Translate

sábado, 7 de setembro de 2024

24º santuário de Schoenstatt no Brasil será inaugurado em Maringá

Santuário de Schoenstatt em Maringá (PR) | Instagram/Schoenstatt Maringá |ACI Digital

Por Monasa Narjara*

6 de setembro de 2024

Um novo santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt será inaugurado no Jardim Paraíso, em Maringá (PR), no domingo, 8 de setembro, dia em que a igreja celebra a festa da Natividade de Nossa Senhora, com uma missa às 10h30, celebrada pelo arcebispo de Maringá, dom Severino Clasen e concelebrada pelo diretor nacional do movimento de Schoenstatt, padre Antônio Bracht. Este será o 24º santuário de Schoenstatt no Brasil.

O santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt de Maringá ficará ao lado da capela são Bonifácio, primeiro templo religioso edificado do município e será uma réplica do santuário original de Schoenstatt em Vallendar, na Alemanha.

Durante a missa de inauguração do santuário serão depositadas sob o altar três relíquias de santos. Uma da santa italiana Maria Goretti, conhecida como a mártir da pureza, e outras duas dos pais de santa Teresinha do Menino Jesus, são Luís e santa Zélia Martin, primeiro casal a alcançar a santidade juntos na história da Igreja.

O santuário será administrado pela Associação da Família de Schoenstatt de Maringá (Afasm) e pelo Instituto de Famílias de Schoenstatt. O Movimento Apostólico de Schoenstatt iniciou sua evangelização nas paróquias da arquidiocese de Maringá, em 1983, com a Campanha da Mãe Peregrina e já tem o ramo da Obra de Famílias e da juventude do movimento. Ele foi fundado pelo padre José Kentenich, no dia 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, na Alemanha. A espiritualidade de Schoenstatt é a Aliança de Amor que os membros selam com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em seus santuários - sendo uma viva presença de Maria na Igreja e no mundo. Atualmente o movimento tem mais de 200 santuários iguais ao original, em todo o mundo.

*Monasa Narjara é jornalista da ACI Digital desde 2022 e foi jornalista na Arquidiocese de Brasília entre 2014 a 2015.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/59107/24o-santuario-de-schoenstatt-no-brasil-sera-inaugurado-em-maringa

Por que a amizade é um presente de Deus?

grupo de amigos | OPOLJA-Shutterstock

Por Mónica Muñoz - publicado em 07/09/24

O ser humano é sociável por natureza, por isso a amizade é um presente inestimável que deve ser aprendido a cultivar e a ser cuidado como um tesouro valioso.

Os laços emocionais são muito importantes na vida das pessoas. Sinceramente, ninguém consegue viver afastado da sociedade, pois mesmo os eremitas têm contato de vez em quando com outros seres humanos, faz parte da nossa natureza. E a amizade é um vínculo vital.

É por isso que Deus nos tornou aptos para viver em sociedade e nos permite aprender a viver juntos, porque também é verdade que às vezes é difícil compreendermo-nos com todas as pessoas.

O amigo é um tesouro

Com o passar dos anos, conhecemos muitas pessoas com quem estreitamos laços, ora duradouros, ora fugazes, porém são poucos os que nos acompanham ao longo do nosso percurso de vida.

Por esta razão, a Sagrada Escritura inclui várias passagens que exaltam a amizade:

“Um amigo fiel é um refúgio seguro; Quem o encontra, encontrou um tesouro. O que ninguém daria por um amigo fiel? Inestimável! Um amigo fiel é como um remédio que salva; aqueles que temem ao Senhor o encontrarão. Aquele que teme ao Senhor encontrará um amigo verdadeiro, pois como ele é, seu amigo também será.” ( Senhor. 6, 14-17 ),

Somos amigos de Jesus

O Senhor Jesus também contou com a amizade tanto dos seus discípulos como de algumas famílias escolhidas, como a de Lázaro, Marta e Maria.

E gostava de participar de reuniões onde pudesse dividir a mesa e a alegria com os amigos. E o melhor de tudo é que ele também nos considera seus amigos:

"Não há amor maior do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo de servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; eu os chamo de amigos, porque eu vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai” ( Jo 15, 13-15 ).

Seja leal na amizade

É por isso que você deve cuidar dos seus amigos e ser leal, como afirma o livro do Eclesiástico:

 "...quem insulta um amigo romperá a amizade. Se você desembainhou a espada contra seu amigo, não se desespere: você pode voltar. Se você falou asperamente, não tenha medo: a reconciliação é possível. Mas se envolver insultos, desprezo, segredo traído ou golpe traiçoeiro, qualquer amigo partirá” ( Sir 20, 20-22 ).

Que a nossa vida seja enriquecida com o dom da amizade, porque os amigos também podem ajudar-nos a chegar ao céu.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/09/07/por-que-la-amistad-es-un-don-de-dios

A missão de Jesus na Galiléia segundo Santo Ambrósio de Milão

Jesus vence as tentações (Diocese de Marabá)

A missão de Jesus na Galiléia segundo Santo Ambrósio de Milão

Por Dom Vital Corbellini

Bispo de Marabá (PA)

O Evangelista São Lucas colocou a missão de Jesus, na Galiléia, após vencer as tentações do Diabo, no deserto, referentes ao ter, poder e prazer, como ponto fundamental de sua vinda neste mundo em vista da salvação da humanidade. Jesus estava cheio da força do Espírito de modo que iniciou a sua missão na Galiléia, que o levaria até Jerusalém, pela paixão, morte e ressurreição. Aquele povo viu uma grande luz, como já o relatou o profeta Isaias (cf. Is 8,23), sendo Jesus Cristo a grande luz que “ilumina todo o ser humano que vem a este mundo” (cf. Jo 1,9). A seguir nós veremos a descrição elaborada por Santo Ambrósio na colocação da missão de Jesus a partir da Galiléia (1).

A palavra de Jesus nos profetas

Seguindo o evangelho de Lucas tem presente que Jesus foi para a sinagoga de Nazaré, sua terra natal no sábado e logo lhe deram o livro do profeta Isaias. Santo Ambrósio colocou a presença do Senhor na vida dos profetas e nas profecias. Foi Ele quem falou nos profetas para afirmar a unidade do Antigo Testamento com o Novo Testamento e que o Espírito do Senhor estava sobre Ele (cf. Lc 4,17) (2) .

A presença da Trindade santa

Na passagem do livro do profeta Isaias que fala da presença do Espírito Santo, (cf. Is 61,1s) santo Ambrósio viu também a Trindade Co-eterna e perfeita. Jesus é Deus e homem, perfeito em ambas as naturezas com a presença do Pai e do Espírito Santo, sendo este cooperador, quando em forma corporal, ao modo de pomba, desceu sobre Cristo no momento que em que o Filho de Deus era batizado no rio, e o Pai falava do alto do céu (cf. Lc 3,21-23) (3).

O texto de Isaias

Jesus tomou o livro de Isaias na qual disse que Ele foi ungido com o óleo espiritual e com o celeste poder, a fim de regar a pobreza da humana condição com o tesouro eterno da ressurreição, afastar as pessoas do cativeiro, iluminar as cegueiras das almas, pregar o ano do Senhor que se estenderá pela perpetuidade dos tempos (cf. Lc 4, 18-19) (4). Jesus assumiu este programa de vida, para libertar as pessoas de suas escravidões, dando-lhes vida, paz e amor.

A recusa do seu povo

O povo tinha os olhos fixos nele, admirado pelas palavras cheias de encanto que saiam de sua boca. Em seguida este povo se fechou à presença do Senhor, na qual ele disse que nenhum profeta é bem aceito em sua pátria (cf. Lc 4,24). Para o bispo de Milão a inveja daquelas pessoas falou mais alto que a caridade. O Senhor não foi acolhido pelo povo de sua terra natal, sendo desprezado por pessoas invejosas que não viam nele a manifestação da divindade, da presença de Deus em sua vida, porque eles permaneceram na realidade visível, humana (5).

Não realização de milagres

Diante da incredulidade daquelas pessoas em Nazaré, sua terra, Jesus não realizou milagre algum em sua pátria, não pelo fato de que foi indiferente ao afeto de sua pátria, mas pela sua incredulidade, porque Jesus amava os seus concidadãos. No entanto, segundo Santo Ambrósio, foram estes que abdicaram da caridade à pátria por assumirem uma atitude invejosa, uma vez que a caridade não tem inveja e também não é orgulhosa (cf. 1 Cor 13,4) (6). O fato de que Jesus cresceu naquela pátria, não seria o maior milagre? No entanto a inveja daquelas pessoas não deu uma atitude de acolhida e de amor a Jesus (7).

Os exemplos da viúva de Sarepta e do sírio Naamã

O bispo de Milão teve presentes os casos da viúva de Sarepta, na Sidônia onde Elias prestou uma grande ajuda pela sua confiança em Deus enquanto as outras pessoas manifestaram-se incrédulas, não se convertendo ao Senhor (cf. Lc 4,25). Igualmente haviam muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu mas nenhum deles foi limpo, senão o sírio Naamã (cf. Lc 4,27)(8). O Senhor quis dizer, segundo Santo Ambrósio, que nenhuma pessoa é curada ou libertada da doença que lhe macula o corpo senão se empenha em busca da saúde com uma religiosa submissão, porque os benefícios divinos não se concedem aos que dormem, mas eles são dados aos observantes do mandamento da lei de Deus (9). O fato é que o profeta Eliseu não fez curas de leprosos ao povo de Israel pelas suas incredulidades. O benefício divino supera a nacionalidade das pessoas porque é dado para aqueles e aquelas que manifestam a bondade no Senhor, a confiança na cura pela medicina, o amor de Deus dado às pessoas nas quais os dons divinos são concedidos (10).

A revolta das pessoas de Nazaré

Diante daquelas palavras e ações, os nazarenos levantaram-se contra Jesus e lançaram-no fora da cidade (cf. Lc 4,28-29). A sua missão passou pelo sofrimento naquele momento, mas ela será dada em Jerusalém. Enquanto Jesus distribuiu benefícios divinos entre os povos, em outras comunidades, as pessoas de casa, em Nazaré, infligiram-lhe injúrias. Sendo o verdadeiro Mestre, com o exemplo de vida, ensinou aos seus discípulos e a todas as pessoas que o seguem como fazer-se tudo para todos, não rejeitou aqueles que o queriam acolhê-lo, nem constrangiu os que não o almejavam, não resistiu aos que o lançaram fora, nem faltou aos que o invocavam . Desta forma Jesus abandonou os nazarenos, como gente fraca e ingrata, segundo o bispo de Milão, por não poderem suportar os seus milagres, por não verem nele o Filho de Deus na carne .

A missão de Jesus na Galiléia foi o início de sua grande caminhada que o levará até Jerusalém na qual ele doará a sua vida pela salvação humana. Santo Ambrósio teve presentes estes pontos nas quais viu Jesus como Redentor, o Salvador do gênero humano.

_____________

1 Cfr. Santo Ambrósio. Comentário ao Evangelho de São Lucas. Tradução de Luciano Rouanet Bastos. São
Paulo: Paulus, 2022, pg. 220.
2 Cfr. Idem, pg. 220.
3 Cfr. Ibidem, pg. 220-221.
4 Cfr. Ibidem, pg. 221.

5 Cfr. Ibidem, pg. 221
6 Cfr. Ibidem, pg. 222.
7 Cfr. Ibidem, pg. 222.
8 Cfr. Ibidem, pg. 222.
9 Cfr. Ibidem, pg. 223.
10 Cfr. Ibidem, pg. 223.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa: a Igreja seja testemunha de coragem, beleza e esperança!

Encontro com os Bispos de Papua Nova Guiné e Ilhas Salomão (Vatican Media)

O último evento para Francisco este sábado, 7 de setembro, foi com bispos, sacerdotes, consagrados e catequistas não só de Papua Nova Guiné, mas também das Ilhas Salomão. O Pontífice buscou inspiração nos missionários dessas ilhas para encorajar os membros da Igreja a irem avante com confiança e um olhar especial voltado às periferias.

Vatican News

"A coragem de começara beleza de estar e a esperança de crescer" estes foram os três aspectos ressaltados pelo Papa ao se reunir no Santuário de Maria Auxiliadora de Papua Nova Guiné com os bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas, seminaristas e catequistas. O nome do Santuário remete a Dom Bosco, que se sentiu inspirado por Nossa Senhora a construir uma igreja em sua homenagem, prometendo-lhe grandes graças. "E assim aconteceu: a igreja foi construída – uma maravilha – e tornou-se centro de irradiação do Evangelho, de formação dos jovens e de caridade, ponto de referência para muita gente."

Esta história pode inspirar também o caminho cristão e missionário da Igreja de hoje, afirmou o Papa, tendo por primeiro "a coragem de começar". A mesma coragem que tiveram santos e beatos representados nos vitrais do santuário, como Pedro Chanel, João Mazzucconi e Pedro To Rot, mártires da Nova Guiné, e depois Teresa de Calcutá, João Paulo II, Maria McKillop, Maria Goretti, Laura Vicuña e Zeffirino Namuncurà, Francisco de Sales, João Bosco, Maria Domenica Mazzarello. "É graças a eles, aos seus 'começos' e 'recomeço', que estamos aqui e, hoje, apesar dos desafios que também não faltam, continuamos a avançar, sem medo, sabendo que não estamos sós: o Senhor age, em nós e conosco."

A este respeito, o Papa indicou uma via importante para onde dirigir os “começos”, ou seja, as periferias do país. "Penso nas pessoas que pertencem às camadas mais desfavorecidas das populações urbanas, bem como nas que vivem em zonas mais distantes e abandonadas, onde chega a faltar o necessário. E ainda naquelas que, por causa de preconceitos e superstições, são marginalizadas e feridas, moral e fisicamente. A Igreja deseja estar particularmente próxima destes irmãos e irmãs", garantiu Francisco.

O Pontífice pediu que os presentes não esqueçam do estilo de Deus: compaixão, ternura e proximidade. "Se um bispo, consagrado, sacerdote não é terno, compassivo e próximo, não tem o espírito de Jesus", acrescentou.

Isto leva ao segundo aspecto: a beleza de estar. Não existem “técnicas” para o fazer, mas simplesmente cultivar e partilhar com nossos irmãos a alegria de ser Igreja. "A beleza de estar não se experiencia tanto em grandes eventos e momentos de sucesso, mas sobretudo na lealdade e amor com que, quotidianamente, nos esforçamos por crescer juntos."

E, deste modo, chega-se ao terceiro e último aspecto: a esperança de crescer. É ter confiança na fecundidade do apostolado, continuando a lançar pequenas sementes de bem nos sulcos do mundo. Podem parecer minúsculas, mas darão fruto. "Por isso, continuemos a evangelizar, com paciência, sem nos deixarmos desencorajar pelas dificuldades e incompreensões", encorajou Francisco.

"Continuem assim a sua missão, como testemunhas de coragembeleza esperança! Agradeço por tudo o que fazem, abençoo-os de coração e peço, por favor, que não se esqueçam de rezar por mim", concluiu o Pontífice.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Regina

Santa Regina (A12)
07 de setembro
País: França
Santa Regina

Santa Regina viveu no século III, na França, sua família tinha uma boa condição financeira, seu pai, Clemente, era um servidor do Império Romano e era pagão. Ela é virgem e mártir e considerada padroeira das vítimas da tortura, dos pastores e dos carpinteiros.

A história conta que a sua mãe morreu durante o parto e uma ama de leite, que era cristã, educou a menina nos caminhos da fé e fez com que ela fosse batizada.

Santa Regina continuou morando em sua casa e sendo cuidada pela mulher cristã. A cada dia se tornava mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo.

Sua beleza chamava a atenção de muitos homens, mas ela se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do tempo em seu quarto em oração e penitência.

Quando o pai de Regina ficou sabendo que a empregada que cuidava de sua filha era cristã, demitiu-a e expulsou a filha de sua casa. Sem ter para onde ir, encontrou abrigo na casa da mulher que a tinha criado. Lá, ela foi acolhida como membro da família e continuou recebendo a formação cristã. Ela assumiu um trabalho pouco nobre naquela época: pastorear ovelhas.

O prefeito da cidade chamado Olibrio apaixonou-se por ela e pediu sua mão em casamento. Ele, porém, era pagão e assumidamente anticristão. E Regina, consolidada na fé cristã, recusou o pedido. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos convencê-la a abandonar sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas.

Estando no cativeiro, ela recebeu o consolo divino através de uma visão da cruz e ouviu uma voz que dizia que a sua libertação estava próxima. Olibrio, então, mandou que fosse torturada mais uma vez e depois decapitada.

Segundo as Atas dos Mártires, em 7 de setembro do ano 251, foi decapitada. Segundo a tradição, naquele momento apareceu uma pomba branca que causou a conversão de muitos dos presentes, como um sinal da presença do Espírito Santo.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Santa Regina é mais uma na lista das mártires da fé. Sua história mostra a fortaleza da fé que tudo supera e tudo enfrenta. Mesmo diante dos desafios difíceis se manteve consolidada na fé cristã.

Oração:

Deus Pai de amor conceda-nos acreditar na vossa presença entre nós e a dedicar tempo para fortalecer os laços de nossa fé. O exemplo de Santa Regina faça-nos dedicar todo nosso amor para vos louvar acima de todas as coisas. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Lealdade dos cristãos e tolerância de Roma

Ilaria Ramelli, Cristãos e o Império Romano. Em memória de Marta Sordi , Marietti 1820 , Gênova – Milão 2011, 96 pp., | 30Giorni

Arquivo 30Giorni – 10/2011

Lealdade dos cristãos e tolerância de Roma

As fontes antigas sobre a relação entre o cristianismo primitivo e Roma, discutidas nos estudos da historiadora Ilaria Ramelli, contradizem a crença comum de uma potência romana ideologicamente hostil aos cristãos.

por Lorenzo Bianchi

O pequeno e muito recente volume de Ilaria Ramelli, filóloga e historiadora, estudiosa do cristianismo antigo, contém, como ela mesma indica no prefácio, uma seleção de pequenos artigos informativos publicados em 2009 e 2010 no Avvenire . Contudo, não se trata de todo, como se poderia crer, de uma simples reedição de intervenções agregadas por afinidade temática, nem de um mero trabalho de compilação, mas de um resumo preciso e muito denso, que ilustra em extrema síntese, mas sem omitir nada do necessário. ou fundamentais, os resultados dos estudos sobre o cristianismo primitivo por ela realizados, com rigorosa metodologia científica (nomeadamente no que diz respeito à análise filológica dos textos e à avaliação das fontes históricas), ao longo dos últimos vinte anos.

Portanto, embora se destine principalmente a leitores que não sejam especialistas no assunto, o volume é também muito útil para o estudioso, para quem se configura - e este é sobretudo o mérito do autor e o valor da obra - como um índice fundamentado muito extenso, que ordena e sistematiza uma vasta produção (todas as indicações bibliográficas necessárias são sempre indicadas no local apropriado), e do qual emerge o tema subjacente da investigação, coerente e unitário ainda que "disperso" num número de revistas científicas especializadas.

Dada a estrutura do trabalho, não é possível, numa recensão, destacar todos os temas abordados, a não ser fazer uma longa lista: algo que não queremos fazer, limitando-nos a indicar os temas que nos parecem mais originais e significativos.

Diremos, portanto, em primeiro lugar, que o volume está dividido em quatro seções distintas.

Na primeira, que trata da figura de Jesus nas fontes não-cristãs do século I, destacam-se dois textos, cuja autenticidade é demonstrada, que remontam a um período muito anterior às conhecidas passagens de Tácito: a carta de Mara Bar Serapião, um estóico pagão, escrito por volta de 73, e uma passagem das Antiguidades Judaicas (XVII, 63-64) do historiador Flávio Josefo, um fariseu que escreveu no rescaldo da queda de Jerusalém (que ocorreu em 70); «precisamente a estranheza das duas fontes ao cristianismo», escreve o autor (p. 10), «faz com que Mara e Giuseppe sejam testemunhas preciosas e não “suspeitas” da figura histórica de Jesus: e mesmo que não acreditem no seu físico ressurreição, testemunham a fé que os cristãos têm "desde que ele lhes apareceu vivo novamente depois de três dias"" ( Antiguidades Judaicas XVII, 64).

Mais adiante, na terceira seção, será destacada a presença de uma série de referências ao cristianismo nos romances e sátiras pagãs do século I-II: Satyricon de Petrônio , Romance de Calliroe de Chariton , Metamorfoses de Apuleio , obras em que há alusões, por vezes evidentes, aos fatos narrados pelos Evangelhos. E na quarta procuraremos os vestígios históricos da primeira difusão do cristianismo do Próximo Oriente para a Índia: em particular os acontecimentos do rei Abgar de Edessa (cuja relação com o imperador Tibério parece bem fundamentada), a evangelização de Edessa por de Addai (nome siríaco de Tadeu, um dos setenta discípulos de Jesus, enviado pelo apóstolo Tomé), o da Mesopotâmia por Mari (discípulo de Tadeu, convertido por ele), a menção do mandylion (a imagem achiropita de Jesus que se aproxima do Sudário), a missão de Panteno na Índia (realizada pelo filósofo estóico, convertido ao cristianismo e mestre de Orígenes e Clemente de Alexandria, entre 180 e 190).

Contudo, queremos concentrar-nos mais extensivamente na segunda secção, que trata do cristianismo primitivo em Roma.

Nele o autor demonstra que o Cristianismo foi imediatamente conhecido em Roma: prova disso é a notícia da consulta do Senado de 35, relatada por Tertuliano, com a qual o Senado rejeitou a proposta do imperador Tibério de dar legitimidade à crença cristã. Considerado por muitos duvidoso, foi confirmado por Ilaria Ramelli como histórico com novos argumentos acrescentados aos já apresentados por Marta Sordi e Carsten Thiede, e em particular com base num fragmento do filósofo neoplatónico Porfírio (233-305), que certamente ele não pode ser suspeito de intenções apologéticas como Tertuliano. Porfírio, ao rejeitar a ressurreição de Jesus, afirma que, se ele tivesse verdadeiramente ressuscitado, não deveria ter aparecido a pessoas obscuras (como os apóstolos), mas «a muitos homens contemporâneos dignos de fé, e sobretudo aos Senado e o povo de Roma, para que estes, maravilhados com as suas maravilhas, não pudessem, com uma consulta unânime do Senado, emitir uma sentença de morte, sob acusação de impiedade, contra aqueles que lhe eram obedientes”.

O Coliseu [© LaPresse] | 30Giorni

A legislação anticristã de Roma devia-se ao Senado, mas Tibério não prosseguiu com as acusações; e até 62, os cristãos não foram condenados por nenhuma autoridade romana como tal. A atitude de tolerância do ambiente da corte imperial para com os cristãos é demonstrada também pela correspondência entre São Paulo e Sêneca, que chegou até nós por um caminho diferente daquele do corpus paulino . Apressadamente rejeitado como apócrifo na vulgata da crítica moderna, é em vez disso reavaliado aqui, com base em novas e abundantes considerações filológicas e lexicais particularmente convincentes, como provavelmente autênticas, pelo menos na maioria das cartas (ou melhor, notas curtas ) que chegaram até nós, que trazem as datas dos anos 58 e 59. Estes são os anos em que (se aceitarmos a alta cronologia) Paulo acabava de chegar a Roma para ser submetido ao julgamento do imperador; e, enquanto aguardava o julgamento, gozou de custódia militar benevolente e foi livre para pregar, difundindo o cristianismo até no pretório ("em todo o pretório e em todos os lugares se sabe que estão acorrentados por Cristo", Fil 1, 13) e no imperial tribunal ("todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César", Fp 4, 22).

A relação de tolerância e, na verdade, de benevolência do poder imperial romano para com os primeiros cristãos - pelo menos até à viragem autoritária de Nero, em 62 anos, e à eclosão da perseguição após o incêndio de Roma, que eclodiu em 19 de Julho de 64 (perseguição que, como nos diz Tácitos), , Annales ​​​seu volume. Com efeito, nele a autora retoma literalmente a de uma obra fundamental da sua professora, Marta Sordi, que durante mais de duas décadas lecionou história antiga na Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão ( Os Cristãos e o Império Romano , publicado em 1984, que se segue, resume e atualiza o volume anterior Cristianismo e Roma , publicado em 1965). Ela também segue a ideia básica de sua professora Ilaria Ramelli, através do método de escrutínio rigoroso, analítico e cuidadoso das fontes históricas: isto é, a oposição, que as perseguições sem dúvida demonstram, entre aqueles que administravam o poder romano e os cristãos, não foi o resultado, pelo menos nas suas raízes mais profundas, de um choque político ou de uma luta de classes, como afirma um preconceito ainda generalizado; em vez disso, teve causas diferentes, causas ligadas principalmente à esfera religiosa. Precisamente documentos históricos demonstram que a atitude dos cristãos dos primeiros séculos face ao poder imperial sempre se caracterizou, desde o início, pela lealdade e pelo respeito pela sua autoridade. É, portanto, historicamente incorreto ver o Império Romano como uma encarnação particularmente maligna do poder e inimigo da Igreja; aliás, pelo contrário - acrescentamos -, é precisamente o Império Romano, como sugere a interpretação que São João Crisóstomo (IV homilia, Sobre a Segunda Carta aos Tessalonicenses , PG 62, 485)) deu às palavras de São Paulo, o que parece constituir um obstáculo ao verdadeiro inimigo da Igreja, o anticristo: «E agora vocês sabem o que impede a sua manifestação [do anticristo], que acontecerá na sua hora. O mistério da iniqüidade já está em andamento; mas é necessário que aquele que o retém seja removido" ( 2Ts 2, 6-7). O que ou quem retém o mistério da iniqüidade, segundo São João Crisóstomo, é o poder imperial de Roma.

São João Crisóstomo (A12)
Fonte: http://www.30giorni.it/

Francisco chegou a Papua Nova Guiné

Papa Francisco em sua 45ª Viagem Apostólica Internacional  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Começou a segunda etapa da 45ª Viagem Apostólica do Papa, que a partir de hoje, até o dia 9 de setembro, o verá em Port Moresby e Vanimo. A visita ao país da Oceania entrará no seu ponto alto amanhã, com o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático, seguido pelos encontros com duas entidades que cuidam de crianças com deficiências e em situação de vulnerabilidade e, por fim, com os bispos de Papua Nova Guiné e das Ilhas Salomão, com os sacerdotes, diáconos e religiosos.

Vatican News

O pouso às 19h06, horário local, 06h06 no horário do Brasil, em Port Moresby, em Papua Nova Guiné, no voo A330-Garuda Indonésia, companhia aérea de bandeira indonésia, marca o início da segunda etapa da 45ª Viagem Apostólica do Papa, que o verá até o dia 9 de setembro, com paradas na capital Port Moresby e na cidade de Vanimo.

A acolhida no Aeroporto Internacional Jacksons

Receberam Francisco no Aeroporto Internacional Jacksons – o segundo Pontífice a visitar a Papua Nova Guiné após João Paulo II em 1984 – o Vice Primeiro Ministro e duas crianças em trajes tradicionais, que lhe ofereceram flores. Logo após a cerimônia de boas-vindas, Francisco se dirige à nunciatura, de onde, amanhã de manhã, 7 de setembro, às 9h45 locais, terão início os compromissos oficiais.

Os compromissos de amanhã

A jornada do Papa começará com uma visita de cortesia ao governador-geral de Papua-Nova Guiné, na Government House, seguida de um encontro com as autoridades, sociedade civil e corpo diplomático na Apec Haus. Ainda no mesmo dia, o Papa se reunirá, na Caritas Technical Secondary School, com as crianças do Street Ministry, uma organização que cuida de menores em situação de vulnerabilidade, e com as crianças do Callan Services, uma rede que atende pessoas, adultos e crianças, com deficiência. O dia será encerrado com o encontro no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, com os bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, com os sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e catequistas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Zacarias, Profeta

São Zacarias, Profeta (A12)
06 de setembro
País: Israel
São Zacarias, Profeta

Zacarias (cujo nome significa: o Senhor lembra), foi um profeta do Reino de Judá no segundo ano do reinado do Rei Dario em 520 a.C. Ele era filho de Baraquias e neto de Ido, uma das famílias sacerdotais da tribo de Levi.

Zacarias foi o décimo primeiro profeta dos doze profetas menores. Foi contemporâneo do profeta Ageu (Esdras 5,1). É provável que ele tenha escrito os primeiros capítulos do libro de Zacarias, que teve vários redatores.

Um anjo transmitiu-lhe os oráculos do Senhor. Ele pregava uma reforma moral e exortava o povo a reconstruir o templo. Ele pregou a esperança na vinda do Messias, preocupou-se com a reconstrução do templo e com a organização da comunidade, que acabara de voltar do exílio babilônico.

Zacarias ressalta o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade, realizada progressivamente, ao lado da reconstrução material. A ação divina nesta obra de santificação atingirá a sua plenitude com o reino do Messias. Este renascimento é fruto do amor de Deus e da sua onipotência: “Eis o que diz o Senhor dos exércitos: vou libertar o meu povo, tirá-lo das terras do Levante e do Poente e conduzi-lo a Jerusalém, onde habitará: será o meu povo e eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça (Zc 8, 7-8).

A promessa messiânica feita a Davi retoma seu curso em Jerusalém: “Exulta de alegria, filha de Sião, solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele é simples e vem montado num jumento, no potro de uma jumenta” (Zc 9, 9). A profecia realizou-se literalmente com a entrada de Jesus em Jerusalém, entrada solene na cidade santa, simbolizando a índole pacífica do rei Messias.

Nesta profecia, claramente messiânica, é vislumbrada a eucaristia. Pertencente à tribo de Levi, nascido em Galaad e tendo voltado na velhice à Caldeia, na Palestina, Zacarias teria feito muitos prodígios, acompanhando-os com profecias de conteúdo apocalíptico, como o fim do mundo e o duplo juízo divino. Morreu muito velho e, provavelmente, foi sepultado ao lado do túmulo de Ageu.

Reflexão:

O profeta Zacarias anunciou a vinda do Messias esperado pelo povo de Israel, ou seja, o ungido, o Salvador, o Libertador. O povo vivia na espera daquilo que hoje nós já temos, a Salvação. O Messias esperado pelo povo de Israel já se fez carne, habitou entre nós, foi crucificado, morto, sepultado e ressuscitou ao terceiro dia. A vida venceu a morte, Cristo está vivo no meio de nós e nos chama a uma vida junto d’Ele, a viver como um povo redimido, como Povo de Deus que peregrina na terra rumo à vida eterna.

Oração:

Ó Deus, que o exemplo de vossos santos nos leve a uma vida mais perfeita e, celebrando a memória de são Zacarias, imitemos constantemente suas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Arquidiocese de Brasília lança o Programa “Não temas, Maria!”

Programa "Não temas, Maria!" (arqbrasilia)

O lançamento oficial do Programa "Não Temas, Maria!", uma iniciativa arquidiocesana de acolhimento às mulheres vítimas de violência e de conscientização da sociedade sobre a importância do combate à violência contra a mulher, foi realizado na noite do último sábado (31/08), no Teatro Pedro Calmon, no Setor Militar Urbano.

03 de setembro de 2024

Na ocasião, o Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, realizou o lançamento do Programa “Não temas, Maria!”, destacando que esta iniciativa arquidiocesana de auxílio às mulheres deseja apresentar a grandeza da dignidade da mulher, fundada no mistério pascal de Cristo, através de formações e ações concretas que possam conscientizar e prevenir todos os tipos de violência.

“Desejo que as nossas paróquias se tornem lugares de dignificação e de proteção. Nós queremos que a mulher que sofre violência e que se sente desprotegida, encontre na comunidade Católica um lugar onde possa desabafar, onde ela seja primeiramente acolhida. Quando uma pessoa sofre, primeiro precisa ser acolhida. Na comunidade terá um grupo que reflita sobre essa questão e que estará preparado para trabalhar com a dignificação da mulher. Então, a partir do momento em que a mulher abrir seu coração, falar daquilo que ela está vivendo, a situação será avaliada para identificar qual será o melhor encaminhamento para ajudar essa mulher, seja na questão jurídica ou em outra, mas que não deixe essa mulher desprotegida. No ano de 2024, onde as capacidades são tantas, mas onde as atrocidades continuam ainda de uma forma, às vezes, até bruta e onde os absurdos continuam a acontecer, nós precisamos mostrar a beleza da nossa fé, pois a fé Católica é de proteção, de salvação”, frisou o Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

O painel do evento contou também com a presença do padre Thaisson Santarém, da Dra. Lenise Garcia, da Dra. Tânia Manzur e da Giselle Ferreira, Secretária da Mulher. Acompanhados pelo Cardeal, os convidados refletiram sobre a proposta do programa inspirado no versículo do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (1,30), salientando que é preciso dizer para muitas mulheres da sociedade que não estão sozinhas, ressaltando a frase do anjo Gabriel na Anunciação: Não temas, Maria!

“A logo do programa é a expressão do acolhimento e da proteção que são oferecidos pela Igreja Católica, por isso, temos como referência a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. A rosa vermelha simboliza as mulheres que precisam ser acolhidas e ressalta a voz da Igreja dizendo para as muitas Marias da nossa cidade, da nossa Arquidiocese, dizendo: Não temas, porque a Igreja Católica está aqui para acolher, para proteger. A rosa tem um rosto, é o rosto da mulher que precisa ser protegida, mas também o rosto da mulher mais importante de todas, Nossa Senhora, porque é através do cuidado maternal de Nossa Senhora que a Igreja também vai zelar e cuidar de cada uma dessas mulheres. Percebam que a rosa está entrelaçada na cruz, ou seja, a raiz da divindade verdadeira, seja de Nossa Senhora, seja de cada mulher, está no Mistério de Cristo. Na entrega total de amor Dele por cada um de nós. A Catedral forma um M, exatamente um sinal de Maria, como um modelo para cada mulher, um modelo de santidade a ser alcançado, mas também temos a rosa como um símbolo da Padroeira da nossa Pátria, Nossa Senhora Aparecida, e como Co-padroeira Santa Rita de Cássia. Quem tem devoção a Santa Rita, sabe que a rosa é uma figura importante devido a um milagre que Deus realizou através da intercessão dela, quando uma rosa brotou no meio do inverno, no meio da neve, como sinal da providência de Deus. A Santa das causas impossíveis que tanto sofreu, assim como muitas mulheres atualmente, a situação de violência doméstica, mas ainda assim se santificou e viveu a vontade de Deus, pois não se vingou, mas sempre rezava pelo marido agressivo e pelos filhos para que eles não se tornassem como o pai. Por isso, nós vamos incentivar esta devoção a intercessão de Santa Rita. A logo do programa de forma muito especial quer mostrar que a Igreja Católica acolhe e protege, sendo um local de consolação e refúgio”, explicou padre Thaisson Santarém, Assessor Eclesiástico do Programa “Não Temas, Maria!”

A partir de estatísticas alarmantes divulgadas pelos órgãos públicos em relação ao número elevado de casos de violência contra as mulheres no Distrito Federal, que culminaram no alto índice de feminicídio em 2023, a Arquidiocese de Brasília formulou este programa e conta com a parceria da Secretaria da Mulher, da Rádio Nova Aliança e da Rede Canção Nova.

“Primeiro, a gente tem que entender a seriedade desse assunto. Como é que a gente pode lutar contra a violência em um país que é a quinta maior nação do mundo que mais mata mulheres? As pesquisas revelam que a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. Três em cada dez brasileiras já enfrentaram violência doméstica. A cada seis minutos, uma menina ou uma mulher sofre violência sexual. Em 2022, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal. Em 2023, foram 34. Quero salientar que a Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas, na Ceilândia. A mulher que não tem para onde ir e está sofrendo algum tipo de violência, ela pode ficar no alojamento, que inclusive tem um espaço para criança. É muito mais do que violência doméstica, porque às vezes a mulher quer sair da vulnerabilidade, da situação de violência, mas ela muitas vezes pensa no filho, pensa na situação econômica. Então, no lar também temos a questão de formação e qualificação. Esse é o equipamento público voltado para esse tipo de acolhimento, de atendimento psicossocial e jurídico. Então, essa é a casa mais completa e nós vamos entregar mais quatro casas, duas na Região Norte e duas na Região Sul”, informou Giselle Ferreira, Secretária da Mulher.

Durante o evento, Dra. Tânia Manzur fez uma importante reflexão sobre a igualdade e dignidade da mulher e do homem. “Assim está no Gênesis, homem e mulher os criou à sua imagem e semelhança. Então, o que tem de fundamental é que existe uma igualdade ontológica, aquela igualdade para o mais profundo do ser. Ser, que é o fato de sermos então essas criaturas amadas por Deus, criadas à sua imagem e semelhança. Mas a partir daí tudo é diferente, né? Homem e mulher os criou, então a diferença também já está estabelecida lá no início. No entanto, o pecado acaba fazendo com que, na percepção da diferença, muitas vezes se criem, ao longo da história, antagonismos, às vezes confrontos. E, na verdade, o que deve haver, que a nossa Igreja Católica nos ensina, pois se fundamenta na mensagem de Cristo, é que nas diferenças, nós somos complementares”.

Finalizando o painel, Dra. Lenise Garcia destacou a importância da formação na base familiar, onde reine o respeito, o amor e a união, para que se possa criar uma nova geração de filhos que não reproduzam a violência sofrida dentro de casa.

“É preciso que a gente possa, efetivamente, valorizar vínculos de amor. Que o marido e a mulher saibam estabelecer vínculos de amor entre si e com os filhos, para que a criança nasça em um ambiente acolhedor. Muitas vezes a gente vê, por exemplo, que a própria violência é fruto de agressões sofridas na infância. Aquela pessoa que hoje é violenta, ela sofreu violência quando era criança, fazendo com que também essa violência vá sendo repetida. Por isso, a grande necessidade da formação. Homem e mulher nunca foram opostos, a gente tem exatamente essa complementariedade, e essa é a mentalidade que precisa ser desenvolvida. Não se pode resolver uma violência com outros tipos de violência. O próprio agressor precisa de conversão, de conscientização, é claro, também vai pagar juridicamente pelos crimes cometidos, e aí temos toda a questão também dos instrumentos públicos, mas antes de mais nada, é preciso olhar dentro da família, onde há a necessidade de ser desenvolvida a base em relações de amor. Cristo nos ensina que devemos ter uma relação de amor a todo tempo. Se nós aprendermos isso, já teremos dado grandes passos para superarmos a situação de violência, que muitas vezes se apresentam com falsas opções”, finalizou.

Encerrando a noite de lançamento, o teatro foi palco para uma belíssima apresentação musical “Elas cantam Maria”, com as cantoras Michelle Abrantes, Gabriela Carvalho, Huanda Silva, Lilian Ingrid e Marília de Alexandria (pianista).

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dia da Amazônia

Dia da Amazônia (calendarr)

Dia da Amazônia

5 de Setembro

Dia da Amazônia é celebrado anualmente em 5 de setembro.

A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 11.621, de 19 de dezembro de 2007, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta.

O dia 5 de setembro foi escolhido, pois nesta data, no ano de 1850, o Príncipe D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas).

Por ser uma região rica em recursos, a Amazônia desperta o interesse de muitas pessoas. Entretanto, a exploração pode vir a causar danos ao ambiente e, por isso, a data busca alertar sobre os principais problemas que afetam a região, como o desmatamento.

Amazônia: região rica em biodiversidade, ecossistemas e recursos (calendarr)

Importância da Amazônia para o planeta

A Amazônia é importante, por exemplo, para conservação do clima no planeta, manter o equilíbrio ambiental e reciclar uma boa parte de carbono na atmosfera. 

Além disso, a região é rica em biodiversidade. Nela está localizada a maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. A Bacia Amazônica também confirma a abundância de recursos hídricos, já que se trata da maior bacia hidrográfica do mundo.

A Amazônia é reconhecida pela sua diversidade animal e vegetal, já que existem espécies de plantas e animais que apenas são encontrados na região.

Preservação da Amazônia: desafios para conservação

Algumas das atividades econômicas desempenhadas na Amazônia são: extração madeireira, agricultura, pecuária e mineração.

A exploração dos recursos vegetais, animais e minerais geram grandes impactos na região, principalmente pelo desmatamento da floresta amazônica.

A Amazônia sofre com os constantes ataques e desmatamentos (calendarr)

Também, a floresta amazônica atualmente está ameaçada pelos constantes desmatamentos ilegais, afetando diretamente a fauna e a flora da região, causando desequilíbrios e crises ambientais a nível global.

Como medidas para preservar a região amazônica são necessárias políticas públicas para diminuição do desmatamento, aumento da fiscalização para reprimir as atividades ilegais, melhorar as práticas de trabalho para conviver em harmonia com o ambiente e maior participação da população para cobrar políticas ambientais dos gestores.

Dia da Amazônia: atividades para educação infantil

  • Reconhecer os animais nativos da região e classificá-los quanto ao tipo (aves, repteis, mamíferos, etc.) e o habitat onde vivem;
  • Identificar plantas características da região, importância da flora e as consequências do desmatamento;
  • Assistir vídeos ou filmes que apresentam a região e a sua biodiversidade;
  • Identificar no mapa do Brasil onde a Amazônica fica localizada e em quais estados.

Dados Importantes sobre a Amazônia

Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros apenas de floresta, a Amazônia está presente em 8 estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e Mato Grosso.

Vale lembrar que a Amazônia não está presente apenas no território brasileiro, mas também em outros países da América do Sul. São eles: Suriname, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador. 

O clima na região amazônica é predominantemente equatorial/quente e úmido. 

Outro recorde da Amazônia é a sua bacia hidrográfica. Com cerca de 7 milhões de quilômetros de extensão, os principais rios da região são: Amazonas (maior do mundo em extensão), Negro, Trombetas, Japurá, Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá (todos afluentes do Rio Amazonas). 

Fonte: https://www.calendarr.com/brasil/dia-da-amazonia/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF