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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Santo Onofre

Santo Onofre (A12)
12 de junho
Santo Onofre

Santo Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele é conhecido como padroeiro da fortuna e intercessor para o combate ao vício do alcoolismo.

As histórias conhecidas sobre santo Onofre vêm da biografia que são Pafúncio escreveu sobre ele depois de tê-lo conhecido e acompanhado até a sua morte.

Pafúcio encontrou Onofre no deserto e a aparência dele chamou a sua atenção: um homem idoso, de barba branca até o chão, recoberto de pelos e usando uma tanga de folhas.

Segundo os relatos de Pafúcio, Onofre era um monge que vivia num mosteiro, mas que depois decidiu se isolar de todo contato social, após sentir que a vida solitária o chamava. Assim, ele fugiu para o deserto, passando a levar uma vida de eremita, tendo como modelo São João Batista.

Onofre contou ao abade Pafúncio que lutou por muitos anos contra as mais terríveis tentações (o alcoolismo na juventude), mas com perseverança conseguiu vencer todas, falou sobre a fome e a sede que sentiu e sobre o conforto que Deus lhe deu alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta em que morava.

Onofre levou Pafúncio à gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr do sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou (diz a tradição que foi um anjo que trouxe a comida para os dois).

Na manhã seguinte, Onofre contou a Pafúncio que teve uma revelação de Deus. Nela, ele dizia que a missão do abade não era se tornar um eremita, mas presenciar a sua morte, voltar para a sociedade e contar a todos o que havia vivido.

Pafúncio ficou e diz a lenda que um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho. Pafúncio, então, pegou o corpo do santo e o enterrou em uma montanha. Onofre viveu em total solidão por cerca de 60 anos.

Retornando à cidade, Pafúncio escreveu a história de Santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

A trajetória de Santo Onofre foi marcada de sacrifício e devoção a Deus em sua vida no deserto. Desprovido de tudo aceitava com humildade aquilo que lhe era oferecido por Deus. A vida de Santo Onofre nos mostra que aqueles que vivem na simplicidade transparecem os maiores dons do Espírito Santo.

Oração:

Meu glorioso Santo Onofre, que pela Divina Providência fostes vós santificado e hoje estais no círculo da Providência Divina, confessor das verdades, consolador dos aflitos. Vós, às portas de Roma, viestes encontrar-vos com o nosso Senhor Jesus Cristo e a graça pedistes para que não pecásseis. Assim como Lhe pedistes e recebestes a graça, eu vos peço a minha. Meu glorioso Santo Onofre, peço-vos que me façais esta esmola para eu bem passar; vós que fostes pai dos solteiros, sede também para mim. Vós que fostes pai dos casados, sede também para mim. Vós que fostes pai dos viúvos, também sede para mim. Meu glorioso Santo Onofre, por meu Senhor Jesus Cristo, por sua mãe Santíssima, pelas cinco Chagas de Jesus, pelas sete dores de Nossa Santíssima Mãe Maria, pelas almas Santas Benditas, por todos os anjos e Santos do Céu e da terra. Peço-vos que me concedais a graça de… (cite a graça desejada). Meu glorioso Santo Onofre, pela Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela Santa Cruz em que morreu, pelo Sangue vertido na Cruz, peço-vos que impetreis essa graça de que tanto necessito e espero ser atendido(a) num tempo menor que 40 dias, conforme o que vós dissestes com a vossa sagrada boca. Amém, em nome de Jesus!


Fonte: https://www.a12.com/

terça-feira, 11 de junho de 2024

Dos Tratados sobre o Evangelho de São Mateus, de São Cromácio, bispo

Vós sois a Luz do mundo (Comunidade Oásis)

Dos Tratados sobre o Evangelho de São Mateus, de São Cromácio, bispo

(Tract. 5,1.3-4: CCL 9,405-407)            (Séc. IV)

Vós sois a luz do mundo

            Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa (Mt 5,14-15). O Senhor chamou seus discípulos de sal da terra, porque eles deviam dar um novo sabor, por meio da sabedoria celeste, aos corações dos homens que o demônio tornara insensatos. E também os chamou de luz do mundo porque, iluminados por ele, verdadeira e eterna luz, tornaram-se também eles luz que brilha nas trevas.

            O Senhor é o sol da justiça; é, por conseguinte, com toda razão que chama seus discípulos luz do mundo; pois é por meio deles que irradia sobre o mundo inteiro a luz do seu próprio conhecimento. Com efeito, eles afugentaram dos corações dos homens as trevas do erro, manifestando a luz da verdade.

            Iluminados por eles, também nós passamos das trevas para a luz, como afirma o Apóstolo: Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz (Ef 5,8). E noutra passagem: Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas (1Ts 5,5).

            Com razão diz também São João numa epístola sua: Deus é luz (1Jo 1,5); e quem permanece em Deus está na luz, da mesma forma como ele próprio está na luz. Portanto, uma vez que temos a felicidade de estar libertos das trevas do erro, devemos caminhar sempre na luz, como filhos da luz. A esse propósito, diz ainda o Apóstolo: Vós brilhais como astros no universo. Conservai com firmeza a palavra da vida (Fl 1,15-16). Se não procedemos assim, ocultaremos e obscureceremos com o véu da nossa infidelidade, para prejuízo tanto nosso como dos outros, uma luz tão útil e necessária.

            Eis o motivo por que incorreu em merecido castigo aquele servo que, recebendo o talento para dar juros no céu, preferiu escondê-lo a depositá-lo no banco.

            Assim, aquela lâmpada resplandecente, que foi acesa para nossa salvação, deve sempre brilhar em nós. Pois temos a lâmpada dos mandamentos de Deus e da graça espiritual a que se refere Davi: Vosso mandamento é uma luz para os meus passos, é uma lâmpada em meu caminho (cf. Sl 118,105). E Salomão também diz acerca dela: O preceito da lei é uma lâmpada (cf. Pr 6,23).

            Por isso, não devemos ocultar esta lâmpada da lei e da fé, mas colocá-la sempre no candelabro da Igreja para a salvação de todos. Então gozaremos da luz da própria verdade e serão iluminados todos os que creem.

 Fonte: https://liturgiadashoras.online/

"Todos ficaram muito felizes"

Cardeal Gantin em audiência com João Paulo I, 28 de setembro de 1978 | 30Giorni
Arquivo 30Dias - 05/2008

"Todos ficaram muito felizes"

O cardeal Bernardin Gantin, decano emérito do Sagrado Colégio, relembra a alegria dos cardeais após a eleição do Papa Luciani.

Entrevista concedida a 30Giorni em agosto/setembro de 2003 por Gianni Cardinale

«Já o disse muitas vezes e nunca o direi o suficiente: Paulo VI enche a minha memória e o meu coração como bispo e como africano. Com muito respeito e carinho chamamos-lhe “Papa Paulo VI, o Africano”: foi o primeiro sucessor de Pedro a pisar o nosso continente. Ele fez isso no verão de 1969, dando-nos uma grande mensagem: chegou o momento em que vocês podem e devem criar um cristianismo africano, a responsabilidade é sua. Portanto, para nós, africanos, a sua morte foi uma ferida imensa." O cardeal Bernardin Gantin, 81 anos, sempre se emociona ao recordar a figura de Paulo VI. E também quando recorda o de João Paulo I. Em 1978 foi cardeal durante um ano e ocupou cargos na Cúria Romana durante sete, depois de ter sido auxiliar desde 1956 e arcebispo de Cotonou desde 1960, no seu Benim natal. Posteriormente, de 1984 a 1998, seria prefeito da Congregação para os Bispos. De 1993 a novembro de 2002 foi Decano do Sacro Colégio. Ele é atualmente reitor emérito [agosto de 2003] e voltou a viver em sua África natal. Para recordar aquele verão de 1978, 30Giorni o contatou por telefone em Paris, onde passou um breve período de convalescença.

O que você lembra do dia 6 de agosto de 1978, quando o Papa Montini faleceu?

BERNARDIN GANTIN: Eu estava viajando para a Nova Caledônia, onde deveria celebrar a solenidade da Assunção no dia 15 de agosto. Eu estava em Wellington, na Nova Zelândia, quando o núncio Angelo Acerbi me deu a terrível notícia pela manhã. Não digo a ela o quanto meu coração está chateado. Sabíamos que ele estava cansado, mas não tanto... Cancelei imediatamente o resto da viagem. Juntamente com o núncio e o então cardeal Reginald J. Delargey, fui ao primeiro-ministro para informá-lo oficialmente da morte do Papa. Nunca, jamais esquecerei as palavras deste homem, um não-católico, que pouco antes. tinha sido recebido em audiência com Montini: «Paulo VI morreu mas nunca esquecerei a minha última visita ao Vaticano, ainda sinto o calor do coração do Papa nas minhas mãos». Que bonito!

Então ele voltou para Roma?

GANTIN: Imediatamente. Lembro-me que no aeroporto de Fiumicino um enxame de jornalistas acolheu todos os cardeais que chegaram de todo o mundo. Um deles pegou minha mala e começou a me encher de perguntas, inclusive em quem eu votaria no conclave! Obviamente respondi que não sabia e que mesmo que soubesse certamente não lhes teria contado...

Em Roma ele compareceu ao funeral de Montini...

GANTIN: Para mim foi um momento de trepidação, de grande oração. , de emoção, de comunhão com o meu povo africano: em 1971 Paulo VI deu-me a honra de me chamar a colaborar com ele no governo da Igreja universal.

O que você pode dizer sobre aquele primeiro conclave em 1978?

GANTIN: Estava muito quente. Principalmente no alojamento do Palácio Apostólico. Na época não existia uma bela Domus Sanctae Marthae equipada especificamente para esta eventualidade. Reunimo-nos com medo e tremor. Mas o Espírito Santo não quis tardar em dar-nos um sucessor de Paulo VI, em dar-nos este santo Pontífice que veio de Veneza, que teria dito ao seu motorista antes de entrar no conclave: “O nosso carro não anda, leva precisa ser consertado, então assim que terminar iremos direto para casa." Em vez disso, ele nunca mais voltaria. Ele ainda dorme na Basílica de São Pedro.

Você já conheceu Luciani como patriarca de Veneza?

GANTIN: Não intimamente. Eu o conheci em Veneza para um encontro ecumênico. Ele era um homem muito afável, simples e humilde. Lembro-me que ele queria receber todos os participantes para almoçar, embora éramos muitos e por isso estávamos bastante lotados à mesa... Nessa ocasião soube que ele tinha visitado a África, o Burundi.

Você trocou algumas palavras com ele imediatamente após a eleição?

GANTIN: Houve um jantar com todos os cardeais e ele veio nos cumprimentar mesa por mesa. Não me lembro quem eram meus três ou quatro convidados, mas lembro que estavam todos muito felizes.

Você foi o único a receber uma nomeação curial de João Paulo I no seu breve pontificado. De facto, no dia 4 de Setembro, o Papa Luciani nomeou-a pró-presidente como presidente do Pontifício Conselho «Cor unum». Não só isso, João Paulo I recebeu-a em audiência no último dia do seu pontificado, 28 de setembro. 

GANTIN: Sim, foi a última audiência concedida a um chefe de ministério. Éramos quatro: o Papa, eu, o secretário da «Iustitia et Pax», o jesuíta Roger Heckel, e o do «Cor unum», o dominicano Henri de Riedmatten. Os outros três desapareceram, apenas o abaixo assinado sobreviveu à audiência. Lembro-me que naquela ocasião Luciani me contou que antes de vir a Roma para o conclave havia prometido ir a Piombino Dese, cidade da diocese de Treviso, para visitar a paróquia dirigida por padre Aldo Roma. Incapaz de cumprir esta promessa, ele me pediu para ir em seu lugar. Consegui e daí nasceu um forte vínculo entre mim e Piombino Dese, do qual sou cidadão honorário. Um vínculo em memória deste Papa que nos uniu. 

 Como você soube da morte de João Paulo I? 

GANTIN: Eu descobri isso de uma forma um tanto paradoxal. Embora eu fosse clérigo do Vaticano, aprendi sobre isso fora da Itália. Eram cerca de seis e meia da manhã do dia 29 de setembro, eu me preparava para ir celebrar a missa, quando um amigo meu me telefonou da Suíça para me avisar que o Papa havia morrido. Eu fiquei sem palavras. Mas ora, o Papa que me recebeu ontem de manhã morreu... 

 Como o encontrou naquela audiência? 

GANTIN: Muito bom. Foi ele quem moveu as cadeiras para que pudéssemos tirar uma fotografia onde todos os presentes pudessem ser vistos. Ainda mantenho aquela foto como uma das coisas mais preciosas. Ninguém poderia imaginar que poucas horas depois ele iria para a Eternidade, para o Senhor. 

 Depois participou do segundo conclave daquele 1978. Os livros que falam sobre isso relatam uma frase que ela disse naquela ocasião: «Os cardeais estão perturbados e procuram o que fazer no escuro»… e porque eu era membro desta venerada Congregação. O processo nestes casos é muito lento e cauteloso. Mas se eu tivesse que expressar o que penso, lembraria que Luciani foi um homem que merece ser proposto como modelo e exemplo de total adesão à vontade de Deus, mesmo que no coração esta obediência ao Senhor produza dor e sentido. da pequenez e da fraqueza diante das grandes responsabilidades a que se pode ser chamado. 

 Qual poderia ser o significado de um pontificado curto como o de João Paulo I?

GANTIN: É o Senhor quem organiza tudo. Os homens propõem e a Providência dispõe. Certamente não foi sem sentido para o presente e o futuro. A brevidade não impede a fecundidade. Esta é uma grande lição para mim: deixe-se guiar pelo Espírito Santo, não pelos nossos pensamentos e sentimentos pessoais.

 Fonte: https://www.30giorni.it/

Uma revolução na intimidade

Uma revolução na intimidade (Opus Dei)

Uma revolução na intimidade

Jesus perdoa uma mulher pecadora que ungiu os seus pés e a lança rumo à liberdade que surge de um coração limpo.

26/11/2020

Jesus foi convidado outra vez a almoçar. O seu anfitrião havia insistido muito em que fosse, já que estava entusiasmado em recebê-lo com um banquete especial. Algo inesperado está, porém, a ponto de interromper a cerimônia: uma mulher que não havia sido convidada aparece na sala. A expressão do rosto do fariseu dono da casa, que se chama Simão, transforma-se. O momento é desconcertante. Jesus, pelo contrário, parece como se a estivesse esperando porque seus olhos se iluminam ao vê-la. Conhece a sua alma, sem dúvida, melhor que ela mesma e, por isso, conhece a dor que preenche o seu coração; sabe que para amar e tentar ser amada percorreu caminhos errados. Sabe que ela cruzou barrancos e precipícios.

Os detalhes de delicadeza da mulher – unge os seus pés com perfume, com lágrimas e com beijos – emocionam Jesus. Por isso, imediatamente, procura explicá-lo com um exemplo a Simão, que tinha visto a cena de longe, com ar de censura: “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual dos dois o amará mais?” (Lc. 7, 41-42). Aquela mulher aprendeu a amar deixando-se perdoar. Nisso reside a sua verdadeira grandeza e, por isso, Jesus decide louvá-la publicamente (cfr. Lc 7, 44-46).

Nunca tinha sido tão fácil

Essa mulher sente, talvez pela primeira vez, a alegria de ser respeitada. O olhar de Jesus é diferente do das outras pessoas. Percebe que diante dele não precisa estar na defensiva. Nunca viu um olhar que penetre tanto em seu coração e nunca foi tão fácil conseguir ser amada. Realiza-se nela a bem-aventurança que Jesus prometeu aos que deixam o seu coração ser purificado (cfr. Mt 5, 8); está aprendendo rapidamente do mestre e já nota os efeitos: “Todas as criaturas se tornam límpidas quando são olhadas através da Face do mais belo e mais branco dos lírios”[1]. Ela consegue, de alguma forma, experimentar essa liberdade com que Jesus a ama, consegue experimentar esse carinho que não precisou ser forçado nem conseguido com ardis.

Durante anos, esta mulher tinha desperdiçado os talentos que Deus lhe havia dado. Agora, no entanto, percebe que está diante de um novo início. Pode agora ser a mulher sensível que no fundo sempre fora, forte e vulnerável ao mesmo tempo, serena e apaixonada. Agora pode ser ela mesma. Porque um dos grandes dramas da impureza é pensar que não conseguiremos ser amados por quem verdadeiramente somos e, em consequência, vender uma aparência para ser queridos. Esta é, porém, uma tarefa impossível, simplesmente porque o amor não tem preço. Ou é livre ou não é amor. Por isso, quando se admite esta chantagem, mais cedo ou mais tarde tal aparência se esfuma e deixa o sabor de termos sido enganados.

Sentir assombro diante de cada coração

Para que o amor cresça, para que arraigue, é preciso dar-lhe espaço, às vezes com esforço, porque a santa pureza, “é uma rosa que só floresce entre espinhos”[2]. Talvez por isso, às vezes temos medo de arriscar-nos ao amor e procuramos obter uma garantia. De fato, o coração que se torna impuro renuncia a cultivar o amor no espaço onde podemos encontrar-nos. Não quer arriscar-se a sofrer e prefere, de modo tirânico e desrespeitoso, criar zonas próprias de conforto. Às vezes tal motivação tem um componente de compensação, um pouco de birra, talvez uma raiva oculta. Pode parecer, às vezes, que o que conseguimos é amor, quando na realidade estamos usando a outra pessoa, ainda que seja de modo virtual: obrigo-a a que me “ame”, forço-a a que me faça sentir ”valioso” ou “valiosa”. Diante da promessa do amor incondicional que Deus nos oferece, o pecado é uma farsa que nos empurra para a solidão.

Perante isto, a solução não é fechar-se, desanimar ou pensar que esse tipo de amor é impossível. Trata-se antes de procurar o amor que Deus semeou onde estamos, especialmente nas pessoas e em nossas relações. Nesse sentido, São Josemaria nos animava a amar os outros pondo “generosamente o nosso coração no chão, de modo que os outros pisem macio e se torne mais amável a sua luta”[3]. Esse pode ser um dos frutos – entre tantos outros – da santa pureza: tornar mais amável a vida dos outros. Não se trata apenas de evitar o pecado pessoal, mas sim de alcançar uma forma de olhar e de relacionar-nos que ajude a que todos nos sintamos amados à imagem do amor de Deus. A alma limpa cuida da vulnerabilidade própria e alheia, mostra-se com elegância, procura ser amada livremente. É verdade que o nosso coração, colocado no chão, corre o risco de ser desprezado, mas essa é a única forma divina de amar e de receber amor. A mulher e o homem de coração limpo sabem olhar os outros sem tolerar que se faça tráfico com a imagem de Deus que há neles.

Pelo que ficou dito, podemos deduzir que Jesus revolucionou a liberdade e o amor. Convida-nos a guardar a intimidade dos filhos e filhas de Deus inclusive com o nosso olhar e com os nossos pensamentos. Quer que participemos do assombro que ele mesmo experimenta diante da dignidade de cada coração. A intimidade é terra sagrada onde o cristão se descalça.

Parte de nossa missão

Uma das tarefas da santa pureza é guardar – em nós e nos outros – algo precioso aos olhos de Deus e a melhor defesa desse tesouro é estar apaixonado. Também é verdade que o desejo de viver um amor limpo fará necessário voltar a começar muitas vezes. Deixar-se perdoar e deixar-se amar são manifestações de uma humildade que entende que a santa pureza e o amor dos outros são um dom. “Deus, para se doar a nós, escolhe muitas vezes caminhos impensáveis, talvez os dos nossos limites, das nossas lágrimas, das nossas derrotas”[4]. Na confissão deixamo-nos amar como em nenhum outro lugar. Quem se deixa perdoar abre a porta ao amor mais livre e é capaz de responder – já começou a fazê-lo – com um amor à medida do que recebe.

Será necessário ter em conta, além disso, outra possível dificuldade: que algumas vezes, inclusive sem pensar nisso, receber algo gratuitamente pode envergonhar-nos. Não estamos habituados a que algo tão grande seja um presente. Muitas vezes, preferimos saber que o conseguimos com nossas próprias forças porque isso nos torna autônomos, permite-nos experimentar certo poder; não queremos depender de outro em algo tão decisivo. Pelo contrário, quem aprendeu a deixar-se amar está convencido de que “não pode dar unicamente e sempre, também deve receber. Quem quer dar amor, deve por sua vez recebê-lo como dom”[5]. Tudo o que podemos chegar a ser é sempre fruto de um dom prévio: “Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4, 19).

De qualquer forma, a santa pureza é sempre necessária para realizar qualquer missão apostólica. A evangelização se realiza gratuitamente. Se nosso coração não for limpo, não poderemos entender essa doação, em que muitas vezes os frutos não chegam quando nós planejamos, mas quando Deus dispõe. O carinho verdadeiro e puro, núcleo de qualquer missão evangelizadora, não impõe razões, não exige resposta, não emite fatura pelo que oferece; não distingue pessoas, não descarta os hostis, não se cansa dos lentos. Tampouco chantageia ou repreende. Em uma palavra, o carinho verdadeiro é fiel.

***

Como sempre, basta contemplar Jesus para aprender a ser amados. E não há lição tão magistral como a que nos oferece na Eucaristia. Lá Jesus não se impõe. Ninguém é tão paciente, ninguém deseja tanto que o amemos, mas, ao mesmo tempo, ninguém o diz tão baixinho, como num sussurro quase imperceptível. Sabe que a nossa liberdade é um grande presente seu, de modo que não quer comprometê-la por nada no mundo. Ninguém valoriza tanto a nossa fragilidade – e a dignidade que encerra – como Jesus. Por isso, em nosso desejo de crescer nesta virtude, é gratíssimo a Deus que ofereçamos cada um de nossos passos, os tropeços e as derrotas também. A dor de Deus só pode ser causada pelo nosso sofrimento e pela solidão na qual nos isola. Podemos imitar São Josemaria em seus desejos de oferecer a Nossa Senhora o melhor que tinha: “Eu coroo a Mãe de Deus e minha Mãe com as minhas misérias purificadas, porque não tenho pedras preciosas nem virtudes. Ânimo!”[6].

Diego Zalbidea

Foto: Cathopic

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[1] Santa Teresa do Menino Jesus, Carta 105 a Celina.

[2] Santo Cura d’Ars, Sermão sobre a penitência.

[3] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 228.

[4] Francisco, Audiência, 29/01/2020.

[5] Bento XVI, encíclica Deus Caritas est, n.7.

[6] São Josemaria, Forja, n. 285.

 Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Matrimônio cristão, sinônimo de felicidade

Sacramento do Matrimônio ( olharmisericordioso)

MATRIMÔNIO CRISTÃO, SINÔNIMO DE FELICIDADE

Dom Adimir Antonio Mazali
Bispo de Erexim (RS) 

Minha saudação a todos os irmãos e irmãs que acompanham Voz da Diocese. Quero saudar particularmente os jovens e convidá-los a refletir sobre o “Dia dos namorados”, a ser comemorado no próximo dia 12 de junho.  

Caríssimos irmãos e irmãs. Antes de tudo, lembremos que a Liturgia deste domingo, especialmente o Evangelho de Marcos, quer nos ajudar a entender quem é Jesus e qual a sua missão. Mostra Jesus em casa com seus discípulos e em torno deles, uma grande multidão que se reuniu para escutar sua palavra e acolher seus ensinamentos. Essas pessoas que acorrem a Jesus são os pobres, os doentes e os necessitados em geral. O Evangelho faz ver que Jesus se sente “em casa” ao estar com eles.  

Jesus, ao ser informado que seus familiares estavam do lado de fora da casa, procurando por ele, após fazer um questionamento sobre quem é sua família, responde que sua família é formada pelos que estão ao redor dele, em atitude de acolhida e vivência de sua proposta libertadora, a vontade de Deus. A nova família de Jesus, portanto, tem como base constitutiva, não o parentesco de sangue, nem a tradição religiosa comum, mas uma escolha pessoal que se traduz no empenho em fazer a vontade de Deus tornando-se seus discípulos. 

Ao refletirmos sobre a família de Jesus, na proximidade de comemorar o dia dos namorados dizer aos jovens namorados: “Namoro… uma palavra simples, com um significado tão rico”. Na sua essência, composta pelo verbo amar. Na estrutura familiar é o período onde o casal passa a se conhecer, partilhar um pouco de seus sonhos, desejos e anseios, antes de darem um passo a mais e se unirem em matrimônio. 

Caríssimos. Namorar significa estar em amor. Muito mais do que um estágio de vida, o namoro é uma fase em que o relacionamento deve ser vivido com entrega e verdade. Não há nada mais sublime do que desfrutar dessa fase ao lado de alguém que, além de te amar, te aproxima de Deus. O namoro cristão deve ser vivido a três: o outro, você e Deus. 

Por mais que o mundo tenha banalizado o namoro e alguns preceitos cristãos tenham sido deixados de lado, não há como não ressaltar a importância do casal de namorados estarem unidos a Deus. Namorar é conhecer. É o momento de descobrir as afinidades com a outra pessoa. 

O segredo para um casamento feliz é um namoro vivenciado com respeito, na verdade, compreensão, companheirismo, castidade e fé. Homem e mulher respeitando suas diferenças e reconhecendo-se em ambos, a imagem e semelhança de Deus. 

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, cabe ao casal se “ajudar mutuamente a crescer na castidade”; devem procurar conhecer-se com reciprocidade, descobrindo o respeito mútuo e num compromisso de fidelidade. 

O maior desafio do namoro cristão hoje é encontrar alguém que compartilhe do mesmo propósito que o seu. Há os que aceitam o Cristo através do outro num relacionamento. Essa é uma bela demonstração de amor para firmar um compromisso. Namorar é um constante doar-se que exige esforço e paciência para alicerçá-lo. Requer diálogo acima de tudo! É a única forma de conhecer profundamente um ao outro. O verdadeiro amor constrói e Deus dá a sustentação. 

Prezados jovens. Não tenham medo de recuperar os valores da vida cristã, nos relacionamentos enamorados para construir uma verdadeira família, baseada também na família de Jesus. O testemunho cristão dos pais começa na decisão de se conhecerem, de se amarem e assumirem o Sacramento do Matrimônio como sinal do grande amor de Deus por todos nós. Não tenham vergonha de se espelharem em Jesus e observarem seus ensinamentos como membros de sua família. Ele é o caminho seguro para a verdadeira felicidade. 

Parabéns a todos os casais de namorados e que o Espírito de Deus os guie no conhecimento da verdade, a fim de que, assumindo o matrimônio cristão, tornem-se pais exemplares onde em seus lares reine a alegria, a paz e a felicidade.  

Que Deus os abençoe e a santidade seja a meta final de toda família cristã. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Cabo Verde: expectativa para as comemorações do centenário de Amílcar Cabral

Amílcar Cabral (Vatican News)

O colóquio "Centenário de Amílcar Cabral" ocorrerá de 10 a 12 de junho na Ilha do Sal, em Cabo Verde, com o objetivo de homenagear e promover o centenário de nascimento do influente líder político e pensador. O evento será seguido pelo Festival de Literatura-Mundo do Sal, de 12 a 16 de junho, que reunirá intelectuais para debater o legado de Cabral e a literatura global.

Thulio Fonseca - Ilha do Sal, Cabo Verde

A Ilha do Sal está prestes a se tornar o epicentro de uma celebração intelectual e cultural de grande relevância, com a realização do colóquio "Centenário de Amílcar Cabral". Organizado por Filinto Elísio, Inocência Mata e Márcia Souto, e produzido pela Rosa de Porcelana Editora, o evento homenageia o centenário do nascimento de Amílcar Cabral, um dos mais importantes pensadores e líderes políticos do século XX.

Um evento de proporções internacionais

O colóquio promete reunir dezenas de escritores, tradutores, professores, pesquisadores, jornalistas e leitores de várias partes do mundo, proporcionando um espaço de debate e reflexão sobre as diversas facetas da vida e do legado de Cabral. Com painéis temáticos e mesas redondas, o evento visa não apenas comemorar a data histórica, mas também lançar novas luzes sobre o impacto científico, cultural, humanista e epistêmico deixado por Cabral.

Programação intensa e diversificada

O colóquio terá início nesta segunda-feira, 10 de junho, com uma sessão de abertura marcada por reflexões e debates, incluindo uma intervenção de Marco Piazza sobre "Um novo humanismo para a resistência pós-colonial". Entre os pronunciamentos previstos, destacam-se os do Presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, e do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves. Segue-se a primeira mesa de discussão sobre "Cabral e os desafios da historiografia", com palestras de Elisabeth Moreno, Silvino da Luz e Julião Soares Sousa.

Nos dias subsequentes, o evento continua com mesas redondas sobre temas variados como a liderança de Cabral, suas relações internacionais, e diversas formas de interpretar seu legado. No dia 11, Thulio Fonseca, representante da Rádio Vaticano - Vatican News, participará da mesa de colóquio sobre "Cabral: Relações Internacionais", onde falará sobre "A audiência do Papa Paulo VI a Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos". Além das apresentações acadêmicas, haverá lançamentos de livros, como "Guiné-Bissau: Pelas Flores de Quitafine" e "Amílcar Cabral, Educador e Ativista da Libertação".

Encerramento e transição para o Festival de Literatura-Mundo do Sal

No dia 12 de junho, o colóquio será encerrado com uma cerimônia que marcará também a abertura do Festival de Literatura-Mundo do Sal (FLMSal 2024), que se estenderá até o dia 16 de junho. Este festival, com curadoria científica de Inocência Mata, incluirá momentos científicos, homenagens e reflexões sobre a literatura e a globalização, sempre com um olhar atento ao legado de Amílcar Cabral.

Reflexões sobre o legado de Cabral

Os debates no FLMSal explorarão a relevância das ideias de Cabral frente aos desafios atuais da África, a influência de sua obra poética, e seu papel na promoção da igualdade de gênero. O evento contará ainda com uma série de mesas redondas que abordarão temas como os desafios da globalização e a importância da ficção na literatura mundial.

O colóquio "Centenário de Amílcar Cabral" e o subsequente Festival de Literatura-Mundo do Sal prometem ser eventos memoráveis, para discutir e celebrar o legado de um dos mais influentes líderes africanos, bem como promover estudos, cultura e literatura. A Ilha do Sal está preparada para receber participantes e visitantes de todo o mundo, num tributo que reforça a importância de Amílcar Cabral na história contemporânea e na luta pela libertação dos povos colonizados.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Barnabé

São Barnabé (A12)
11 de junho
São Barnabé

Barnabé nasceu na ilha de Chipre no século IEra filho de pais judeus e seu nome significa "filho da consolação"não fez parte dos primeiros doze Apóstolos escolhidos por Jesus, mas acompanhou os Apóstolos naqueles primeiros dias. Vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos Apóstolos. Era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé.

Ele era da tribo de Levi. Estudou com o mestre Gamaliel, de quem aprendeu a firmeza de caráter, as ciências e as virtudes. Tinha o maravilhoso dom de acalmar e de consolar os aflitos.

Foi pelas mãos de Barnabé que Paulo depois de sua conversão, ingressou nos círculos judaico-cristãos. Barnabé também o acompanhou em sua primeira viagem apostólica e foram parceiros na grande obra de conversão realizada em Antioquia, onde estabeleceram e firmaram a primeira comunidade denominada de cristã.

Barnabé estava em Chipre quando foi apedrejado no ano 61. Outra tradição diz que Barnabé teria sido consagrado o primeiro Bispo de Milão, cidade que o tem como seu padroeiro até hoje.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Barnabé apresenta-se como Apóstolo cheio de fé e do Espírito Santo, sempre disposto à luta contra as dificuldades que se lhe opunham. A vida foi-lhe continuado martírio, razão por que os Apóstolos afirmavam que ele sacrificara a vida por amor do nome de Jesus Cristo. Que nós possamos assumir com fidelidade e paciência os desafios que a vida de fé nos coloca a cada dia.

Oração:

Santo Apóstolo Barnabé, volvei o vosso olhar a nós e a todos os apóstolos da Igreja, para que servindo ao Evangelho, possam encontrar a fortaleza necessária para nunca desanimar. Olhai para as pedras que se encontram em nosso caminho: que ela nos levem à santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

 Fonte: https://www.a12.com/

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Médicos dos EUA pedem que "parem imediatamente" procedimentos de mudança de sexo em crianças

A diretora executiva do Colégio Americano de Pediatras, Jill Simons, em entrevista à EWTN News na última quinta-feira (6). | EWTN News Nightly/You Tube

Os principais médicos e grupos médicos dos EUA assinaram uma declaração intitulada "Médicos Protegendo Crianças" que expressa "sérias preocupações" sobre o tratamento de menores que estão desconfortáveis com seu sexo natural, disse a diretora executiva do Colégio Americano de Pediatras, Jill Simons, à EWTN News na semana passada.

Simons disse à âncora do "EWTN News Nightly" Tracy Sabol na quinta-feira (7) que o grupo médico tem "soado o alarme" depois do vazamento recente de arquivos da Associação Profissional Mundial de Saúde Transgênero em que defensores da ideologia de gênero admitiram que crianças que fazem procedimentos permanentes de mudança são muito jovens para serem capazes de dar consentimento informado.

Outro fato alarmante foi a divulgação de um estudo independente da médica Hilary Cass, na Inglaterra, que não encontrou provas abrangentes que apoiem a prescrição rotineira de medicamentos para procedimento de mudança de sexo a menores de idade com disforia de gênero.

Essas revelações "tinham a evidência esmagadora de que esses chamados tratamentos de afirmação de gênero não deveriam continuar", disse Simons.

"Pensamos que nossos colegas aqui nos EUA tomariam cuidado e também fariam o mesmo e colocariam uma pausa, [mas] eles continuaram", disse Simons. "Acabamos de nos reunir como uma coalizão de médicos, organizações e dissemos: 'Basta'."

Dezoito organizações médicas e de políticas de saúde assinaram a declaração "Médicos Protegendo Crianças", incluindo a Associação Médica Católica (CMA, na sigla em inglês), juntamente com cerca de 100 médicos e líderes de saúde.

A declaração afirma que o sexo é um "traço inato" que "não é alterado por drogas ou intervenções cirúrgicas". A declaração também critica a ideologia de gênero por não se basear "na realidade dessas diferenças inatas de sexo" e esclarece ainda que as decisões médicas devem "respeitar a realidade biológica e a dignidade da pessoa".

O diretor executivo da CMA, Mario Dickerson, disse a Sabol que sua organização assinou a declaração para proteger as crianças.

"No centro está a proteção das crianças. Isso vem antes de tudo", disse. "Há um estudo que diz que [a ideologia de gênero] afeta 1% das crianças nos EUA. [Há] 72 milhões de crianças nos EUA, então são 720 mil crianças... Estarmos realmente defendendo as crianças é o principal motivo".

Dickerson destacou que 16% dos hospitais nos EUA são católicos.

"Certamente os encorajaríamos a assinar esta declaração e tranquilizar seus pacientes de que estão do lado de não fazer nenhum mal a seus filhos e fazer uma declaração pública", disse.

"Se os hospitais católicos e os sistemas de saúde assinassem este documento, acho que isso causaria um impacto tremendo nos cuidados de saúde em geral nos EUA”.

Os médicos disseram na declaração que a maioria das confusões de gênero na adolescência "resolverá essas incongruências mentais depois de experimentar o processo normal de desenvolvimento da puberdade".

"O consentimento informado responsável não é possível à luz de estudos de acompanhamento de longo prazo extremamente limitados de intervenções e da natureza imatura, muitas vezes impulsiva, do cérebro adolescente", diz a declaração.

"O córtex pré-frontal do cérebro adolescente é imaturo e é limitado em sua capacidade de criar estratégias, resolver problemas e tomar decisões emocionalmente carregadas que têm consequências para toda a vida".

Os médicos também enfatizaram que há "sérios riscos a longo prazo associados ao uso de transição social, bloqueadores da puberdade, hormônios masculinizantes ou feminilizantes e cirurgias, entre as quais a esterilidade potencial".

"A pesquisa médica baseada em evidências agora demonstra que há pouco ou nenhum benefício de qualquer ou todas as intervenções sugeridas de 'afirmação de gênero' para adolescentes que experimentam disforia de gênero", diz a declaração.

O comunicado acrescenta que a "primeira linha de tratamento" deve ser a psicoterapia para problemas de saúde mental subjacentes, incluindo depressão, ansiedade, autismo e trauma emocional prévio.

Respondendo sobre o que espera da declaração, Simons disse a Sabol que está "muito otimista".

"Tenho fé nos meus colegas, pediatras e médicos de todo o país, que vamos fazer a coisa certa", disse.

"Acho que muitas pessoas estão com medo ou simplesmente não estão prestando atenção, e essa declaração é para passar a mensagem em alto e bom som", disse Simons. "Continuo muito otimista de que isso terá uma reviravolta”.

Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal, para o Denver Catholic Register e para o CatholicVote, e se formou pelo Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Francisco: “é preciso muito mais coragem para a paz do que para a guerra”

Conflito em Gaza (AFP or licensors)

Após rezar a oração do Angelus o Santo Padre voltou a faltar da Terra Santa pedindo paz e recordou os 10 anos do encontro no Vaticano entre Shimon Peres e Abu Mazen. Jordânia sediará uma conferência internacional sobre a situação humanitária em Gaza. Não esquecer a Ucrânia.

Silvonei José – Vatican News

Após a oração mariana do Angelus o Papa Francisco recordou que neste sábado foi comemorado o 10º aniversário da Invocação pela Paz no Vaticano, que contou com a presença do presidente israelense, o falecido Shimon Peres, e do presidente palestino, Abu Mazen. Esse encontro – destacou o Santo Padre – “demonstrou que apertar as mãos é possível e que fazer a paz exige coragem, muito mais coragem do que fazer a guerra”.

“Portanto, incentivo as negociações em andamento entre as partes, mesmo que não sejam fáceis, e espero que as propostas de paz, para um cessar-fogo em todas as frentes e para a libertação dos reféns, sejam aceitas imediatamente para o bem dos palestinos e israelenses".

Francisco recordou ainda que depois de amanhã, a Jordânia sediará uma conferência internacional sobre a situação humanitária em Gaza, convocada pelo rei da Jordânia, pelo presidente do Egito e pelo secretário-geral das Nações Unidas.

“Enquanto agradeço a eles por essa importante iniciativa, incentivo a comunidade internacional a agir com urgência, com todos os meios, para ajudar a população de Gaza, exausta pela guerra. A ajuda humanitária deve chegar aos necessitados, e ninguém pode impedi-la”.

Enfim, Francisco mais uma vez pediu para não esquecermos do martirizado povo ucraniano, que mais sofre e que mais anseia por paz.

"Saúdo este grupo ucraniano com as bandeiras que estão ali. Estamos próximos de vocês. Este é um desejo de paz, por isso incentivo todos os esforços que estão sendo feitos para que a paz seja construída o mais rápido possível, com ajuda internacional. E não vamos nos esquecer de Mianmar".

Francisco ainda saudou os romanos e peregrinos provenientes de vários países presentes na Praça São Pedro, entre eles do Ginásio “São João Paulo II” de Kiev (Ucrânia) a quem encorajou em sua missão educacional neste momento difícil e doloroso. Saudou ainda os professores e os alunos da Escola Diocesana “Cardeal Cisneros” da Diocese de Sigüenza-Guadalajara, na Espanha; bem como os fiéis de Assemini (Cagliari), as crianças da escola “Giovanni Prati” de Pádua e os jovens da paróquia de Sant'Ireneo, em Roma.

Renovou, por fim, a sua saudação aos cantores que vieram a Roma de todas as partes do mundo – “cantem algo mais tarde!”, disse - para participar do Quarto Encontro Internacional de Coros. Caríssimos, com seu canto vocês sempre podem dar glória a Deus e transmitir a alegria do Evangelho!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF