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sexta-feira, 28 de junho de 2024

Com os braços abertos a todos. A visita de São Josemaria Escrivá ao Brasil (2)

A visita de São Josemaria Escrivá ao Brasil | Flickr-Photos/Opus Dei

Com os braços abertos a todos. A visita de São Josemaria Escrivá ao Brasil

1974. São Josemaria Escrivá esteve 15 dias no Brasil. Que mensagem deixou aos brasileiros? Qual foi a sua impressão sobre o país? Este artigo inédito descreve como foram organizados os encontros com o fundador do Opus Dei em São Paulo, e resume a sua mensagem.

29/08/2017

AS TERTÚLIAS GERAIS

Os locais

São Josemaria permaneceu na cidade de São Paulo durante toda a sua estadia, de 22 de maio até o dia 7 de junho, quando tomou o avião para a Argentina, a próxima etapa da sua catequese. Nesses dias, teve mais de trinta encontros ou tertúlias, como o fundador do Opus Dei gostava de chamar estas reuniões, destinadas a diferentes grupos de pessoas, em um número mais ou menos reduzido. Falava sempre em castelhano, e conseguiu fazer- se entender sem dificuldades, como veremos mais adiante. Dois encontros foram especiais, por estarem destinados a um grupo mais numeroso, todas as pessoas interessadas, em locais públicos: foram, por isso, chamados de “tertúlias gerais”. A primeira, no dia 1o de junho, sábado, às 10h30 teve lugar no Salão de Convenções do Parque Anhembi[25], e, no dia seguinte, às 11h houve a segunda no Auditório do Palácio Mauá[26], como passaremos a descrever.

Desde o momento em que começaram os preparativos para uma provável estadia de mons. Escrivá no país, em meados de abril de 1974, já se previu ao menos um encontro ao qual pudessem comparecer todas as pessoas que participavam dos meios de formação do Opus Dei, seus familiares e amigos. A preocupação dos diretores da Comissão Regional, em conjunto com a Assessoria Regional, era que as pessoas da Obra pudessem estar, pelo menos, mais de uma vez com o fundador [27]. Por isso se pensou nestes encontros gerais, aos quais todos pudessem assistir, além de outros já programados nos centros das mulheres ou dos homens.

Entretanto, os diretores da Comissão Regional do Brasil não sabiam exatamente quanto tempo São Josemaria ficaria no país, nem se seria possível a desejada “tertúlia geral”. Por isso, não se havia realizado nenhuma diligência mais concreta com relação aos possíveis encontros gerais[28]. Tinham elaborado diversos cronogramas, para quatro a oito dias, aproximadamente. Para a grata surpresa de todos, ao chegar, o pe. Javier Echevarría disse que estariam o tempo que fosse necessário, o que foi corroborado pelo pe. Álvaro del Portillo. O diário do centro manifesta o entusiasmo com a notícia: «Enquanto o Padre [J. Escrivá[29]] estava na sala de jantar para estar com a Administração, lá fora D. Javier nos dava a segunda maior alegria quando nos disse: “o Padre vem sem pressa, não quer dizer que vá embora na próxima semana. Ficará o tempo que for necessário”. Estabeleceu-se um clima de alegria incontida e de agradecimento ao Senhor. Mais tarde, D. Álvaro comentaria também que o Padre estaria todo o tempo que fosse preciso»[30].

Com esta informação, os diretores da Comissão Regional se reuniram e repensaram o plano da estadia de mons. Escrivá, e foi então que se incluíram os dois encontros gerais. O plano estendeu-se, portanto, para 15 dias[31], como ficou relatado: «Depois de o Padre se ter recolhido, e à vista da boa notícia de que sua estadia entre nós seria mais prolongada do que a princípio pensávamos, decidimos arquivar o plano de sugestões que tínhamos e fazer outro no dia seguinte»[32]. Na manhã do dia 24 de maio tiveram a certeza que o plano tinha sido aprovado pelos dois custodes[33]. O pe. Xavier de Ayala, ao entrar no quarto preparado para mons. Escrivá na hora em que rezaria o breviário, após celebrar a Missa e tomar o café da manhã, «viu que D. Álvaro estava examinando, diante do Padre, o plano com as sugestões de tertúlias, etc., que tinha sido reelaborado na noite anterior. O Padre não quis examiná -lo com detalhe, dando a entender que estava disposto a fazer, durante esses dias, o que achássemos mais conveniente»[34].

A partir de então, começaram as diligências a fim de confirmar e alugar os locais dos encontros, a cargo principalmente de Alfredo Canteli e Emérico da Gama. Não foi tarefa fácil, dado o pouco tempo que tinham, encontrar um local satisfatório, onde coubesse um grande número de pessoas. Depois de visitar uma dezena de lugares diferentes, fixaram-se no Palácio de Con- venções do Anhembi, que tinha um único horário disponível no sábado, dia 1o de junho. O local era espaçoso, com capacidade para 4.000 pessoas, rela- tivamente novo, sede de importantes eventos na cidade. Havia certo receio a respeito da capacidade de convocatória para encher este espaço, mas, ao final, decidiram por este lugar, pensando que seria melhor pecar por excesso que por defeito[35]. Conseguiram conversar com a responsável pelo Anhembi, a deputada estadual Conceição da Costa Neves (1908-1989), e com o seu aval puderam fechar o contrato do aluguel em regime de urgência[36].

Nos planos refeitos durante a estadia de São Josemaria, pensaram que uma tertúlia geral poderia ser insuficiente e quiseram oferecer uma alternativa para os que não pudessem ir ao Anhembi, como os que viriam de outras cidades[37]. O Palácio Mauá, uma sala bem menor, foi reservado para o domingo, dia 2 de junho. Não houve maiores dificuldades para conseguir o local. Ele estava sem uso há muito tempo, e foi necessário limpar e arranjar melhor para que houvesse um ambiente acolhedor e familiar. Algumas mulheres da Obra assumiram este encargo, que não passou oculto aos olhos do fundador. Contrataram também uma empresa, que alugou 500 cadeiras[38]. Contando com as que já existiam, a capacidade não ultrapassava mil e quinhentas pessoas. Ao princípio pensava-se que não seria possível chegar a um número tão grande de assistentes nas duas tertúlias[39], apesar de que, depois, o afluxo de gente superou as expectativas.

Os dois locais estavam já acertados no dia 27, segunda-feira, como o diário atesta: «Concretizaram-se já dois auditórios grandes para as tertúlias gerais previstas para os dias 1 e 2: o salão de convenções do Anhembi e o auditório do Palácio Mauá»[40]. A partir de então, todos os dias o diário do centro do Sumaré faz referências aos preparativos. No dia 29, quarta-feira, escreveram: «Depois de o Padre se ter recolhido, trabalhamos na organização das tertúlias gerais, que já estavam definidas e para as quais faltavam poucos dias»[41]. Um dia antes da tertúlia, na sexta-feira, dia 31, São Josemaria saiu à tarde, por volta das 15 h, quando passeou pelo Instituto Butantan[42] e depois foi ao Centro Social e Assistencial do Taboão, uma escola de formação para mães, na época especializada em artesanato, corte e costura, nascida por iniciativa das mulheres do Opus Dei. Então, diz o diário, «a movimentação dos que tínhamos ficado no Sumaré, e de muitos outros, era intensíssima, preparando as tertúlias gerais de amanhã e depois de amanhã»[43].

O filme, os vídeos e outros preparativos

Entre outras providências, algumas pessoas se encarregaram, na ocasião, da possível gravação em filme de celuloide, 35 milímetros. São Josemaria, em princípio, não queria que se filmassem as tertúlias e, anteriormente, a Região do Brasil já havia sido avisada de que não viria a equipe profissional da Espanha, que já se encarregara de registrar outras tertúlias[44]. Contudo, os membros da Obra no Brasil esperavam que, sendo uma ocasião tão importante, o fundador mudasse de ideia e permitisse que se fizesse a gravação. Haviam manifestado este desejo ao pe. Álvaro del Portillo, mas a resposta ia se atrasando. Então, na sexta-feira, 30 de maio, antes de uma tertúlia, ao dirigir-se para receber uma família na sala de estar do Centro de Estudos[45], Del Portillo perguntou-lhe a respeito. O texto do diário reflete muito bem o fato: «Antes de entrar, perguntamos a D. Álvaro se podíamos confirmar a filmagem em cores da tertúlia que haveria amanhã no Anhembi. D. Álvaro aproximou-se do Padre [J. Escrivá] e perguntou-lhe, dizendo que não havia mais tempo para confirmar isso, pois a tertúlia seria amanhã. O Padre, então, para grande alegria de todos, disse: “−¡Que hagan lo que quieran!”»[46]. No centro da Casa Nova, intuíram bem a dificuldade, e anotou-se no diário que São Josemaria, por humildade, estaria se resistindo a que façam esses filmes e não deveria ter sido fácil conseguir que cedesse desta vez[47].

Naquela época, a tecnologia dos registros de imagens e vídeos era bem diferente da existente hoje. Os registros em vídeo tape, mais simples e que poderiam ser feitos por pessoas sem uma preparação específica, já eram realizados habitualmente em reuniões com o fundador. Para isso, havia sido formada uma equipe de pessoas do Opus Dei e amigos dirigida por Francisco Baptista Burgos, integraram esta equipe Décio Piva, José Antônio Macedo e Benedito Montenegro[48]. Antes da chegada de mons. Escrivá eles foram até a TV Tupi, Canal 4, de São Paulo e encontraram um cinegrafista que se dispôs a ajudar, chamado Shiroo Hamada. Além disso, compraram uma câmera de vídeo e um gravador, conseguiram mais uma câmera emprestada, além de uma mesa de corte. A gravação era em preto e branco[49]. Esta equipe – algumas vezes com a ajuda do Shiroo Hamada e outras não – registrou todas as tertúlias com São Josemaria, incluindo as duas gerais. No Palácio Mauá a equipe estava completa, Hamada levou mais dois câmeras e talvez algum técnico mais que cuidaram de tudo. Já no Anhembi houve ainda outro tipo de filmagem, além da realizada por esta equipe.

A gravação em vídeo não era a mais propícia para a reprodução para um público numeroso, pois só era possível assistir através do aparelho no qual foi registrado. Tratava-se de utilizar outra tecnologia, mais profissional, que permitisse uma maior facilidade de reprodução, ou seja, a gravação em filme de celuloide, 35 milímetros. Por isso, em previsão de uma resposta afirmativa de São Josemaria, fora contatado um profissional alguns dias antes para fazer a filmagem do encontro no Anhembi. Tratava-se de um cinegrafista italiano, radicado no Brasil, chamado Domenico Pennacchia. Depois de explicar o trabalho que deveria fazer, discutir o seu custo, foi levado até o Centro de Estudos do Sumaré para que assistisse à gravação de um encontro similar, para que ele entendesse melhor a peculiaridade do evento. Não se tratava de um documentário ou filme, como estava mais habituado a fazer[50], e advertiram que registrasse, completamente e de forma contínua, as palavras de São Josemaria e as eventuais perguntas. Pennacchia assistiu a uma das tertúlias celebradas no ginásio do clube esportivo Brafa, em Barcelona no final de 1972[51], que então eram as únicas gravações disponíveis na região do Brasil, chegadas em abril ou maio daquele mesmo ano.

A filmagem da tertúlia do Anhembi foi feita com duas câmeras fixas e uma móvel, esta especialmente pensada para registrar as intervenções do público[52]. No final do encontro, faltou filme em uma das câmeras, o que foi notado pelo pe. Javier Echevarría, que comentou com alguma pessoa da Obra depois da tertúlia. Além disso, algumas partes se perderam na revelação e uma parte não se filmou na máquina profissional, apenas nas outras, de vídeo de que se encarregavam as pessoas da Obra[53]. Por isso, a gravação em filme 35 milímetros não ficou totalmente completa.

Posteriormente, tiveram que montar o filme, com o que tinha sido registrado em cada câmera e sincronizar o som, que era gravado à parte. Alugou-se um local para esta montagem, onde só era possível fazê-la a partir das 11 da noite. Domenico Pennacchia trabalhava com a ajuda de José Maria Córdoba e Alfredo Canteli. Ao final, o profissional contratado ficou orgulhosíssimo do filme e apaixonado pela figura do fundador do Opus Dei. Dizia: «este homem tem claquete»[54]. Referia-se ao seu gesto de bater as mãos algumas vezes, o que ajudava muito a sincronizar o som, e sua capacidade de captar a atenção das pessoas que o assistiam. Certo dia, passado já um bom tempo depois da gravação, chamou Alfredo Canteli e pediu para ver o filme outra vez. Contudo, o custo do filme e da sua montagem ficou bastante elevado, e foi o que motivou o pe. Álvaro del Portillo perguntar ao fundador se não seria melhor pedir que viessem uma equipe da Espanha, que trabalhavam profissionalmente nisto, para as futuras gravações, e ele acedeu[55].

Além do filme desse profissional, os diretores da Comissão Regional quiseram que se gravasse a tertúlia do Anhembi também em vídeo tape, com a equipe dirigida por Francisco Baptista Burgos. Mons. Escrivá acabou assistindo a este vídeo, que tinha sido, naquela época, uma proeza. Os promotores do vídeo, orgulhosos com o feito, não se atrevendo a propor-lhe isso, para não magoar a sua humildade, pediram ajuda ao pe. Álvaro del Portillo, que conseguiu convencer o fundador depois de dar um argumento de peso. Narrou assim o pe. Francisco Faus: «Após reiteradas negativas, o pe. Álvaro falou-lhe da alegria que nos proporcionaria se aceitasse assistir ao vídeo, pois nós achávamos que ficara muito bom e até estávamos orgulhosos da gravação. Como era para não deixar frustrados os seus filhos, muito a contragosto aceitou. E a sessão teve lugar no dia seis de junho, véspera da partida, pela manhã»[56].

Havia muitas outras providências a serem tomadas nos dias prévios aos encontros. Em primeiro lugar, avisar a tempo os locais, dias e horários dos encontros a todos os membros do Opus Dei, cooperadores e amigos. Estes, por sua vez, convidaram todos os seus conhecidos, com o desejo que ninguém perdesse a oportunidade de estar com o fundador. Foram feitos convites impressos, como uma forma de ter certo controle sobre as pessoas que entravam nos auditórios. Diante do afluxo de tanta gente, não havia garantias do ambiente familiar que se esperava e organizou-se um grupo de homens e outro de mulheres para coordenar a entrada. No Anhembi, a administração do local encarregou-se de fazer uns cartazes para orientar o acesso dos participantes[57].

Algumas supernumerárias e cooperadoras se encarregaram de decorar o palco, colocar alguns móveis e uma imagem de Nossa Senhora nos dois locais, a fim de dar um aspecto familiar, como são as tertúlias nos centros do Opus Dei. O auditório do Palácio Mauá exigiu um trabalho extra de limpeza e acondicionamento pois, como já foi dito, fazia tempo que o local não era utilizado. O mesmo grupo que cuidou do palco preparou também uma pequena salinha para que o fundador pudesse descansar uns minutos antes do início do encontro e, eventualmente, receber algumas pessoas[58]. De fato, ele deteve-se um momento na sala decorada na noite anterior, como contou o pe. Xavier de Ayala, o que provocou um comentário elogioso[59].

Avisou-se também a todos aqueles que quisessem fazer perguntas e falar com mons. Escrivá, para que se dirigissem aos lugares mais apropriados, onde o microfone estivesse disponível, junto a uma luz que identificasse o interpelante. Foi necessário também selecionar previamente as pessoas que se dirigiriam a mons. Escrivá, para que houvesse maior diversidade[60]. Especialmente no Palácio de Convenções do Parque Anhembi, onde havia bastante distância entre o palco e o público e para que fosse possível a gravação, algumas pessoas quiseram ensaiar as perguntas, para medir o tom de voz e a clareza nas palavras. Falariam em português e teriam que se expressar o melhor possível, facilitando a compreensão de São Josemaria[61]. Assim que começou a falar, porém, sua empatia com o público dissipou os receios e formalidades, e não faltaram pessoas que intervieram espontaneamente, como foi o caso de uma senhora que o interpelou a respeito de uma suposta separação que o Opus Dei poderia gerar na família.

Não somente os encarregados das distintas tarefas trabalhavam, mas também São Josemaria preparava-se para este momento. Um encontro tão numeroso, em um país de língua diferente da sua, não deixava de ser um evento especial. «Todos estávamos com grande expectativa, porque ama- nhã seria a primeira tertúlia geral. O Padre [J. Escrivá] pediu que rezássemos, recorrendo aos Anjos da Guarda, para que nessa tertúlia não dissesse nenhuma coisa que pudesse magoar e que conseguisse manifestar todo o seu carinho. Oferecemos especialmente o trabalho dessa noite – telefonemas, convites... – pelos frutos da tertúlia[62]».

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Alexandre Antosz Filho, sacerdote. Licenciado e bacharel em História pela Universidade Federal do Paraná, mestre em História pela Universidade de São Paulo e doutor em Teologia (especialidade em História da Igreja) pela Pontificia Università della Santa Croce (Roma). e-mail: alexantosz@gmail.com

Notas:

[25] O Parque Anhembi é um complexo cultural e comercial, de 400 mil m2 de área total, localizado no norte da cidade de São Paulo, às margens do Rio Tietê. Foi idealizado por Caio de Alcântara Machado, denominou-se Centro de Convenções Anhembi e inaugurado em 20 de novembro de 1970 com a realização do VII Salão do Automóvel. Além de um grande Pavilhão de Exposições, contém o Palácio de Convenções, onde foi realizado o encontro com mons. Escrivá. Mantendo as mesmas finalidades de então, o espaço foi totalmente reformulado, ganhando novas dependências e diversificando ainda mais o tipo de eventos que atende.

[26] Assim era conhecido o edifício de 21 andares, localizado no Viaduto Dona Paulina, n. 80, na região central da cidade de São Paulo. Ele foi inaugurado em 1952, para abrigar o Instituto de Engenharia, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), e a Federação das Indústrias do Estado de São (Fiesp). Estas ocupavam alguns andares, e alugavam os demais para outras entidades ligadas à Fiesp, como o Serviço Social da Indústria (Sesi) e sindicatos patronais da indústria. Atualmente o Palácio Mauá é conhecido como Fórum Hely Lopes Meirelles, da Fazenda Pública e Acidentes do Trabalho.

[27] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[28] Entrevista com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.

[29] No Opus Dei, o fundador, Josemaria Escrivá, costuma ser chamado familiarmente de Padre, como aparecerá escrito várias vezes nas próximas páginas.

[30] Diário da primeira estadia, p. 8. Chama-se Administração a equipe de pessoas que atende os serviços de manutenção e limpeza, cozinha e vestuário das casas do Opus Dei. Nas grandes residências, como era o caso do Sumaré, sede da Comissão, a Administração é um centro anexo e independente, com locais adequados ao trabalho que se realiza e com uma zona de moradia para as pessoas responsáveis.

[31] Entrevista com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014 e José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[32] Diário da primeira estadia, p. 8.

[33] Nome dado a duas pessoas encarregadas de zelar pela vida espiritual e material do Prelado do Opus Dei, como está estabelecido em seu direito particular. Durante a vida do fundador essas pessoas foram o pe. Álvaro del Portillho e o pe Javier Echevarría.

[34] Diário da primeira estadia, p. 22.

[35] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[36] Entrevista com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.

[37] Diário da primeira estadia, pp. 95-96.

[38] Diário da primeira estadia, p. 96.

[39] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[40] Diário da primeira estadia, p. 58.

[41] Diário da primeira estadia, p. 70.

[42] Instituto em São Paulo onde se realizam pesquisas sobre répteis e produzem soros antiofídicos, no qual existem grandes espaços arborizados.

[43] Diário da primeira estadia, p. 85.

[44] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[45] Denomina-se Centro de Estudos a residência onde a maioria dos membros celibatários do Opus Dei, os numerários, recebem uma formação específica e mais profunda sobre a doutrina da Igreja e o espírito do Opus Dei, ao longo de um período de dois anos, ordina- riamente.

[46] Diário da primeira estadia, p. 82.

[47] Diário da Casa Nova, 2a parte, p. 8.

[48] Diário da primeira estadia, p. 85. Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[49] Entrevista com Décio Piva, 18 de outubro de 2015.

[50] Diário da primeira estadia, p. 85.

[51] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014, e Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.

[52] Entrevista com José Antonio Macedo, 18 de fevereiro de 2015.

[53] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[54] Claquete é um pequeno quadro negro em que são registradas as referências de uma determinada sequência e um determinado plano, antes do início de cada filmagem. Dizer que um pessoa “tem claquete”, significa que tem grande capacidade de comunicação.

[55] Entrevista com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014 e José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014.

[56] Cfr. Faus, São Josemaria, p. 95.

[57] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014, e Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.

[58] Entrevista com Maria Bernardita Garcés Troncoso, 21 de maio de 2015.

[59] Diário da primeira estadia, p. 97.

[60] Entrevista com José María Córdova Fernández, 18 de fevereiro de 2014, e Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.

[61] Entrevista com Maria Bernardita Garcés Troncoso, 21 de maio de 2015.

[62] Diário da primeira estadia, p. 86.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br

O Papa: desejo ir a Nicéia em 2025 com Bartolomeu para o aniversário de 1700 anos do Concílio

O Papa com a delegação ecumênica do Patriarcado de Constantinopla (Vatican Media)

Na audiência com a delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, em vista da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, Francisco recordou o aniversário do Primeiro Concílio Ecumênico no próximo ano e agradeceu a Bartolomeu o convite para celebrá-lo juntos nos lugares onde ocorreu. Apelo pela Terra Santa: "É necessário e urgente rezar juntos para que esta guerra termine. Líderes e partes em conflito encontram o caminho da harmonia e todos reconheçam que são irmãos".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (28/06), no Vaticano, uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro e Paulo celebrada no sábado, 29 de junho.

O Pontífice agradeceu a presença da delegação do patriarcado, agradeceu também ao patriarca Bartolomeu I e ao Santo Sínodo do Patriarcado Ecumênico por terem enviado novamente, este ano, uma delegação para participar "da Solenidade dos Santos Padroeiros da Igreja de Roma, os Apóstolos Pedro e Paulo, que testemunharam sua fé em Jesus Cristo até o martírio nesta cidade".

A sua visita nesta ocasião, bem como o envio de uma delegação minha ao Fanar na festa do Apóstolo André, irmão de Pedro, oferecem a oportunidade de experimentar a alegria do encontro fraterno e testemunhar os profundos laços que unem as Igrejas irmãs de Roma e Constantinopla, com a firme decisão de avançar juntos para o restabelecimento da unidade para a qual somente o Espírito Santo pode nos guiar, a da comunhão na legítima diversidade.

Paulo VI e Atenágoras na viagem a Jerusalém em 1964 (Vatican Media)

O encontro em Jerusalém entre Paulo VI e Atenágoras 

O Papa recordou que "este caminho de aproximação e pacificação recebeu um novo impulso com o encontro entre o santo Papa Paulo VI e o santo Patriarca Ecumênico Atenágoras, realizado sessenta anos atrás em Jerusalém". "Depois de séculos de afastamento recíproco, esse encontro foi um sinal de grande esperança, que nunca deixa de inspirar os corações e as mentes de tantos homens e mulheres que hoje anseiam por alcançar, com a ajuda de Deus, o dia em que poderemos participar juntos do banquete eucarístico", disse ainda Francisco, recordando que dez anos atrás, em maio de 2014, Sua Santidade Bartolomeu e ele foram em peregrinação a Jerusalém, para comemorar o 50º aniversário desse evento histórico. "Foi lá, onde nosso Senhor Jesus Cristo morreu, ressuscitou dos mortos e subiu aos céus, e onde o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos pela primeira vez, que reafirmamos nosso compromisso de continuar caminhando juntos rumo à unidade pela qual Cristo, o Senhor, pediu ao Pai, «para que todos sejam um»", disse ainda o Papa.

A amizade com Bartolomeu

“Mantenho viva e grata a lembrança daquela peregrinação comum com Sua Santidade Bartolomeu e dou graças a Deus, Pai misericordioso, pela amizade fraterna que se desenvolveu entre nós ao longo desses anos.”

Ela foi alimentada em numerosos encontros, em muitas ocasiões de colaboração concreta entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa sobre questões de grande relevância para as Igrejas e para o mundo, como o cuidado da criação, a defesa da dignidade humana e a paz.

Papa Francisco e Bartolomeu I (Vatican Media)

"O diálogo entre as nossas Igrejas não comporta nenhum risco para a integridade da fé, pelo contrário, é uma exigência que surge da fidelidade ao Senhor e nos conduz a toda a verdade, através de uma troca de dons, sob a guia do Espírito Santo", sublinhou Francisco.

A seguir, o Papa encorajou o trabalho da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, "que empreendeu o estudo de delicadas questões históricas e teológicas". "Desejo que os pastores e teólogos envolvidos neste processo possam ir além das disputas puramente acadêmicas e escutem docilmente o que o Espírito Santo diz à vida da Igreja, e o que já foi objeto de estudo e acordo encontre plena recepção em nossas comunidades e locais de formação. Haverá sempre resistência a isto, em toda parte, mas temos de seguir em frente com coragem", disse o Pontífice.

O Papa com a delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla (Vatican Media)

Rezar pela paz na Terra Santa e territórios em guerra

"Lembrando o encontro em Jerusalém, o pensamento se volta para a dramática situação que hoje se vive na Terra Santa", frisou o Papa, recordando que como resultado da peregrinação a Jerusalém, em 8 de junho de 2014, Bartolomeu I e ele, na presença também do patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Theophilos III, receberam o falecido presidente do Estado de Israel e o presidente do Estado da Palestina nos Jardins Vaticanos, para implorar a paz na Terra Santa, no Oriente Médio e em todo o mundo.

“Dez anos depois, a história atual nos mostra de forma trágica a necessidade e a urgência de rezar juntos pela paz, para que essa guerra termine, para que os chefes das nações e as partes em conflito possam reencontrar o caminho da concórdia e todos possam se reconhecer como irmãos. Naturalmente, essa invocação pela paz se estende a todos os conflitos em andamento, especialmente à guerra que está sendo travada na martirizada Ucrânia.”

Encontro nos Jardins Vaticanos para invocar a paz, 8 de junho de 2014 (Vatican Media)

Juntos no Jubileu

O Pontífice disse ainda que "numa época em que muitos homens e mulheres são prisioneiros do medo do futuro, as nossas Igrejas têm a missão de anunciar sempre Jesus Cristo «nossa esperança», em todos os lugares e a todos".

“Por esse motivo, seguindo uma antiga tradição da Igreja Católica, segundo a qual o Bispo de Roma anuncia um Jubileu a cada vinte e cinco anos, decidi convocar o Jubileu Ordinário para o próximo ano, que terá como lema "Peregrinos da Esperança".”

Ficarei grato se vocês e a Igreja que representam acompanharem e apoiarem este ano de graça com suas orações, para que haja abundantes frutos espirituais. E também com sua presença: seria muito bom.

Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia (Vatican Media)

O aniversário do Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia

A seguir, Francisco recordou que em 2025 será celebrado o aniversário de 1700 anos do Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia. "Espero que a lembrança desse evento tão importante aumente em todos os fiéis em Cristo Senhor, a vontade de testemunhar juntos a fé e o anseio por maior comunhão", frisou o Papa, regozijando-se com o fato de o Patriarcado Ecumênico e o Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos terem começado a refletir sobre como comemorar juntos esse aniversário. Francisco agradeceu a Bartolomeu I por convidá-lo a celebrar esse aniversário perto do lugar onde o Concílio de Nicéia se reuniu. "Eu gostaria de ir. É uma viagem que desejo fazer, de todo o coração", disse.

O Papa recorda o bispo Zizioulas

No final da audiência, o Papa recordou o Bispo Ioannis Zizioulas, teólogo ortodoxo, metropolita de Pérgamo, que faleceu em 2023. "Ele era irônico, mas era bom, queria muito bem a ele". Dele, o Papa recordou uma afirmação sábia. Brincando ele dizia: "Eu sei quando será o dia da plena unidade: o dia do Juízo Final. Mas, enquanto isso, vamos caminhar juntos, rezar juntos e trabalhar juntos".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Irineu de Lyon

Santo Irineu de Lyon (A12)
28 de junho
Santo Irineu de Lyon

Padre da Igreja, grego de nascimento, filho de pais cristãos, nasceu na ilha de Esmirna no ano 130. Foi discípulo de São Policarpo, que tinha sido discípulo de João Evangelista, o que torna muito importante os seus testemunhos doutrinais.

Muito culto e letrado em várias línguas, Irineu foi ordenado por Policarpo, que o enviou para Lyon na França, onde havia uma grande população de fiéis cristãos procedentes do Oriente.

Santo Irineu também era conhecido como homem da paz. Em uma de suas missões, ele interveio na questão na celebração da Páscoa, porque enquanto algumas igrejas a celebravam em unidade com a Páscoa dos judeus, outras, sobretudo Roma, a celebravam no domingo seguinte. A atuação de Santo Irineu foi muito importante para resolver a controvérsia pascal e para o restabelecimento da paz entre as igrejas da Ásia Menor com Roma.

Santo Irineu escreveu muitas obras. A primeira delas foi Adversus haereses“Contra as Heresias”, ele desmascarou o sistema gnóstico através da doutrina evangélica e apostólica que vinha dos sucessores dos apóstolos, dos apóstolos e de Jesus Cristo.

Outra obra importante foi: Demonstração da pregação apostólica que colocou a regra da fé, como ponto importante na vida eclesial e dos seguidores do Senhor. Santo Irineu tratou do mistério de Deus Uno e Trino, da criação, da caída do ser humano, da encarnação e da redenção. Ele tinha presente nesta obra às profecias até Jesus Cristo, o Filho de Davi e o Messias.

Uma perseguição decretada pelo imperador Marco Aurélio atingiu a cidade de Lyon, ocasionando o grande massacre dos cristãos, todos mortos pelo testemunho da fé. Irineu morreu como mártir, no dia 28 de junho de 202.

Santo Irineu foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Francisco em 21 de janeiro de 2022 com o título de Doctor unitatis.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Santo Irineu, cujo nome significa "paz", lutou para a preservação da paz e da unidade da Igreja. Era um homem equilibrado e cheio de ponderação. Foi o primeiro a procurar fazer uma síntese do pensamento cristão, cuja influência se faz notar até nossos dias. Sobre o conhecimento de Deus, ele dizia: "A ciência infla, mas a caridade edifica. Com efeito, não há orgulho maior do que se julgar melhor e mais perfeito que o próprio criador, modelador, doador do hálito de vida e do próprio ser. É que alguém não saiba absolutamente nada, sequer um motivo, do porque foram criadas as coisas, e acreditar em Deus, e perseverar no seu amor, do que encher-se de orgulho por motivo desta pretensa ciência e afastar-se deste amor que vivifica o homem”.

Oração:

Deus, nosso Pai, vós concedestes ao bispo Santo Irineu firmar a verdadeira doutrina e a paz da Igreja; pela intercessão de vosso servo, renovai em nós a fé e a caridade, para que nos apliquemos constantemente em alimentar a união e a concórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 27 de junho de 2024

CATEQUESE: Os Santos e a Eucaristia

Os Santos e a Eucaristia (Cléofas)

Os Santos e a Eucaristia

 POR PROF. FELIPE AQUINO

“A devoção à Eucaristia é a mais nobre de todas as devoções, porque tem o próprio Deus por objeto; é a mais salutar porque nos dá o próprio autor da graça; é a mais suave, pois suave é o Senhor. Se os anjos pudessem sentir inveja, nos invejariam porque podemos comungar” (Papa São Pio V).

A santa Missa e a sagrada Comunhão do Corpo de Cristo têm um valor extraordinário que todos os santos não se cansaram de exaltar. O Papa Bento XVI na Encíclica “Caritas in Veritate” nos lembra:

“Amados irmãos e irmãs, a Eucaristia está na origem de toda a forma de santidade, sendo cada um de nós chamado à plenitude de vida no Espírito Santo. Quantos santos tornaram autêntica a própria vida, graças à sua piedade eucarística! De Santo Inácio de Antioquia a Santo Agostinho, de Santo Antão Abade a São Bento, de São Francisco de Assis a São Tomás de Aquino, de Santa Clara de Assis a Santa Catarina de Sena, de São Pascoal Bailão a São Pedro Julião Eymard, de Santo Afonso Maria de Ligório ao Beato Carlos de Foucauld, de São João Maria Vianey a Santa Teresa de Lisieux, de São Pio de Pietrelcina à Beata Teresa de Calcutá, do Beato Pedro Jorge Frassati ao Beato Ivan Mertz, para mencionar apenas alguns de tantos nomes, a santidade sempre encontrou o seu centro no sacramento da Eucaristia”.

Vamos recordar as memoráveis palavras de alguns desses gigantes da Igreja que hoje participam no céu da eterna liturgia celeste. O Concílio de Trento (1545-1563) ensinou que a Eucaristia é “remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais”.

“As almas do purgatório são aliviadas pelas orações e sufrágio dos fiéis, principalmente pelo Sacrifício do Altar” (Sessão 25).

São Jerônimo (348-420), doutor da Igreja:

“Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa: o que mais vale é que nos dá ainda o que nem se quer cogitamos pedir-lhe e que, entretanto, nos é necessário”.

São João Maria Vianney, patrono dos párocos:

“Se conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa que zelo não teríamos em assistir a ela” (Cura d’Ars).

“Cada Hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano”.

São Francisco de Sales (1567-1622), doutor da Igreja:

“A Missa é o sol da Igreja”.

“Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos para se conservarem na perfeição, e os imperfeitos para chegarem à perfeição”.

São Bernardo de Claraval (1090-1153), doutor da Igreja:

“Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra”.

“A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”.

“Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.

Santa Teresa D’Ávila (1515-1582), doutora da Igreja:

“Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.

“Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mal a hospedagem se o recebemos bem”.

“Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”.

São Tomás de Aquino (1225-1274):

“A Comunhão destrói a tentação do demônio”.

São Vicente Ferrer:

“Há mais proveito na Eucaristia que em uma semana de jejum a pão e água”.

São João Crisóstomo (349-407), doutor da Igreja:

“A Eucaristia dá-nos uma grande inclinação para a virtude, uma grande paz e torna mais fácil o caminho para a santificação”.

“Deu-se todo não reservando nada para si”.

“Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente ‘doente de amor’” (Ct 2,4-5).

Santo Ambrósio (340-397), doutor da Igreja:

“Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance”.

São Gregório Nazianzeno (330-379), doutor da Igreja:

“Este pão do céu requer-se que se tenha fome. Ele quer ser desejado”.

“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-nos do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno”.

Santo Agostinho (354-430), doutor da Igreja:

“Ele se esconde porque quer ser procurado”.

“Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma nele”.

“Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar”.

“A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia”.

“Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua maternidade”.

Santo Afonso de Ligório (1696-1787), doutor da Igreja:

“A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento”.

“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.

São João de Ávila:

“Tempo de ganhar muitas graças”.

Santa Maria Madalena de Pazzi:

“Tempo mais apropriado para crescer no amor de Deus”.

“Os minutos que vêm depois da comunhão – dizia a santa – São os mais preciosos que temos em nossa vida; os mais apropriados de nossa parte para entender-nos com Deus e, da parte de Deus, para comunicar-nos o seu amor”.

São Gregório de Nissa:

“Nosso corpo unido ao corpo de Cristo, adquire um princípio de imortalidade, porque se une ao Imortal”.

Santa Teresinha de Lisieux (1873-1897), doutora da Igreja:

“Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias”.

“Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão”.

Santa Margarida Maria Alacoque:

“Nós não saberíamos dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus, o qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós”.

São Filipe Néri:

“A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia”.

Santa Catarina de Gênova:

“O tempo passado diante do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”.

São João Bosco:

“Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante”.

“Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-o muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-o poucas vezes. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer ao demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus (…)”.

Imitação de Cristo (Tomás de Kempis):

“Ao sacerdote na consagração é dado ao que aos anjos não foi concedido”.

“Não há oblação mais digna, nem maior satisfação para expiar os pecados, que oferecer-se a si mesmo a Deus, pura e inteiramente, unido à oblação do Corpo de Cristo, na missa e na comunhão”.

“A Eucaristia é a saúde da alma e do corpo, remédio de toda enfermidade espiritual, cura os vícios, reprime as paixões, vence ou enfraquece as tentações, comunica maior graça, confirma a virtude nascente, confirma a fé, fortalece a esperança, inflama e dilata a caridade”.

São Cirilo de Jerusalém:

“Quando te aproximares para receber o Senhor não o faças com os braços soltos e com os dedos abertos, mas faça da tua mão esquerda o Trono para a sua mão direita, pois nesta receberás o Rei, e na alma recebes o Corpo de Cristo dizendo Amém. Então, com todo cuidado, santifica teus olhos pelo Santo Corpo e em seguida toma-O e cuida para que nada se perca”.

São Josemaria Escrivá de Balaguer:

“É preciso adorar devotamente este Deus escondido. Ele é o mesmo Jesus Cristo, que nasceu da Virgem Maria; o mesmo que padeceu e foi imolado na cruz; o mesmo, enfim, de cujo peito trespassado jorrou água e sangue” (Cristo que Passa).

“Dir-vos-ei que, para mim, o Sacrário foi sempre Betânia, o lugar tranquilo e aprazível onde está Cristo, onde Lhe podemos contar as nossas preocupações, os nossos sofrimentos, as nossas aspirações e as nossas alegrias, com a mesma simplicidade e naturalidade com que aqueles amigos seus, Marta, Maria e Lázaro, lhe falavam. Por isso, ao percorrer as ruas de alguma cidade ou de alguma aldeia, alegra-me descobrir, ainda que ao longe, a silhueta duma igreja: é um novo Sacrário, mais uma ocasião para deixar a alma escapar-se para estar com o desejo junto do Senhor Sacramentado” (Cristo que Passa).

Chiara Lubic, fundadora dos Focolarinos, disse certa vez: “Enquanto existir a Eucaristia eu nunca estarei só. Enquanto existir um sacrário, não terei solidão”.

É preciso preparar-se para receber Jesus. E a melhor preparação, na hora de recebê-lo, é entregar o coração a Nossa Senhora, para que ela o prepare com as disposições necessárias. Já que não somos dignos de receber o seu Filho, deixemos que ela cubra o nosso coração com a sua presença tão amável.

“É pelo preparo do aposento que se conhece o amor de quem acolhe o seu amado”, dizia Santa Teresa D’Ávila.

Retirado do livro: “Como preparar-se bem para comungar”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

NAZARENO: "Ama o teu próximo como a ti mesmo" (o tributo a César e o óbolo da viúva) - (47)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 47 - "Ama o teu próximo como a ti mesmo" (o tributo a César e o óbolo da viúva)

Depois dessa entrada triunfal, à noite, Jesus e seus seguidores voltam para Betânia, para a casa de seus amigos. Mas retornam a Jerusalém nos dias seguintes. O Nazareno continua as suas catequeses, explica que Deus Pai havia enviado os profetas, mas não foram acolhidos nem ouvidos. Havia enviado seu Filho, mas ele também estava prestes a ser rejeitado e morto. Chega a dizer, aos homens que tinham transformado a fé em poder e regras: “Os publicanos e as prostitutas estão vos precedendo no Reino de Deus.

Publicanos e as prostitutas, pecadores públicos e pecadoras públicas, precederiam os sacerdotes, os homens da lei e da reta doutrina, no reino dos céus? Os apóstolos olham uns para os outros. Pedro se dirige ao seu irmão André: "Afinal, ele sempre fez assim...

Os chefes dos sacerdotes se retiraram, mas pediram que outros se apresentassem para desafiar Jesus.

Mandaram-lhe alguns fariseus e herodianos para apanhá-lo por alguma palavra... “Mestre, é lícito pagar imposto a César ou não?”.

Tinham começado a falar de maneira bajuladora, reconhecendo a autoridade de Jesus e, em seguida, colocando-o em dificuldade.

Jesus, porém, percebendo a sua malícia disse: “Hipócritas! Por que me pondes à prova? Mostrai-me a moeda do imposto”. Apresentaram-lhe um denário. É uma moeda romana de prata, cunhada fora do país, com a efígie do imperador e que serve como moeda para o pagamento de impostos.

Então Jesus disse-lhes: De quem é esta imagem e a inscrição?”. Responderam: “É de César”.

A discussão foi testemunhada, ao fundo, apoiado em um pilar, por um escriba. Seu nome é Set. Ele se aproxima do Nazareno, com uma pergunta que brotava em seu coração.

Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”. Jesus respondeu: “O primeiro é: Ouve ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento, e com toda a tua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que esses”.

Naquele momento, sentado em frente ao Tesouro do Templo, Jesus observava como a multidão lançava moedas neleMuitos ricos lançavam muitas moedas. E o faziam, em muitos casos, com ostentação, certos de que seriam apreciados pelos sacerdotes que supervisionavam os cofres.

Vindo uma pobre viúva, lançou duas moedinhas, isto é, um quadrante.

Vendo-a chegar curvada sob o peso dos anos e das tristezas, Jesus se comove.

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF