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sábado, 8 de junho de 2024

Imaculado Coração de Maria

Imaculado Coração de Maria (Cruz Terra Santa)

Uma devoção mundialmente conhecida

O Imaculado Coração de Maria é um título mariano e uma devoção que se destacou bastante desde as aparições em Fátima e ganhou notório reconhecimento com as revelações feitas por Jesus Cristo à Beata Alexandrina de Balazar.

A mensagem da Beata

A Beata Alexandrina de Balazar foi responsável por espalhar a mensagem de Jesus pedindo que o mundo fosse consagrado ao Imaculado Coração de Maria. Tal consagração foi oficializada pelo Papa Pio XII.

O pedido de Jesus

A Beata recebeu o pedido do próprio Jesus no ano de 1935. Na ocasião, Jesus disse a ela: "Manda dizer ao teu Pai espiritual que, em prova do amor que dedicas à Minha Mãe Santíssima, quero que seja feito todos os anos um ato de consagração do mundo inteiro num dos dias das suas festas escolhido por ti: ou Assunção, ou Purificação, ou Anunciação, pedindo a esta Virgem sem mancha de pecado que envergonhe e confunda os impuros, para que eles arrecuem caminho e não Me ofendam. Assim como pedi a Santa Margarida Maria para ser o mundo consagrado ao Meu Divino Coração, assim o peço a ti para que seja consagrado a Ela com uma festa solene".

A Consagração

O Papa Pio XII, aceitando os pedidos realizados por Jesus Cristo ao Padre Mariano Pinho, que era diretor espiritual da beata Alexandrina de Balazar, realizou, no dia 31 de Outubro de 1942, uma solenidade de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Essa solenidade complementou a consagração do Gênero Humano ao Sagrado Coração de Jesus, que foi feita alguns anos antes pelo Papa Leão XIII, ao aceitar o pedido feito pela Beata Irmã Maria do Divino Coração.

Sagrado Coração de Maria e os pastorinhos

Segundo a história dos pastorinhos de Fátima, Nossa Senhora, após mostrar a visão do Inferno a Francisco Marto, Lúcia dos Santos e Jacinta, revelou o "Segredo" a eles. Irmã Lúcia contava que Nossa Senhora disse: "...para salvar as almas, Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração”.

O objetivo da devoção ao Imaculado Coração de Maria

Assim, o principal objetivo da devoção ao Imaculado Coração de Maria é conquistar a paz e a salvação das almas. Como a Virgem Maria disse à Irmã Lúcia, "Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz. A guerra vai acabar". Ao dizer tais palavras, Nossa Senhora deixou seu pedido bastante claro.

A escolha de Deus

Pode-se dizer que Deus escolheu o Imaculado Coração de Maria, que não cometeu pecados, para que, do mesmo modo como Jesus nosso salvador veio por Ela, por intermédio Dela a humanidade alcance a salvação. Nossa Senhora afirma: “Se fizerem o que eu vos disser, Salvar-se-ão muitas almas e terão a paz”.

Oração ao Imaculado Coração de Maria

“Ó Coração Imaculado de Maria,
Repleto de bondade, mostrai-nos o Vosso amor.
A chama do vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens!
Nós Vos amamos infinitamente!
Imprimi nos nossos corações o verdadeiro amor,
para que sintamos o desejo de Vos buscar incessantemente.
Ó Maria, Vós que tendes um Coração suave e humilde
lembrai-vos de nós quando cairmos no pecado.
Vós sabeis que todos os homens pecam.
Concedei que, por meio de Vosso Imaculado e Materno Coração,
sejamos curados de toda doença espiritual.
Fazei que possamos sempre contemplar a bondade de Vosso Materno Coração
e nos convertamos por meio da chama do Vosso Coração.
Amém.”

 Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

O Papa: não transformemos a água em objeto de exploração

Água (Vatican News)

Apelo do Papa em sua mensagem ao Evento sobre a Ação Oceânica “Imersos em Mudanças”, que se realiza na Costa Rica: “Valorizemos sua utilidade comum na segurança alimentar, seu humilde trabalho na regulação do clima, lutemos contra a poluição para restaurar sua preciosa beleza e não violemos sua pureza, deixando-a como um legado para as próximas gerações”.

Vatican News

O Papa Francisco escreveu uma mensagem ao Embaixador da Costa Rica junto à Santa Sé, Sr. Federico Zamora Cordero, agradecendo o convite para participar do Evento de Alto Nível sobre a Ação Oceânica “Imersos em Mudanças”, que se realiza em San José nos dias 7 e 8 de junho.

Francisco inicia sua mensagem recordando a emblemática imagem da cidade de Roma com o deus grego Oceano que percorre as ruas da cidade com sua carruagem de cavalos marinhos guiada por tritões, “como se a cidade estivesse imersa no domínio do mar”. E explica: “Dessa forma, os antigos queriam celebrar a chegada da água ao centro da cidade, que assim recuperou sua majestade após anos de fome e carestias, impostos pelas guerras que destruíram suas infraestruturas”. Ponderando em seguida “A água é necessária para a vida do homem, nenhum progresso, nem mesmo o social, pode subsistir sem ela; até mesmo a grande cidade de Roma está imersa no oceano conceitual do poder das águas. Aqueles que nos antecederam a honraram, não apenas em sua arte, mas com orações em louvor ao Criador".

Transformamos algo útil em objeto de exploração

Depois afirma que “é lamentável notar que deturpamos esses epítetos ao transformar o que é útil, como a água, em um objeto de exploração”. “Ultrajamos a água, que realiza um trabalho humilde e silencioso para o bem comum. E, em vez de considerar esse dom de Deus como precioso, nós o transformamos em uma moeda de troca, um motivo de especulação e até mesmo um veículo de extorsão”, afirma ainda o Papa. “São Francisco de Assis”, continua, “no Cântico das Criaturas, evoca-a como “irmã água”, chamando-a de “útil, humilde, preciosa e casta”.  Ainda citando Roma, recorda que “a Acqua Vergine que brota da Fontana de Trevi deve seu nome a uma jovem donzela do vilarejo que corajosamente indicou aos legionários romanos onde ficava a fonte, que também era altamente valorizada por sua pureza. Toda essa bondade que a água proporciona às pessoas simples corre o risco de ser quebrada pela maldade, pelo egoísmo e desprezo pelos outros”.

Recuperar os adjetivos de São Francisco

Concluindo sua mensagem afirma: “Que a imagem dessa bela fonte romana nos ajude a perceber que toda a nossa civilização está imersa no oceano, que entendamos que é necessária uma mudança radical para recuperar o significado desses adjetivos de São Francisco: útil, humilde, preciosa e casta". Destacando tais palavras conclui: "Valorizemos sua utilidade comum na segurança alimentar, seu humilde trabalho na regulação do clima, lutemos contra a poluição para restaurar sua preciosa beleza e não violemos sua pureza, deixando-a como um legado para as próximas gerações”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Tragédia climática e prestação de contas

Tragédia climática no RS (ClimaInfo)

TRAGÉDIA CLIMÁTICA E PRESTAÇÃO DE CONTAS

Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois ‘Deus ama a quem dá com alegria’” (2Cor 9,7) 

Em nome de todos os atingidos pela tragédia do excesso de chuvas e suas consequências no RS, sobretudo em nome dos que estão sendo ou serão auxiliados em nossa Diocese de Santa Cruz do Sul, vos saudamos como irmãos e irmãs, desejando Paz e Bem. 

Assim que as chuvas e enchentes, com suas consequências, foram acontecendo no RS, o apelo à solidariedade (caridade) também se fez sentir, e de muitas formas. Cada um começou a se manifestar, segundo sua possibilidade e generosidade: Alguns ajudaram a salvar vidas; outros deram abrigo a pessoas atingidas pela água; inúmeros ofereceram alimentos, roupas, material de higiene, enfim, o que era mais urgente para cada situação. Em pouco tempo se formou uma corrente de solidariedade humana, para nós, fundamentada na fé e na esperança cristã. As mãos erguidas em súplica, também se estenderam para os lados, onde encontraram os necessitados que precisavam de inúmeras formas de ajuda, em quase todo Estado do Rio Grande do Sul, de forma bem urgente também em nossa diocese, seja nas Paróquias do Vale do Taquari como no Vale do Jacuí.  

Entre as muitas formas de solidariedade, também encontramos o remédio da escuta, da palavra amiga, do abraço consolador, da lágrima silenciosa, da prece compartilhada, do olhar compassivo e caridoso. 

Finalmente, não poderia faltar a ajuda de recursos financeiros que, somados à responsabilidade do bem público, podem contribuir para aliviar as necessidades mais imediatas e para recuperar a esperança de quem precisa recomeçar. Sim, é tempo de esperançar! E cada um pode e deve fazer a sua parte.  

A transparência nas informações é um direito que os doadores merecem da parte de quem aplica os valores coletados. Doações sempre são ‘sagradas’, pois é preciso respeitar as intenções de quem doa. Aqui se trata de solidariedade, de caridade. Assim sendo, as contas da Diocese de Santa Cruz do Sul coletaram, até o dia 03/06/2024, o valor de R$ 891.877,52. Deste total, até agora, foram aplicados 28.834,95. Ainda estamos na fase de contatos presenciais e de telefone para um amplo levantamento das necessidades mais urgentes em nossas paróquias. Os valores serão destinados prioritariamente para as comunidades e seus membros participantes e mais atingidos. Os gastos se concentrarão para a aquisição de eletrodomésticos, móveis e outros utensílios de necessidade básica, quando as pessoas retornam para suas casas ou precisam recomeçar tudo, em outro lugar. Se possível, a aquisição dos produtos se fará em empresas de nossas próprias comunidades ou cidades que, em muitos casos, também precisam de recuperação ou podem facilitar os valores e o transporte. 

Para concluir, é preciso externar um profundo agradecimento a todas as pessoas, que se solidarizaram com os necessitados e às que ainda ajudam ou ajudarão, sejam de nossa diocese ou de outras. Muitas já manifestaram atitudes heroicas e solidárias de defesa da vida e de sua dignidade; que se uniram em oração pelos atingidos e doaram bens materiais ou valores monetários significativos para esperançar quem precisa continuar a luta da vida ou recomeçar tudo de novo. Outros sentir-se-ão convocados a seguir auxiliando os que sofrem. O amor ao próximo, a caridade, é o ato mais nobre que a pessoa humana pode realizar. O verdadeiro amor é divino, pois é dom de Deus. Ele o merece sempre e nós todos o precisamos nas diversas situações da vida, como agora na tragédia climática que estamos vivendo. Por isso, continuemos a amar e a esperançar! 

 Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa Francisco: a paz é reconhecer e acolher o outro

Papa Francisco com os novos embaixadores credenciados junto à Santa Sé (Vatican Media)

"A paz é fruto de relacionamentos que reconhecem e acolhem o outro em sua dignidade inalienável”. São palavras do Papa Francisco aos novos embaixadores credenciados junto à Santa Sé na manhã deste sábado (08/06) no Vaticano.

Vatican News

Na manhã deste sábado (08/06) o Papa Francisco recebeu no Vaticano as credenciais dos novos embaixadores junto à Santa Sé dos seguintes países: Etiópia, Zâmbia, Tanzânia, Burundi, Catar e Mauritânia. O Papa iniciou sua saudação sugerindo uma breve reflexão sobre três palavras : família, esperança e paz, “que podem orientá-los em seu serviço”.

Família humana

Ao falar sobre a família, primeira palavra proposta, recordou que embora cada um tenha sua própria história, cultura tradição e identidade “ao mesmo tempo fazem parte de uma única família humana”. “O nobre trabalho da diplomacia”, continuou Francisco, “em ambos os níveis, bilateral e multilateral, visa promover e fomentar esses valores, que são indispensáveis para o desenvolvimento autêntico e integral de cada pessoa, bem como para o progresso dos povos”. Depois de citar os vários flagelos que afligem as famílias das nações, com guerras, refugiados, saúde inadequada, falta de comida, água, tráfico de pessoas, as mudanças climáticas e suas vítimas, sobretudo entre os mais frágeis disse que “estes desequilíbrios globais contribuem à perda da esperança, especialmente entre os jovens”.

“À luz desses desafios, é essencial engajar-se em um diálogo prospectivo, construtivo e criativo, baseado na honestidade e na abertura, para encontrar soluções compartilhadas e fortalecer os laços que nos unem como irmãos e irmãs na família global”

Pensar nas novas gerações

“Nesse sentido”, continuou, “também devemos nos lembrar de nossas obrigações com as gerações futuras, perguntando-nos em que tipo de mundo queremos que nossos filhos e aqueles que virão depois deles vivam”. Ponderando ainda que a resposta está na segunda palavra proposta como reflexão; “esperança”.        

“Diante da incerteza sobre o futuro, é fácil ficar desanimado, pessimista e até cínico. No entanto, a esperança nos leva a reconhecer o bem que está presente no mundo e nos dá a força necessária para enfrentar os desafios de nossos dias”

“Por esse motivo”, disse ainda o Pontífice, “gosto de pensar em vocês, queridos embaixadores, como sinais de esperança, porque são homens e mulheres que buscam construir pontes entre os povos, e não muros”.

Papa Francisco com os novos embaixadores credenciados junto à Santa Sé (Vatican Media)

Reconhecer e acolher o outro

Com relação à terceira palavra a ser refletida, a paz, o Papa recordou que esta é “fruto de relacionamentos que reconhecem e acolhem o outro em sua dignidade inalienável”. Reiterando em seguida que “somente quando deixamos de lado a indiferença e o medo é que um clima genuíno de respeito mútuo pode florescer, levando a uma concórdia duradoura”.  Concluiu o encontro com este auspício: “Espero que, no exercício de seu papel como diplomatas, vocês sempre se esforcem para ser pacificadores, aqueles abençoados pelo Todo-Poderoso”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Efrém

Santo Efrém (A12)
08 de junho
Santo Efrém

Efrém nasceu no ano 306, na cidade de Nisibi, atual Turquia. Cresceu em meio a graves conflitos de ordem religiosa e heresias, que surgiam tentando abalar a unidade da Igreja. Mas todos eles só serviram de fermento para o fortalecimento de sua fé em Cristo e Maria.

O pai de Efrém era sacerdote pagão e sua mãe cristã. Ele foi educado na infância entre a dualidade do paganismo do pai e do cristianismo da mãe, mas o patriarca da família jamais aceitou a fé professada pelo filho e expulsou-o de casa. Efrém foi batizado aos dezoito anos.

No ano 338, Nisibi foi invadida pelos persas. Efrém, então diácono, se deslocou para a cidade de Edessa. Os poucos registros sobre sua vida nos contam que era muito austero. Ele dirigiu e lecionou uma escola que pregava e defendia os princípios cristãos, escrevendo várias obras sobre o tema.

Seus sermões atraiam multidões e sua escola era muito concorrida, pelo conteúdo didático simples e exortativo, atingindo diretamente o povo mais humilde. Por sua linguagem poética recebeu o apelido carinhoso de "a Harpa do Espírito Santo". Para Nossa Senhora dedicou mais de vinte poemas transformados em hinos.

Efrém morreu no dia 09 de junho de 373 e é venerado neste dia por sua santidade, tanto pelos católicos do Oriente como do Ocidente.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

São Efrém destacou-se na vida cristã como alguém dedicado ao serviço dos mais sofredores. Soube usar da arte sacra, sobretudo da música, para evangelizar e fazer o nome de Jesus conhecido. Ainda hoje os artistas cristãos colaboram no projeto da missão, fazendo o evangelho conhecido através da música, da arquitetura, poesia e pinturas.

Oração:

Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de dissipação, de domínio e de palavra vã. Concede a teu servo o espírito de temperança, de humildade, de paciência e de caridade. Sim, Senhor e Rei, concede-me que eu veja as minhas faltas e que não julgue a meu irmão, pois Tu és bendito pelos séculos dos séculos. Amém!


Fonte: https://www.a12.com/

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus (Apostolado da Oração)

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus com São João Evangelista ao pé da cruz, quando um soldado romano com uma lança atravessou o lado de Jesus. “E de seu coração aberto jorrou sangue e água”. Dessa maneira Jesus revelou seu amor e sua doação por nós. O Coração de Jesus conhece a fundo a cada um de nós e se revela como um coração bondoso e misericordioso. Jesus nos diz “vinde a mim vós todos que estais aflitos e cansados que vos aliviarei”.

O primeiro devoto do Coração de Jesus no Brasil nascente de São José de Anchieta, ele escreveu versos sobre o Coração de Jesus “a lança que abriu-lhe o peito...”. Ele estava já se antecipando nessa devoção, ele não publicava porque não estava ainda aprovada.

Santa Margarida Maria Alacoque foi uma das principais religiosas da Igreja a propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ela nasceu na Aldeia de Lautecour, na Borgonha, em 1647. Nessa época apesar de já existir, a veneração não era muito conhecida. A sua missão foi dar-lhe impulso e difusão universal, adaptá-la às necessidades da Igreja Católica nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.

Ela teve uma revelação do Sagrado Coração de Jesus quando ouviu: “Meu coração Divino está inflamando de amor pelos homens e por ti. Preciso difundir as chamas do meu coração para enriquecer a todos com os preciosos tesouros do meu coração. Assim nasceu a festa do Sagrado Coração de Jesus.

A mais célebre das aparições foi em 1675, quando Jesus pediu a Santa Margarida Maria que fosse estabelecida uma festa para honrar seu Coração: a sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, comungando-se nesse dia e buscando desagravá-lo com atos fervorosos.

Roma autorizou somente 90 anos mais tarde, em 1765, com missa própria. Somente em 1856, a pedido dos bispos da França foi estendida à Igreja universal.

Na visão de 1688 Jesus indicou o papel que as visitandinas e os padres jesuítas deviam ter na difusão da devoção ao Sagrado Coração.

Que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus continue proporcionando a cada pessoa o alívio das dores, a certeza da paz, a alegria do amor, o incentivo para missão, a disposição para a caridade, o desejo de servir ao irmão.

Tríplice Plano do Salvador revelado a Santa Margarida

- Primeiro, atrair os corações endurecidos dos pecadores e retirá-los assim do abismo da perdição. Deverão, depois, expor e venerar a sua imagem, em particular nas primeiras sextas-feiras de cada mês e consagrar-se a ele com confiança. Em troca, afastará deles os castigos merecidos por seus pecados, derramará sobre eles os tesouros incomparáveis de suas graças e tornar-se-á para eles “um lugar de refúgio, uma fortaleza e um asilo seguro para a vida toda e principalmente na hora da morte”.

- Reconduzir, depois, as comunidades ao fervor e à caridade. Para isso, além do culto da imagem, procurarão estes grupos unir-se ao divino Coração e lhe imitar as virtudes. O exercício específico de sua devoção, porém, consistirá na prática da caridade fraterna.

- Enfim, santificar no mais alto grau as almas eleitas que vão viver a fundo todas as exigências de sua consagração ao Sagrado Coração: cabal renúncia a si mesmo, humildade e pureza de intenção, conformidade à vontade divina, confiança e abandono, aceitação amorosa da cruz. Por conseguinte, o Coração de Jesus será para essas almas “a fonte inesgotável de todos os bens e de toda sorte de delícias”.

As 12 Promessas do Sagrado Coração de Jesus          

Jesus fez diversas promessas a Santa Margarida em favor dos que honrarem seu divino Coração. Essas promessas foram resumidas em poucos parágrafos e difundidas em todo o mundo:

1) Darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado de vida.

2) Estabelecerei e farei reinar a paz em suas famílias.

3) Serão por mim consolados em todas as suas aflições.

4) Serei para eles refúgio seguro durante a vida e, de modo especial, na hora da morte.

5) Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos

6) Os pecadores encontrarão em meu Coração uma fonte inesgotável de misericórdia.

7) As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção.

8) As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.

9) Minha bênção descerá sobre as casas em que estiver exposta e for honrada a imagem de meu Coração.

10) Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos.

11) As pessoas que propagarem essa devoção terão seus nomes inscritos para sempre em meu Coração, e jamais serão apagados.

12) A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos darei a graça da penitência final e da salvação eterna.

Santa Margarida Maria Alacoque

Santa Margarida e o Sagrado Coração de Jesus (Apostolado da Oração)

“Quero que me sirvas de instrumento para atrair corações a meu amor”. (Jesus à Santa Margarida Maria)

Nasceu a 22 de julho de 1647, na França. É a quinta filha do tabelião rela Cláudio Alacoque e de sua esposa Filiberta Lamyn.

Santa Margarida Maria viveu uma infância sofrida; desde pequena tinha horror ao pecado e, sem saber ao certo o que dizia, fez voto de castidade: "Meu Deus, eu vos consagro a minha pureza, e vos faço voto de perpétua castidade". De acordo com sua autobiografia, ela disse essas palavras uma vez na santa missa, que ouvia ordinariamente com os joelhos nus sobre o chão, por mais frio que fizesse.

Existia em seu coração uma vontade grande de imitar em tudo as irmãs que se dedicavam à vida religiosa; considerava-as santas e pensava que também haveria de o ser, se fosse como elas. "Senti tão grande desejo de santidade que não suspirava por outra coisa”.
Enfrentou perseguições, mas, em 20 de junho de 1671, conseguiu entrar para o convento de Paray-le-Monial. Em 25 de agosto do mesmo ano, começou o postulantado, o tempo de preparação à vida religiosa. Em 6 de novembro de 1672, professou os votos, tornando-se consagrada.

Foi uma freira simples, humilde, após seus votos nunca saiu do convento e morreu antes de completar 45 anos. “Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, Santa Margarida Maria Alacoque merece um lugar especial, pois, com a ajuda do seu diretor espiritual, Pe. Cláudio de la Colombiére e com seu zelo ardente, conseguiu, não sem a admiração dos fiéis, que o culto ao Sagrado Coração de Jesus adquirisse grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã”, escreve Papa Pio XII na Carta Encíclica Hauruetis Aquas.

- Na maioria das vezes o Coração de Jesus se manifestou à santa como sol ou fornalha. Em um dia em que ela adorava o Santíssimo Sacramento:
“Eis este Coração que tanto amou os homens... por isso te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus seja dedicada a uma festa especial para honrar meu Coração, comungando nesse dia”.
Nascia aí a prática das primeiras sextas-feiras de cada mês. Essa festa, celebrada anualmente, foi instituída em 1856 sob o pontificado do Papa Pio IX.

- Em uma comunicação mais pessoal:

“Foi aqui que Eu sofri mais do que em tida a minha Paixão, vendo-Me um abandono total do céu e da terra, carregado com os pecados de todos os homens”.

Foi assim que Jesus pediu a Santa Margarida Maria para acompanha-Lo durante uma hora todas as quintas-feiras, surgindo, assim, a Hora Santa.

Margarida Maria foi a primeira propagadora da devoção ao Coração Amoroso e Misericordioso de Jesus. “(...) conheceu esse mistério admirável, o estupendo mistério do amor divino”, palavras do Papa João Paulo II, quando esteve em peregrinação a Paray-le-Monial, em outubro de 1986.

No último período de sua vida, Santa Margarida Maria pode ver a devoção ser divulgada e praticada, sobretudo, pelas noviças, por quem era responsável no convento. Ela conta em sua Autobiografia, que chegando próximo da primeira sexta-feira, pediu que elas oferecessem todos os benefícios ao Sagrado Coração. Assim, levantaram um pequeno altar com uma imagem de papel. Ela morreu em 17 de outubro de 1690. Foi beatificada em 18 de setembro de 1864 e canonizada em 13 de maio de 1920, pelo Papa Bento XV.

Aqueles que desejam aprofundar sua devoção a este Coração, com todo amor, Margarida Maria aconselhou confiar sua vida por meio da Oração de Consagração.

Fonte: https://aomej.org.br/

A tapeçaria do casamento: tempo e dedicação

A tapeçaria do casamento (Opus Dei)

A tapeçaria do casamento: tempo e dedicação

O casamento é uma corrida de longa distância que necessita de perseverança para conseguir que o outro chegue à sua plenitude como mulher ou como homem, ou seja, para fazê-lo feliz. Texto com alguns conselhos para consegui-lo.

Depois de tudo que fomos lendo ao longo destes artigos, chegamos à conclusão de que o amor conjugal tem que ser trabalhado dia a dia, desde que nos levantamos até nos deitarmos, com detalhes pequenos: um ‘te amo’ sincero, um beijo sem rotina, uma piscadela cúmplice, um preocupar-se por uma reunião de trabalho do outro ou da dor de cabeça que tinha quando saiu de casa, e tantas outras coisas "pequenas”, que podem perder de vista se pensarmos apenas em grandes façanhas. Aquelas, sem dúvida, são as oportunidades reais que fortalecem nosso amor e lhe dão sentido de perenidade: assim é como se tece o tapete do casamento.

Por isso, se pode dizer que o casamento é também um trabalho: primeiro, porque é chamada que dá plenitude à criação de Deus[1], vocação originária ao amor[2] que se demonstra na comunidade de vida e no apoio mútuo que os esposos se prestam[3]; como afirma São João Paulo II, a pessoa “torna-se imagem de Deus não tanto no momento da solidão quanto no momento da comunhão”[4]: quer dizer, não quando o homem conhece as criaturas, mas quando se conhece em relação de mútua semelhança. E, segundo, porque é uma tarefa que traz consigo um esforço constante para manter intacta a “unidade de dois” que eles formam, pois o casamento em si faz referência à ideia de crescimento ilimitado no exercício das virtudes.

O casamento é uma corrida de longa distância que precisa de perseverança para conseguir que o outro chegue à sua plenitude como mulher ou como homem ou, resumindo, para fazê-lo feliz. Aqui, como no que se segue, a graça e a fortaleza que o sacramento confere é chave no insistir e persistir da vida conjugal: um manter-se firme no que é um, na sua identidade própria como esposa ou esposo, e nos compromissos adquiridos.

Daí que a fidelidade é muito mais que “não sustentar uma relação com outra pessoa diversa do cônjuge”, esse é seu limite negativo. É, sobretudo, cuidar do meu coração como algo sagrado que só se deve entregar a ela/a ele, e fechar a porta para que não entrem outros casos de amor: esse café indispensável com meu companheiro/a de trabalho, esse problema que se conta a quem não corresponde, esse drink supérfluo depois de um jantar de trabalho, ou essa maneira de vestir no escritório que dá lugar à equívocos.... Trata-se outra vez de pequenos detalhes, pois nada se rompe de repente. A fidelidade – amor prolongado, amor liberal que se desdobra no tempo - necessita existencialmente renovar (tornar consciente e livremente novo) com assiduidade o momento da celebração nupcial.

Educar o coração dos casados também requer laboriosidade: a paixão passa, volta, torna a passar, tem intensidades, é um sobe e desce: coisa própria de sentimentos. No entanto, o amor é mais que um sentimento, é um ato da vontade, livre e responsável. Portanto, é evidente que o amor matrimonial não pode estar subordinado a um sentimento, e que em muitas ocasiões terá de navegar sem vento, remando contra a maré, e custará, e ‘doerá’... Quem disse que o amor é um caminho de rosas? Pois acertou, espinhos e flores, uma combinação para levar com otimismo e bom humor. Quando isso ocorrer é oportuno recordar aquela consideração de São Josemaria: “Tens uma pobre ideia do teu caminho quando, ao sentir-te frio, julgas tê-lo perdido: é a hora da provação. Por isso te tiraram as consolações sensíveis”[5].

O problema se apresenta quando não se vê como normal o fato de que na vida há uma variedade de tudo, e que as dificuldades formam parte da vida cotidiana; quando um, ou os dois, vivem em um mundo de fantasia, de permanente imaturidade pessoal transferida para a convivência conjugal, então um ou ambos se colocam fora da realidade, o que é motivo de grandes sofrimentos na família.

As crises fazem parte da trajetória do casamento, são um passo para a maturidade e a consolidação do amor. Os casais não chegam a completar suas bodas de prata ou de ouro porque estão 25 anos em estado de paixão perpétua ou simplesmente juntos deixando passar o tempo, mas porque de mãos dadas conseguem saltar as valas da vida, ainda que pareça que a sociedade nos diga que se você encontrar um muro é melhor mudar de caminho.

As crises têm motivos diversos e podem ocorrer inclusive em momentos inesperados: por uma mudança de trabalho que obriga a uma separação, ou por uma doença (física ou psíquica) que se prolonga, ou porque um se isola em seu mundo e não quer compartilhá-lo, ou porque os defeitos do outro cônjuge com o tempo se tornam intoleráveis, ou porque a educação dos filhos em algumas ocasiões se torna esgotante, ou porque não se tem filhos. Muitos dizem que o diagnóstico é a falta de comunicação: – Sim... e depois?

Pois vamos prevenir em lugar de curar:

  • Promover um espaço semanal de descanso e lazer para disfrutar com o próprio estilo: um jantar, uma excursão, um cinema ou teatro, uma exposição de arte, fazer esportes juntos...
  • Cuidar dos momentos para falar do projeto de família: dos pessoais e dos de cada filho e como se enfocam.
  • Ter um detalhe mútuo de carinho a cada dia. Sem recriminar quando não se recebe, mas seguir dando.
  • Respeitar o espaço de intimidade pessoal para Deus e o de cada um enriquece.
  • Ter uma lista de coisas boas do outro para lê-las quando não as vemos, e uma lista de situações que desculpem os outros (teria uma dor de cabeça, teria tido um dia difícil...), se em algum momento tudo se torne escuro.

Como se vê, essa tarefa maravilhosa do casamento requer dedicação e criatividade. No dia em que você se casa, o faz com o cônjuge; ainda sem filhos. Mas quase sem perceber, no final, se Deus quiser, você acaba vendo os filhos de seus filhos, se esse for o caminho deles, ou suas correspondências a uma vocação ao celibato.

Por isso é tão importante ter claro que é preciso cuidar do nós, para que quando chegar a etapa em que os filhos vão soltando as amarras, tenhamos um novo nós cheio de plenitude, que não dê lugar a chantagens emocionais com os filhos, que não sejamos carga, mas apoio para colaborar com eles quando necessitarem, sem nos metermos onde não nos chamam, sabendo estar na retaguarda. Temos dado gratuitamente, recebamos gratuitamente.

Como dizia, com sábias palavras, Santa Teresa de Calcutá:

“Ensinarás a voar,

Mas não voarão teu voo,

Ensinarás a viver,

Porém não viverão tua vida,

Ensinarás a sonhar,

Porém não sonharão teu sonho,

Porém em cada voo, em cada sonho, em cada vida

Estará a marca do caminho ensinado”.

E ao final dos dias, na velhice, outra vez sós como quando começamos, sozinhos mas contentes e esperançosos, estaremos apoiados em Deus como no primeiro dia: porque cuidamos desses detalhes pequenos que trançaram a tapeçaria do nosso casamento com luzes e sombras; porque, com perseverança, fomos fiéis em cada momento; porque ainda que às vezes não tenhamos sentido nada, continuamos amando-nos com plena liberdade, porque quisemos; porque, apesar dos pesares, continuaremos juntos até que um de nós se vá para o céu com o nome do outro na testa.

Rosamaría Aguilar Puiggros

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[1] Como o próprio trabalho: cfr. Gn 2,15.

[2] “[A mulher] é osso dos meus ossos e carne da minha carne! […]e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”: Gn 2,23.24.

[3] “Não é bom que o homem esteja só, vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada”: Gn 2,18.

[4] Audiência geral, 14 novembro 1979.

[5] São Josemaria, Caminho, 996.

 Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF