Translate

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus (Apostolado da Oração)

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus com São João Evangelista ao pé da cruz, quando um soldado romano com uma lança atravessou o lado de Jesus. “E de seu coração aberto jorrou sangue e água”. Dessa maneira Jesus revelou seu amor e sua doação por nós. O Coração de Jesus conhece a fundo a cada um de nós e se revela como um coração bondoso e misericordioso. Jesus nos diz “vinde a mim vós todos que estais aflitos e cansados que vos aliviarei”.

O primeiro devoto do Coração de Jesus no Brasil nascente de São José de Anchieta, ele escreveu versos sobre o Coração de Jesus “a lança que abriu-lhe o peito...”. Ele estava já se antecipando nessa devoção, ele não publicava porque não estava ainda aprovada.

Santa Margarida Maria Alacoque foi uma das principais religiosas da Igreja a propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ela nasceu na Aldeia de Lautecour, na Borgonha, em 1647. Nessa época apesar de já existir, a veneração não era muito conhecida. A sua missão foi dar-lhe impulso e difusão universal, adaptá-la às necessidades da Igreja Católica nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.

Ela teve uma revelação do Sagrado Coração de Jesus quando ouviu: “Meu coração Divino está inflamando de amor pelos homens e por ti. Preciso difundir as chamas do meu coração para enriquecer a todos com os preciosos tesouros do meu coração. Assim nasceu a festa do Sagrado Coração de Jesus.

A mais célebre das aparições foi em 1675, quando Jesus pediu a Santa Margarida Maria que fosse estabelecida uma festa para honrar seu Coração: a sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, comungando-se nesse dia e buscando desagravá-lo com atos fervorosos.

Roma autorizou somente 90 anos mais tarde, em 1765, com missa própria. Somente em 1856, a pedido dos bispos da França foi estendida à Igreja universal.

Na visão de 1688 Jesus indicou o papel que as visitandinas e os padres jesuítas deviam ter na difusão da devoção ao Sagrado Coração.

Que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus continue proporcionando a cada pessoa o alívio das dores, a certeza da paz, a alegria do amor, o incentivo para missão, a disposição para a caridade, o desejo de servir ao irmão.

Tríplice Plano do Salvador revelado a Santa Margarida

- Primeiro, atrair os corações endurecidos dos pecadores e retirá-los assim do abismo da perdição. Deverão, depois, expor e venerar a sua imagem, em particular nas primeiras sextas-feiras de cada mês e consagrar-se a ele com confiança. Em troca, afastará deles os castigos merecidos por seus pecados, derramará sobre eles os tesouros incomparáveis de suas graças e tornar-se-á para eles “um lugar de refúgio, uma fortaleza e um asilo seguro para a vida toda e principalmente na hora da morte”.

- Reconduzir, depois, as comunidades ao fervor e à caridade. Para isso, além do culto da imagem, procurarão estes grupos unir-se ao divino Coração e lhe imitar as virtudes. O exercício específico de sua devoção, porém, consistirá na prática da caridade fraterna.

- Enfim, santificar no mais alto grau as almas eleitas que vão viver a fundo todas as exigências de sua consagração ao Sagrado Coração: cabal renúncia a si mesmo, humildade e pureza de intenção, conformidade à vontade divina, confiança e abandono, aceitação amorosa da cruz. Por conseguinte, o Coração de Jesus será para essas almas “a fonte inesgotável de todos os bens e de toda sorte de delícias”.

As 12 Promessas do Sagrado Coração de Jesus          

Jesus fez diversas promessas a Santa Margarida em favor dos que honrarem seu divino Coração. Essas promessas foram resumidas em poucos parágrafos e difundidas em todo o mundo:

1) Darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado de vida.

2) Estabelecerei e farei reinar a paz em suas famílias.

3) Serão por mim consolados em todas as suas aflições.

4) Serei para eles refúgio seguro durante a vida e, de modo especial, na hora da morte.

5) Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos

6) Os pecadores encontrarão em meu Coração uma fonte inesgotável de misericórdia.

7) As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção.

8) As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.

9) Minha bênção descerá sobre as casas em que estiver exposta e for honrada a imagem de meu Coração.

10) Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos.

11) As pessoas que propagarem essa devoção terão seus nomes inscritos para sempre em meu Coração, e jamais serão apagados.

12) A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos darei a graça da penitência final e da salvação eterna.

Santa Margarida Maria Alacoque

Santa Margarida e o Sagrado Coração de Jesus (Apostolado da Oração)

“Quero que me sirvas de instrumento para atrair corações a meu amor”. (Jesus à Santa Margarida Maria)

Nasceu a 22 de julho de 1647, na França. É a quinta filha do tabelião rela Cláudio Alacoque e de sua esposa Filiberta Lamyn.

Santa Margarida Maria viveu uma infância sofrida; desde pequena tinha horror ao pecado e, sem saber ao certo o que dizia, fez voto de castidade: "Meu Deus, eu vos consagro a minha pureza, e vos faço voto de perpétua castidade". De acordo com sua autobiografia, ela disse essas palavras uma vez na santa missa, que ouvia ordinariamente com os joelhos nus sobre o chão, por mais frio que fizesse.

Existia em seu coração uma vontade grande de imitar em tudo as irmãs que se dedicavam à vida religiosa; considerava-as santas e pensava que também haveria de o ser, se fosse como elas. "Senti tão grande desejo de santidade que não suspirava por outra coisa”.
Enfrentou perseguições, mas, em 20 de junho de 1671, conseguiu entrar para o convento de Paray-le-Monial. Em 25 de agosto do mesmo ano, começou o postulantado, o tempo de preparação à vida religiosa. Em 6 de novembro de 1672, professou os votos, tornando-se consagrada.

Foi uma freira simples, humilde, após seus votos nunca saiu do convento e morreu antes de completar 45 anos. “Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, Santa Margarida Maria Alacoque merece um lugar especial, pois, com a ajuda do seu diretor espiritual, Pe. Cláudio de la Colombiére e com seu zelo ardente, conseguiu, não sem a admiração dos fiéis, que o culto ao Sagrado Coração de Jesus adquirisse grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã”, escreve Papa Pio XII na Carta Encíclica Hauruetis Aquas.

- Na maioria das vezes o Coração de Jesus se manifestou à santa como sol ou fornalha. Em um dia em que ela adorava o Santíssimo Sacramento:
“Eis este Coração que tanto amou os homens... por isso te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus seja dedicada a uma festa especial para honrar meu Coração, comungando nesse dia”.
Nascia aí a prática das primeiras sextas-feiras de cada mês. Essa festa, celebrada anualmente, foi instituída em 1856 sob o pontificado do Papa Pio IX.

- Em uma comunicação mais pessoal:

“Foi aqui que Eu sofri mais do que em tida a minha Paixão, vendo-Me um abandono total do céu e da terra, carregado com os pecados de todos os homens”.

Foi assim que Jesus pediu a Santa Margarida Maria para acompanha-Lo durante uma hora todas as quintas-feiras, surgindo, assim, a Hora Santa.

Margarida Maria foi a primeira propagadora da devoção ao Coração Amoroso e Misericordioso de Jesus. “(...) conheceu esse mistério admirável, o estupendo mistério do amor divino”, palavras do Papa João Paulo II, quando esteve em peregrinação a Paray-le-Monial, em outubro de 1986.

No último período de sua vida, Santa Margarida Maria pode ver a devoção ser divulgada e praticada, sobretudo, pelas noviças, por quem era responsável no convento. Ela conta em sua Autobiografia, que chegando próximo da primeira sexta-feira, pediu que elas oferecessem todos os benefícios ao Sagrado Coração. Assim, levantaram um pequeno altar com uma imagem de papel. Ela morreu em 17 de outubro de 1690. Foi beatificada em 18 de setembro de 1864 e canonizada em 13 de maio de 1920, pelo Papa Bento XV.

Aqueles que desejam aprofundar sua devoção a este Coração, com todo amor, Margarida Maria aconselhou confiar sua vida por meio da Oração de Consagração.

Fonte: https://aomej.org.br/

A tapeçaria do casamento: tempo e dedicação

A tapeçaria do casamento (Opus Dei)

A tapeçaria do casamento: tempo e dedicação

O casamento é uma corrida de longa distância que necessita de perseverança para conseguir que o outro chegue à sua plenitude como mulher ou como homem, ou seja, para fazê-lo feliz. Texto com alguns conselhos para consegui-lo.

Depois de tudo que fomos lendo ao longo destes artigos, chegamos à conclusão de que o amor conjugal tem que ser trabalhado dia a dia, desde que nos levantamos até nos deitarmos, com detalhes pequenos: um ‘te amo’ sincero, um beijo sem rotina, uma piscadela cúmplice, um preocupar-se por uma reunião de trabalho do outro ou da dor de cabeça que tinha quando saiu de casa, e tantas outras coisas "pequenas”, que podem perder de vista se pensarmos apenas em grandes façanhas. Aquelas, sem dúvida, são as oportunidades reais que fortalecem nosso amor e lhe dão sentido de perenidade: assim é como se tece o tapete do casamento.

Por isso, se pode dizer que o casamento é também um trabalho: primeiro, porque é chamada que dá plenitude à criação de Deus[1], vocação originária ao amor[2] que se demonstra na comunidade de vida e no apoio mútuo que os esposos se prestam[3]; como afirma São João Paulo II, a pessoa “torna-se imagem de Deus não tanto no momento da solidão quanto no momento da comunhão”[4]: quer dizer, não quando o homem conhece as criaturas, mas quando se conhece em relação de mútua semelhança. E, segundo, porque é uma tarefa que traz consigo um esforço constante para manter intacta a “unidade de dois” que eles formam, pois o casamento em si faz referência à ideia de crescimento ilimitado no exercício das virtudes.

O casamento é uma corrida de longa distância que precisa de perseverança para conseguir que o outro chegue à sua plenitude como mulher ou como homem ou, resumindo, para fazê-lo feliz. Aqui, como no que se segue, a graça e a fortaleza que o sacramento confere é chave no insistir e persistir da vida conjugal: um manter-se firme no que é um, na sua identidade própria como esposa ou esposo, e nos compromissos adquiridos.

Daí que a fidelidade é muito mais que “não sustentar uma relação com outra pessoa diversa do cônjuge”, esse é seu limite negativo. É, sobretudo, cuidar do meu coração como algo sagrado que só se deve entregar a ela/a ele, e fechar a porta para que não entrem outros casos de amor: esse café indispensável com meu companheiro/a de trabalho, esse problema que se conta a quem não corresponde, esse drink supérfluo depois de um jantar de trabalho, ou essa maneira de vestir no escritório que dá lugar à equívocos.... Trata-se outra vez de pequenos detalhes, pois nada se rompe de repente. A fidelidade – amor prolongado, amor liberal que se desdobra no tempo - necessita existencialmente renovar (tornar consciente e livremente novo) com assiduidade o momento da celebração nupcial.

Educar o coração dos casados também requer laboriosidade: a paixão passa, volta, torna a passar, tem intensidades, é um sobe e desce: coisa própria de sentimentos. No entanto, o amor é mais que um sentimento, é um ato da vontade, livre e responsável. Portanto, é evidente que o amor matrimonial não pode estar subordinado a um sentimento, e que em muitas ocasiões terá de navegar sem vento, remando contra a maré, e custará, e ‘doerá’... Quem disse que o amor é um caminho de rosas? Pois acertou, espinhos e flores, uma combinação para levar com otimismo e bom humor. Quando isso ocorrer é oportuno recordar aquela consideração de São Josemaria: “Tens uma pobre ideia do teu caminho quando, ao sentir-te frio, julgas tê-lo perdido: é a hora da provação. Por isso te tiraram as consolações sensíveis”[5].

O problema se apresenta quando não se vê como normal o fato de que na vida há uma variedade de tudo, e que as dificuldades formam parte da vida cotidiana; quando um, ou os dois, vivem em um mundo de fantasia, de permanente imaturidade pessoal transferida para a convivência conjugal, então um ou ambos se colocam fora da realidade, o que é motivo de grandes sofrimentos na família.

As crises fazem parte da trajetória do casamento, são um passo para a maturidade e a consolidação do amor. Os casais não chegam a completar suas bodas de prata ou de ouro porque estão 25 anos em estado de paixão perpétua ou simplesmente juntos deixando passar o tempo, mas porque de mãos dadas conseguem saltar as valas da vida, ainda que pareça que a sociedade nos diga que se você encontrar um muro é melhor mudar de caminho.

As crises têm motivos diversos e podem ocorrer inclusive em momentos inesperados: por uma mudança de trabalho que obriga a uma separação, ou por uma doença (física ou psíquica) que se prolonga, ou porque um se isola em seu mundo e não quer compartilhá-lo, ou porque os defeitos do outro cônjuge com o tempo se tornam intoleráveis, ou porque a educação dos filhos em algumas ocasiões se torna esgotante, ou porque não se tem filhos. Muitos dizem que o diagnóstico é a falta de comunicação: – Sim... e depois?

Pois vamos prevenir em lugar de curar:

  • Promover um espaço semanal de descanso e lazer para disfrutar com o próprio estilo: um jantar, uma excursão, um cinema ou teatro, uma exposição de arte, fazer esportes juntos...
  • Cuidar dos momentos para falar do projeto de família: dos pessoais e dos de cada filho e como se enfocam.
  • Ter um detalhe mútuo de carinho a cada dia. Sem recriminar quando não se recebe, mas seguir dando.
  • Respeitar o espaço de intimidade pessoal para Deus e o de cada um enriquece.
  • Ter uma lista de coisas boas do outro para lê-las quando não as vemos, e uma lista de situações que desculpem os outros (teria uma dor de cabeça, teria tido um dia difícil...), se em algum momento tudo se torne escuro.

Como se vê, essa tarefa maravilhosa do casamento requer dedicação e criatividade. No dia em que você se casa, o faz com o cônjuge; ainda sem filhos. Mas quase sem perceber, no final, se Deus quiser, você acaba vendo os filhos de seus filhos, se esse for o caminho deles, ou suas correspondências a uma vocação ao celibato.

Por isso é tão importante ter claro que é preciso cuidar do nós, para que quando chegar a etapa em que os filhos vão soltando as amarras, tenhamos um novo nós cheio de plenitude, que não dê lugar a chantagens emocionais com os filhos, que não sejamos carga, mas apoio para colaborar com eles quando necessitarem, sem nos metermos onde não nos chamam, sabendo estar na retaguarda. Temos dado gratuitamente, recebamos gratuitamente.

Como dizia, com sábias palavras, Santa Teresa de Calcutá:

“Ensinarás a voar,

Mas não voarão teu voo,

Ensinarás a viver,

Porém não viverão tua vida,

Ensinarás a sonhar,

Porém não sonharão teu sonho,

Porém em cada voo, em cada sonho, em cada vida

Estará a marca do caminho ensinado”.

E ao final dos dias, na velhice, outra vez sós como quando começamos, sozinhos mas contentes e esperançosos, estaremos apoiados em Deus como no primeiro dia: porque cuidamos desses detalhes pequenos que trançaram a tapeçaria do nosso casamento com luzes e sombras; porque, com perseverança, fomos fiéis em cada momento; porque ainda que às vezes não tenhamos sentido nada, continuamos amando-nos com plena liberdade, porque quisemos; porque, apesar dos pesares, continuaremos juntos até que um de nós se vá para o céu com o nome do outro na testa.

Rosamaría Aguilar Puiggros

________________

[1] Como o próprio trabalho: cfr. Gn 2,15.

[2] “[A mulher] é osso dos meus ossos e carne da minha carne! […]e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”: Gn 2,23.24.

[3] “Não é bom que o homem esteja só, vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada”: Gn 2,18.

[4] Audiência geral, 14 novembro 1979.

[5] São Josemaria, Caminho, 996.

 Fonte: https://opusdei.org/pt-br

O mundo precisa da Amazônia e a Amazônia precisa do mundo, alerta Ir. João Gutemberg

Criança indígena da Amazônia (AFP or licensors)

A Rede Eclesial Pan-Amazônica, a Repam, está presente em 9 países e precisa fazer um trabalho descrito por Irmão João Gutemberg Sampaio, secretário-executivo, como de "polinizadores, trazendo o bem daqui, somando com aquele de lá para dar uma visão mais sistêmica, mais Pan-Amazônica". A Repam nasceu "de muita vida doada", "é uma Igreja de muitos mártires, de pessoas martirizadas há décadas porque doam a vida, como o próprio Padre Ezequiel Ramin".

Andressa Collet - Vatican News

Encontrar o Papa Francisco no Vaticano é enaltecer os sonhos gerados pela encíclica Laudato si' e pelo Sínodo para a Amazônia, afirmou o Irmão João Gutemberg Sampaio, secretário-executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica, a Repam. Ele fez parte da delegação da entidade que junto com representantes da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama) conversaram com o Pontífice na última segunda-feira (03/06), naquele que foi considerado pelas presidências como um "encontro histórico e significativo", já que foi a primeira reunião oficial entre o Pontífice e essas entidades irmãs que atuam para consolidar a Igreja com um rosto mais amazônico naquele território - como foi relembrado pelo Pontífice na audiência.

O encontro com o Papa na segunda-feira (03/06) (Vatican Media)

Irmão João contou em entrevista a Silvonei José do Vatican News, que a Laudato si' foi escrita pelo Papa quando a Repam "não tinha nem 1 ano de idade" e se tornou a carta da intenções e ações da entidade. Um incentivo para avançar no tema do cuidado das pessoas e da casa comum muito incentivado por Francisco, mas que começou ainda com outros Pontífices:

"E isso vem já de antes também, com toda preocupação já do Papa João Paulo II, que andou por esse mundo beijando o chão, celebrando a Eucaristia, nos grandes espaços da sociedade, para dizer que esse mundo é santo, que esse lugar é sagrado e nós precisamos cuidar dele."

O trabalho de 'polinizadores' da Repam

Cuidar e não destruir a casa comum criada por Deus, reforçou o Ir. João, "isso é evangelização a partir da espiritualidade da criação". Uma missão encabeçada pela Repam que está presente em 9 países, uma área de mais de 7 milhões e 500 mil quilômetros quadrados com 105 jurisdições eclesiásticas e forte presença da Vida Consagrada e de atividades dos leigos, sobretudo das mulheres: dessa forma, eles precisam ser "polinizadores, trazendo o bem daqui, somando com aquele de lá para dar uma visão mais sistêmica, mais Pan-Amazônica" do trabalho realizado a partir da Igreja para a sociedade. A Repam "nasce de muita vida doada", "é uma Igreja de muitos mártires", reiterou Ir. João, "de pessoas martirizadas há décadas porque doam a vida, como o próprio Padre Ezequiel Ramin".

"A Repam tem encontrado cada vez mais o seu foco na questão do direitos humanos, na defesa e no cuidado das comunidades e das pessoas em situação de fragilidade, da questão de ameaças, trazendo um apoio humanitário, mas também um apoio através de organismos internacionais para construir uma defesa dessas realidades também com a denúncia e o acompanhamento dessas pessoas porque, infelizmente, não todos os seres humanos têm um pensamento bom em uma atitude boa, então nós precisamos somar o lado do bom, do bem e do belo para que vença a vida. O sofrimento é grande, mas a esperança é maior ainda."

“O mundo precisa da Amazônia e a Amazônia precisa do mundo, ninguém é melhor do que o outro. Nós precisamos estar conectados, pensando um conjunto da humanidade do nosso planeta Terra.”

Ouça a entrevista de Ir. João concedida a Silvonei José:

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/06/06/17/138011717_F138011717.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

TEOLOGOA: Lendo o Vaticano II na continuidade da Tradição

Bonifácio Honings, Iter fidei et rationis. Theologica-Moralia-Iura, Lateran University Press, Roma 2004, 3 vols | 30Giorni

Arquivo 30Dias – 06/2007

Lendo o Vaticano II na continuidade da Tradição

O presidente emérito da Pastoral dos Agentes de Saúde revisa a Miscelânea de ensaios sobre teologia dogmática, moral e jurídica do Padre Bonifácio Honings.

do Cardeal Fiorenzo Angelini

As mais de duas mil páginas dos três volumes que, na forma de Miscellanea , reúnem ensaios sobre teologia dogmática ( Theologica ), teologia moral ( Moralia ) e doutrina jurídica ( Iura ) publicados durante um período de cinquenta anos pelo estudioso e religioso O Carmelita Descalço, Professor Bonifácio Honings, antes de ser uma mina de ciência, são um testemunho de como é possível – e no caso do meu querido amigo foi – transformar a cátedra de uma faculdade teológica numa eficaz escola de vida. Isto explica porque o Padre Honings, tão solicitado tanto pela sua própria ordem religiosa como pela Cúria Romana, combinou os seus compromissos académicos com os mais propriamente eclesiais, ocupando cargos importantes tanto nos mais altos órgãos de governo da ordem dos Carmelitas Descalços como em numerosos dicastérios. pontifício. De fato, no Padre Honings, ao lado do professor, sempre existiu um amante do conhecimento entendido como descoberta do sentido da vida e do destino do homem e, portanto, do conhecimento que pode ser transformado em norma de ação. Deste ponto de vista, é muito interessante a abordagem interdisciplinar do Padre Honings aos temas fundamentais abordados nos ensaios reunidos nesta Miscelânea . Na verdade, ele tem o mérito e o mérito de identificar, mesmo no mais abstrato dos argumentos teológicos, o fio moral; o mesmo em artigos dedicados a temas jurídicos. Esta abordagem foi certamente influenciada pelo facto de o ensino predominante do Padre Honings ser o da teologia moral especial, embora eu continue convencido de que a espiritualidade dos grandes reformadores do Carmelo, Teresa de Jesus e João da Cruz, de quem o Padre Honings confirma ele mesmo, em cada página de seus escritos, como um filho fiel. Apresentando a Miscelânea de ensaios, o Cardeal Dionigi Tettamanzi fala com razão do "caráter clarividente e um tanto profético" de muitos dos artigos do Padre Honings, sublinhando a sua solidez, originalidade, coragem, "de fato, audácia" e "rigorosa fidelidade" ao ensino do magistério eclesiástico. O arcebispo de Milão acrescenta: «Intimamente ligados ao estudo, queremos recordar aqui a mente e o coração do professor de Latrão: uma mente e um coração ricos de verdadeira paixão apostólica, que se exprimiu na oferta de muitos estudantes à Igreja na posse de as condições teológicas e culturais para se tornarem, por sua vez, autênticos protagonistas da nova evangelização”.

Obviamente, um julgamento, mesmo que de caráter geral, do riquíssimo conteúdo desta Miscelânea pode partir de diversos ângulos. Gostaria, no entanto, de sublinhar uma que, na minha opinião, explica a relevância dos estudos e ensaios do Padre Honings: consiste na capacidade de ler os documentos do Concílio Vaticano II com grande abertura, mas em nome da continuidade com a doutrina teológica, a natureza moral e jurídica da tradição da Igreja. Não é um mérito marginal, mas de grande importância, depois de muitas décadas de confusão terminológica e conceptual na leitura, interpretação e aplicação dos ensinamentos e diretivas do Concílio Vaticano II. Muitas vezes persistimos, e persistimos ainda hoje, em olhar para este ensinamento como uma superação ou mesmo como uma antítese não só da teologia, mas também da catequese tradicional. Esta atitude deu origem, no próprio campo teológico, à perniciosa oposição - emprestada da linguagem política - entre conservadores e progressistas, como se fosse possível, no campo religioso, progredir sem salvaguardar e enriquecer o património doutrinal transmitido do origens. Nas coisas do espírito, o progresso é a vida que continua e avança porque encontra a sua força na seiva da sua fonte. Não é necessário recordar os danos causados ​​pela referida abordagem errada, que não deixou de se refletir no ensino, na catequese do povo e, em sentido geral, em toda a ação evangelizadora da Igreja.

Padre Bonifácio Honings | 30Giorni

Nos ensaios do Padre Honings reunidos nesta Miscelânea , registamos com espanto e admiração motivada a sua capacidade de captar em muitos textos do Vaticano II, especialmente no que diz respeito à doutrina sobre a Igreja e os sacramentos, o impulso inovador em termos de prática pastoral, demonstrando, ao mesmo tempo, que é precisamente identificando este aspecto inovador que os dados tradicionais podem ser melhor compreendidos e valorizados. Ele parece aplicar passo a passo também à teologia o antigo ditado – geralmente aplicado à Sagrada Escritura – segundo o qual o novum in vetere latet e o vetus in novo patet . Pois bem, esta capacidade vem ao Padre Honings da preocupação constante de descobrir, mesmo nas mais altas declarações teológicas, um apelo prático, uma diretriz para a vida. Mas gostaria também de recordar um aspecto da atividade científica e cultural do Padre Honings que talvez seja menos conhecido. Pessoalmente, estou particularmente grato ao Padre Honings pela múltipla forma de colaboração que tive o privilégio de utilizar, primeiro como chefe do dicastério pontifício da Pastoral dos Trabalhadores da Saúde, do qual o Padre Honings foi consultor, intervindo também com suas palestras em conferências internacionais anuais promovidas pelo dicastério e preparando ensaios publicados na revista do Pontifício Conselho Dolentium hominum Igreja e saúde no mundo . Além disso, não posso deixar de mencionar a participação assídua do Padre Honings, com a sua lição fundamental, em todos os Congressos anuais promovidos, a partir de 1997, pelo Instituto Internacional de Pesquisa sobre o Rosto de Cristo e a sua presença na redação da revista Il Volto dei Volti que, muitas vezes, hospeda seus ensaios teológico-espirituais. Esta colaboração com este ilustre mestre, que se tornou habitual para mim, deu-me a oportunidade de descobrir nele um exemplo e um guia para a riqueza dos seus conhecimentos, a coerência das suas posições, o entusiasmo do seu trabalho, a grande pastoral disponibilidade . Ao expressar o meu mais sincero apreço por esta notável publicação da Editora Universitária Lateranense, desejo ao Padre Bonifácio Honings que estes três volumes continuem no tempo as lições que ele ensinou durante muitos anos na cátedra universitária.

 Fonte: https://www.30giorni.it/

Francisco: o sacerdote não caminha sozinho, deve tecer uma forte rede de relações fraternas

Papa Francisco recebe os participantes da Plenária do Dicastério para o Clero ma Sala Clemetina (Vatican Media)

Na audiência com os participantes na Plenária do Dicastério para o Clero, o Papa sublinhou três aspectos: a formação, a atenção às vocações e o ministério do diaconato permanente sobre cuja identidade está em curso uma reflexão: "Permanecer atentos aos sinais do Espírito, amadurecer na dimensão humana e espiritual, encontrar as linguagens adequadas para evangelização".

Adriana Masotti/Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (06/06), na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes da plenária do Dicastério para o Clero, centrada em três aspectos: a formação permanente dos sacerdotes, a promoção das vocações e o diaconato permanente. No seu discurso, o Pontífice sublinhou a importância de os sacerdotes viverem numa rede de relações fraternas porque “o caminho não se faz sozinho” e recomendou a criatividade e a escuta do Espírito para enfrentar os desafios do presente.

A gratidão do Papa

O Papa saudou com afeto os participantes da audiência, aproveitando a ocasião para expressar a sua gratidão aos sacerdotes e diáconos de todo o mundo:

Muitas vezes alertei contra os riscos do clericalismo e da mundanidade espiritual, mas sei bem que a grande maioria dos sacerdotes faz o possível com tanta generosidade e espírito de fé para o bem do povo santo de Deus, carregando o peso de muitos esforços e enfrentando desafios pastorais e espirituais que às vezes não são fáceis.

A formação recebida no Seminário não é suficiente

Francisco disse uma palavra sobre cada um dos três temas sobre os quais se desenvolveu o trabalho da Plenária, começando pelo tema central da formação dos sacerdotes. Uma formação que, sublinhou, deve ser permanente, ainda mais num mundo em constante mudança como o atual. Portanto, não é possível pensar que a formação recebida no Seminário seja suficiente.

Em vez disso, somos chamados a consolidar, fortalecer e desenvolver o que temos no Seminário, num caminho que nos ajude a amadurecer na dimensão humana, a crescer espiritualmente, a encontrar as linguagens adequadas para a evangelização, a aprofundar o que precisamos para enfrentar adequadamente as novas questões do nosso tempo.

Muitos sacerdotes estão muito sozinhos

A questão da solidão que muitas vezes é vivida pelos sacerdotes é fundamental para Francisco. "O caminho não se faz sozinho", afirmou, notando quantos sacerdotes não podem contar com a "graça do acompanhamento" e com o "salva-vidas" representado pelo "sentimento de pertença".

Tecer uma forte rede de relações fraternas é uma tarefa prioritária da formação permanente: o bispo, os sacerdotes entre si, as comunidades com os seus pastores, os religiosos e as religiosas, as associações, os movimentos: é indispensável que os sacerdotes se sintam "em casa". Vocês, como Dicastério, já começaram a tecer uma rede global: recomendo que façam tudo o que puderem para garantir que esta onda continue e dê frutos em todo o mundo.

Não se resignar com a queda das vocações

A queda das vocações sacerdotais e da vida consagrada é “um dos grandes desafios do Povo de Deus”, observou o Papa, mas a crise diz respeito também às vocações para o matrimônio. Por isso, explicou, nas últimas mensagens para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o olhar se voltou para “todas as vocações cristãs”, em particular para a “vocação fundamental que é o discipulado” que une todos os batizados. O Pontífice advertiu:

Não podemos nos resignar ao fato de que para muitos jovens a hipótese de uma oferta radical de vida tenha desaparecido do horizonte. Em vez disso, devemos refletir juntos e permanecer atentos aos sinais do Espírito e esta tarefa também vocês podem realizar graças à Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais. Convido-os a reativar esta realidade, de uma maneira adequada aos nossos tempos.

A contribuição para a reflexão sobre o diaconato permanente

Em seguida, o Papa abordou o terceiro tema da assembleia plenária: o diaconato permanente, cuja “identidade específica” é frequentemente questionada hoje. O convite é para contribuir com a reflexão sobre esse ministério, conforme recomendado pelo Relatório de Síntese da Primeira Sessão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em outubro passado, concentrando-se na “diaconia da caridade e do serviço aos pobres”. 

Acompanhar essas reflexões e desenvolvimentos é uma tarefa muito importante de seu Dicastério. Eu os encorajo a trabalhar para isso e a empregar todas as forças necessárias.

Por fim, Francisco convidou a trabalhar sempre “para que o povo de Deus tenha pastores segundo o coração de Cristo”, acompanhados por Maria, “modelo de toda vocação”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Antônio Maria Gianelli

Santo Antônio Maria Gianelli (A12)
07 de junho
Santo Antônio Maria Gianelli

Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. Sua família era de camponeses pobres e neste ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo na sua paróquia e foi educado no Seminário de Gênova.

Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital, no qual defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes.

Em 1827 criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de Santo Afonso Maria de Ligório, destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e a organização do clero.

Depois fundou uma congregação feminina, destinada à educação gratuita das meninas carentes. Era na verdade o embrião da Congregação religiosa que seria fundada em 1829, as "Filhas de Maria Santíssima do Horto".

Em 1838 foi nomeado Bispo, reorganizando sua diocese. Punia os padres pouco zelosos e até mesmo expulsava os indignos.

Morreu no dia 07 de junho de 1846, aos cinqüenta e sete anos. Na obra escrita que deixou expõem seu pensamento: a moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Muitos homens e mulheres foram chamados por Deus para formarem novas famílias religiosas. A vida consagrada apresenta-se ao mundo como uma forma alternativa de estar no mundo e lutar pela sua transformação. Que Deus continue alimentando as vocações para a vida religiosa, feminina e masculina, e desperte nos jovens o desejo de servir a Deus, a exemplo de Antonio Gianelli.

Oração:

Santo Antonio Maria Gianelli, fundador de duas congregações religiosas, intercedei junto a Deus para que dê aos nossos sacerdotes essa mesma fidelidade para serem agradáveis a Deus e verdadeiros testemunhos para o povo. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 6 de junho de 2024

6 de junho de 1944: o dia em que Pio XII se tornou Defensor Civitatis

Soldados canadiens membros do Royal 22e Régiment em audiência com Pie XII, após a libertação de Roma em 1944 | Domínio público

Por Camille Dalmas – publicado em 06/06/24

Enquanto a memória francesa, britânica e americana associa o dia 6 de junho de 1944 ao desembarque na Normandia, na Itália a data está associada à libertação de Roma e à obra de Pio XII, Defensor Civitatis.

"Roma, que ainda ontem temia pela vida dos seus filhos e filhas, pelo destino de tesouros incomparáveis ​​da religião e da cultura, que tinha diante dos seus olhos o terrível espectro da guerra e da destruição inimaginável, olha hoje com nova esperança e confiança reforçada para sua salvação. Na terça-feira, 6 de junho de 1944, enquanto as tropas aliadas desembarcavam nas praias da Normandia, o Papa Pio XII celebrava na Praça de São Pedro uma grande vitória: a libertação de Roma pelas tropas americanas do general Mark Wayne Clark, que havia ocorrido entre 4 e 5 de junho, sem grandes confrontos.

Mas a história poderia ter sido muito diferente. Como única autoridade em Roma contra os ocupantes nazistas desde o armistício assinado pelos italianos em 8 de setembro de 1943, Pio XII fez todo o possível para proteger a cidade, os seus habitantes e o seu património cultural e religioso único. Durante vários anos, lançou uma verdadeira organização humanitária, coordenando a recepção de milhares de refugiados, muitos dos quais vieram do sul do Lácio após o desembarque em Anzio em Janeiro de 1944.

Vitória nas colinas do Lácio

Em Março de 1944, na sequência de um ataque da resistência italiana contra as forças de ocupação, Hitler exigiu duras represálias, que culminaram no massacre de Adreatine: 335 civis, muitos deles judeus, foram assassinados. As tensões aumentaram ainda mais com a derrota dos exércitos do marechal Kesselring em Junho, durante a qual a Santa Sé trabalhou ativamente - mas discretamente - para convencer as forças de ocupação e os aliados a não entregarem Roma à guerra e à destruição. Alguns bairros foram bombardeados e Pio XII foi ao encontro das vítimas.

As forças aliadas finalmente venceram o conflito brutal que travaram contra os ocupantes nas colinas do Lácio, encerrando seis meses de combates acirrados. Agora eles estavam às portas de Roma. Para se preparar, os alemães minaram todas as pontes sobre o Tibre, bem como todos os centros nervosos da capital. E havia o medo de um bombardeamento de Roma pelos exércitos americanos, que não hesitaram em arrasar cidades inteiras a sul da capital nos meses anteriores. Churchill, que tinha visto Londres esmagada pelas bombas, não viu problema em sacrificar a capital italiana.

Em 4 de junho, os alemães decidiram abandonar a Cidade Eterna quando as primeiras unidades aliadas, canadenses, acompanhadas por guerrilheiros comunistas, entraram. Ao saber da notícia, o Papa Pio XII colocou a cidade sob a proteção da Virgem Maria. No final, os explosivos alemães não detonaram e a artilharia aliada permaneceu em silêncio. Declarada “cidade aberta”, a antiga cidade foi salva. A cidade foi completamente libertada no dia seguinte.

“Contenha os instintos de ressentimento, vingança e egoísmo”

Um dia depois, no dia 6 de junho, o Papa Pio XII decidiu saudar a grande multidão de romanos que se reunia na Praça de São Pedro, em Roma. Ele pronunciou as palavras acima mencionadas e depois agradeceu a Deus e à Virgem Maria por terem inspirado ambas as partes com “intenções de paz e não de aflição” para preservar Roma.

Num momento em que começaram os primeiros expurgos na cidade e em muitas outras cidades italianas, o Pontífice pediu ao povo que superasse “os impulsos de discórdia interna e externa com um espírito de amor fraterno e magnânimo”. O objetivo era evitar a forte repressão do exército alemão, que muitas vezes realizava massacres nos locais que abandonava. “Restringir os instintos de ressentimento, vingança e egoísmo”, insistiu, pedindo-lhes que cuidassem dos mais pobres.

As forças nazistas, que haviam tentado manipular Pio XII durante aqueles meses perigosos, guardavam um forte rancor contra a Santa Sé, e a propaganda nazista afirmou em agosto de 1944 que "a Igreja está interessada nos judeus e nos comunistas, os inimigos da humanidade". Os romanos, por sua vez, nunca esqueceram a ação protetora de Pio XII, concedendo-lhe o título de Defensor Civitatis – o defensor da cidade.

Fonte: https://es.aleteia.org/

São Norberto

São Norberto (A12)
06 de junho
São Norberto

Norberto nasceu por volta de 1080 na Alemanha. Filho mais novo de uma família da nobreza, podia escolher entre a carreira militar e a religiosa. Norberto escolheu a vida religiosa, mas vivia despreocupado e numa vida de luxo e festas constantes. Um dia foi atingido por um raio enquanto cavalgava no bosque.

Quando o jovem nobre despertou do desmaio, ouviu uma voz que lhe dizia para abandonar a vida mundana e fosse praticar a virtude. A partir daquele instante abandonou a família, amigos, posses e a vida dos prazeres. Passou a percorrer na solidão, com os pés descalços e roupa de penitente, os caminhos da Alemanha, Bélgica e França.

Talvez envergonhado pelo passado, empreendeu a luta por reformas na Igreja, visando acabar com os privilégios dos nobres no interior do cristianismo. Fundou a Ordem dos Cônegos Regulares Premonstratenses, conhecidos como Monges Brancos por causa da cor do hábito.

Em 1126 foi nomeado Arcebispo de Magdeburgo e escolhido para conselheiro espiritual do rei. Norberto morreu no dia 06 de junho de 1134.

Ele foi canonizado, em 1582, pelo papa Gregório XIII

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

São Norberto é considerado um dos maiores reformadores eclesiásticos do século doze. Atualmente existem milhares de monges da Ordem de São Norberto, em vários mosteiros encontrados em muitos países de todos os continentes, inclusive no Brasil. A vida monástica testemunha ao mundo que vale a pena dedicar-se totalmente a Cristo, pelo trabalho e oração. Rezemos hoje por todos os monges do mundo, de modo especial pelos premonstratenses.

Oração:

Ó Deus, que fizestes de São Norberto fiel ministro da vossa Igreja, pela oração e zelo pastoral, concedei-nos por suas preces e méritos, alcançar um dia, com a vossa graça, a realização de tudo o que nos ensinou por palavras e exemplos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!


Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF