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domingo, 4 de agosto de 2024

Santuário de Aparecida acolhe 40 mil peregrinos no Jubileu de 50 anos de presença do Caminho Neocatecumenal no Brasil

Celebração no Santuário de Aparecida reuniu 40 mil catecúmenos de 105 dioceses (Vatican News)

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida foi escolhido como sede para esta celebração de ação de graças, pois foi a Virgem Maria que inspirou o início do Caminho Neocatecumenal, e sempre esteve à frente desta obra de evangelização.

Pe. Gerson Schmidt *

Mais de 40 mil neocatecúmenos, provenientes das 1.800 comunidades neocatecumenais do Brasil e de 105 dioceses, celebraram a grande festa do Jubileu de Ouro, no Santuário Nacional de Aparecida do Norte, neste dia 14 de julho. A segunda maior Basílica do mundo, com 12 mil metros quadrados, ficou pequena para abrigar dentro dela tantas pessoas, que se comprimiam em um mar de gente, devendo grande parte permanecer nas entradas dos átrios da enorme Basílica, proveniente de inúmeros partes do País, com seus alegres cânticos, a dança típica no pátio da Basílica, violões e instrumentos diversos. 

No interior da Basílica, inúmeros bispos, centenas de padres e milhares de membros das comunidades participaram desse dia contagiante, festivo e alegre. O Caminho Neocatecumenal viveu um dia de grandíssimo louvor e ação de graças a Deus, nesse último domingo, com seus neocatecúmenos, pertencentes às comunidades neocatecumenais de todo o País, que celebraram na Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o Jubileu áureo do início desta iniciação cristã no Brasil, em 1974.

A Celebração da Palavra teve início às 15h e foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. Entre os presentes estavam o Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, além de arcebispos e bispos de diversas dioceses, centenas de presbíteros, seminaristas dos Seminários Arquidiocesanos Missionários Redemptoris Mater das Arquidioceses de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belém do Pará.

Entre os membros do Caminho Neocatecumenal, destaca-se a presença das pessoas que participaram das catequeses para a formação das primeiras comunidades neocatecumenais, realizadas no Brasil em 1974, nas dioceses de Toledo (Palotina) e Umuarama (PR), dioceses de Franca e Jaboticabal (SP).

Outra presença significativa foi a dos espanhóis pertencentes às comunidades do Padre José Folqué, de Raúl Viana e de Antonia María (Tonha) Cendán, missionários que formam a equipe de catequistas responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, e da comunidade de Padre Joaquín Antón Carrazoni, da equipe corresponsável a nível nacional.  

Ao apresentá-los, Padre José destacou que aqueles que partem em missão são os “pés” do anúncio do Evangelho, mas isso só é possível se, por trás, houver uma comunidade que seja o "coração", que impulsiona, reza, apoia e acompanha a missão.

Celebração da Palavra

A Celebração da Palavra foi marcado pelo anúncio do Querigma, feito por Padre José Folqué. Este é o anúncio do amor de Deus em Jesus Cristo, que se entregou para a redenção de toda a humanidade: “É através deste amor de Cristo que os homens se tornam capazes de amar como Cristo nos amou”, anunciou Padre José.

O presidente da celebração, Cardeal Odilo Pedro Scherer, destacou a importância de viver o Evangelho no dia a dia. Ele afirmou: “O que Jesus diz é o Evangelho. Eu sei que vocês têm grande amor pelo Evangelho, pela Palavra. É muito edificante saber que aos domingos vocês rezam os salmos em família, introduzem os filhos na escuta amorosa da Palavra, e os iniciam na fé. A exemplo dos pais, as crianças se sentem parte e depois passam a fazer parte da pequena comunidade, da comunidade paroquial e da grande comunidade que é a Igreja”. Ao dizer isso, Dom Odilo se referiu às Laudes dominicais, nas quais os pais transmitem a fé aos filhos. 

Após as palavras do Cardeal, houve um momento marcante: a chamada vocacional para moços, moças, e famílias em missão que aceitassem o chamado de se colocar à disposição da nova evangelização, para serem enviadas pela Igreja para qualquer parte do mundo. "Vou a toda a parte" reza um cântico conhecido do caminho, atribuído à coiniciadora Carmen Hernandez. Na celebração da Palavra, como de costume,  houve um chamamento Vocacional para sacerdotes para a Nova Evangelização, religiosas e famílias e missão. Levantaram-se e apresentaram em torno de 200 moços para o presbiterato, 130 moças para a vida religiosa e 80 famílias, que devidamente acompanhados, farão uma caminhada de discernimento vocacional. Receberam na ocasião uma benção especial para o chamado em embrião. A missão está na origem do Caminho Neocatecumenal e nesse itinerário de formação cristã de adultos fala-se da "vocação primitiva" que é a de leigos anunciarem também o querigma a todas as partes. Dom Odilo Scherer pregou que Jesus não falou pra ficarmos quietinhos e acomodados: "ide, disse Ele, ide e pregai o Evangelho a toda a Criatura". A Celebração terminou com o canto do Te Deum, antigo hino de ação de graças entoado pela Igreja em celebrações solenes. 

No início da celebração, por uma chamada telefônica, Francisco (Kiko) Argüello, iniciador, junto com a Serva de Deus Carmen Hernández, do Caminho Neocatecumenal, saudou os presentes: “Deem graças à Virgem Maria que lhes deu uma comunidade cristã para viverem a fé. Ânimo. Rezem por mim, pois sou um pecador", como sempre solicita. 

Mensagem do Papa para os 50 anos

O Núncio Apostólico do Brasil, Giambattista Diquattro, enviou uma carta com uma mensagem do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, falando em nome do Papa Francisco: 

“Com grande alegria o Santo Padre celebra os 50 anos da presença do Caminho Neocatecumenal em terras brasileiras. Neste meio século, o Caminho tem sido uma fonte de renovação espiritual, de comunhão fraterna e de evangelização, tocando a vida de inúmeras pessoas e famílias. (...) O sucessor de Pedro reza para que este jubileu seja um tempo de renovação da fé e do compromisso missionário, e que a luz de Cristo resplandeça cada vez mais através de suas vidas e comunidades”.

A CNBB envia congratulações

Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também enviou uma carta de congratulação:

“Na alegria da celebração dos 50 anos do início das Comunidades do Caminho Neocatecumenal no Brasil, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vem manifestar sua gratidão e reconhecimento pelo trabalho de evangelização em mais de 1800 comunidades espalhadas em todo país. (...) Por isso, manifestamos nosso agradecimento pelo serviço da educação permanente à fé, dentro do espírito que o Concilio Vaticano II propôs como evangelização”.

Celebração Eucarística do Jubileu de Ouro

Em seguida da Celebração da Palavra, todos permaneceram para a Eucaristia das 18h do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que teve nas intenções a ação de graças pelos 50 anos do Caminho Neocatecumenal no Brasil, que foi transmitida pela Rede Aparecida de Televisão e Rádio para todo o Brasil. Cardeal Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, presidiu a Eucaristia, concelebrada por inúmeros bispos e presbíteros. 

“Hoje, nós ouvimos falar tanto de evangelizar nas periferias geográficas e existenciais, e o início do Caminho Neocatecumenal foi assim, na favela de Palomeras Altas, em Madri. Jubileu significa recomeço, tempo de relembrarmos a necessidade de renovar nossa missão. Olhar para o Caminho nos próximos anos é olhar para seus inícios, nas periferias. No mundo de hoje, a comunidade que celebra a presença de Jesus em seu meio faz a diferença em nossas dioceses, em nosso País. Retomamos aqui todo o fervor, todo o amor do nosso início e, com Maria, vamos aprender a dizer sempre sim à vontade do Senhor”, disse Dom Orani.

História do Caminho Neocatecumenal 

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida foi escolhido como sede para esta celebração de ação de graças, pois foi a Virgem Maria que inspirou o início do Caminho Neocatecumenal, e sempre esteve à frente desta obra de evangelização. 

Em 8 de dezembro de 1959, o espanhol Kiko Argüello teve, da parte da Virgem a inspiração: “Há que fazer comunidades cristãs como a Sagrada Família de Nazaré que vivam em humildade, simplicidade e louvor. O outro é Cristo”.

Na década de 1960, Kiko foi viver entre os pobres na favela de Palomeras Altas, periferia de Madri, à exemplo de São Charles de Foucauld, para ali, encontrar com Cristo crucificado. Em Palomeras, conheceu a Serva de Deus Carmen Hernández e, neste ambiente, nasceu a primeira comunidade neocatecumenal. 

Com o apoio do Arcebispo de Madri, na época, Dom Casimiro Morcillo, e também dos Sumos Pontífices, o Caminho Neocatecumenal foi chegando às dioceses de todo o mundo. Em 1974 chegou ao Brasil, na cidade de Palotina e Umuarama, no Paraná, e depois no Estado de São Paulo, em Franca e Jaboticabal. Atualmente, no Brasil, o Caminho Neocatecumenal está presente em 105 dioceses, com 1800 comunidades que fazem este itinerário de iniciação cristã inseridas em 450 paróquias. 

Conforme define os Estatutos aprovados em 2008, o Caminho Neocatecumenal "é um itinerário de iniciação cristã pós-batismal que está a serviço da Igreja para a Nova Evangelização, anunciando o amor de Jesus Cristo para todas as nações".

Acesse:

Site oficial internacional: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/ 

Site oficial nacional: www.cn.org.br

Site oficial sobre a Serva de Deus Carmen Hernández: https://carmenhernandez.org/pt-br/

*Pe. Gerson Schmidt, jornalista, colaborador da Rádio Vaticano, Assessoria de Comunicação do Caminho Neocatecumenal 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa, Angelus: "basta, irmãos e irmãs, não sufoquem a palavra do Deus da Paz”

Oriente Médio (ANSA)

Novo apelo do Papa Francisco pelo diálogo no Oriente Médio: "ataques direcionados e assassinatos nunca serão uma solução".

Silvonei José – Vatican News

O Papa Francisco pediu diálogo para que o conflito no Oriente Médio não se alastre e disse que "ataques direcionados e assassinatos nunca serão uma solução", em mais um apelo durante a oração do Angelus na Praça São Pedro neste domingo.

"Acompanho com preocupação o que está ocorrendo no Oriente Médio e espero que o conflito, já terrivelmente violento e sangrento, não se espalhe ainda mais", disse Francisco.

“Rezo por todas as vítimas, especialmente as crianças inocentes, e expresso minha solidariedade à comunidade drusa na Terra Santa e às populações da Palestina, de Israel e do Líbano. Não nos esqueçamos de Myanmar”.

O Santo Padre pediu coragem para "retomar o diálogo para que haja um cessar-fogo imediato em Gaza e em todas as frentes, para que os reféns sejam libertados e a ajuda humanitária seja levada às populações".

Ele afirmou que "ataques, inclusive ataques direcionados, e assassinatos nunca podem ser uma solução e não ajudam a trilhar o caminho da justiça e da paz e geram mais ódio e vingança".

"Basta, irmãos e irmãs! Basta! Não sufoquem a palavra do Deus da Paz, mas deixem que ela seja o futuro da Terra Santa, do Oriente Médio e do mundo inteiro. A guerra é sempre uma derrota", clamou Francisco.

Teerã prometeu retaliação contra Israel depois que o país supostamente matou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e o chefe militar do grupo libanês Hezbullah, Fuad Shukr, em Beirute, com uma diferença de oito horas entre eles nesta semana.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Ordenações Presbiterais na Catedral de Brasília

Celebração Eucarística de Ordenação Sacerdotal (arqbrasilia)

Arquidiocese de Brasília celebra a Ordenação de oito novos Presbíteros na Catedral Metropolitana

Neste sábado, dia 03 de agosto, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi palco de uma emocionante celebração de fé e compromisso. Oito novos presbíteros foram ordenados na nossa amada Arquidiocese de Brasília, marcando um momento especial na vida da igreja e no pastoreio do povo de Deus.

  • agosto 3, 2024

A Celebração Eucarística de Ordenação Sacerdotal foi presidida pelo Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, e foi concelebrada pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno; Cardeal Dom João Braz de Aviz; pelos Bispos Auxiliares da Arquidiocese de Brasília: Dom Antonio de Marcos, Dom Denilson Geraldo e Dom Vicente Guimarães; pelo Arcebispo Militar do Brasil, Dom Marcony Ferreira; pelo presidente do Tribunal Eclesiástico de Brasília e Arcebispo Emérito do Ordinariado Militar do Brasil, Dom Fernando Guimarães; por Dom Marcos Antônio Tavoni, Bispo da Diocese de Bom Jesus do Gurguéia, localizada no Piauí; e por diversos sacerdotes da Arquidiocese de Brasília.

A Ordenação Sacerdotal destaca a entrega total dos novos padres ao serviço de Deus e da Igreja. Ao receberem o Sacramento da Ordem, os Presbíteros assumiram a missão de guiar, ensinar e servir o povo de Deus com dedicação e amor. “Jesus se envolve com as pessoas, não é indiferente diante de quem sofre ou que se aproxima com fé, porque no coração de Jesus tudo é amor, misericórdia. Aqui está o segredo para a nossa vida presbiteral. Não existe verdadeiro pastoreio sem conhecimento, sem amor, sem envolver-se com o nosso amado povo. O sentido do nosso ministério é sermos servos por amor, onde a essência da nossa caridade pastoral é o dom de si mesmo”, destacou o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa durante a homilia.

Exortando os novos presbíteros a um ministério de entrega e amor com alegria, Dom Paulo frisou que “a vida é o dom mais precioso que o ser humano possui. O presbítero é aquele homem que coloca a sua vida à disposição de Deus através da Igreja. Hoje, vocês oito fazem a grande oferta de vida a Deus e à Igreja. Através da imposição das minhas mãos e do presbitério, vocês se tornam anciãos que ofertam a vida a Cristo Bom Pastor, desgastando-se pela santificação do nosso amado povo”, finalizou Dom Paulo.

Agora, a Arquidiocese conta com oito novos padres, sendo sete formados no Seminário Maior da Arquidiocese de Brasília Nossa Senhora de Fátima: padre Anderson da Costa Alencar; padre Celso Adélio Silva Ramos; padre Clezio Antônio Rodrigues do Amaral; padre Francisco de Assis Freires; padre Hudson Pereira de Oliveira; padre Lucas Felipe Andrade Lopes da Silva e padre Luciano Mattar Eleuterio da Silva; e um do Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater, padre Émerson Tadeu B. de Oliveira.

Além do Clero, familiares, amigos e membros da comunidade, todos unidos em oração e gratidão participaram da Celebração Eucarística. De forma muito especial, as mães e os pais dos novos padres ordenados manifestaram extrema alegria ao entregarem seus filhos a Deus.

“É muita emoção. Estamos esperando por esse momento há mais de oito anos, enquanto ele estava estudando. Esse é o grande desejo do coração dele e da minha mãe, que já faleceu. Ele era o grande orgulho dela. Então, eu sei que hoje ele vai se lembrar dela com muito carinho. Eu nunca imaginei que ele seria padre, pois é meu único filho homem. Quando Deus o chamou à vocação, eu fiquei muito feliz, pois na nossa vida primeiramente deve ser feita a vontade de Deus. Nós estamos aqui para apoiá-lo. É um dia muito especial em que agradeço a Deus por ver meu filho fazendo a vontade do Senhor”, destacou Carmem Lúcia da Costa, mãe do padre Anderson.

“Realmente, eu nunca imaginei que geraria um filho para ser sacerdote, mas estou muito feliz. É uma grande emoção para toda a minha família, pois ele faz parte de uma comunidade religiosa desde pequeno, sendo criado em um berço católico. Eu agradeço a Deus e aos meus pais, pois eles me ajudaram na criação do Celso. Hoje, é um dia muito feliz e, para mim, é como se fosse o nascimento dele novamente”, comentou Genilda de Souza Silva, mãe do padre Celso.

“Eu me sinto muito grato a Deus, porque Ele escolheu o meu filho para participar da Santa Igreja. É o meu segundo filho que atende ao chamado de Deus e segue por esse caminho tão bonito. Clézio é meu filho caçula e estou muito feliz por saber que agora ele segue fazendo a vontade do Senhor e vai ajudar muitos a se encontrarem com Deus”, disse emocionado Cleomar Garcez do Amaral, pai do padre Clézio.

“Espero por esse momento há muito tempo. Acredito que o céu hoje está em festa. É uma grande bênção que estamos recebendo hoje de ter nosso filho ordenado sacerdote. O meu único pedido a Deus é que ele tenha muitas bênçãos, que seja iluminado e possa cumprir a missão dele. Nunca imaginei que ele seria padre, mas recebi a notícia como um grande presente divino”, frisou Maria Cristina Mattar de Souza, mãe do padre Luciano.

“Eu não tenho nem como explicar a emoção desse momento, porque hoje o céu e a terra batem palmas diante de tamanha graça que Deus derrama sobre toda a nossa família. Essa foi uma escolha de Deus, pois foi o próprio Senhor que o chamou para essa missão. Quando ele me disse que queria ser padre, eu quase morri de tanta alegria. Eu já desconfiava da vocação dele, mas como ele é uma pessoa muito reservada, ele só me contou que ingressaria no seminário no último momento, um mês antes. Então, a emoção é muito grande. Ele fez a explicação do lenço que me entregou na celebração e eu nem sei se mereço tamanha graça divina, só Deus mesmo sabe”, comemorou Maria Muniz, mãe do padre Lucas.

“É motivo de grande alegria para toda a nossa família. A vocação é um chamado de Deus. Peço que Deus o guie nessa missão. Estamos aqui para dar todo o apoio que ele precisar. A minha mãe sempre desejou ter um neto sacerdote. Então, o Lucas hoje realiza o grande sonho da avó, que hoje já não está mais aqui, mas do céu ela certamente está muito feliz”, destacou Armando Alves, pai do padre Lucas

“A emoção é muito grande, pois eu jamais imaginava que teria um filho sacerdote. Foi uma ótima surpresa, pois quando ele saiu de casa, eu não sabia se ele seguiria até o fim, perseverante para ser ordenado padre. Então, meu coração está alegre e muito grato por essa bênção em nossa família”, disse Maria José Medroso, mãe do padre Emerson.

Todos os arquidiocesanos são convidados a rezar pelos novos presbíteros para que, guiados pela fé e pelo Espírito Santo, possam cumprir a missão com zelo e humildade, sendo verdadeiros pastores no meio do rebanho que lhes foi confiado. Que a ordenação deste sábado seja apenas o início de uma vida plena de serviço e devoção ao Senhor.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dia do Padre

Dia do Padre (Portal Católico)

Dia do Padre 

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 

No dia 4 de agosto celebraremos neste ano o Dia do Senhor, o domingo, porém, dentro do mês vocacional recordamos a memória de São João Maria Vianney, um pároco exemplar, o Cura d’Ars, que converteu uma cidade inteira (sua fama ultrapassou as fronteiras de sua aldeia) através de sua pregação e seu exemplo de vida. Por isso, nesse dia celebramos o dia do Padre, agradecendo o ministério de cada um e pedindo a Deus novos operários para a messe.  

Temos de rezar sempre por todos os sacerdotes, para que perseverem em seu ministério e que sejam santos. Temos de pensar que sem sacerdotes não haverá Eucaristia e sem Eucaristia não haverá Igreja.  

O Dia do Padre é uma data muito especial, o maior presente que podemos oferecer aos sacerdotes neste dia é a oração. Toda vocação é querida por Deus, mas a vocação sacerdotal é muito especial, pois o sacerdote é capaz de levar o amor e a misericórdia de Deus para quem está precisando.  

Cabe a cada um de nós cuidar dos padres, respeitando acima de tudo como aquele que é o pai espiritual da comunidade. O nosso cuidado com os padres deve consistir em perguntar se eles estão bem, perguntar se precisam de algo, mas em nenhum momento ser invasivos, ou seja, conversar com o padre somente aquilo que é pertinente ao serviço pastoral e não querer entrar na intimidade da vida do padre.  

É claro que pode ser amigo do padre, convidá-lo para uma refeição em casa, tornar-se próximo do sacerdote, mas sempre com o máximo respeito. Outra coisa que se perdeu nos dias de hoje é o fato de pedir a benção para o padre, ao cumprimentar o sacerdote temos que pedir a benção primeiro para que a benção de Deus venha sobre nós.  

Aproveitemos o dia dedicado aos sacerdotes para rezar pelos sacerdotes idosos, doentes ou que estejam afastados do ministério. Peçamos que a misericórdia de Deus os alcance e que Deus os recompense por tudo de bom que fazem. O sacerdote, uma vez que é ordenado é para sempre: “Tu, tu és sacerdote pra sempre, Tu és sacerdote pra sempre, segundo a ordem de Melquisedec” (Sal 109/110).  

Nesse dia dedicado aos sacerdotes rezo também por todos os sacerdotes que estão em pleno exercício de seu ministério para que Deus os recompense e os dê forças para continuar levando adiante o rebanho, sendo bons pastores para o povo. Rezo também pelos sacerdotes recém ordenados que tem um longo caminho a percorrer, que Deus os ajude e lhes dê forças na missão.  

Por isso, nesse dia, rezo e convido todos a rezarem pelas vocações sacerdotais, para que nunca faltem jovens que busquem a servir a Deus e ao povo como presbíteros. Que todos os vocacionados perseverem em seu chamado e chegando ao sacerdócio possam servir bem ao povo de Deus.  

Estamos no ano dedicado a oração em preparação ao Jubileu da Esperança no próximo ano (2025): mais um motivo para nos dedicarmos a oração pedindo a Deus boas e santas vocações, e consequentemente bons e santos padres. A vocação é um chamado de Deus, é um dom do alto, e só é possível responder a esse chamado por meio da oração. Por isso, que os jovens rezem mais e possam ouvir qual vocação Deus os chama, e em nossa família possamos incentivar aos jovens para que rezem mais: “Pedi, pois, ao Senhor da messe”.  

O sacerdote é aquele que precisa de oração constante, para estar sempre disponível a atender o povo de Deus. O padre precisa ser padre vinte e quatro horas por dia, e seja em qual lugar for, mesmo fora do ambiente da Igreja, mesmo fora da celebração da Missa, ou de algum sacramento Ele continua sendo sacerdote.  

Os padres estão disponíveis para atender os fiéis, no confessionário, na casa, no hospital e nos cemitérios. São nesses gestos generosos, de delicadeza e carinho, que o padre vai conquistando a comunidade, além de estar cumprindo a sua missão.  

É importantíssimo para todo sacerdote ter coerência de vida, ou seja, viver aquilo que prega, não entrar em contradição. Se o padre diz que povo deve ter vida de oração, o padre deve ser o primeiro a demonstrar isso; se o padre diz que as pessoas devem amar o próximo o sacerdote deve ser o primeiro a demonstrar o amor ao próximo e tratar bem os paroquianos. O sacerdote deve pregar como quem tem autoridade, do mesmo modo que Jesus, ou seja, vivendo aquilo que ensina.  

O que sustenta a vida do Padre é a Eucaristia, por isso, o padre deve celebrar a Santa Missa todos os dias, o padre é o homem da Eucaristia, e por meio da Eucaristia conseguiremos forças para enfrentar os problemas. Do mesmo modo estar disponível para os outros sacramentos, ao entrar no Seminário o jovem vocacionado deve pensar nisso, ao ser ordenado padre será padre para sempre, e 24 horas por dia.  

São João Maria Vianney é o padroeiro de todos os padres, pois ele vivia isso no dia a dia, ficava até treze horas no confessionário, era homem de oração e celebrava a Santa Eucaristia todos os dias. Além de ir à casa das pessoas e nos bares da cidade a fim de converter aquela população e conseguiu o seu objetivo. Que todos os padres tenham São João Maria Vianney como exemplo e possam ir as pessoas e curá-las de seus pecados e seus egoísmos.  

Rezemos, neste dia do padre, pedindo a proteção de São João Maria Vianney por todos os sacerdotes. Deus abençoe todos os sacerdotes e que eles continuem sendo dispensadores dos mistérios da alegria e da esperança cristã, curando os corações feridos! 

Desejo um feliz dia do Padre para todos os padres, que o Cristo Bom Pastor seja o grande exemplo para todos e que a Virgem Maria, a mãe dos sacerdotes, interceda a todos e os conduzam no caminho do bem e do amor. E que todos os fiéis nesse dia, lembrem de rezar por seus padres.   

Fonte: https://www.cnbb.org

Reflexão para o XVIII Domingo do Tempo Comum (B)

Evangelho do domingo (Vatican News)

Se algo nos falta ou aos nossos irmãos, saibamos que de há muito Deus providenciou, mas alguém o subtraiu, não partilhando.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

Quando, no deserto, o povo judeu começou a sentir fome e sede, pôs-se a lamentar-se, lembrando o passado recente, no Egito, quando, apesar da escravidão, estava sempre bem alimentado com muito pão e muita panela cheia de carne.

Deus os ouviu e como Pai providente, saciou-os com maná e codornas. Afinal fora Ele quem providenciara a libertação do senhorio egípcio, do mesmo modo que havia, séculos atrás, providenciado a ida e a ascensão de José, filho de Jacó, ao posto de vice-rei daquela terra dos faraós.

Agora, ao ouvir este novo clamor de seu querido povo, o Senhor fez coincidir as migrações daqueles pássaros com a fome dos judeus, como também fez coincidir o gotejamento de um arbusto típico do deserto sinaítico com a passagem do mesmo povo. Portanto, as aves e os pingos açucarados, ou seja, o maná, atividade normal da natureza naquele período, foram vistos e acolhidos pelos judeus como milagre.

Deus não respondeu ao povo com recriminações e castigos, mas ao contrário, dando alimento em abundância.

Por outro lado, Deus, como pedagogo, trabalhou o ponto frágil do povo que era a confiança em Sua Providência. Os israelitas deviam, a cada dia, esperar o alimento das mãos de Deus. As aves deveriam ser abatidas; não era possível criá-las e o maná, por sua vez, não podia ser armazenado, pois se estragava. A cada dia dispunham de alimento físico e também espiritual, isto é alimentar-se de fé na Providência.

No Evangelho, Jesus proporcionou ao povo alimento em abundância. Apenas viu frustrado seu objetivo, quando alimentou o povo com peixes e pão. O Senhor desejava, com esse sinal, mostrar o valor da partilha de todos os bens, isto é, alimentá-los com o dom de serem generosos, de partilharem seus bens, mas o povo queria apenas o alimento perecível.

Jesus, então, alertou o povo dizendo: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará.” O Senhor sabe que os alimentos comuns - comida, viagens, estudos - nada nos satisfaz, mas apenas Sua Palavra, que é Palavra de Vida. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, não terá mais fome; e quem crê em mim nunca mais terá sede.”

A segunda leitura se refere à nossa inconstância, apesar do compromisso radical feito no Batismo. Deveremos diariamente, possibilitar o crescimento do homem novo, renovando nossa fé em Jesus, buscando o alimento que não perece, confiando sempre em sua Providência.

Se algo nos falta ou aos nossos irmãos, saibamos que de há muito Deus providenciou, mas alguém o subtraiu, não partilhando. A carência material de alguns denuncia a pobreza espiritual de outros.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São João Maria Vianney

São João Maria Vianney (A12)
04 de agosto
País: França
São João Maria Vianney

João Maria Batista Vianney nasceu em 1786, no vilarejo de Dardilly, ao norte da cidade de Lyon, na França. Foi o quarto de sete irmãos, e desde pequeno queria ser sacerdote, gostando de rezar e de ir à igreja. Mas até a juventude trabalhou no campo, ajudando a sustentar a família. Uma escola foi aberta então na sua aldeia, e ele pôde finalmente ser alfabetizado e aprender o Francês, ainda que só por dois anos, pois só conhecia o dialeto local.

Com a ajuda do pároco da sua localidade, e apesar da oposição do pai, aos 20 anos entrou para o seminário de Écully. Sua parca instrução e evidente pouca inteligência não o favoreciam, embora fosse exemplar na caridade, obediência e vida de oração. Apesar de tudo, foi ordenado em 1815, com a condição porém de não poder confessar os fiéis, pois seus superiores entendiam que ele não tinha capacidade para dar orientação espiritual. Ficou ainda três anos no seminário, que ficou sob a direção do abade Malley; este percebeu a santidade e o carisma de João, e lhe concedeu afinal a licença para exercer plenamente o sacerdócio.

Foi designado diplomaticamente para o vilarejo de Ars-sur-Formans, localidade isolada no sul da França, mais conhecido como “Ars”: 230 habitantes, nenhum católico efetivamente, fama de violência, igreja vazia e tabernas cheias, com rotina de roubos, brigas e assassinatos.

João lá chegou em 1818. Teve que pedir informações a um menino para encontrar o local, e lhe disse: “Tu me mostraste o caminho de Ars, eu te mostrarei o caminho do Céu”. Um monumento posteriormente construído na entrada da cidade comemora este encontro.

João fazia todo o trabalho doméstico e as próprias refeições. Rezava sem cessar, dormia apenas cerca de três horas a cada dia, pouco comia, para ter tempo de cumprir suas atividades como vigário. Recebendo a herança paterna, gastou todo o seu valor com os pobres. Sua dedicação começou a levar as pessoas à igreja, onde encontravam orientação, consolo e esperança. Sobretudo, com a sua entrega de horas diárias no confessionário, começou a conversão em massa da população. Deus lhe concedeu um dom especial para este Sacramento, pelo qual se salvam inúmeras almas. As filas de penitentes aumentavam sempre, e João, muitas vezes sem comer, atendia a todos, chegando a ficar dias sentando no confessionário. Sua fama de santidade e dons espalhou-se pela França e pela Europa, de modo que os viajantes esperavam até dias para se confessarem com ele. O número de pessoas que chegavam levou os donos das tabernas a transformá-las em hospedarias e hotéis. Ars tornou-se um local de peregrinação. Treze anos após a chegada de João, a igreja estava sempre cheia e as tabernas vazias. Acabara a violência, bem como acabaram os roubos e assassinatos.

Em 4 de agosto de 1859, João faleceu serenamente, consumido pelo cansaço aos 73 anos, já que nunca descansara desde sua chegada à cidade. Por causa do seu processo de beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, assim permanecendo até hoje. São João Maria Vianney é o Patrono dos sacerdotes, e a Igreja determinou que o Dia do Padre fosse o dia da sua festa.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Excetuando a maternidade virginal de Maria, não há dignidade exclusivamente humana maior do que a do sacerdócio. Os que foram agraciados por Deus com esta vocação não devem recusá-la, e a par com a imensa honra que lhes é devida, imensa também é a responsabilidade que lhes cabe, bem como as divinas graças que recebem para vivê-la. Deus sempre eleva os humildes e faz cair os que se auto elevam por orgulho. Para deixar claro que o Bem é Ele mesmo, e que qualquer boa ação não é mero fruto de um esforço humano independente, mas sujeito à Sua graça, o Senhor ao longo da História frequentemente escolheu o que é desprezado no mundo como meio da Sua ação. Jesus Encarnou-se como humilde aldeão, não como o grande rei político e militar que os judeus esperavam. São João Vianney tinha pouca inteligência, e nada fazia supor que poderia realizar grandes obras. De fato, mesmo a sua ordenação tem algo de milagroso. E não sem correta prudência por parte da Igreja foi enviado para uma localidade distante e pouco expressiva, tanto material quanto espiritualmente. Não se trata de menosprezar os que têm dificuldades, mas é razoável, e até caridoso, não exigir grandes coisas de quem não demonstra capacidade compatível, sem qualquer outra evidência melhor. Ora, esta evidência é proporcionada, quando Deus quer na sua sabedoria, por Ele mesmo, como fez com João: “Mas Deus escolheu o que é louco aos olhos do mundo, para confundir os sábios. E Deus escolheu o que é fraco diante do mundo, para confundir os fortes. (...) Assim, ninguém se orgulhará diante de Deus, pois é graça Dele que vós estais em Cristo Jesus, o Qual, por Deus, Se tornou para nós a sabedoria, justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito: ‘Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co 1,27-31). Ao mesmo tempo, lembremos que as qualidades humanas – dadas pelo mesmo Deus – necessariamente Lhe são agradáveis, e também devem ser direcionadas ao Seu serviço e ao do próximo: por isso há santos tanto mendigos como reis, tanto eruditos quanto ignorantes… nem a pobreza ou riqueza materiais, nem as qualidades pessoais maiores ou menores são parâmetro de santidade, mas apenas o amor verdadeiro que livre e conscientemente coopera com a Graça. O extraordinário êxito sacerdotal de São João Vianney é justamente o seu amor a Cristo, na Eucaristia. Como explicou o Papa Bento XVI, “O verdadeiro segredo do seu sucesso pastoral foi o amor que nutria pelo Mistério Eucarístico – anunciado, celebrado e vivido – que se tornou amor pelas ovelhas de Cristo, dos cristãos e das pessoas que procuram a Deus (...) o testemunho do Santo Cura d’Ars continua a ser um válido ensinamento para os padres e para todos nós (…) Imitando-o, os padres devem cultivar e fazer crescer, dia após dia, uma íntima união pessoal com Cristo e devem ensinar a todos esta união, esta amizade íntima com Cristo. Só os enamorados de Cristo podem tocar o coração das pessoas e abri-las ao amor misericordioso do Senhor”. Queira Deus que a prioridade aos Sacramentos seja a tônica de vida dos sacerdotes, para administrá-los, e dos fiéis, para constantemente buscá-los, e não tantas outras atividades que hoje em dia se apresentam na Igreja como “mais importantes”, tanto para uns quanto para outros. Um sacerdote que havia sido inicialmente impedido de administrar o Sacramento da Confissão tornou-se o maior confessor da História. Por ação de Deus. E porque entendeu que, sendo a Eucaristia o centro da vida espiritual, é absolutamente necessário que os fiéis possam recebê-lo, o que depende de se estar em estado de graça, sem pecados mortais, o que por sua vez se consegue apenas após a Confissão sacramental… este é o caminho da cura das almas, e João Vianney, o Cura d’Ars, certamente foi “cura” na plenitude do significado da palavra – no Português arcaico, “cura” é sinônimo de “padre” ou “vigário”. Para a nossa salvação, dependemos igualmente dos sacerdotes e dos Sacramentos que só eles podem oferecer por terem recebido para isso o poder de Deus.

Oração:

Ó Deus, que pelo caminho do Cura d’Ars nos mostraste o caminho do Céu, concedei-nos pela intercessão de São João Maria Vianney jamais descansarmos, como ele, de estarmos ao Vosso serviço, transformando pela Confissão frequente as tavernas da alma em hospedaria do Senhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.co

sábado, 3 de agosto de 2024

Conheça Santa Lídia, a mulher de roxo

© Eri Fragiadaki CC

Conheça Santa Lídia, a mulher de roxo

Editorial Aleteia – publicado em 03/08/20

A primeira conversão documentada ao cristianismo na Europa Ela era originária da região da Lídia, na Ásia Menor, especificamente de Tiatira, onde hoje fica a cidade turca de Akhisar.

No entanto, mudou-se para Filipos, cidade localizada na parte oriental da Macedônia, na atual Grécia. Lá ela conseguiu desenvolver um negócio próspero comercializando tinta roxa, pela qual é conhecida como “A Mulher de Roxo”.

Do seu trabalho relacionado com o corante extraído de um molusco, deduz-se que Lídia possuía um estatuto social elevado. É possível que ela fosse viúva.

Santa Lídia tornou-se cristã e foi batizada graças à pregação de São Paulo. A sua conversão é considerada a primeira documentada na Europa.

Perto de Filipos, existe hoje um batistério moderno no local onde, segundo a tradição, Lídia foi batizada por São Paulo.

Os Atos dos Apóstolos falam sobre isso assim:

“Havia entre eles uma chamada Lídia, comerciante vestida de púrpura, da cidade de Tiatira, que adorava a Deus. O Senhor tocou seu coração para aceitar as palavras de Paulo. Após ser batizado, junto com sua família, ele nos pediu: Se vocês consideram que eu realmente acreditei no Senhor, venham ficar em minha casa ; e ele nos forçou a fazer isso.”

Certamente Lídia estava no coração do chamado “apóstolo dos gentios” quando este escreveu a sua Carta aos Filipenses , com um tom especialmente íntimo e familiar, e cheio de gratidão.

Sua família também se tornou cristã e acolheu o apóstolo Paulo e seus companheiros Silas e Timóteo em sua própria casa durante sua estada em Filipos.


Fotos/Crédito: Aleteia

Santa Lídia é a padroeira dos tintureiros, devido ao seu trabalho como vendedora de púrpura e possivelmente também de tecidos. Nos ícones o santo costuma ser representado com alguma peça de roupa roxa.

Shutterstock – Nataliya Nazarova

É venerada como santa, além da Igreja Católica, das Igrejas Ortodoxa, Episcopal e Luterana.

Hoje Santa Lídia continua a inspirar força, elegância, audácia, generosidade, hospitalidade, beleza, fé e muitos mais tesouros espirituais:

Fonte: https://es.aleteia.org/2020/08/03/conoce-a-santa-lidia-la-mujer-de-la-purpura

NAZARENO: Getsêmani (o abandono e o abismo do mal) - (52)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 52 - Getsêmani (o abandono e o abismo do mal)

A temperatura caiu e, naquela noite, uma névoa incomum desceu entre as oliveiras, tornando a atmosfera no Getsêmani quase irreal. Os onze apóstolos e o jovem Marcos, sonolentos, lutam para ficar de pé. Jesus diz aos seus: "Sentai-vos aqui enquanto eu vou orar”. E, levando consigo Pedro, Tiago e João, começou a apavorar-se e a angustiar-se”. E disse-lhes: “A minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai”.

Afasta-se alguns metros deles e ajoelha-se no chão, diante de uma fenda que se abria na rocha, um refúgio ideal para um animal em busca de abrigo. Jesus não entra ali, mas fixa o olhar naquele acesso escuro da caverna. Diante de seus olhos começa tomar forma uma realidade aterrorizante. Um vórtice de maldade e pecado. Vê os pecados da humanidade, os do passado e os do futuro.

O Nazareno diz: “Abbá! Ó Pai! Tudo é possível para ti: afasta de mim este cálice; porém, não o que eu quero, mas o que tu queres”.

Os pecados do mundo lhe são mostrados em todo o seu horror: genocídios, massacres, mortes, traições... Um fardo insuportável. Jesus é esmagado, esmagado. Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava. E, cheio de angústia, orava com mais insistência ainda, e o suor se lhe tornou semelhante a espessas gotas de sangue que caíam por terra.

Ele retraça seus passos para buscar o apoio de seus amigos. Aos voltar, encontra-os dormindo e diz a Pedro: “Simão, estás dormindo? Não foste capaz de vigiar por uma hora? Vigiai e orai para que não entreis em tentação: pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. E, afastando-se de novo, orava dizendo a mesma coisa.

Mais visões sombrias. Das profundezas do abismo diante dele, ele vê uma figura avançando. Ele o reconhece imediatamente; não havia mudado de aparência desde que se aproximara dele no deserto para tentá-lo. Ele usa o mesmo turbante branco. Sussurra-lhe: "Todo esse mal... todo esse mal não pode ser carregado nos ombros de um só homem...". Jesus afasta Satanás com um grito sufocado, invocando o Pai, e se prostra no chão para orar.

Erguendo-se após a oração, veio para junto dos discípulos e encontrou-os adormecidos de tristeza. E disse-lhes: “Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação!”.

Começa a orar novamente. Aproxima-se dos apóstolos adormecidos pela terceira vez e lhes diz:  “Dormi agora e repousai!”.

O Mestre também se senta por alguns momentos, encostado em uma antiga oliveira cujas raízes formam uma cavidade aconchegante.

Jesus descansa apenas por alguns minutos. Depois, o silêncio da noite profunda no Getsêmani é quebrado pelas vozes dos guardas do templo. Totalmente armados, estão vindo buscá-lo, guiados por Judas.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/08/02/11/138181066_F138181066.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Associação pró-vida italiana denuncia ‘vírus ideológico’ na Olimpíada

Anéis olímpicos. Imagem referencial. | Crédito: Hert Niks/Pexels

Por Almudena Martínez-Bordiú*

2 de agosto de 2024

“A fé não é um jogo” é o título da petição lançada pela associação italiana Pro Vita & Famiglia exigindo do Comitê Olímpico Internacional (COI) que condene a paródia da Última Ceia da Santa Ceia por drag queens na cerimônia oficial de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris em 26 de julho.

A associação pró-vida quer “medidas sérias contra esses atos discriminatórios do Comitê Olímpico Francês”.

O porta-voz da associação, Jacopo Coghe, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que acontecimentos globais como esse, transmitidos para todo o mundo, “são utilizados por grupos de poder e interesses econômicos ou políticos precisamente para transmitir mensagens e visões em grande escala”.

“É muito triste que as Olimpíadas, que nasceram para unir as pessoas, sejam agora utilizadas para dividi-las”, disse.

Para ele, vivemos “numa situação de constantes ‘marteladas’ ideológicas pró-LGBT por parte de políticos e instituições que deveriam garantir a proteção da liberdade de expressão”.

LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, é a sigla que identifica a ideologia de gênero, militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

Segundo Coghe, “eles querem doutrinar todos no pensamento único dominante e, portanto, 'achatar-nos' para que pensemos o mesmo que eles; na fluidez, na indiferença sexual e na aniquilação das diferenças saudáveis ​​e belas entre homens e mulheres, disse Coghe. O objetivo também é bastante claro: se somos todos 'achatados' e somos todos iguais, sem diferenças, somos todos manipuláveis.

Os Jogos Olímpicos de Paris tornaram-se para Coghe “o cenário de uma mensagem de ódio que ofende milhões de cristãos”, que põe em perigo “a inocência dos jovens” e que visa fazer avançar “a agenda LGBT”.

Ele também destacou que, embora estejam sendo feitas tentativas para “normalizar” a ideologia de gênero a nível político, “vemos constantemente como a sociedade não concorda em absoluto”.

“Na Itália, por exemplo, isso é demonstrado pelo sucesso da petição contra a blasfêmia na cerimônia de abertura, que em poucos dias atingiu quase 15 mil assinaturas”, destacou.

Coghe também disse que “tem havido muitos protestos se cidadãos indignados, tanto por causa deste espetáculo hipócrita e profanador, como por causa dos casos de atletas ‘trans’ nas Olimpíadas ou em outras competições”.

O porta-voz da Pro Vita & Famiglia referiu-se assim à decisão do Comitê Olímpico Internacional de permitir que dois pugilistas com cromossomos XY participassem em competições femininas.

Uma polêmica que também chegou à Câmara dos Deputados italiana, onde o deputado Rossano Saso reiterou que “a loucura ideológica woke ultrapassou todos os limites, da decência e da dignidade e do respeito pelos direitos das mulheres”. O termo woke é usado no mundo inteiro para designar o pensamento de esquerda dominante hoje, que se afastou de questões trabalhistas e abraçou temas como ideologia de gênero, ambientalismo, decolonização etc.  

“Isso não é inclusão, não são direitos, é uma deriva ideológica progressista contra as mulheres”, afirmou Saso.

Para Jacopo Coghe, a ideologia de gênero, promovida pela comunidade LGBT, “é um vírus que infecta e corrompe de forma devastadora todas as esferas da sociedade com danos incalculáveis”.

Ele também disse que o papa Francisco definiu-a como uma “colonização ideológica” devastadora.

“É precisamente nas competições esportivas que vemos as contradições mais flagrantes da ideologia de gênero, segundo a qual a identidade de gênero prevalece sobre a identidade biológica. Não é assim, apenas essa última é real”, concluiu.

*Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Igreja como uma sinfonia vocacional

Igreja: uma sinfonia vocacional (Diocese de São Carlos)

Igreja como uma sinfonia vocacional

Dom Neri José Tondello 

Bispo de Juína (MT)

“…Podeis beber o cálice que eu beberei e ser batizados com o batismo com que serei batizado? ”‘Eles disseram: podemos’” (Mc 10, 38-39).

Queridos amigos e amigas!

Coloco-me a escrever sobre o mês vocacional e parto com a citação acima que tem como ponto de partida a pergunta de Jesus, com a resposta positiva dos filhos de Zebedeu: Tiago e João. A teologia do batismo favorece o tema diante de uma comunidade de fé e amor para o santo serviço, arcando com as mesmas consequências que as consequências de Jesus.

Ao responder positivamente para Jesus, Tiago, mais do que consciente para intuir o que poderia acontecer, estava com predisposição interior para seguir os passos de Jesus, pois “sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos” (2 Cor 4, 7-15). Nada por acaso, que o apóstolo Tiago foi o primeiro mártir decapitado no ano 44, sob Herodes Agripa, nos dias da Páscoa (At 12, 2-3).

Ainda, a passagem acima representa o Evangelho da coragem dos primeiros que Jesus chamou. Assim como animou os primeiros, anima a todos os chamados a qualquer momento da história, toda vez que surgem necessidades. A cada época é Kairós de Deus, Hora de Deus, hora de servir.

A teologia do batismo nos confere o dom de servir, pois a Igreja não distribui poderes, mas confia serviços. Uma Igreja sinodal como pede o Papa Francisco para o futuro, faz bem pensar e encorajar para uma Igreja disposta a servir, isto é, fazer-se próxima dos mais necessitados e sofridos da terra.

Aqui, gostaria de saudar o Sínodo da Amazônia que propôs novos caminhos para a Igreja com “propostas corajosas”. Tanto as conclusões do Sínodo, bem como a Exortação Apostólica do Papa Francisco, _Querida Amazônia_, levam a mensagem da criação da CEAMA, conhecida como a Conferência Eclesial da Amazônia, para continuar o caminho sinodal na construção de um rito amazônico com rosto próprio, rosto Amazônico.

No Batismo de Jesus, todos recebemos a mesma unção para servir, ou seja, trabalhar pela vida dos outros. Unção batismal. Chamou a todos para servir numa igreja toda ministerial. Desta maneira, queremos assumir como vem desenvolvendo o rito amazônico, os ministérios reconhecidos, que são aqueles que são conferidos aos ministros da celebração da Palavra, com ou sem a Eucaristia; os ministérios lembrados, ministérios pastorais, conselhos de assuntos econômicos nas paróquias, pastoral familiar, conselho diocesano de pastoral e outros tantos; ministérios do cuidado; os ministérios instituídos de leitor, acólito e catequista; e os ministérios ordenados, os diáconos, os padres e os bispos. Todos para o santo serviço.

Na Igreja primitiva, à medida das necessidades, também surgiam os ministérios. Portanto, uma comunidade provada pode obter ministérios provados. O Espírito Santo é o dono e suscitador dos dons e serviços que a comunidade necessita. Todos os ministérios, reconhecidos, lembrados, instituídos e ordenados conferem uma igreja no serviço ao Reino de Jesus que leva “vida em abundância para todos”.

Na Diocese de Juína, sou muito grato pelos evangelizadores desde a primeira hora. As leigas e os leigos, lideranças animadoras das comunidades, catequistas, animadoras das pastorais. Sou muito grato pelos missionários e missionárias que vieram a estas terras de missão com toda coragem e testemunho. São missionárias e missionários que vieram de outros países e de outros estados do nosso país. São religiosos e religiosas, padres diocesanos. A Diocese de Juína lembra com gratidão e compromisso missionário para também repartir o serviço missionário com outras realidades onde precisa ainda mais. Tanto recebido com generosidade, com coração generoso e à disposição.

Que cada agente de pastoral se transforme em animador vocacional. Deus suscite vocações para ajudar principalmente os mais pobres e necessitados. Vocações com o Evangelho na mão.

Mensagem sobre vocação do Papa Francisco:

“O Senhor continua a chamar a trabalhar por seu Reino, hoje. Somos chamados a ser ‘sinal e instrumento da intimidade com Deus e da unidade de todo o gênero humano’ (LG, 1). É uma chamada a olhar o futuro, a perceber a beleza e a responsabilidade de sermos sinais de esperança, de mãos estendidas e corações abertos. Não tenhamos medo de responder com generosidade ao chamado do Senhor, especialmente em tempos de dificuldades e provações. Que todos possam sentir a alegria de servir a Deus e aos irmãos, especialmente os mais pobres e necessitados.”

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF