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sexta-feira, 19 de julho de 2024

O vício da gula e caminhos para a superação

Pecado da gula (Wikipédia)

O VÍCIO DA GULA E CAMINHOS PARA A SUPERAÇÃO

Dom João Santos Cardoso
Arcebispo de Natal (RN)

A gula é um desejo excessivo e desordenado por comida e bebida, que vai além da necessidade de nutrição, transformando-se em um anseio descontrolado por prazer sensorial. 

O místico medieval Hugo de São Victor classifica a gula como o sexto vício entre os sete pecados capitais, que ele compara aos rios da Babilônia, os quais espalham o mal pela terra. Para superar a gula, ele a associa ao sexto pedido do Pai Nosso, “não nos deixeis cair em tentação”, e à sexta bem-aventurança, “bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”. Segundo sua abordagem, a gula seduz o ser humano, afastando-o dos valores superiores e da busca por Deus. Assim, a gula não apenas gera outros pecados, mas também desvia o homem da verdadeira felicidade espiritual. 

Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, considera que o ato de comer, embora seja uma necessidade humana, torna-se pecaminoso quando se desvia da razão e moderação, podendo levar a outros vícios e pecados. Assim, a gula pode ser um pecado mortal quando o prazer da comida se torna um fim em si mesmo, levando o indivíduo a desprezar Deus e a agir contra seus preceitos. Se a gula apenas corrompe os meios, sem levar a uma violação direta da lei divina, é considerada pecado venial. Ele também classifica a gula como um vício capital porque seus prazeres são altamente desejáveis, o que leva a outros pecados. Embora a comida se ordene à nutrição, o prazer desordenado da comida pode se tornar um fim em si mesmo, promovendo outros pecados. 

Santo Tomás considera que a gula se opõe à virtude da temperança e não se refere apenas ao excesso de comida e bebida, mas também à forma como se come: se apressadamente, mostrando avidez e desordem no apetite; com muito requinte, demonstrando apego desordenado à forma de preparar e comer; buscando apenas alimentos mais saborosos e suculentos, a fim de obter o máximo de prazer; consumindo mais alimentos do que o necessário com desejo desmedido pela comida. A virtude da temperança, que modera os desejos e prazeres, é o remédio contra a gula. 

Em sua catequese sobre os vícios e virtudes, o Papa Francisco destaca que a relação com a comida deve ser equilibrada e serena. Ele ressalta que o problema não está no alimento em si, mas na relação que se tem com ele. Uma relação desordenada com a comida pode levar a distúrbios alimentares como anorexia, bulimia e obesidade. O Papa Francisco também critica a gula social, que se manifesta na exploração excessiva dos recursos do planeta, comprometendo o futuro de todos (Audiência Geral, 10/01/2024). 

A gula apresenta perigos tanto físicos quanto espirituais. O consumo excessivo de alimentos pode levar à obesidade, doenças cardíacas, diabetes e outros problemas de saúde. A busca incessante por satisfação através da comida pode transformar-se em um hábito destrutivo. 

Espiritualmente, a gula desvia o foco do ser humano dos valores superiores e da busca por Deus. Ao procurar consolo nos prazeres sensoriais, o indivíduo nega sua transcendência. O vício da gula reduz o ser humano a um nível inferior ao dos animais, que comem apenas para sobreviver, enquanto o ser humano transcende o puro dado animal, pela cultura, racionalidade e espiritualidade e, portanto, deve buscar um equilíbrio maior e uma relação mais saudável com a alimentação. 

Superar a gula exige uma abordagem consciente e deliberada, que inclui práticas espirituais e disciplina pessoal, como jejum e abstinência, práticas que ajudam a disciplinar o corpo e a mente, reduzindo o apego aos prazeres sensoriais e fortalecendo a vontade contra o excesso. A oração antes das refeições e a compreensão de que “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4), ajudam a manter o foco nos valores espirituais. Educação e consciência, buscando informar-se sobre os perigos da gula e sobre uma alimentação saudável pode ajudar a desenvolver hábitos alimentares mais salutares. A prática da partilha de alimentos com os necessitados, bem como a participação em iniciativas de caridade, ajuda a cultivar um consumo responsável e solidário. 

A luta contra a gula deve ser contínua e envolve autoconhecimento e disciplina. Ao reconhecer a gula como um vício que impede o crescimento humano e espiritual, podemos buscar forças em Deus e nas práticas espirituais para superá-la. A verdadeira fome que devemos nutrir é pela justiça e pela bondade, alinhando nossos desejos com os propósitos divinos e construindo uma vida de equilíbrio e gratidão. 

 Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa insiste pela trégua olímpica nos Jogos de Paris: a paz está seriamente ameaçada

As Olimpíadas de Paris começam oficialmente em 26 de julho (Vatican News)

A mensagem de Francisco ao arcebispo Ulrich para os Jogos Olímpicos que serão realizados na capital francesa de 26 de julho a 11 de agosto: “que sejam oportunidades de harmonia fraterna para superar as diferenças e oposições e para fortalecer a unidade da nação”.

Salvatore Cernuzio - Vatican News

Uma oportunidade para “superar as diferenças e as oposições” e para “fortalecer a unidade da nação”; uma oportunidade para “derrubar os preconceitos, para promover a estima onde há desprezo e desconfiança, e a amizade onde há ódio”. Grandes esperanças e expectativas do Papa para os Jogos Olímpicos de Paris que serão realizados na capital francesa de 26 de julho a 11 de agosto. Jogos que, “por sua própria natureza, são portadores de paz, não de guerra”, escreve Francisco na mensagem enviada ao arcebispo metropolitano Laurent Ulrich que, na manhã desta sexta-feira (19/07) celebrou a "Missa pela Paz" de abertura da trégua olímpica na Igreja da Madalena, em Paris.

Trégua Olímpica

Uma tradição sábia, a da trégua, instituída no mundo antigo e que é urgente nesta era ferida por conflitos: “nestes tempos difíceis, em que a paz no mundo está seriamente ameaçada, espero fervorosamente que todos respeitem esta trégua na esperança de resolver os conflitos e restaurar a harmonia”, afirma o Papa, reiterando um apelo já expresso no prefácio do livro “Jogos de Paz”, publicado pela Livraria Editoria Vaticana.

“Que Deus tenha piedade de nós!”, escreve agora na mensagem ao arcebispo Ulrich, que o Senhor "ilumine as consciências dos que estão no poder sobre as graves responsabilidades que lhes cabem, que conceda aos operadores de paz o sucesso em seus esforços e que os abençoe.

Abrir as portas de igrejas, lares e corações

Na missiva, o Papa Francisco invoca os dons de Deus para todos aqueles que, como atletas ou espectadores, participarão do evento esportivo e também apoio e bênção para aqueles que os receberão no país, “especialmente os fiéis de Paris e de outros lugares”. “Sei que as comunidades cristãs estão se preparando para abrir as portas das suas igrejas, escolas e casas. Acima de tudo, que abram as portas dos seus corações, testemunhando o Cristo que habita neles e lhes comunica a sua alegria, através da gratuidade e da generosidade das suas boas-vindas a todos”, escreve o Papa, enfatizando que apreciava muito o fato de que as pessoas mais vulneráveis não foram esquecidas, "especialmente aquelas em situações muito precárias".

Superar diferenças e oposições

A esperança do Pontífice é que “a organização desses Jogos ofereça ao povo francês uma oportunidade maravilhosa de harmonia fraterna que permitirá superar as diferenças e as oposições e fortalecer a unidade da nação”.

“O esporte”, observa Francisco, ”é uma linguagem universal que transcende as fronteiras, os idiomas, as raças, as nacionalidades e as religiões; tem a capacidade de unir as pessoas, de incentivar o diálogo e a aceitação mútua; estimula o desenvolvimento do espírito humano; incentiva as pessoas a se superarem, fomenta o espírito de sacrifício e encoraja a lealdade nas relações interpessoais; incentiva a reconhecer os próprios limites e o valor dos outros".

Encontro entre pessoas, mesmo as mais hostis

Se forem realmente “jogos”, os Jogos Olímpicos podem ser realmente “um lugar excepcional de encontro entre os povos, mesmo os mais hostis”, diz Francisco, olhando para o conhecido logotipo com os cinco anéis entrelaçados que, segundo ele, representam o “espírito de fraternidade” que deveria caracterizar o evento olímpico e a competição esportiva em geral.

Derrubar preconceitos e o ódio

Concluindo sua mensagem, o Papa expressa o desejo de que “os Jogos Olímpicos de Paris sejam uma oportunidade imperdível para que todos aqueles que vêm de todas as partes do mundo se descubram e se valorizem mutuamente, para derrubar preconceitos, para promover a estima onde há desprezo e desconfiança, e a amizade onde há ódio”.

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Escolhido o novo Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Brasília

Crédito da foto: arqbrasilia

Escolhido o novo Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Brasília

  • julho 17, 2024

Na manhã desta quarta-feira, (17/07), o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa definiu a formação do novo Conselho Presbiteral da Arquidiocese Metropolitana de Brasília.

O Conselho Presbiteral, exigido pelo cânon 495 § 1 do Código de Direito Canônico para cada Diocese, é “um grupo de sacerdotes que, representando o presbitério, cabendo-lhes, de acordo com o direito, ajudar o Bispo no governo da Arquidiocese, a fim de se promover ao máximo o bem pastoral da porção do Povo de Deus que lhe foi confiada”.

O novo conselho ficou assim constituído:

01- VIGÁRIO GERAL -SACERDOTE (22/10/2021-21/10/2024)

 Padre Eduardo Vinícius de Lima Peters

02- VIGÁRIO JUDICIAL (O5/11/2021-04/11/2026)

 Dom Fernando José M. Guimarães, C.Ss.R.

03 – VIGÁRIO EPISCOPAL PARA O VICARIATO CENTRO (22/05/2024 -23/01/2027

Padre Carlos Fernando Hernandez Sanchez

04- VIGÁRIO EPISCOPAL PARA O VICARIATO LESTE (24/01/2023- 23/01/2026)

 Padre Alex Novais de Brito

05- VIGÁRIO EPISCOPAL PARA O VICARIATO NORTE (22/10/2021- 21/10/2024)

Padre Rafael Souza dos Santos

06- VIGÁRIO EPISCOPAL PARA O VICARIATO SUL (22/10/2021- 21/10/2024)

Padre Antônio Carlos de Araújo

07- VIGÁRIO EPISCOPAL PARA O DIACONATO PERMANENTE (22/10/2021 -21/10/2024)

 Padre Miguel Alon Barros Souza 

08- VIGÁRIO EPISCOPAL PARA A PROMOÇÃO HUMANA E OBRAS SOCIAIS (16/04/2024 -16/04/2028)

Dom Antônio Aparecido de Marcos Filho

09- VIGÁRIO EPISCOPAL PARA OS MEMBROS DOS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA 
(08/05/2024 – 07/05/2027)

Dom Denilson Geraldo, SAC.

10- ECÔNOMO DA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA (03/12/2021 – 02/12/2026)

Padre Roberto Carlos Rambo

11- COORDENADOR DA COMISSÃO ARQUIDIOCESANA PARA A  PROTEÇÃO DOS MENORES E PESSOAS EM SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE (08/05/2024 – 08/05/2026)

Dom Denilson Geraldo, SAC.

12- CHANCELER DA CÚRIA METROPOLITANA DE BRASÍLIA

Padre lran Preusse

13- ADMINISTRADOR DA CÚRIA METROPOLITANA (06/03/2024 – 
05/03/2027)

Padre André Marinho de Souza

14- COORDENADOR  ARQUIDIOCESANO DE PASTORAL (09/07/2021)

Padre Agenor Vieira de Brito

15- COORDENADOR DO CLERO DE BRASÍLIA 

Padre José Vicente Damasceno

16 -REITOR DO SEMINÁRIO MAIOR ARQUIDIOCESANO DE  BRASÍLIA- NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (28/12/2021)

Padre Carlos Costa Carvalho

17 – REITOR DO SEMINÁRIO MISSIONÁRIO REDEMPTORIS MATER  (06/09/2023)

Padre Paulo de Matos Félix

MEMBROS CONVIDADOS PELO ARCEBISPO

01 – PÁROCO DA PARÓQUIA DIVINO ESPÍRITO SANTO- ARAPOANGA- BRASÍLIA- DF

 Padre Doalcei Boenos Alves Gonçalves

02- PÁROCO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA – EQN 307/308 – ASA NORTE- BRASÍLIA- DF

Padre João Baptista Mezzalira Filho

03- PÁROCO DA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO- SETOR TRADICIONAL PLANALTINA

Padre Rafael da Silva Costa 

04 – REITOR DO SANTUÁRIO SÃO FRANCISCO DE ASSIS- ASA NORTE- BRASÍLIA- DF

Padre Frei Flávio Freitas de Amorim, OFMConv.

05 – REITOR DO SANTUÁRIO ARQUIDIOCESANO MENINO JESUS – SETOR NORTE DE BRAZLÂNDIA – DF

Padre João Ignácio Périus

MEMBROS ELEITOS PELOS PADRES – 16/07/2024 A 15/07/2026

SETOR I

Padre Fernando Alves de Sousa (I Mandato)

Vicariato Centro 

Cruzeiro Novo, Cruzeiro Velho, Setor Sudoeste e W/Sul.

SETOR II

 Padre Ricardo Nascimento Guimarães (I Mandato)

Vicariato Centro 

Esplanada, L/Sul, Lago Sul, Park, Way e Vila Planalto

SETOR III

Padre Vagner Uilson Apolinário, SVD (II Mandato)

Vicariato Norte

Lago  Norte, Taquari, Varjão e W/Norte. 

SETOR IV

Padre Carlos André da Silva Câmara, RCJ

Vicariato Centro 

Guará 1, Guará 2, Núcleo Bandeirante, Park Way e Setor Habitacional Lúcio Costa.

SETOR V

Padre Paulo Alves Marciano (I Mandato)

Vicariato Sul

Taguatinga.

SETOR VI

Padre Marcos Fernando de Oliveira (I Mandato)

Vicariato Sul

Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol

SETOR VII

Padre Marcelino Secherita Sotaridona (I Mandato)

Vicariato Leste

Gama e Engenho das Lajes.

SETOR VIII

Padre Luiz Gonzaga Pinheiro (l Mandato)

Vicariato Norte

Fercal, Grande Colorado, Granja do Torto, Lago Oeste, Sobradinho I e Sobradinho II.

SETOR IX

Padre Wilkie Bandeira Claret (I Mandato)

Vicariato Leste

Samambaia.

SETOR X

Padre Nathan Nunes Leitão (I Mandato)

Vicariato Sul

Brazlândia.

SETOR XI

Padre Norbey Londoño Buitrago (l Mandato)

Vicariato Centro

ltapoã, Jardim Botânico, Lago Sul, Nova Betânia, Paranoá e São Sebastião.

SETOR XII

Padre Rayan André dos Santos de Oliveira (I Mandato)

Vicariato Sul

Aguas Claras, Arniqueiras, Colônia Agrícola Samambaia, Riacho Fundo 1 e Vicente Pires.

SETOR XIII

Padre Felipe Ferreira de Souza (I Mandato)

Vicariato Leste

Recanto das Emas e Riacho Fundo II.

SETOR XIV

Padre Willames Nascimento Fernandes (i Mandato)

Vicariato Leste

Santa Maria.

SETOR XV

Padre Cícero uma de Souza (I Mandato)

Vicariato NORTE

Arapoanga e Planaltina

 Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Hoje é celebrado santo Arsênio, monge que renunciou a uma grande herança

Santo Arsênio (ACI Digital)
18 de julho

Santo Arsênio, monge

Por Redação central

18 de jul de 2024

Hoje (18), a Igreja recorda santo Arsênio, monge eremita que viveu entre os séculos IV e V, famoso por sua sabedoria e virtude. Muitas pessoas iam ao seu encontro em busca de conselhos espirituais. Alguns viajavam semanas ou até meses para encontrar conforto ou alguma luz em suas palavras.

Santo Arsênio é um dos Padres do Deserto.

"Eu te seguirei onde quer que vás" (Lc 9, 57)

Acredita-se que Arsênio tenha nascido em Roma por volta do ano 350. Possivelmente pertencia a uma família nobre e foi educado com cuidado e pureza. No ano de 383, o imperador Teodósio I, o Grande, ordenou que ele fosse tutor de seus filhos, seguindo o conselho do papa são Dâmaso I. Por pouco mais de dez anos, o santo viveu no palácio do imperador como tutor dos jovens Arcádio e Honório, filhos do imperador.

Aos 40 anos, após uma profunda crise espiritual, Arsênio compreendeu que Deus lhe pedia uma mudança total em sua vida: “Afaste-se do trato com as pessoas e vá para a solidão”. Assim, deixou Constantinopla, onde estava naquele momento, e embarcou secretamente em direção a Alexandria, até chegar ao deserto de Scete.

Colocado em prova

Arsênio se apresentou no mosteiro do local por volta do ano 400. O abade, ciente de sua nobreza e refinamento, submeteu-o a um regime muito exigente com o objetivo de testar sua vocação. Ele jogou sua comida no chão e disse a ele "coma". Arsênio agradeceu ao abade e ajoelhou-se para recolher a comida. Todos ficaram impressionados com seu bom temperamento e humildade.

Arsênio, nesse sentido, mostrava-se apto para uma vida de mortificação e sacrifício. Ele foi admitido na vida monástica.

Morto para as coisas do mundo

Santo Arsênio ficaria conhecido por seu espírito penitente e alma obediente. Era comum ele passar a noite em oração, mortificando-se com jejuns e trabalhos braçais. Ele escrevia e repetia "frases", breves frases de caráter instrutivo, que eram de grande ajuda para seus irmãos ou para quem o ouvia falar.

Em certa ocasião, disseram-lhe que um senador romano havia lhe deixado uma grande fortuna. O santo renunciou a ela para dar aos pobres. Referindo-se ao doador, ele exclamou: "Antes que ele morra em seu corpo, eu morri em minhas ambições e ganância. Não quero riquezas mundanas que me impeçam de adquirir as riquezas do céu".

São Arsênio morreu em Troe, Egito, no ano 445.

 Fonte: https://www.acidigital.com/

Em que sentido Maria é Rainha?

Nossa Senhora Rainha (cancaonova)

EM QUE SENTIDO MARIA É RAINHA?

Dom Leomar Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Alguém poderia questionar o sentido de proclamar Maria Rainha em pleno século XXI. Ocorre que esse título, quando aclamado pela Igreja, tem um lato senso, há um alargamento do sentido habitual que atribuímos a monarcas e  soberanas. Desde o século IV Maria é aclamada Rainha na Igreja, mas denominar especificamente esse título a um povo, como no caso de Aparecida, Mãe e Rainha do Povo Brasileiro e a Medianeira, Rainha do povo gaúcho, implica aprofundar o sentido bíblico e teológico de tal afirmação. 

 Dentre todos os santos e santas de Deus  se destaca a Santíssima Mãe do Senhor, a intercessora por excelência, a medianeira da Graça. Maria é rainhade todos os santos porque nos recorda que a consagração batismal nos possibilita participar da vida de Deus e entrar em relação com ele, buscando a própria santidade.  

Maria é rainha porque vive as bem-aventuranças do Reino de Deus.  Jesus: “Felizes os pobres.”   No Magnificat, Maria canta que o Senhor olhou para a condição humilde de sua serva. (Lc 1,48).  O Reino de Deus já é dos pobres embora permaneça a tensão entre o presente e o futuro. Maria é a mulher bendita e feliz, porque nela se cumpre o que o Senhor prometera.  

Depois Jesus disse: “Felizes os aflitos.” “Consolação” indica a alegria do mundo novo, no qual não haverá mais o mal. Um dos títulos que a tradição atribuiu a Maria é “Consoladora dos Aflitos”. Como consoladora dos aflitos, Maria expressa sua solidariedade para com os sofredores e, ao mesmo tempo, a esperança de mediação e intercessão ao Espírito– o “Consolador”.  

Jesus também declara felizes os mansos, pois eles herdarão a Terra. Mansos são os que não fazem valer os seus próprios direitos e cedem, ao invés de se irritarem. Quantas vezes Maria enfrentou situações complexas diante do mistério da vida de Jesus. Em todas essas situações, ela silencia e medita mansamente, em seu coração.   

Disse Jesus: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados. No Magnificat a Virgem declara: “O Senhor sacia de bens os famintos, depõe os poderosos e despede os ricos sem nada.” (Lc 1,52-53). Jesus quer uma justiça que dê ao outro o que ele precisa para refazer sua vida com dignidade.  

E Jesus felicita os misericordiosos, cujo coração se deixa tocar pela miséria do outro como se fosse dele mesmo. A Virgem proclama que a misericórdia do Senhor “Se estende de geração em geração. (Lc 1,50).  

Jesus proclama: “Felizes os puros de coração, pois verão a Deus”. O coração, centro da pessoa, contém o Filho que mora pela fé em nosso coração. (Ef 3,17). A Virgem sempre foi aclamada como “toda pura”, sem mancha e resplandecente de beleza, reza o Prefácio da Imaculada.  Sua pureza indica sua integralidade de humana que não conhece ambiguidades em sua forma de ser e agir. Ela é toda de Deus, o “Santo!” 

“Felizes os que promovem a paz”, diz Jesus, “porque serão chamados filhos de Deus”. Inúmeras são as manifestações e devoções da Mãe de Jesus estimulando o fim das guerras, do ódio e da violência. Maria exerce, sempre, um verdadeiro ministério da paz sobre o mundo.  

“Felizes os que são perseguidos, desses é o reino dos Céus” falou Jesus.  A Virgem viveu essa dura experiência de acolher o Reino em meio à rejeição que seu Filho enfrentou a ponto de ser crucificado. Mas Maria estava lá, aos pés da Cruz.  

Sobre o lugar da santidade de Maria na comunhão dos santos, escreveu a mística Santa Terezinha do Menino Jesus: “Sabe-se bem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da Terra, porém é mais mãe do que rainha; e seria necessário não fazer acreditar (como com frequência tenho ouvido dizer) que a causa de suas prerrogativas eclipsa a glória de todos os santos, como o sol ao levantar-se faz desaparecer as estrelas. Meu Deus, que estranho! Uma mãe que faz desaparecer a glória de seus filhos! Eu penso exatamente o contrário, eu creio que ela aumentará muito o esplendor dos eleitos!”  

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Francisco convida os jovens latinos a continuar se preparando para o Jubileu

O abraço do Papa a uma jovem da delegação da Arquidiocese de Córdoba, Argentina, que se reuniu com ele antes da JMJ Lisboa 2023 (Vatican Media)

O Papa envia uma mensagem aos participantes do XXI Encontro de líderes nacionais da Pastoral da Juventude da América Latina e do Caribe, que se realiza em Assunção de 15 a 20 de julho, e os encoraja a não ter medo de Jesus, que passa por nós, abrindo de par em par as portas de seu coração.

Vatican News

“Suscita esperança o fato que considerem o discernimento comunitário como uma forma de 'conversão na prática pastoral'”, diz o Papa Francisco em sua mensagem aos jovens da Pastoral da Juventude Latino-Americana (PJ) que se reúnem em Assunção, no Paraguai, de 15 a 20 de julho para o XXI Encontro de Líderes Nacionais.

No texto, datado de 12 de julho, o Pontífice espera que este encontro “lhes permita identificar os desafios e as oportunidades que enfrentam com a ajuda do Espírito Santo”.

Trabalhar pela justiça que faz a paz efetiva e duradoura

“Vocês são o presente, sejam corajosos! Eu os encorajo a se agarrarem firmemente às suas raízes e seguirem em frente sem medo. Busquem a unidade entre todas as diferenças.”

O Santo Padre os incentiva a trabalhar pela justiça que faz a paz efetiva e duradoura, a construir o bem comum e a fecundar a felicidade da Pátria Grande que constitui os povos latino-americanos, para continuar crescendo o Reino de Deus.

XXI Encontro Latino-Americano de Líderes Nacionais da Pastoral da Juventude (Foto do Arcebispado de Assunção)

Cristo transforme seu otimismo natural em amor autêntico

Em uma carta anterior, datada de 27 de maio e endereçada aos bispos responsáveis pela PJ e aos organizadores do evento, Francisco garante que “a juventude é essa etapa da vida normalmente caracterizada por um otimismo natural, energia e esperança”. Também os exorta a “deixar que Cristo transforme seu otimismo natural em amor autêntico; um amor que sabe se sacrificar, que é sincero, real e genuíno, para que sua juventude seja um dom para Jesus e para o mundo e assim vocês poderão gastar sua vida de forma digna e frutífera”. A ordem de Jesus “Levantai-vos” significa tanto uma tarefa quanto uma responsabilidade. Não tenham medo do Senhor que passa por nós e sussurra em nosso ouvido, inclina-se para nós e nos oferece sua mão para nos levantar toda vez que caímos. Ele nos quer de pé, ressuscitados.

Abram seus corações para Cristo

Portanto, não tenham medo de deixá-Lo entrar em sua vida; abram de par em par as portas de seu coração para Ele, pois a nova vida que vem d’Ele é incomparável e vale a pena ser vivida. O Pontífice os confia à Santíssima Virgem e lhe pede que acompanhe seus passos e interceda por eles, “para que, junto com as crianças, os adultos e os idosos, em comunhão intergeracional, sejam protagonistas de uma Igreja cada vez mais sinodal, discípula e missionária”. Francisco agradece especialmente aos jovens paraguaios pela organização do encontro e convida a todos “a continuar se preparando durante este Ano de Oração, para celebrar o próximo Jubileu 2025 com alegre esperança”.

XXI Encontro Latino-Americano de Líderes Nacionais da Pastoral da Juventude (Foto do Arcebispado de Assunção)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Emiliano de Silístria

Santo Emiliano (pravoslavie.cl/es)
18 de julho
Santo Emiliano Mártir

O Santo Mártir Emiliano da Silístria, na Bulgária, era de origem eslava e sofreu por Cristo durante o reinado do imperador Juliano, o Apóstata (361-363). Juliano queria restaurar o culto aos deuses pagãos no Império Romano e distribuiu um forte édito por todas as regiões condenando todos os cristãos à morte.

Dorostolum era uma cidade localizada às margens do rio Danúbio, naquela cidade vivia Santo Emiliano, e era governada por um oficial chamado Capitolino. Os decretos imperiais foram lidos na praça da cidade e o povo de Dorostolum declarou que ali não havia cristãos.

Santo Emiliano era escravo do administrador municipal e era cristão secreto. Encorajado pelo duro decreto, Santo Emiliano entrou no templo pagão sem ser visto e destruiu as estátuas dos ídolos com um martelo, derrubou o altar e o castiçal e saiu do templo sem que ninguém o visse. Quando os pagãos descobriram que o templo estava em ruínas, a multidão de pessoas agitadas começou a espancar um jovem que aparentemente era cristão e que por acaso estava naquela área. São Emiliano gritou-lhes bem alto para não prenderem aquele inocente e ele próprio confessou ter sido culpado pela destruição do templo pagão.

Santo Emiliano foi preso e levado a julgamento diante de Capitulino e por sua ordem oficial, Santo Emiliano foi espancado impiedosamente por muito tempo e condenado à fogueira onde não morreu, porém, as chamas queimaram muitos dos pagãos que estavam entorno dele. Apagado o fogo, São Emiliano deitou-se sobre as brasas e com uma oração ofereceu seu espírito ao Senhor. Com o passar do tempo, uma igreja foi construída em Constantinopla em homenagem ao Santo Mártir Emiliano e suas relíquias foram transferidas para sua igreja.

Fonte: crkvenikalendar.com

quarta-feira, 17 de julho de 2024

O que acontece se uma pessoa morre durante a missa?

Nova África | Obturador

O que acontece se uma pessoa morre durante a missa?

Mónica Muñoz - publicado em 17/07/24

A vida é frágil e efêmera, não sabemos quando e onde terminará, mas o que acontece quando alguém morre durante a missa? Aleteia te responde

Os católicos têm um dom imensurável na Santa Missa, quem assiste todos os domingos pode ter a certeza de que se encontra diretamente com o Senhor Jesus. E, por outro lado, entendemos que a morte persegue todo ser humano e ninguém pode dizer que está isento. Neste tópico podemos aplicar o que Jesus disse sobre seu retorno:

“Vocês também estejam preparados, porque o Filho do Homem chegará na hora que você menos espera”.

Lc 12, 40

Morte durante a missa

Pensemos num acontecimento raro, mas que ocorreu, segundo o testemunho de alguns sacerdotes, que, ao celebrarem a Santa Missa, percebem que um dos participantes morre. O que é feito nesse caso?

Para responder a esta pergunta, Aleteia consultou o Pe. Miguel Ángel Hernández, que explicou que, segundo o documento De defectibus in celebraçãoe Missce ocorrerentibus ( Dos defeitos que podem ocorrer na celebração da Missa , do Consilium ad exsequendam Constitutionem de Sacra Liturgia, 27 de janeiro de 1965 ) , “O A missa continua."

Padre Miguel esclarece que “certamente, o documento não fala deste caso particular”, contudo, na prática é assim que se faz. “Continuamos com a Eucaristia”, acrescenta.

Ore pela alma do falecido

O sacerdote comentou que se alguém adoecer durante a celebração, a missa pode continuar, mas “toda a assistência necessária é prestada aos fiéis”.

E o que acontece se ele morrer? O padre pode fazer uma pausa e “aguardar a chegada dos profissionais de saúde ou de outra organização”, comenta.

Aqui entra em jogo também o bom senso do sacerdote que confia a Deus a alma do defunto e, no final da Missa, reza por ele, “segundo o ritual do cuidado dos enfermos”.

 Fonte: https://es.aleteia.org/

CATEQUESE: Por que fazemos o sinal da Cruz?

O sina da Cruz (Cléofas)

Por que fazemos o sinal da Cruz?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

“É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso” Proclo de Constantinopla, bispo.

A primeira coisa que nossos pais católicos nos ensinam a fazer é o sinal da Cruz. É uma das mais belas marcas de nossa religião; é o ato que inicia e termina nossas orações particulares ou coletivas. É um sinal externo que “nos volta para Deus”.

Sua referência é bíblica. Uma delas está no livro de Ezequiel (9,3-4): “O Senhor disse: Percorre a cidade, atravessa Jerusalém e marca na fronte os que se lamentaram afligidos pelas abominações que nela se cometem”.

A marca é um tau (T), última letra do alfabeto hebraico, que tinha a forma de uma cruz. Os marcados são propriedade do Senhor, uma porção sagrada e intocável. Em Apocalipse 7,3 temos outra cena semelhante: “Não causeis danos à terra nem ao mar nem às árvores, até que selemos a fronte dos servos do nosso Deus”. Em ambos os textos, a marca na fronte significava a salvação e sem ele o homem não seria poupado.

Tertuliano (†220) escrevia no ano 211 d. C.: “Nós marcamos nossa fronte com o sinal da cruz. Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).

Fazer o sinal da cruz já era um hábito antigo quando escreveu isso.

Há muitos textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo:

Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim” (Cf. Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).

Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

Gl 2,19: “Pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo”.

Gl 6,14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.

Diz ainda Santo Hipólito de Roma (†235), descrevendo as práticas dos cristãos do século II: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se á feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que á um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreite para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).

São Paulo exalta a santa cruz: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, isto é para nós, é uma força divina” (1 Cor 1,18).

Podemos e devemos fazer o sinal da cruz sempre que vamos rezar, conversar com Deus, pedir a sua proteção. Ao passar por uma igreja, ou outro lugar sagrado, podemos fazer o sinal da cruz, com respeito, e bem feito, para pedir a Deus a sua proteção. O importante é a intenção de rezar, “voltar-se para Deus”. O próprio Sinal da Cruz é uma oração. Importa que seja feito com devoção, e não como superstição.

Diante do Santíssimo Sacramento, pode-se fazer o sinal da cruz, mas não é obrigatório; e sim a genuflexão. Também não é necessário fazer o sinal da cruz ao receber a sagrada Comunhão, pois já o fizemos no início da celebração.

Nota: vale a pena lembrar que no dia 14 de setembro a Igreja celebra a festa da exaltação da santa cruz.

“… Até hoje a cruz é glorificada; com efeito, é a cruz que ainda hoje consagra os reis, adorna os padres, protege as virgens, dá força aos ascetas, reforça os elos dos esposos, dá ânimo às viúvas. É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso” Proclo de Constantinopla, bispo (c. 390-446) – Sermão para o Domingo de Ramos.

Prof. Felipe Aquino

 Fonte: https://cleofas.com.br/

Hoje a Igreja celebra o beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires do Brasil

Painel dedicado à morte de Inácio de Azevedo, na Igreja de Santo Inácio em Paris | Wikimedia (CC BY 2.0)
17 de julho
Beato Inácio de Azavedo e companheiros mártires

Por Natalia Zimbrão*

17 de jul de 2024

Hoje (17), a Igreja celebra o beato Inácio e 39 companheiros. Embora os 40 jesuítas não sejam brasileiros, são considerados mártires do Brasil, pois foram mortos por corsários calvinistas quando vinham em missão para o país.

Inácio nasceu em 1527, no Porto, Portugal, em uma família nobre. De grande inteligência, tornou-se administrador dos bens da família aos 18 anos. Mas, depois de participar de um retiro em Coimbra, em 1548, decidiu ingressar na Companhia de Jesus. Foi reitor do colégio Santo Antão, em Lisboa, vice-provincial de Portugal, o primeiro reitor do Colégio de São Paulo, em Braga.

Destacava-se por sua vida de oração, penitência e obras de misericórdia e tinha grande paixão pelas missões.

Envio ao Brasil

O superior geral dos jesuítas, são Francisco Borja, decidiu enviar Inácio de Azevedo como visitador do Brasil. Ele chegou à Bahia em 24 de agosto de 1566, junto com outros jesuítas.

Durante dois anos, percorreu as casas dos jesuítas no Brasil. Regressou a Portugal em 24 de agosto de 1568, com objetivo de conseguir reforços para a missão no Brasil.

Recebeu autorização do superior geral para recrutar missionários na Espanha e em Portugal. Reuniu um grupo que, depois de cinco meses de preparação, viajou para o Brasil em 5 de junho de 1570. Inácio de Azevedo e 39 jesuítas partiram no navio mercante São Tiago e outros missionários seguiram no navio comandado por dom Luís de Vasconcelos, nomeado governador do Brasil.

Oito dias depois, chegaram à Ilha da Madeira e dom Vasconcelos decidiu esperar um pouco. Mas, o comandante do navio São Tiago resolveu partir sozinho em direção às Ilhas Canárias, apesar das notícias de que corsários calvinistas estavam no caminho, no encalço dos jesuítas.

O martírio

Em 15 de julho de 1750, o navio São Tiago foi atacado, perto da ilha La Palma, por uma frota de corsários calvinistas franceses liderados por Jacques Sourie. O navio mercante foi dominada. Os corsários pouparam os tripulantes e demais passageiros, mas mataram todos os jesuítas. “Mata, mata, porque vão semear falsa doutrina no Brasil”, diziam.

Inácio de Azevedo foi ao encontro deles com uma imagem de Nossa Senhora das mãos e dizia: “Todos me sejam testemunhas como morro pela fé católica e pela Santa Igreja Romana”. Ele também incentivava os companheiros a se manterem firmes: “Não choreis, filhos. Não chegaremos ao Brasil, mas fundaremos, hoje, um colégio no céu”, disse.

Os jesuítas foram beatificados pelo papa Pio IX em 11 de maio de 1854 e são conhecidos como os “Quarenta Mártires do Brasil”

Oração ao beato Inácio de Azevedo e companheiros mártires

Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus trinta e nove companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz, concedei-nos professar constantemente, para vossa maior glória, a fé que recebemos de nossos antepassados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

*Natalia Zimbrão é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É jornalista da ACI Digital desde 2015. Tem experiência anterior em revista, rádio e jornalismo on-line.

 Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF