A visita de São Josemaria Escrivá ao Brasil | Flickr-Photos/Opus Dei
Com os braços abertos a
todos. A visita de São Josemaria Escrivá ao Brasil
1974. São Josemaria Escrivá esteve 15 dias no Brasil. Que mensagem
deixou aos brasileiros? Qual foi a sua impressão sobre o país? Este artigo
inédito descreve como foram organizados os encontros com o fundador do
Opus Dei em São Paulo, e resume a sua mensagem.
29/08/2017
e) Caridade na família
Foram abundantes os conselhos de São Josemaria para a vida familiar. A
formação dos filhos vinga em um ambiente de bom exemplo e de liberdade. «E além
disso, ensina-os com o exemplo. E quando vão sendo mais velhos, você vai lhes
dando corda, um pouquinho de corda, um pouquinho de liberdade para que a
administrem, dando-lhes responsabilidade»[113]. Em muitas
ocasiões, aproveitou para animar a ser generosos em relação aos filhos que Deus
poderia enviar a cada casal: «Sou muito amigo das famílias numerosas, mas
também sou amigo das famílias que têm menos filhos ou que não têm nenhum,
porque Deus não os dá»[114]. Logo em
seguida, deixou claro que as famílias que evitam os filhos por motivos
egoístas, as que «cortam as asas ao amor» como disse, não agradavam a Deus.
Voltou a falar da liberdade ao responder a pergunta de um problema tão
comum de uma mãe, que pediu uma orientação a respeito de até onde podia chegar
sua exigência com os filhos para irem à Missa.
Você tem a obrigação de ensinar aos teus filhos as obrigações do
cristão: com o catecismo. [...] Depois, se eles vão crescendo, você lhes dá um
pouquinho mais de liberdade cada dia, com responsabilidade pessoal. Que saibam
que terão que prestar contas a Deus; que quando esta terra se acaba, esta vida
se acaba, está a vida eterna. [...] Mas você não pode obrigar os seus filhos já
crescidos a que cumpram pela força as obrigações religiosas. Não pode pegá-los
pelas orelhas e dizer: eu o levo à Missa. Porque ainda que os leve
materialmente à Missa, se não querem assistir, não assistem[115].
Aos filhos sempre recomendava uma obediência carinhosa, cheia de sentido
sobrenatural e um pouco de esperteza, para saber conquistar os pais, porque é
um dever de cristã: sujeição, carinho, obediência, respeito, afeto, sacrifício
voluntário e – o que eu gosto de ensinar como mortificação suprema – mostrar o
sorriso na sua boca. Sorria! [...] Não discuta, não discuta com os seus...
Mostrará o que é sua vocação com sua boa conduta, não discutindo. [...]
Disputas não. Conduta boa, conduta melhor. E os conquistará e se entusiasmarão.
[...] Desde já os queremos muito. Por que não lhes fala sinceramente? Você tem
que ser muito sincera: diga-lhes, sinceramente, que me perguntou isso[116].
Animava os filhos a desejarem a felicidade dos pais na terra e,
sobretudo, no céu. O caminho para isso era sempre o mesmo: sendo bons filhos,
porque assim eles conseguirão que o pai e a mãe sejam cada dia melhores[117].
Os conselhos para a vida de relação entre marido e mulher foram também
muito concretos, diretos e abundantes. Interessante notar sua capacidade, muito
patente em todas as respostas sobre este tema, de fugir das regras vazias, do
puro legalismo, que marcavam a pregação e os manuais de moral da época, e
permanecem na mentalidade atual. Para uma senhora, dizia: «Cada dia deve
procurar conquistar o teu marido, e ele a você. Entende? Por isso, o Senhor a
conserva assim, bonita... e atraente. [...] Você se sentirá sempre jovem se
olhar o seu marido como o que ele é: uma grande parte do seu coração, todo o
seu coração!; se souber que ele é seu e você é dele, se souber que tem a
obrigação de fazê-lo feliz, de participar das suas alegrias e das suas penas,
da sua saúde e das suas doenças...»[118]. Com
enorme empatia, e recebendo os sorrisos complacentes das esposas, continuava
lembrando que os maridos deveriam ser os “filhos caçulas”, e animava a
desculpá-los, compreendê-los, mimá-los, para serem elas também desculpadas e
compreendidas. Dava conselhos semelhantes, muito práticos, também aos maridos.
Neste contexto de fina e exigente caridade, aconselhava não mortificar o
outro cônjuge, infundir sempre alegria e paz no lar, chegando aos pormenores do
cuidado da aparência, da comida, sempre tendo como fim a caridade. A soberba é
a origem de todas as desavenças e, por isso, animava a aprender a pedir perdão,
a lembrar-se dos primeiros encontros, especialmente nos momentos de desavença.
Costumava também aconselhar a nunca brigar diante dos filhos, e não cegar as
fontes da vida, para deixar que o Senhor mande as criaturas que queira e,
depois, recebê-las com amor, como verdadeiras bênçãos de Deus. No contato da
alma com Deus, há uma relação direta entre fidelidade e felicidade, e reafirmou
esta ideia também para o matrimônio[119].
Era patente a sua emoção e carinho diante das pessoas que trabalham no
lar, como dedicação profissional. Não poupou elogios ao responder a uma
empregada doméstica que pedia um conselho para convencer às suas amigas para
que apreciem este trabalho. «Escuta, minha filha, eu acho que um dos trabalhos
principais que se faz no mundo é o de empregada doméstica. Por isso são tão
escassas as empregadas, por isso vocês são tão interessantes [...]. Vocês são
as que têm mais possibilidades de fazer o bem e mais possibilidades de destruir
uma família»[120].
A uma mãe que parecia não entender tão bem a vocação de entrega a Deus
no Opus Dei dos seus filhos ou parentes, o fundador mostrou o espírito de
fraternidade que sempre se viveu no Opus Dei.
Você, para ser mãe de família, teve de desapegar-se um pouco do lar dos
seus pais, não é assim? Por que pensa que os outros, se vão servir Nosso Senhor
no meio da rua, iriam desprender-se do amor dos seus pais? De forma alguma!
Acendem-no, melhoram-no, sublimam-no... [...] se você tem perto de si almas que
vieram ao Opus Dei, agora, depois de virem ao Opus Dei, amarão você
tanto e mais do que antes... Pode estar segura... Não nos vê? Não nos vê, que
tudo é caridade, que tudo é compreensão,? [...] que sabemos conviver com todos,
desculpar a todos, perdoar a todos, amar a todos?[121].
f) Espírito do Opus Dei
Para terminarmos este apanhado dos temas, ressaltamos que nestes dois
encontros que estamos analisando foram pouquíssimas as referências diretas
sobre o Opus Dei, instituição que tinha fundado e com a qual a grande
maioria dos presentes estavam relacionados. Seu espírito, que leva a viver com
naturalidade a fé no meio do ambiente de cada um, não necessita maiores
explicações. Ao mesmo tempo, todos os temas que tratam dos afãs humanos, da
busca da santidade e do apostolado, referem-se já ao espírito do Opus Dei,
espírito universal, que abrange todos os aspectos da vida cotidiana do homem
comum. Não era necessário fazer propaganda da sua instituição, pois é essencial
no espírito do Opus Dei a naturalidade, a mesma que viviam os primeiros
cristãos. No entanto, era subjacente na sua catequese a difusão desse espírito,
como difusão da santidade na vida ordinária[122].
Em uma das intervenções, São Josemaria sentiu a necessidade de explicar
diretamente um traço do espírito do Opus Dei. Ocorreu quando uma pessoa
sugeriu-lhe a necessidade de uma fusão de todos os católicos, com o objetivo de
aumentar a eficácia na luta contra as ideologias anticristãs, as “forças do
mal”, dizia, através de um controle centralizado do apostolado, normalmente por
parte da hierarquia. O santo explicou que tinha outro espírito, o da liberdade
e iniciativa pessoal. O Opus Dei, como instituição, tem a função de formar
as pessoas para que cada um, no seu próprio local de trabalho, faça apostolado,
unindo-se a outros ou não. De qualquer forma, o dever de fazer apostolado é de
todo batizado, independente de um mandato oficial da hierarquia. A minha tarefa,
dizia, «é falar do estritamente espiritual. Você faz muito bem em unir [sua
iniciativa associativa] ao espiritual [...]. Respeito, merece toda a minha
simpatia, mas eu vou por outro lado. [...] Eu só falo, exclusivamente, do
puramente espiritual, da doutrina de Jesus Cristo no Santo Evangelho, daquela
que repetiam os Apóstolos [...]. Este é o meu trabalho, e o seu é esse que
disse, que é encantador. Você continue adiante e eu continuo adiante»[123].
CONCLUSÃO. UM PAI QUE VEIO PARA ESTAR COM SEUS
FILHOS
Depois de relatar algumas das circunstâncias dos dois encontros gerais,
as características do diálogo de São Josemaria com o público, e indicar os
principais temas tratados, surge naturalmente a pergunta: qual foi a sua
mensagem principal no Brasil? O que quis transmitir às pessoas com quem se
encontrou? Certamente, o que dissemos até aqui e a agrupação que fizemos dos
temas tratados, que sabemos estar longe de uma formulação definitiva, não nos
tornam capazes de responder a essas perguntas.
Como fizemos referencia ao princípio deste artigo, a historiografia fala
que sua viagem teve o propósito de difundir a doutrina. Segundo a opinião de
Peter Berglar, dentro dos amplos aspectos que as respostas de mons. Escrivá de
Balaguer abordaram durante suas viagens à América, destacam-se três pontos
capitais: um sim à vida, dom de Deus, e às famílias numerosas; uma fidelidade à
tradicional doutrina de fé da Igreja; uma recomendação insistente de acudir ao
Sacramento da Confissão[124]. Na sua
estadia no Brasil, e particularmente nos dois encontros gerais, deixou clara a
sua preocupação com estes temas. Incentivava a lealdade ao Magistério e
explicava a missão da Igreja de guardar e transmitir este depósito sem
alterá-lo[125]. Fez uma
vibrante propaganda da confissão sacramental, e elogiou todas as famílias que
estão abertas à vida, numerosas ou não. Sem dúvida estes três aspectos
encontram-se presentes no conjunto da mensagem de São Josemaria no Brasil;
contudo, parece-nos que não é possível, dentro do que pudemos analisar, afirmar
que estas foram as suas mensagens principais.
Perguntamos a muitas pessoas que estiveram presentes nestes encontros e,
surpreendentemente, quase todas responderam que não tinham a impressão de
receber nenhuma mensagem deliberada, no sentido estrito da palavra[126]. Por outro
lado, todos, sem exceção, manifestaram ter ficado muito impressionados,
felizes, com uma grande paz. A presença do fundador «aumentava a temperatura
interior»[127], dava
segurança, tranquilidade e, para os membros, a certeza de que estavam todos
trabalhando em algo muito grande, de que o Opus Dei, em breve, se
estenderia por todo o Brasil[128].
Estes testemunhos, o diário escrito no calor da hora e, naturalmente, a
análise das suas palavras, deixaram patentes que, mais do que transmissão
oficial de uma mensagem, sua viagem foi a de um pastor que veio cuidar do seu
rebanho. Sua mensagem foi a sua presença, uma presença que confirmava os seus
interlocutores na fé em Deus e na Igreja[129]. Muitas
vezes dizia que tinha vindo para aprender[130]; em outras
palavras, veio mais para estar do que falar com as pessoas, e não dizia isso
como uma demonstração de simpatia, quase contradizendo a numerosa plateia
atenta às suas palavras. Sentia-se como um pai que quer estar com sua família,
e sabe que bastava a sua presença para consolar, confirmar e fazer-se entender.
Tinha a consciência clara de possuir o carisma exclusivo de fundador e, ao
longo dos dias em que esteve no Brasil, com grande simplicidade e confiança,
transmitiu paternalmente suas experiências pessoais, deixando uma grande
quantidade de relatos da história do Opus Dei e alusões autobiográficas.
Esta atitude lembra a de São Paulo, nas primeiras viagens pastorais da história
da Igreja: «Desejo ardentemente ver-vos, a fim de comunicar-vos alguma graça
espiritual, com que sejais confirmados, ou melhor, para me encorajar juntamente
convosco naquela vossa e minha fé que nos é comum»[131].
São Josemaria ficou admirado com o país. «O Brasil! O primeiro que vi
foi uma mãe grande, formosa, fecunda, terna, que abre os braços a todos sem
distinção de línguas, de raças, de nações, e a todos chama filhos. Grande coisa
é o Brasil!»[132]. De fato,
ao longo de sua estadia, captou muito rápido a idiossincrasia do povo
brasileiro e, com a acuidade dos santos, ao mesmo tempo em que se surpreendia,
surpreendeu os membros do Opus Dei com as observações que fazia sobre o
país. Observou o clima de convivência, de fraternidade e de afeto entre todos.
Reconheceu a raiz católica desta atitude, tão culturalmente assimilada em um
país de dimensões continentais[133]. O funda-
dor passou a pensar que o Brasil é um dom de Deus ao mundo. E desta percepção
nasceu um lema, amplamente repetido, na sua catequese: «no Brasil e a partir do
Brasil», porque mons. Escrivá viu que o Brasil poderia ajudar muito na difusão
do Evangelho por todo o mundo. Essa impressão que São Josemaria teve do Brasil
foi confirmada em várias ocasiões posteriores pelo beato Álvaro[134].
Este sonho do fundador, forjado ao longo dos 17 dias que esteve no país,
manifestou-se na fórmula da bênção que deu ao final de uma tertúlia com os
diretores da Comissão, membros dos Conselhos locais e numerários mais velhos,
na sala de estar da sede da comissão no dia 29 de maio, e que passou a ser conhecida
como a “bênção patriarcal”: «Que vos multipliqueis: como as areias das vossas
praias, como as árvores das vossas montanhas, como as flores dos vossos campos,
como os grãos aromáticos do vosso café. Em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo»[135]. Depois,
repetiu mais duas vezes esta mesma benção, com o desejo de que “vos
multipliqueis”, com ligeiras variações nas imagens utilizadas. Nas vésperas da
sua partida, após mostrar uma placa com estas palavras que tinham feito as suas
filhas na Administração do Sumaré, acrescentou sorrindo: «Este Brasil da minha
alma, que me fez poeta! Dei-vos a bênção dos patriarcas sem me dar conta»[136].
Depois de aprender e captar o Brasil, mons. Escrivá passou a desejar
ardentemente «levar esse empenho de caridade, de fraternidade, de compreensão,
de amor, de espírito cristão a todos os povos da terra»[137]. Para isso
era necessário que o trabalho de apostolado se estendesse por todo o Brasil.
Manifestou às pessoas próximas, no final da sua visita, que passara a sonhar
com o dia em que não haveria nenhum recanto do imenso país sem o calor de um
lar do Opus Dei. Enfim, o fundador do Opus Dei não trouxe para o
Brasil uma mensagem, mas deixou um sonho, o de estender o trabalho apostólico
pelo Brasil e, a partir dele, por todo o mundo. Essa foi a mais clara
“orientação” que deu para os brasileiros[138].
No final da tertúlia no Palácio Mauá, antes de despedir-se, sempre do
modo espontâneo que caracterizava o seu diálogo, São Josemaria dirigiu-se a
todos, e disse umas palavras que podem ser consideradas a recapitulação de tudo
o que tinha falado. Pensamos também que é um resumo do que acabou por
transmitir aos brasileiros.
Meus filhos, vocês não têm consciência o bastante da bênção de Deus que
receberam ao viver nesta grande nação brasileira. Mas, amem sua fé católica!,
amem sua fé cristã! Não esqueçam que a Igreja está fundada por Jesus Cristo de
uma maneira hierárquica; que não há duas Igrejas, há ape- nas uma. Não esqueçam
que a Igreja não muda, que é a de sempre. Rezem como rezavam nossas mães e
nossos avós. Coloquem o mesmo empenho em lutar contra vós mesmos: eu também o
farei. Vamos ser fiéis ao Se- nhor! E todas estas grandezas naturais do Brasil
se converterão em bênçãos sobrenaturais; não só para o Brasil, mas para o mundo
inteiro. Eu disse, desde o primeiro dia que pisei esta terra bendita, que estou
maravilhado, que estou feliz, porque contemplo o que se pode fazer, o que se
faz, e o que se fará no Brasil e a partir do Brasil[139].
____________
Alexandre Antosz Filho, sacerdote. Licenciado e bacharel em História
pela Universidade Federal do Paraná, mestre em História pela Universidade de
São Paulo e doutor em Teologia (especialidade em História da Igreja) pela
Pontificia Università della Santa Croce (Roma). e-mail: alexantosz@gmail.com
Notas:
[113]«Ya demás
les enseñas con el ejemplo. Y cuando van siendo mayores, les va dando cuerda,
un poquito de cuerda, ¿eh?... Un poquito de libertad, para que la administren.
Dándoles responsabilidad» Anhembi, 7,2 [tradução nossa].
[114] «Soy
muy amigo de las familias numerosas, pero también soy amigo de las familias que
tienen menos hijos o que no tienen ninguno porque Dios no se los da. No soy
amigo de las familias que... por egoísmo, cortan las alas del amor y hacen el
amor estéril e infecundo». Anhembi, 7,10-8,3 [tradução nossa].
[115] «Tú
tienes la obligación de enseñar a tus hijos las obligaciones de cristiano: con
el cate- cismo. [...] Después, si ellos van haciéndose mayores, tú les das un
poquito más de libertad cada día, con responsabilidad personal. Que sepan que
tendrán que dar cuenta a Dios; que cuando esta tierra se acaba, esta vida se
acaba, está la vida eterna. [...] Pero tú no puedes obligar a tus hijos mayores
a que cumplan por la fuerza las obligaciones religiosas. No les puedes coger
por las orejas y decir: yo te llevo a Misa. Porque aunque los lleves
materialmente a Misa, si no la quieren oír no la oyen». Mauá, 3,5-3,6 [tradução
nossa].
[116]«Porque es
un deber cristiano: sujeción, cariño, obediencia,r espeto, afecto, sacrificio
gustoso y –lo que a mí me gusta señalar como mortificación suprema– muestra la
sonrisa en tu boca, ¡sonríe! [...] No discutas, no discutas con los tuyos... Tú
enseñarás lo que es tu vocación con tu conducta buena, no discutiendo. [...]
Disputas no. Conducta buena, conducta mejor. Y los arrastrarás y se
entusiasmarán... [...] Pero ya los queremos mucho. [...] ¿Por qué no les hablas
sinceramente? Tienes que ser muy sincera: diles, sinceramente, que me has
preguntado eso». Mauá, 14,8-15,11 [tradução nossa].
[117] Mauá,
17,9-17,10.
[118] «Cada
día debes procurar conquistar a tu marido,yélati.¿Oyes?Por eso el Señor te
conserva así de guapa... y de atrayente... [...] Te sentirás siempre joven se
miras a tu marido como lo que es: una gran parte de tu corazón, ¡todo tu
corazón!; si sabes que él es tuyo y tu eres de él, si sabes que tienes la
obligación de hacerlo feliz, de participar de sus dichas y de sus penas, de su
salud y de su enfermedad...». Anhembi, 10,15-12,2 [tradução nossa].
[119] Entre
outras respostas citadas, Anhembi, 22,1.
[120] «Oye,
hija mía, yo entiendo que uno de los trabajos principales que se hacen en el
mundo es el de empleada del hogar; por eso escasean tanto ahora las empleadas.
Por eso sois tan interesantes. [...] Sois las que tenéis más posibilidades de
hacer el bien y más posibilidades de destruir una familia». Anhembi, 9,5-9,6
[tradução nossa].
[121] «Tú,para
ser madre de familia, tuviste que separate un poco del hogar de tus padres,¿no
es así? ¿Por qué piensas que los demás, si van a servir a Nuestro Señor en
medio de la calle, van a desprenderse del amor de sus padres? ¡De ninguna
forma! Lo encienden, lo mejoran, lo subliman... [...] Si tienes cerca de ti
almas que han venido al Opus Dei, ahora, después de venir al
Opus Dei, te quieren tanto y más que antes... Puedes estar segura... Pero,
¿no nos ves? ¿No nos ves, que es todo caridad, que es todo compresión; [...]
que sabemos convivir con todos, disculpar a todos, perdonar a todos, amar a
todos?». Mauá, 11,3-11,6 [tradução nossa].
[122] Entrevista
com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.
[123] «A mí
me toca sólo hablar de lo estrictamente espiritual. Tú haces muy bien en unir
[tu iniciativa] a lo espiritual [...]. Lo respeto, me merece toda la simpatía,
pero yo voy por otro lado. Yo sólo hablo, exclusivamente, de lo puramente
espiritual, de la doctrina de Jesucristo en el Santo Evangelio, de aquella que
repetían los Apóstoles [...]. Esta es mi labor, y la tuya ésa que has dicho,
que es encantadora. Tú adelante, y yo adelante». Mauá, 4,6-4,7 [tradução
nossa].
[124] Cfr.
Berglar, Opus Dei, p. 291.
[125] Entrevista
com Francisco Faus Pascuchi, 13 de junho de 2014.
[126] Além
dos testemunhos já citados neste artigo e que compartilham esta opinião,
corroboraram também Rafael Llano Cifuentes, Paulo Sertek, Homero Luis Piccolo,
Élcio Carillo, entre outros. Isso foi perguntado pelo autor a mais de 20
pessoas diferentes. Nenhuma delas afirmou claramente que São Josemaria veio com
alguma mensagem específica para o Brasil.
[127] Entrevista
com José Luiz Díez Hernández, 23 de fevereiro de 2014.
[128] Entrevista
com Luis Roberto Barros, 20 de junho de 2014 e Francisco Faus Pascuchi, 13 de
junho de 2014.
[129] Entrevista
com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.
[130] O Diário
da Casa Nova, 2a parte , p. 7, ao comentar o início da tertúlia, chama
a atenção para esta expressão do fundador.
[131] Rom
1, 11-12
[132] «¡El
Brasil!, lo primero que he visto es una madre grande, hermosa, fecunda, tierna,
que abre los brazos a todos sin distinción de lenguas, de razas, de naciones, y
a todos los llama hijos. ¡Gran cosa el Brasil!». Anhembi, 1,3 [tradução nossa].
[133] Cfr.
Vicente Ancona Lopez, Prefácio à segunda edição, em Faus, São
Josemaria, pp. 7-8.
[134] Entrevista
com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.
[135] Diário
da primeira estadia, p. 66. Relatado também em Faus, São Josemaria,
pp. 139-140.
[136] Diário
da Casa Nova, 2a parte , pp. 14-15.
[137] Cfr.
Ancona Lopez, Prefácio, p. 9.
[138] Entrevista
com Alfredo Canteli, 9 de junho de 2014.
[139] «!Hijos!
no os dais bastante cuenta de la bendición de Dios que es para vosotros vivir
en esta gran nación brasileña. Pero ¡amad vuestra fe católica!, ¡amad vuestra
fe cristiana! No olvidéis que la Iglesia está fundada por Jesucristo de una
manera jerárquica; que no hay dos Iglesias, que hay una. No olvidéis que la
Iglesia no cambia, que es la de siempre. Rezad como rezaban nuestras madres y
nuestros abuelos. Poned el mismo empeño en luchar contra vosotros mismos: yo
también lo pondré. ¡Vamos a ser fieles al Señor! y todas estas grandezas
naturales del Brasil se convertirán en bendiciones sobrenaturales; no sólo para
el Brasil, sino para el mundo entero. Yo os he dicho, desde el primer día que
he pisado esta tierra bendita, que estoy encantado, que estoy feliz, porque
contemplo lo que se puede hacer, lo que se hace, y lo que se hará en Brasil y
desde el Brasil». Mauá, 19,4 [tradução nossa].
*Fim*
Fonte:
https://opusdei.org/pt-br