Vilibaldo (Guilhebaldo; Wilibaldo) nasceu em 700, na cidade de Wessel, Inglaterra, da família real de Kent. Sua mãe, Winna, teria sido irmã de São Bonifácio (de nome original Vinfrido, Wynfrith ou Winfrid); e seu pai, o rei Ricardo I da Saxônia, bem como seus irmãos Vilibaldo e Valburga, foram igualmente canonizados.
O grupo foi preso pelos mouros em Edessa, na ilha de Chipre, acusados de espionagem. A intercessão de um espanhol bem relacionado com o emir garantiu a sua liberdade. Chegando à Terra Santa, ainda dominada pelos árabes mas com liberdade de movimentação, por cinco visitaram os locais onde Jesus esteve. Várias vezes Vilibaldo correu perigo de prisão, mas seus modos pacíficos e afáveis acalmava os árabes, que o deixavam livre. Assim ele pôde também confortar os cristãos que ali viviam sob o jugo dos mouros.
Em 729 os peregrinos voltaram a Roma, e o Papa Gregório II o enviou para o mosteiro beneditino de Monte Cassino, reconstruído do saque dos invasores lombardos (por volta de 570) e necessitado de monges. Ali começou a trabalhar como simples porteiro, cargo que São Bento recomendava ser dado a um “prudente ancião”, até chegar a abade. Então Vilibaldo recebeu o livro original das Regras de São Bento que havia sido preservado em Roma, e por dez anos formou uma nova comunidade no mesmo espírito da Regra do fundador, restaurando o vigor deste famosíssimo mosteiro.
Acompanhando a Roma um sacerdote espanhol em 740, Vilibaldo encontrou seu tio, São Bonifácio, o qual pediu ao Papa, agora Gregório III, que dispensasse o sobrinho de Monte Cassino para acompanhá-lo na missão de evangelizar a Germânia (Alemanha). Só então Vilibaldo recebeu as ordens sacerdotais (os monges não precisam necessariamente ser presbíteros). Mais tarde São Bonifácio o sagrou bispo de Eichestadt, onde Vilibaldo construiu uma catedral e um mosteiro da Ordem Beneditina.
Por orientação do tio, também passou a controlar os outros mosteiros, garantindo a sua correta espiritualidade. Em seguida, dedicou-se a visitar a imensa área da sua diocese, aos poucos evangelizando o povo como missionário itinerante, obtendo inúmeras conversões.
São Vilibaldo faleceu em 7 de julho de 787 ,no mosteiro que fundara em Eichestadt, já com fama de santidade.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
São Vilibaldo nos dá o exemplo de santidade em atividades por assim dizer tanto dinâmicas quanto estáticas. Foi peregrino e missionário, mas também restaurador de um mosteiro, e mosteiro beneditino, cuja Ordem exige um voto de estabilidade, isto é, o monge deve permanecer no mesmo mosteiro por toda a vida. A base comum do sucesso em tão díspares funções é a oração, através da qual a alma permanece tranquila e repousada em Deus, quaisquer que sejam as circunstâncias. Enquanto em viagens, Vilibaldo atuou com ação em oração; no mosteiro, a oração é sempre a principal ação. De comportamento pacífico e afável, que de modo algum implicam em apatia ou falta de firmeza, cumpriu o que lhe foi pedido, e exemplarmente, de forma serena e sólida. Todas estas qualidades apontam para uma admirável constância de espírito, capaz de se adaptar às diferentes circunstâncias da vida, sem nunca se desviar do essencial. É a expressão da permanência em Cristo, que torna a alma forte. Uma força que vem de se estar na Verdade. Que também a nós ninguém possa acusar de ficar presos numa ilha de falsidade durante a jornada desta vida.
Oração:
Deus de amor imutável e eterno, concedei-nos pelo exemplo e intercessão de São Vilibaldo a disponibilidade de permanecermos imperturbáveis no Vosso serviço aonde quer que nos chameis, restaurando o que for necessário à vida da alma, de modo a podermos participar da família dos Vossos santos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Fonte: https://www.a12.com/