desse Pão, como fazemos especialmente aos domingos, não é um ato de culto desvinculado da vida ou um simples momento de consolação pessoal. Sempre devemos nos lembrar que Jesus tomou o pão, partiu-o e lhes deu e, portanto, a comunhão com Ele nos torna capazes de também nos tornarmos pão partido para os outros, de compartilhar o que somos e o que temos."

Cristãos “eucarísticos”

Segundo o Papa, este é o chamado de todo cristão: tornarmo-nos "eucarísticos", ou seja, pessoas que não vivem mais para si mesmas, na lógica da posse e do consumo, mas que sabem fazer de suas vidas um dom para os outros. Assim, graças à Eucaristia, nos tornamos profetas e construtores de um mundo novo:

"Quando superamos o egoísmo e nos abrimos ao amor, quando cultivamos laços de fraternidade, quando compartilhamos os sofrimentos de nossos irmãos e dividimos nosso pão e nossos recursos com os necessitados, quando colocamos à disposição de todos os nossos talentos, então estamos partindo o pão de nossas vidas como Jesus."

Dom de amor

Por fim, o Santo Padre convidou os fiéis a uma reflexão interior:

"Perguntemo-nos então: guardo minha vida somente para mim ou a dou como Jesus? Eu me gasto pelos outros ou estou fechado em meu pequeno eu? E, nas situações do dia a dia, sei como compartilhar ou busco sempre o meu próprio interesse?"

"Que a Virgem Maria, que acolheu Jesus, o Pão descido do Céu, e se doou inteiramente junto com Ele, ajude também a nós a nos tornarmos um dom de amor, unidos a Jesus na Eucaristia", concluiu Francisco.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Marcelino e São Pedro Mártir

São Marcelino e São Pedro Mártir (A12)
02 de junho
São Marcelino e São Pedro Mártir

Pouco se sabe sobre a origem desses dois santos mártires. Marcelino era presbítero e Pedro exorcista. Ambos eram muito conhecidos pela comunidade e foram denunciados por serem cristãos e estarem trabalhando pela conversão de muitas pessoas. Conta-se que eles realizaram milagres, dentre os quais a cura de filha do seu carcereiro, chamado Artêmio, que se converteu ao cristianismo com sua família.

Os santos Marcelino e Pedro, foram condenados à morte durante a perseguição do imperador Diocleciano no ano 304. De acordo com o Papa São Dâmaso, eles foram levados ao lugar do suplício no meio de uma floresta, chamada Selva Negra, onde foram obrigados a cavar com as próprias mãos a sua sepultura, para que seus corpos ficassem ocultos; por fim, foram decapitados. Tempos depois, uma mulher piedosa chamada Lucina sepultou dignamente seus corpos em Roma, junto à Via Labicana, no cemitério “ad Duas Lauros”.

Uma invocação nasceu do povo, que rezava: “Marcelino e Pedro, poderosos protetores, escutem nossos clamores”.

Colaboração: Josimeri Farias

Reflexão:

Os mártires são as grandes testemunhas de fé cristã, foram homens e mulheres que não temeram derramar seu sangue em favor da fidelidade ao Cristo e a Igreja. A vida dos santos Marcelino e Pedro nos inspiram a ter gestos e palavras de conforto para com os sofredores e, sobretudo, a dedicar nossas vidas para proclamar a Palavra santificadora do Evangelho em todo tempo e lugar.

Oração:

Senhor Deus Todo-poderoso, concede-nos a graça de uma evangelização centrada no amor, de forma que muitas famílias se convertam e se tornem sinais visíveis deste amor que santifica e salva. Te pedimos a sensibilidade de perceber as necessidades daqueles que estão ao nosso redor e a força para não ter medo das exigências de ser seu discípulo. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF