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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Santo Emiliano de Silístria

Santo Emiliano (pravoslavie.cl/es)
18 de julho
Santo Emiliano Mártir

O Santo Mártir Emiliano da Silístria, na Bulgária, era de origem eslava e sofreu por Cristo durante o reinado do imperador Juliano, o Apóstata (361-363). Juliano queria restaurar o culto aos deuses pagãos no Império Romano e distribuiu um forte édito por todas as regiões condenando todos os cristãos à morte.

Dorostolum era uma cidade localizada às margens do rio Danúbio, naquela cidade vivia Santo Emiliano, e era governada por um oficial chamado Capitolino. Os decretos imperiais foram lidos na praça da cidade e o povo de Dorostolum declarou que ali não havia cristãos.

Santo Emiliano era escravo do administrador municipal e era cristão secreto. Encorajado pelo duro decreto, Santo Emiliano entrou no templo pagão sem ser visto e destruiu as estátuas dos ídolos com um martelo, derrubou o altar e o castiçal e saiu do templo sem que ninguém o visse. Quando os pagãos descobriram que o templo estava em ruínas, a multidão de pessoas agitadas começou a espancar um jovem que aparentemente era cristão e que por acaso estava naquela área. São Emiliano gritou-lhes bem alto para não prenderem aquele inocente e ele próprio confessou ter sido culpado pela destruição do templo pagão.

Santo Emiliano foi preso e levado a julgamento diante de Capitulino e por sua ordem oficial, Santo Emiliano foi espancado impiedosamente por muito tempo e condenado à fogueira onde não morreu, porém, as chamas queimaram muitos dos pagãos que estavam entorno dele. Apagado o fogo, São Emiliano deitou-se sobre as brasas e com uma oração ofereceu seu espírito ao Senhor. Com o passar do tempo, uma igreja foi construída em Constantinopla em homenagem ao Santo Mártir Emiliano e suas relíquias foram transferidas para sua igreja.

Fonte: crkvenikalendar.com

quarta-feira, 17 de julho de 2024

O que acontece se uma pessoa morre durante a missa?

Nova África | Obturador

O que acontece se uma pessoa morre durante a missa?

Mónica Muñoz - publicado em 17/07/24

A vida é frágil e efêmera, não sabemos quando e onde terminará, mas o que acontece quando alguém morre durante a missa? Aleteia te responde

Os católicos têm um dom imensurável na Santa Missa, quem assiste todos os domingos pode ter a certeza de que se encontra diretamente com o Senhor Jesus. E, por outro lado, entendemos que a morte persegue todo ser humano e ninguém pode dizer que está isento. Neste tópico podemos aplicar o que Jesus disse sobre seu retorno:

“Vocês também estejam preparados, porque o Filho do Homem chegará na hora que você menos espera”.

Lc 12, 40

Morte durante a missa

Pensemos num acontecimento raro, mas que ocorreu, segundo o testemunho de alguns sacerdotes, que, ao celebrarem a Santa Missa, percebem que um dos participantes morre. O que é feito nesse caso?

Para responder a esta pergunta, Aleteia consultou o Pe. Miguel Ángel Hernández, que explicou que, segundo o documento De defectibus in celebraçãoe Missce ocorrerentibus ( Dos defeitos que podem ocorrer na celebração da Missa , do Consilium ad exsequendam Constitutionem de Sacra Liturgia, 27 de janeiro de 1965 ) , “O A missa continua."

Padre Miguel esclarece que “certamente, o documento não fala deste caso particular”, contudo, na prática é assim que se faz. “Continuamos com a Eucaristia”, acrescenta.

Ore pela alma do falecido

O sacerdote comentou que se alguém adoecer durante a celebração, a missa pode continuar, mas “toda a assistência necessária é prestada aos fiéis”.

E o que acontece se ele morrer? O padre pode fazer uma pausa e “aguardar a chegada dos profissionais de saúde ou de outra organização”, comenta.

Aqui entra em jogo também o bom senso do sacerdote que confia a Deus a alma do defunto e, no final da Missa, reza por ele, “segundo o ritual do cuidado dos enfermos”.

 Fonte: https://es.aleteia.org/

CATEQUESE: Por que fazemos o sinal da Cruz?

O sina da Cruz (Cléofas)

Por que fazemos o sinal da Cruz?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

“É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso” Proclo de Constantinopla, bispo.

A primeira coisa que nossos pais católicos nos ensinam a fazer é o sinal da Cruz. É uma das mais belas marcas de nossa religião; é o ato que inicia e termina nossas orações particulares ou coletivas. É um sinal externo que “nos volta para Deus”.

Sua referência é bíblica. Uma delas está no livro de Ezequiel (9,3-4): “O Senhor disse: Percorre a cidade, atravessa Jerusalém e marca na fronte os que se lamentaram afligidos pelas abominações que nela se cometem”.

A marca é um tau (T), última letra do alfabeto hebraico, que tinha a forma de uma cruz. Os marcados são propriedade do Senhor, uma porção sagrada e intocável. Em Apocalipse 7,3 temos outra cena semelhante: “Não causeis danos à terra nem ao mar nem às árvores, até que selemos a fronte dos servos do nosso Deus”. Em ambos os textos, a marca na fronte significava a salvação e sem ele o homem não seria poupado.

Tertuliano (†220) escrevia no ano 211 d. C.: “Nós marcamos nossa fronte com o sinal da cruz. Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

Fazer o sinal da cruz já era um hábito antigo quando escreveu isso.

Há muitos textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo:

Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim” (Cf. Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).

Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

Gl 2,19: “Pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo”.

Gl 6,14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

Diz ainda Santo Hipólito de Roma (†235), descrevendo as práticas dos cristãos do século II: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se á feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que á um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreite para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

São Paulo exalta a santa cruz: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, isto é para nós, é uma força divina” (1 Cor 1,18).

Podemos e devemos fazer o sinal da cruz sempre que vamos rezar, conversar com Deus, pedir a sua proteção. Ao passar por uma igreja, ou outro lugar sagrado, podemos fazer o sinal da cruz, com respeito, e bem feito, para pedir a Deus a sua proteção. O importante é a intenção de rezar, “voltar-se para Deus”. O próprio Sinal da Cruz é uma oração. Importa que seja feito com devoção, e não como superstição.

Diante do Santíssimo Sacramento, pode-se fazer o sinal da cruz, mas não é obrigatório; e sim a genuflexão. Também não é necessário fazer o sinal da cruz ao receber a sagrada Comunhão, pois já o fizemos no início da celebração.

Nota: vale a pena lembrar que no dia 14 de setembro a Igreja celebra a festa da exaltação da santa cruz.

“… Até hoje a cruz é glorificada; com efeito, é a cruz que ainda hoje consagra os reis, adorna os padres, protege as virgens, dá força aos ascetas, reforça os elos dos esposos, dá ânimo às viúvas. É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso” Proclo de Constantinopla, bispo (c. 390-446) – Sermão para o Domingo de Ramos.

Prof. Felipe Aquino

 Fonte: https://cleofas.com.br/

Hoje a Igreja celebra o beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires do Brasil

Painel dedicado à morte de Inácio de Azevedo, na Igreja de Santo Inácio em Paris | Wikimedia (CC BY 2.0)
17 de julho
Beato Inácio de Azavedo e companheiros mártires

Por Natalia Zimbrão*

17 de jul de 2024

Hoje (17), a Igreja celebra o beato Inácio e 39 companheiros. Embora os 40 jesuítas não sejam brasileiros, são considerados mártires do Brasil, pois foram mortos por corsários calvinistas quando vinham em missão para o país.

Inácio nasceu em 1527, no Porto, Portugal, em uma família nobre. De grande inteligência, tornou-se administrador dos bens da família aos 18 anos. Mas, depois de participar de um retiro em Coimbra, em 1548, decidiu ingressar na Companhia de Jesus. Foi reitor do colégio Santo Antão, em Lisboa, vice-provincial de Portugal, o primeiro reitor do Colégio de São Paulo, em Braga.

Destacava-se por sua vida de oração, penitência e obras de misericórdia e tinha grande paixão pelas missões.

Envio ao Brasil

O superior geral dos jesuítas, são Francisco Borja, decidiu enviar Inácio de Azevedo como visitador do Brasil. Ele chegou à Bahia em 24 de agosto de 1566, junto com outros jesuítas.

Durante dois anos, percorreu as casas dos jesuítas no Brasil. Regressou a Portugal em 24 de agosto de 1568, com objetivo de conseguir reforços para a missão no Brasil.

Recebeu autorização do superior geral para recrutar missionários na Espanha e em Portugal. Reuniu um grupo que, depois de cinco meses de preparação, viajou para o Brasil em 5 de junho de 1570. Inácio de Azevedo e 39 jesuítas partiram no navio mercante São Tiago e outros missionários seguiram no navio comandado por dom Luís de Vasconcelos, nomeado governador do Brasil.

Oito dias depois, chegaram à Ilha da Madeira e dom Vasconcelos decidiu esperar um pouco. Mas, o comandante do navio São Tiago resolveu partir sozinho em direção às Ilhas Canárias, apesar das notícias de que corsários calvinistas estavam no caminho, no encalço dos jesuítas.

O martírio

Em 15 de julho de 1750, o navio São Tiago foi atacado, perto da ilha La Palma, por uma frota de corsários calvinistas franceses liderados por Jacques Sourie. O navio mercante foi dominada. Os corsários pouparam os tripulantes e demais passageiros, mas mataram todos os jesuítas. “Mata, mata, porque vão semear falsa doutrina no Brasil”, diziam.

Inácio de Azevedo foi ao encontro deles com uma imagem de Nossa Senhora das mãos e dizia: “Todos me sejam testemunhas como morro pela fé católica e pela Santa Igreja Romana”. Ele também incentivava os companheiros a se manterem firmes: “Não choreis, filhos. Não chegaremos ao Brasil, mas fundaremos, hoje, um colégio no céu”, disse.

Os jesuítas foram beatificados pelo papa Pio IX em 11 de maio de 1854 e são conhecidos como os “Quarenta Mártires do Brasil”

Oração ao beato Inácio de Azevedo e companheiros mártires

Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus trinta e nove companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz, concedei-nos professar constantemente, para vossa maior glória, a fé que recebemos de nossos antepassados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

*Natalia Zimbrão é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É jornalista da ACI Digital desde 2015. Tem experiência anterior em revista, rádio e jornalismo on-line.

 Fonte: https://www.acidigital.com/

'Meu pai se matou, e hoje sou padre e especialista em suicídio' (3)

Pe. Lívio | VITOR SERRANO/BBC NEWS BRASIL

'Meu pai se matou, e hoje sou padre e especialista em suicídio'

Author, Mariana Alvim

Role, Da BBC News Brasil em São Paulo

Twitter,@marianaalvim

28 fevereiro 2024

*Esse texto é o primeiro da série "Suicídio & Fé" da BBC News Brasil, que abordará nas próximas semanas o tabu religioso com o suicídio, com foco nas religiões com mais adeptos no Brasil. Acompanhe as publicações no nosso site e redes sociais.

Suicídios de padres

Desde 2016, Licio voltou a conviver mais de perto com notícias de mortes por suicídio: ele tem se dedicado a fazer um levantamento detalhado de padres que tiraram a própria vida.

Licio afirma que os dados de mortes entre sacerdotes são ainda mais alarmantes do que na população geral.

Para isso, o especialista compara a média de mortes de padres que ele registrou em relação ao total de padres no Brasil com a taxa de mortes por suicídio na população brasileira — embora esses números não resultem de uma mesma metodologia.

De acordo com os dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, houve 8 suicídios para cada 100 mil habitantes no Brasil.

Em 2022, Licio registrou 5 suicídios de padres. Considerando que o país tinha naquele ano cerca de 21,8 mil padres, segundo a Comissão Nacional de Presbíteros, isso daria aproximadamente 23 suicídios a cada 100 mil padres.

De 2016 a 2022, o pesquisador contabilizou um total de 33 mortes de padres por suicídio, com média de 4,7 por ano.

Os anos em que mais mortes foram registradas foram 2017 e 2021, com 10 suicídios de padres cada um.

Licio reúne esses dados a partir de informações divulgadas por dioceses, pela imprensa ou por fontes da internet.

As dioceses, segundo ele, estão cada vez mais publicando a causa da morte quando há um suicídio comprovado, embora ainda haja muito "mistério" em torno desses dados.

O pesquisador conta que nunca passou pela situação de conhecer pessoalmente algum padre que tenha se matado, mas diz que já foi procurado por dois amigos padres que pediram ajuda por questões de saúde mental, a quem Licio recomendou tratamento psicológico e psiquiátrico.

Mesmo não conhecendo pessoalmente os padres que se mataram, Licio diz que se sente abatido ao documentar as mortes de colegas.

"Por exemplo, um caso de um padre jovem. Isso me impacta porque é alguém que tem uma vida pessoal e uma vida no sacerdote inteira pela frente. Sempre me impacta", desabafa.

Licio afirma que a escolha do sacerdócio "não imuniza" os padres de lutas internas e desafios pessoais.

Licio Vale se dedica desde 2016 a contabilizar mortes de padres por suicídio/ VITOR SERRANO/BBC NEWS BRASIL

Licio Vale se dedica desde 2016 a contabilizar mortes de padres por suicídio/ VITOR SERRANO/BBC NEWS BRASIL

Há particularidades dessa ocupação que afetam a saúde mental, aponta Licio, como o excesso de trabalho, a solidão e a cobrança excessiva.

"A vida do padre é muito mais complicada do que a gente imagina", ele diz.

"Vou te fazer uma pergunta: onde você vai passar o Natal de 2030? Se eu estiver aqui na paróquia em 2030, às 18h vou ter uma missa numa comunidade e às 20 horas eu tenho missa aqui. Eu já tenho compromisso assumido para daqui a sete anos."

O padre afirma que a solidão é outro fator de risco grande para o suicídio no clero, principalmente os diocesanos — que estão vinculados a uma diocese e não a uma ordem religiosa, como os franciscanos e beneditinos.

"Um padre às vezes mora sozinho na casa paroquial, fica longe da família, tem poucos amigos verdadeiros que gostem da pessoa e não do padre", diz Licio.

"E a gente se cobra em termos de sermos coerentes com aquilo que pregamos, com aquilo que vivemos. O povo nos cobra posturas, comportamentos. A própria Igreja nos cobra posturas e comportamentos."

Licio alerta que o número de suicídios entre padres pode ser muito maior por conta da subnotificação — a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, para cada morte por suicídio confirmada, há provavelmente mais de 20 tentativas.

A reportagem também buscou dados sobre suicídios entre líderes religiosos — não só católicos — a partir do DataSUS, sistema mantido pelo Ministério da Saúde, mas especialistas consultados afirmaram não ser possível obter informações confiáveis com esse recorte.

A BBC News Brasil procurou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para obter um posicionamento oficial da Igreja Católica no Brasil sobre o cuidado com a saúde mental de padres e a doutrina acerca do suicídio de forma geral.

A CNBB respondeu que não foi encontrado bispo "com disponibilidade para atender à demanda".

Segundo a OMS, mais de 700 mil pessoas morrem a cada ano por suicídio no mundo.

'Fala de culpabilização ligada à religião pode causar muita dor'

De acordo com a organização, a ligação entre suicídio e distúrbios mentais — notadamente a depressão e o alcoolismo — já foi bem demonstrada, mas esse tipo de morte também ocorre após crises pontuais, como términos de relacionamentos e problemas financeiros.

Taxas de suicídio tendem a ser maiores também em cenários de abuso, violência, desastres e vulnerabilidade social — como entre refugiados e migrantes, prisioneiros e pessoas LGBTQIA+.

Um outro estudo, publicado na revista científica The Lancet Regional Health Américas, calculou que, entre 2011 e 2022, a taxa de suicídios a cada 100 mil habitantes cresceu em média 3,7% ao ano no Brasil.

Em 2011, a taxa era de 5 por 100 mil, chegando a 7,3 por 100 mil em 2022.

Todas as regiões brasileiras tiveram aumento nas taxas. Entre jovens (10 a 24 anos), o crescimento foi de 6%, significativamente maior do que na população geral.

No mundo, considerando dados da OMS de 2019, a taxa média de suicídios foi de 9 por 100 mil habitantes.

Neste relatório, o Brasil aparece abaixo da média global, com 6,4 suicídios por 100 mil habitantes.

Brasil foi o 8º país na América do Sul com a maior taxa de suicídios em 2019

Taxa a cada 100 mil habitantes

Fonte: OMS, Estimativas Globais de Saúde de 2000-2019

A estimativa considera tanto homens como mulheres. Dados foram padronizados por idade: para facilitar comparação, um padrão de distribuição etária da população é aplicado para todos os países.

A psicóloga Karen Scavacini, fundadora e diretora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, afirma que as religiões — não apenas o catolicismo — podem ter um papel ambíguo na prevenção e na posvenção do suicídio.

"Os estudos mostram que [a religião] é um fator de proteção, e é, na maioria das vezes", diz Scavacini.

"Até o medo de ir para o inferno, de ir para o umbral, embora muitas religiões não falem mais sobre isso, pode fazer com que a pessoa não se mate. Então, acaba protegendo.”

A sensação de pertencimento a uma comunidade religiosa é outro fator protetor contra o suicídio, aponta a psicóloga.

"Quando a gente põe na balança, a espiritualidade tem um fator mais de proteção do que de risco, porém — e esse é o grande porém —, quando ela se torna um fator de risco, pode ser um risco importante."

Scavacini, que é doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), afirma que o tabu religioso pode ser danoso em vários estágios relacionados ao suicídio.

"Começando pela prevenção, o que a gente escuta de mais comum é a relação de vergonha quando uma pessoa está pensando em se matar", diz.

"Isso piora toda a situação, porque a pessoa pensa: 'Puxa, além de tudo, eu sou um pecador, porque eu estou pensando em me matar."

A psicóloga cita também casos de pessoas cuja sexualidade não é bem aceita em sua religião, o que agrava o quadro de saúde mental.

Também há aquelas que deixam de procurar ajuda especializada depois que "foram falar com o pastor, com o padre, e a resposta foi de que estava faltando Deus, que estava faltando oração, que psicólogo não resolvia nada, que o que resolve é a igreja".

"Há ainda o caso das pessoas que tentaram [se suicidar]. Então, entram as questões de pecado, de culpabilização, de falta de reza, de estar possuído, e isso de novo vai ser um fator de risco", diz Scavacini.

"Pode ser um gatilho, pode ocasionar um isolamento dessa pessoa da comunidade religiosa, que no geral é um fator de proteção."

A psicóloga lembra também dos enlutados, cenário em que a questão religiosa talvez se torne ainda mais "delicada".

Ela diz ser comum estas pessoas ouvirem, inclusive em velórios, que alguém que elas perderam para o suicídio vai para um lugar de sofrimento após a morte.

"O impacto da fala de um religioso para uma família enlutada é muito grande. O tabu religioso não está só na figura religiosa, ele está em toda uma sociedade."

"Para quem está de luto, que está buscando uma resposta, muitas vezes em choque, que pode estar naquela culpa que é própria do luto por suicídio, uma fala de culpabilização ligada a religião tem um peso muito grande e pode causar muita dor."

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*Caso seja ou conheça alguém que apresente sinais de alerta relacionados ao suicídio, ou caso você tenha perdido uma pessoa querida para o suicídio, confira alguns locais para pedir ajuda:

- O Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188, oferece atendimento gratuito 24h por dia; há também a opção de conversa por chat, e-mail e busca por postos de atendimento ao redor do Brasil;

- Para jovens de 13 a 24 anos, a Unicef oferece também o chat Pode Falar;

- Em casos de emergência, outra recomendação de especialistas é ligar para os Bombeiros (telefone 193) ou para a Polícia Militar (telefone 190);

- Outra opção é ligar para o SAMU, pelo telefone 192;

- Na rede pública local, é possível buscar ajuda também nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24h;

- Confira também o Mapa da Saúde Mental, que ajuda a encontrar atendimento em saúde mental gratuito em todo o Brasil.

- Para aqueles que perderam alguém para o suicídio, a Associação Brasileira dos Sobreviventes Enlutados por Suicídio (Abrases) oferece assistência e grupos de apoio.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ceq4xl2ppqqo

S. LEÃO IV, PAPA

S. Leão IV, Basílica de São Paulo fora dos muros

17 julho

S. Leão IV, Basílica de São Paulo fora dos muros 

Sobre a vida do Papa Leão IV, sabemos que nasceu em Roma, mas era de origem lombarda. Seu pai chamava-se Ridolfo, mas não se sabe qual o nome que deu ao filho no Batismo. Contudo, era um homem de comprovada pureza e integridade interior: era monge do mosteiro beneditino de São Martinho, mas o Papa Gregório IV quis que estivesse ao seu lado, como parte integrante do clero romano. Assim, tornou-se Papa, em 847, por aclamação popular.

Desastres naturais e calamidades humanas

Quando iniciou seu Pontificado, a situação em Roma era bastante dramática: no ano anterior, ocorreu a invasão dolorosa dos Sarracenos. Por isso, a sua eleição foi rápida, sem esperar a aprovação imperial. O imperador não se importou porque, provavelmente, se sentia culpado por não apoiar a cidade contra os árabes. Porém, o que mais preocupou Leão IV foi uma série de desastres naturais: primeiro, um terremoto assolou Roma, fazendo desabar uma parte do Coliseu; a seguir, um incêndio destruiu a área do Burgo, poupando a vizinha Basílica de São Pietro, graças à intervenção espiritual do Papa. Este acontecimento foi imortalizado pelo artista Rafael, em um afresco conhecido como "O incêndio do Burgo", conservado no Museu do Vaticano.

Liga contra os Sarracenos

A ameaça dos Sarracenos voltou à gala. No entanto, Leão IV não foi preso de surpresa: desatendendo a estreita relação com o imperador, fez acordos com os soberanos dos Ducados vizinhos, como Amalfi, Gaeta, Nápoles e Sorrento. Assim, promoveu uma liga naval, depois denominada “Liga Campana”, liderada pelo napolitano, Cesário Consule, encarregada de defender os dois territórios: a Campânia e o Lácio. A ameaça ocorreu no verão de 849, quando na batalha, que passou para a história como “Batalha de Óstia”, os Sarracenos foram derrotados. Esta vez, o acontecimento também foi imortalizado em um afresco de Rafael, com o mesmo nome da batalha, mantido nas Salas do Museu Vaticano.

O "restaurador de Roma"

Entretanto, os empreendimentos, que levaram Leão IV a receber o título de "restaurador de Roma", foram outros. Avantajado pela sua capacidade espiritual, mas também pelos sentimentos de culpa do imperador, o Papa conseguiu obter de Lotário uma enorme soma de dinheiro para fazer várias reformas. A primeira e mais importante de todas foi a construção de uma muralha, mais extensa que a construída na época por Aureliano, que abrangia toda a colina do Vaticano. Seguiram-se as reformas das Basílicas de São Pedro e São Paulo, a fortificação do Porto marítimo e a reconstrução das antigas “Centumcellae”, na atual cidade de Civitavecchia, além de Tarquínia, Orte e Amélia. Mas o "restaurador" não parou: dedicou-se também à ajuda pessoal da população mais vulnerável, com a distribuição de gêneros alimentícios.

Concílios e Sínodos

Leão IV era, sobretudo, um pastor e, como tal, dedicou seu Pontificado à corroboração da disciplina do clero. Por isso, convocou dois Concílios especiais: o de Pavia, em 850, e o de Roma, em 853. Neste último, trabalhou com afinco para reafirmar a pureza da fé e os costumes do povo. No entanto, com o mesmo objetivo, multiplicaram-se os Sínodos em toda a Europa: em Mainz, Limoges, Lyon, Paris e Inglaterra. Durante os Concílios, foi resolvida a questão disciplinar sobre a excomunhão de Anastácio, Cardeal de São Marcelo, com ideia de antipapa, que, sem levar em conta os apelos do Pontífice, havia deixado a sua diocese para morar em outro lugar.

Relação com os soberanos cristãos

As relações entre Leão IV e o império não foram ruins, tanto que, no dia da Páscoa de 850, Lotário pediu-lhe para coroar seu filho Ludovico como imperador. Após cinco anos, porém, acontece alguma coisa que correu o risco de comprometer, seriamente, a estabilidade das relações bilaterais: Daniel, o magister militum do Império em Roma, acusou Graciano, comandante da milícia, muito próxima do Papa, de tramar um meio para aproximar o Papado e ao Império do Oriente. Então, Ludovico foi, pessoalmente, a Roma, para um confronto direto, do qual resultaram infundadas as acusações contra Leão IV. Desde então, foram muitos os soberanos dos reinos cristãos europeus a pedir para serem coroados pelo Pontífice, com o objetivo de obter, assim, o reconhecimento da sua soberania "por graça divina".

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 16 de julho de 2024

Santuário Nacional de Aparecida acolhe o jubileu de 50 anos do Caminho Neocatecumenal

50 anos do Caminho Neocatecumenal no Santuário Nacional de Aparecida (cn.org)

SANTUÁRIO NACIONAL DE APARECIDA ACOLHE O JUBILEU DE 50 ANOS DO CAMINHO NEOCATECUMENAL

POST 16 DE JULHO DE 2024 C. N. BRASIL

O Caminho Neocatecumenal viveu um dia de louvor e ação de graças a Deus, no domingo, 14 de julho de 2024. Aproximadamente 40 mil pessoas, pertencentes às comunidades neocatecumenais de todo o País, celebraram na Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, os 50 anos do início desta iniciação cristã no Brasil.

50 anos do Caminho Neocatecumenal no Santuário Nacional de Aparecida (cn.org)

A Celebração da Palavra teve início às 15h e foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. Entre os presentes estavam o Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, além de arcebispos e bispos de diversas dioceses, presbíteros, seminaristas dos Seminários Arquidiocesanos Missionários Redemptoris Mater das Arquidioceses de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém do Pará.

Entre os membros do Caminho Neocatecumenal, destaca-se a presença das pessoas que participaram das catequeses para a formação das primeiras comunidades neocatecumenais, realizadas no Brasil em 1974, nas dioceses de Toledo (Palotina) e Umuarama (PR), dioceses de Franca e Jaboticabal (SP).

Outra presença significativa foi a dos espanhóis pertencentes às comunidades do Padre José Folqué, de Raúl Viana e de Antonia María (Tonha) Cendán, missionários que formam a equipe de catequistas responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, e da comunidade de Padre Joaquín Antón Carrazoni, da equipe corresponsável.

Ao apresentá-los, Padre José destacou que aqueles que partem em missão são os “pés” do anúncio do Evangelho, mas isso só é possível se, por trás, houver uma comunidade que seja o “coração”, que impulsiona, reza, apoia e acompanha a missão.

Celebração da Palavra

Pe. José | Foto: Gabriel Rocha

A Celebração da Palavra foi marcado pelo anúncio do Querigma, feito por Padre José Folqué. Este é o anúncio do amor de Deus em Jesus Cristo, que se entregou para a redenção de toda a humanidade:

“É através deste amor de Cristo que os homens se tornam capazes de amar como Cristo nos amou”,

Anunciou Padre José.

O presidente da celebração, Cardeal Odilo Pedro Scherer, destacou a importância de viver o Evangelho no dia a dia. Ele afirmou:

“O que Jesus diz é o Evangelho. Eu sei que vocês têm grande amor pelo Evangelho, pela Palavra. É muito edificante saber que aos domingos vocês rezam os salmos em família, introduzem os filhos na escuta amorosa da Palavra, e os iniciam na fé. A exemplo dos pais, as crianças se sentem parte e depois passam a fazer parte da pequena comunidade, da comunidade paroquial e da grande comunidade que é a Igreja”

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Cardeal Odílio Pedro Scherer | Foto: Marcos Paiva

Ao dizer isso, Dom Odilo se refere às laudes dominicais nas quais os pais transmitem a fé aos filhos.

Após as palavras do Cardeal, houve um momento marcante: a chamada vocacional para moços, moças, e famílias que aceitassem o chamado de se colocar à disposição da evangelização para serem enviadas pela Igreja para qualquer lugar do mundo. Assim, levantaram-se, em sinal de responder “sim” a este chamado, aproximadamente 200 moços, 130 moças e 80 famílias. A Celebração terminou com o canto do Te Deum, antigo hino de ação de graças entoado pela Igreja em celebrações solenes.

Saudações

Foto: Gabriel Rocha

No início da celebração, por uma chamada telefônica, Francisco (Kiko) Argüello, iniciador junto com a Serva de Deus Carmen Hernández do Caminho Neocatecumenal, saudou os presentes:

“Deem graças a Virgem Maria que lhes deu uma comunidade cristã para viver a fé. Ânimo”.

Kiko Argüello

O Núncio Apostólico do Brasil, Giambattista Diquattro, enviou uma carta com uma mensagem do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, falando em nome do Papa Francisco:

“Com grande alegria o Santo Padre celebra os 50 anos da presença do Caminho Neocatecumenal em terras brasileiras. Neste meio século, o Caminho tem sido uma fonte de renovação espiritual, de comunhão fraterna e de evangelização, tocando a vida de inúmeras pessoas e famílias. (…) O sucessor de Pedro reza para que este jubileu seja um tempo de renovação da fé e do compromisso missionário, e que a luz de Cristo resplandeça cada vez mais através de suas vidas e comunidades”.

Cardeal Pietro Parolin

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também enviou uma carta de congratulação:

“Na alegria da celebração dos 50 anos do início das Comunidades do Caminho Neocatecumenal no Brasil, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vem manifestar sua gratidão e reconhecimento pelo trabalho de evangelização em mais de 1800 comunidades espalhadas em todo país. (…) Por isso, manifestamos nosso agradecimento pelo serviço da educação permanente à fé, dentro do espírito que o Concilio Vaticano II propôs como evangelização”.

Celebração eucarística

Foto: Marcos Paiva

Em seguida da Celebração da Palavra, todos permaneceram para a Eucaristia das 18h do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que teve nas intenções a ação de graças pelos 50 anos do Caminho Neocatecumenal no Brasil. Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, presidiu a Eucaristia.

“Hoje, nós ouvimos falar tanto de evangelizar nas periferias geográficas e existenciais, e o início do Caminho Neocatecumenal foi assim, na favela de Palomeras Altas, em Madri. Jubileu significa recomeço, tempo de relembrarmos a necessidade de renovar nossa missão. Olhar para o Caminho nos próximos anos é olhar para seus inícios, nas periferias. No mundo de hoje, a comunidade que celebra a presença de Jesus em seu meio faz a diferença em nossas dioceses, em nosso País. Retomamos aqui todo o fervor, todo o amor do nosso início e, com Maria, vamos aprender a dizer sempre sim à vontade do Senhor”,

disse Dom Orani.

História

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida foi escolhido como local para esta celebração de ação de graças pois foi a Virgem Maria que inspirou o início do Caminho Neocatecumenal, e sempre esteve à frente desta obra de evangelização.

Em 8 de dezembro de 1959, o espanhol Kiko Argüello teve, da parte da Virgem a inspiração:

“Há que fazer comunidades cristãs como a Sagrada Família de Nazaré que vivam em humildade, simplicidade e louvor. O outro é Cristo”

Na década de1960, Kiko foi viver entre os pobres na favela de Palomeras Altas, periferia de Madri, à exemplo de São Charles de Foucauld, para ali, encontrar com Cristo crucificado. Em Palomeras, conheceu a Serva de Deus Carmen Hernández e, neste ambiente, nasceu a primeira comunidade neocatecumenal.

Com o apoio do Arcebispo de Madri, na época, Dom Casimiro Morcillo, e também dos Sumos Pontífices, o Caminho Neocatecumenal foi chegando às dioceses de todo o mundo. Em 1974 chegou ao Brasil, na cidade de Palotina e Umuarama, no Paraná, e depois no Estado de São Paulo, em Franca e Jaboticabal. Atualmente, no Brasil, o Caminho Neocatecumenal está presente em 105 dioceses, com 1800 comunidades que fazem este itinerário de iniciação cristã inseridas em 450 paróquias.

Conforme define os Estatutos aprovados em 2008, o Caminho Neocatecumenal é um itinerário de iniciação cristã pós-batismal está a serviço da Igreja para a Nova Evangelização, anunciando o amor de Jesus Cristo para todas as nações.

Foto: Angela Barbour
Foto: Marcos Paiva
Foto: Angela Barbour
Foto: Marcos Paiva

Caminho Neocatecumenal no Brasil
Assessoria de Comunicação

Acesse

Site oficial internacional: neocatechumenaleiter.org

Site oficial nacional: cn.org.br

Site oficial sobre a Serva de Deus Carmen Hernández: carmenhernandez.org

 Fonte: https://cn.org.br/portal

Cuidar uns dos outros: um chamado à comunhão e à coragem

A humanidade precisa aprender a cuidar uns dos outros (Canção Nova)

CUIDAR UNS DOS OUTROS: UM CHAMADO À COMUNHÃO E À CORAGEM

Dom Jailton Oliveira Lino
Bispo de Teixeira de Freitas/ Caravelas (BA)

Queridos irmãos e irmãs consagrados, sacerdotes e religiosos, 

Recentemente, ao meditar sobre as palavras do Santo Padre, o Papa Francisco, fui tocado pela sua reflexão sobre a coragem necessária para pensarmos como povo. Ele nos lembra que cuidar uns dos outros vai além de um simples ato de bondade; é um chamado profundo à comunhão e à solidariedade. 

O Papa Francisco nos exorta a sermos corajosos ao adotarmos uma mentalidade de povo. Isto é, não apenas um grupo de indivíduos, mas uma comunidade unida pela fé, pela esperança e pelo amor. Este chamado é especialmente relevante para nós, que fomos consagrados a servir ao Senhor e ao Seu povo. 

A Coragem de Servir e de Amar 

Ser consagrado significa ter respondido a um chamado especial de Deus para viver em total dedicação a Ele e ao próximo. No entanto, muitas vezes, essa vocação exige uma coragem que ultrapassa os desafios do cotidiano. Precisamos estar dispostos a enfrentar as dificuldades e a superar as barreiras que nos impedem de nos ver como uma verdadeira comunidade de fé. 

O Papa nos lembra que cuidar uns dos outros requer uma entrega radical, uma disposição para viver a fraternidade genuína. Isso significa estar atento às necessidades dos nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais vulneráveis, e agir com amor e compaixão. 

Comunhão como Testemunho 

Nossas comunidades religiosas são chamadas a ser um testemunho vivo dessa comunhão que o Papa Francisco tanto preza. Devemos ser exemplos de unidade e de serviço mútuo, mostrando ao mundo que é possível viver em harmonia e paz, mesmo em meio às adversidades. 

Devemos também ser promotores de uma cultura de encontro e de diálogo. Em um mundo cada vez mais dividido, nossa missão é ser pontes que conectam, e não muros que separam. É nossa responsabilidade ouvir com atenção, acolher com generosidade e agir com justiça. 

Um Chamado à Ação 

Portanto, convido todos vocês, meus irmãos e irmãs consagrados, a refletirem profundamente sobre as palavras do Papa Francisco. Que possamos redescobrir a beleza e a força da nossa vocação, não apenas como indivíduos, mas como membros de um corpo eclesial que vive em comunhão. 

Que tenhamos a coragem de pensar e agir como povo, de cuidar uns dos outros com um amor genuíno e uma dedicação incansável. Que nossas ações diárias, por mais simples que pareçam, sejam sempre direcionadas para a construção de uma comunidade mais justa, mais solidária e mais fraterna. 

Em Cristo, 

 Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF