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sábado, 7 de setembro de 2024

Santa Regina

Santa Regina (A12)
07 de setembro
País: França
Santa Regina

Santa Regina viveu no século III, na França, sua família tinha uma boa condição financeira, seu pai, Clemente, era um servidor do Império Romano e era pagão. Ela é virgem e mártir e considerada padroeira das vítimas da tortura, dos pastores e dos carpinteiros.

A história conta que a sua mãe morreu durante o parto e uma ama de leite, que era cristã, educou a menina nos caminhos da fé e fez com que ela fosse batizada.

Santa Regina continuou morando em sua casa e sendo cuidada pela mulher cristã. A cada dia se tornava mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo.

Sua beleza chamava a atenção de muitos homens, mas ela se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do tempo em seu quarto em oração e penitência.

Quando o pai de Regina ficou sabendo que a empregada que cuidava de sua filha era cristã, demitiu-a e expulsou a filha de sua casa. Sem ter para onde ir, encontrou abrigo na casa da mulher que a tinha criado. Lá, ela foi acolhida como membro da família e continuou recebendo a formação cristã. Ela assumiu um trabalho pouco nobre naquela época: pastorear ovelhas.

O prefeito da cidade chamado Olibrio apaixonou-se por ela e pediu sua mão em casamento. Ele, porém, era pagão e assumidamente anticristão. E Regina, consolidada na fé cristã, recusou o pedido. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos convencê-la a abandonar sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas.

Estando no cativeiro, ela recebeu o consolo divino através de uma visão da cruz e ouviu uma voz que dizia que a sua libertação estava próxima. Olibrio, então, mandou que fosse torturada mais uma vez e depois decapitada.

Segundo as Atas dos Mártires, em 7 de setembro do ano 251, foi decapitada. Segundo a tradição, naquele momento apareceu uma pomba branca que causou a conversão de muitos dos presentes, como um sinal da presença do Espírito Santo.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Santa Regina é mais uma na lista das mártires da fé. Sua história mostra a fortaleza da fé que tudo supera e tudo enfrenta. Mesmo diante dos desafios difíceis se manteve consolidada na fé cristã.

Oração:

Deus Pai de amor conceda-nos acreditar na vossa presença entre nós e a dedicar tempo para fortalecer os laços de nossa fé. O exemplo de Santa Regina faça-nos dedicar todo nosso amor para vos louvar acima de todas as coisas. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Lealdade dos cristãos e tolerância de Roma

Ilaria Ramelli, Cristãos e o Império Romano. Em memória de Marta Sordi , Marietti 1820 , Gênova – Milão 2011, 96 pp., | 30Giorni

Arquivo 30Giorni – 10/2011

Lealdade dos cristãos e tolerância de Roma

As fontes antigas sobre a relação entre o cristianismo primitivo e Roma, discutidas nos estudos da historiadora Ilaria Ramelli, contradizem a crença comum de uma potência romana ideologicamente hostil aos cristãos.

por Lorenzo Bianchi

O pequeno e muito recente volume de Ilaria Ramelli, filóloga e historiadora, estudiosa do cristianismo antigo, contém, como ela mesma indica no prefácio, uma seleção de pequenos artigos informativos publicados em 2009 e 2010 no Avvenire . Contudo, não se trata de todo, como se poderia crer, de uma simples reedição de intervenções agregadas por afinidade temática, nem de um mero trabalho de compilação, mas de um resumo preciso e muito denso, que ilustra em extrema síntese, mas sem omitir nada do necessário. ou fundamentais, os resultados dos estudos sobre o cristianismo primitivo por ela realizados, com rigorosa metodologia científica (nomeadamente no que diz respeito à análise filológica dos textos e à avaliação das fontes históricas), ao longo dos últimos vinte anos.

Portanto, embora se destine principalmente a leitores que não sejam especialistas no assunto, o volume é também muito útil para o estudioso, para quem se configura - e este é sobretudo o mérito do autor e o valor da obra - como um índice fundamentado muito extenso, que ordena e sistematiza uma vasta produção (todas as indicações bibliográficas necessárias são sempre indicadas no local apropriado), e do qual emerge o tema subjacente da investigação, coerente e unitário ainda que "disperso" num número de revistas científicas especializadas.

Dada a estrutura do trabalho, não é possível, numa recensão, destacar todos os temas abordados, a não ser fazer uma longa lista: algo que não queremos fazer, limitando-nos a indicar os temas que nos parecem mais originais e significativos.

Diremos, portanto, em primeiro lugar, que o volume está dividido em quatro seções distintas.

Na primeira, que trata da figura de Jesus nas fontes não-cristãs do século I, destacam-se dois textos, cuja autenticidade é demonstrada, que remontam a um período muito anterior às conhecidas passagens de Tácito: a carta de Mara Bar Serapião, um estóico pagão, escrito por volta de 73, e uma passagem das Antiguidades Judaicas (XVII, 63-64) do historiador Flávio Josefo, um fariseu que escreveu no rescaldo da queda de Jerusalém (que ocorreu em 70); «precisamente a estranheza das duas fontes ao cristianismo», escreve o autor (p. 10), «faz com que Mara e Giuseppe sejam testemunhas preciosas e não “suspeitas” da figura histórica de Jesus: e mesmo que não acreditem no seu físico ressurreição, testemunham a fé que os cristãos têm "desde que ele lhes apareceu vivo novamente depois de três dias"" ( Antiguidades Judaicas XVII, 64).

Mais adiante, na terceira seção, será destacada a presença de uma série de referências ao cristianismo nos romances e sátiras pagãs do século I-II: Satyricon de Petrônio , Romance de Calliroe de Chariton , Metamorfoses de Apuleio , obras em que há alusões, por vezes evidentes, aos fatos narrados pelos Evangelhos. E na quarta procuraremos os vestígios históricos da primeira difusão do cristianismo do Próximo Oriente para a Índia: em particular os acontecimentos do rei Abgar de Edessa (cuja relação com o imperador Tibério parece bem fundamentada), a evangelização de Edessa por de Addai (nome siríaco de Tadeu, um dos setenta discípulos de Jesus, enviado pelo apóstolo Tomé), o da Mesopotâmia por Mari (discípulo de Tadeu, convertido por ele), a menção do mandylion (a imagem achiropita de Jesus que se aproxima do Sudário), a missão de Panteno na Índia (realizada pelo filósofo estóico, convertido ao cristianismo e mestre de Orígenes e Clemente de Alexandria, entre 180 e 190).

Contudo, queremos concentrar-nos mais extensivamente na segunda secção, que trata do cristianismo primitivo em Roma.

Nele o autor demonstra que o Cristianismo foi imediatamente conhecido em Roma: prova disso é a notícia da consulta do Senado de 35, relatada por Tertuliano, com a qual o Senado rejeitou a proposta do imperador Tibério de dar legitimidade à crença cristã. Considerado por muitos duvidoso, foi confirmado por Ilaria Ramelli como histórico com novos argumentos acrescentados aos já apresentados por Marta Sordi e Carsten Thiede, e em particular com base num fragmento do filósofo neoplatónico Porfírio (233-305), que certamente ele não pode ser suspeito de intenções apologéticas como Tertuliano. Porfírio, ao rejeitar a ressurreição de Jesus, afirma que, se ele tivesse verdadeiramente ressuscitado, não deveria ter aparecido a pessoas obscuras (como os apóstolos), mas «a muitos homens contemporâneos dignos de fé, e sobretudo aos Senado e o povo de Roma, para que estes, maravilhados com as suas maravilhas, não pudessem, com uma consulta unânime do Senado, emitir uma sentença de morte, sob acusação de impiedade, contra aqueles que lhe eram obedientes”.

O Coliseu [© LaPresse] | 30Giorni

A legislação anticristã de Roma devia-se ao Senado, mas Tibério não prosseguiu com as acusações; e até 62, os cristãos não foram condenados por nenhuma autoridade romana como tal. A atitude de tolerância do ambiente da corte imperial para com os cristãos é demonstrada também pela correspondência entre São Paulo e Sêneca, que chegou até nós por um caminho diferente daquele do corpus paulino . Apressadamente rejeitado como apócrifo na vulgata da crítica moderna, é em vez disso reavaliado aqui, com base em novas e abundantes considerações filológicas e lexicais particularmente convincentes, como provavelmente autênticas, pelo menos na maioria das cartas (ou melhor, notas curtas ) que chegaram até nós, que trazem as datas dos anos 58 e 59. Estes são os anos em que (se aceitarmos a alta cronologia) Paulo acabava de chegar a Roma para ser submetido ao julgamento do imperador; e, enquanto aguardava o julgamento, gozou de custódia militar benevolente e foi livre para pregar, difundindo o cristianismo até no pretório ("em todo o pretório e em todos os lugares se sabe que estão acorrentados por Cristo", Fil 1, 13) e no imperial tribunal ("todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César", Fp 4, 22).

A relação de tolerância e, na verdade, de benevolência do poder imperial romano para com os primeiros cristãos - pelo menos até à viragem autoritária de Nero, em 62 anos, e à eclosão da perseguição após o incêndio de Roma, que eclodiu em 19 de Julho de 64 (perseguição que, como nos diz Tácitos), , Annales ​​​seu volume. Com efeito, nele a autora retoma literalmente a de uma obra fundamental da sua professora, Marta Sordi, que durante mais de duas décadas lecionou história antiga na Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão ( Os Cristãos e o Império Romano , publicado em 1984, que se segue, resume e atualiza o volume anterior Cristianismo e Roma , publicado em 1965). Ela também segue a ideia básica de sua professora Ilaria Ramelli, através do método de escrutínio rigoroso, analítico e cuidadoso das fontes históricas: isto é, a oposição, que as perseguições sem dúvida demonstram, entre aqueles que administravam o poder romano e os cristãos, não foi o resultado, pelo menos nas suas raízes mais profundas, de um choque político ou de uma luta de classes, como afirma um preconceito ainda generalizado; em vez disso, teve causas diferentes, causas ligadas principalmente à esfera religiosa. Precisamente documentos históricos demonstram que a atitude dos cristãos dos primeiros séculos face ao poder imperial sempre se caracterizou, desde o início, pela lealdade e pelo respeito pela sua autoridade. É, portanto, historicamente incorreto ver o Império Romano como uma encarnação particularmente maligna do poder e inimigo da Igreja; aliás, pelo contrário - acrescentamos -, é precisamente o Império Romano, como sugere a interpretação que São João Crisóstomo (IV homilia, Sobre a Segunda Carta aos Tessalonicenses , PG 62, 485)) deu às palavras de São Paulo, o que parece constituir um obstáculo ao verdadeiro inimigo da Igreja, o anticristo: «E agora vocês sabem o que impede a sua manifestação [do anticristo], que acontecerá na sua hora. O mistério da iniqüidade já está em andamento; mas é necessário que aquele que o retém seja removido" ( 2Ts 2, 6-7). O que ou quem retém o mistério da iniqüidade, segundo São João Crisóstomo, é o poder imperial de Roma.

São João Crisóstomo (A12)
Fonte: http://www.30giorni.it/

Francisco chegou a Papua Nova Guiné

Papa Francisco em sua 45ª Viagem Apostólica Internacional  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Começou a segunda etapa da 45ª Viagem Apostólica do Papa, que a partir de hoje, até o dia 9 de setembro, o verá em Port Moresby e Vanimo. A visita ao país da Oceania entrará no seu ponto alto amanhã, com o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático, seguido pelos encontros com duas entidades que cuidam de crianças com deficiências e em situação de vulnerabilidade e, por fim, com os bispos de Papua Nova Guiné e das Ilhas Salomão, com os sacerdotes, diáconos e religiosos.

Vatican News

O pouso às 19h06, horário local, 06h06 no horário do Brasil, em Port Moresby, em Papua Nova Guiné, no voo A330-Garuda Indonésia, companhia aérea de bandeira indonésia, marca o início da segunda etapa da 45ª Viagem Apostólica do Papa, que o verá até o dia 9 de setembro, com paradas na capital Port Moresby e na cidade de Vanimo.

A acolhida no Aeroporto Internacional Jacksons

Receberam Francisco no Aeroporto Internacional Jacksons – o segundo Pontífice a visitar a Papua Nova Guiné após João Paulo II em 1984 – o Vice Primeiro Ministro e duas crianças em trajes tradicionais, que lhe ofereceram flores. Logo após a cerimônia de boas-vindas, Francisco se dirige à nunciatura, de onde, amanhã de manhã, 7 de setembro, às 9h45 locais, terão início os compromissos oficiais.

Os compromissos de amanhã

A jornada do Papa começará com uma visita de cortesia ao governador-geral de Papua-Nova Guiné, na Government House, seguida de um encontro com as autoridades, sociedade civil e corpo diplomático na Apec Haus. Ainda no mesmo dia, o Papa se reunirá, na Caritas Technical Secondary School, com as crianças do Street Ministry, uma organização que cuida de menores em situação de vulnerabilidade, e com as crianças do Callan Services, uma rede que atende pessoas, adultos e crianças, com deficiência. O dia será encerrado com o encontro no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, com os bispos de Papua-Nova Guiné e das Ilhas Salomão, com os sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e catequistas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Zacarias, Profeta

São Zacarias, Profeta (A12)
06 de setembro
País: Israel
São Zacarias, Profeta

Zacarias (cujo nome significa: o Senhor lembra), foi um profeta do Reino de Judá no segundo ano do reinado do Rei Dario em 520 a.C. Ele era filho de Baraquias e neto de Ido, uma das famílias sacerdotais da tribo de Levi.

Zacarias foi o décimo primeiro profeta dos doze profetas menores. Foi contemporâneo do profeta Ageu (Esdras 5,1). É provável que ele tenha escrito os primeiros capítulos do libro de Zacarias, que teve vários redatores.

Um anjo transmitiu-lhe os oráculos do Senhor. Ele pregava uma reforma moral e exortava o povo a reconstruir o templo. Ele pregou a esperança na vinda do Messias, preocupou-se com a reconstrução do templo e com a organização da comunidade, que acabara de voltar do exílio babilônico.

Zacarias ressalta o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade, realizada progressivamente, ao lado da reconstrução material. A ação divina nesta obra de santificação atingirá a sua plenitude com o reino do Messias. Este renascimento é fruto do amor de Deus e da sua onipotência: “Eis o que diz o Senhor dos exércitos: vou libertar o meu povo, tirá-lo das terras do Levante e do Poente e conduzi-lo a Jerusalém, onde habitará: será o meu povo e eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça (Zc 8, 7-8).

A promessa messiânica feita a Davi retoma seu curso em Jerusalém: “Exulta de alegria, filha de Sião, solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele é simples e vem montado num jumento, no potro de uma jumenta” (Zc 9, 9). A profecia realizou-se literalmente com a entrada de Jesus em Jerusalém, entrada solene na cidade santa, simbolizando a índole pacífica do rei Messias.

Nesta profecia, claramente messiânica, é vislumbrada a eucaristia. Pertencente à tribo de Levi, nascido em Galaad e tendo voltado na velhice à Caldeia, na Palestina, Zacarias teria feito muitos prodígios, acompanhando-os com profecias de conteúdo apocalíptico, como o fim do mundo e o duplo juízo divino. Morreu muito velho e, provavelmente, foi sepultado ao lado do túmulo de Ageu.

Reflexão:

O profeta Zacarias anunciou a vinda do Messias esperado pelo povo de Israel, ou seja, o ungido, o Salvador, o Libertador. O povo vivia na espera daquilo que hoje nós já temos, a Salvação. O Messias esperado pelo povo de Israel já se fez carne, habitou entre nós, foi crucificado, morto, sepultado e ressuscitou ao terceiro dia. A vida venceu a morte, Cristo está vivo no meio de nós e nos chama a uma vida junto d’Ele, a viver como um povo redimido, como Povo de Deus que peregrina na terra rumo à vida eterna.

Oração:

Ó Deus, que o exemplo de vossos santos nos leve a uma vida mais perfeita e, celebrando a memória de são Zacarias, imitemos constantemente suas ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Arquidiocese de Brasília lança o Programa “Não temas, Maria!”

Programa "Não temas, Maria!" (arqbrasilia)

O lançamento oficial do Programa "Não Temas, Maria!", uma iniciativa arquidiocesana de acolhimento às mulheres vítimas de violência e de conscientização da sociedade sobre a importância do combate à violência contra a mulher, foi realizado na noite do último sábado (31/08), no Teatro Pedro Calmon, no Setor Militar Urbano.

03 de setembro de 2024

Na ocasião, o Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, realizou o lançamento do Programa “Não temas, Maria!”, destacando que esta iniciativa arquidiocesana de auxílio às mulheres deseja apresentar a grandeza da dignidade da mulher, fundada no mistério pascal de Cristo, através de formações e ações concretas que possam conscientizar e prevenir todos os tipos de violência.

“Desejo que as nossas paróquias se tornem lugares de dignificação e de proteção. Nós queremos que a mulher que sofre violência e que se sente desprotegida, encontre na comunidade Católica um lugar onde possa desabafar, onde ela seja primeiramente acolhida. Quando uma pessoa sofre, primeiro precisa ser acolhida. Na comunidade terá um grupo que reflita sobre essa questão e que estará preparado para trabalhar com a dignificação da mulher. Então, a partir do momento em que a mulher abrir seu coração, falar daquilo que ela está vivendo, a situação será avaliada para identificar qual será o melhor encaminhamento para ajudar essa mulher, seja na questão jurídica ou em outra, mas que não deixe essa mulher desprotegida. No ano de 2024, onde as capacidades são tantas, mas onde as atrocidades continuam ainda de uma forma, às vezes, até bruta e onde os absurdos continuam a acontecer, nós precisamos mostrar a beleza da nossa fé, pois a fé Católica é de proteção, de salvação”, frisou o Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

O painel do evento contou também com a presença do padre Thaisson Santarém, da Dra. Lenise Garcia, da Dra. Tânia Manzur e da Giselle Ferreira, Secretária da Mulher. Acompanhados pelo Cardeal, os convidados refletiram sobre a proposta do programa inspirado no versículo do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (1,30), salientando que é preciso dizer para muitas mulheres da sociedade que não estão sozinhas, ressaltando a frase do anjo Gabriel na Anunciação: Não temas, Maria!

“A logo do programa é a expressão do acolhimento e da proteção que são oferecidos pela Igreja Católica, por isso, temos como referência a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. A rosa vermelha simboliza as mulheres que precisam ser acolhidas e ressalta a voz da Igreja dizendo para as muitas Marias da nossa cidade, da nossa Arquidiocese, dizendo: Não temas, porque a Igreja Católica está aqui para acolher, para proteger. A rosa tem um rosto, é o rosto da mulher que precisa ser protegida, mas também o rosto da mulher mais importante de todas, Nossa Senhora, porque é através do cuidado maternal de Nossa Senhora que a Igreja também vai zelar e cuidar de cada uma dessas mulheres. Percebam que a rosa está entrelaçada na cruz, ou seja, a raiz da divindade verdadeira, seja de Nossa Senhora, seja de cada mulher, está no Mistério de Cristo. Na entrega total de amor Dele por cada um de nós. A Catedral forma um M, exatamente um sinal de Maria, como um modelo para cada mulher, um modelo de santidade a ser alcançado, mas também temos a rosa como um símbolo da Padroeira da nossa Pátria, Nossa Senhora Aparecida, e como Co-padroeira Santa Rita de Cássia. Quem tem devoção a Santa Rita, sabe que a rosa é uma figura importante devido a um milagre que Deus realizou através da intercessão dela, quando uma rosa brotou no meio do inverno, no meio da neve, como sinal da providência de Deus. A Santa das causas impossíveis que tanto sofreu, assim como muitas mulheres atualmente, a situação de violência doméstica, mas ainda assim se santificou e viveu a vontade de Deus, pois não se vingou, mas sempre rezava pelo marido agressivo e pelos filhos para que eles não se tornassem como o pai. Por isso, nós vamos incentivar esta devoção a intercessão de Santa Rita. A logo do programa de forma muito especial quer mostrar que a Igreja Católica acolhe e protege, sendo um local de consolação e refúgio”, explicou padre Thaisson Santarém, Assessor Eclesiástico do Programa “Não Temas, Maria!”

A partir de estatísticas alarmantes divulgadas pelos órgãos públicos em relação ao número elevado de casos de violência contra as mulheres no Distrito Federal, que culminaram no alto índice de feminicídio em 2023, a Arquidiocese de Brasília formulou este programa e conta com a parceria da Secretaria da Mulher, da Rádio Nova Aliança e da Rede Canção Nova.

“Primeiro, a gente tem que entender a seriedade desse assunto. Como é que a gente pode lutar contra a violência em um país que é a quinta maior nação do mundo que mais mata mulheres? As pesquisas revelam que a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. Três em cada dez brasileiras já enfrentaram violência doméstica. A cada seis minutos, uma menina ou uma mulher sofre violência sexual. Em 2022, 17 mulheres foram vítimas de feminicídio no Distrito Federal. Em 2023, foram 34. Quero salientar que a Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas, na Ceilândia. A mulher que não tem para onde ir e está sofrendo algum tipo de violência, ela pode ficar no alojamento, que inclusive tem um espaço para criança. É muito mais do que violência doméstica, porque às vezes a mulher quer sair da vulnerabilidade, da situação de violência, mas ela muitas vezes pensa no filho, pensa na situação econômica. Então, no lar também temos a questão de formação e qualificação. Esse é o equipamento público voltado para esse tipo de acolhimento, de atendimento psicossocial e jurídico. Então, essa é a casa mais completa e nós vamos entregar mais quatro casas, duas na Região Norte e duas na Região Sul”, informou Giselle Ferreira, Secretária da Mulher.

Durante o evento, Dra. Tânia Manzur fez uma importante reflexão sobre a igualdade e dignidade da mulher e do homem. “Assim está no Gênesis, homem e mulher os criou à sua imagem e semelhança. Então, o que tem de fundamental é que existe uma igualdade ontológica, aquela igualdade para o mais profundo do ser. Ser, que é o fato de sermos então essas criaturas amadas por Deus, criadas à sua imagem e semelhança. Mas a partir daí tudo é diferente, né? Homem e mulher os criou, então a diferença também já está estabelecida lá no início. No entanto, o pecado acaba fazendo com que, na percepção da diferença, muitas vezes se criem, ao longo da história, antagonismos, às vezes confrontos. E, na verdade, o que deve haver, que a nossa Igreja Católica nos ensina, pois se fundamenta na mensagem de Cristo, é que nas diferenças, nós somos complementares”.

Finalizando o painel, Dra. Lenise Garcia destacou a importância da formação na base familiar, onde reine o respeito, o amor e a união, para que se possa criar uma nova geração de filhos que não reproduzam a violência sofrida dentro de casa.

“É preciso que a gente possa, efetivamente, valorizar vínculos de amor. Que o marido e a mulher saibam estabelecer vínculos de amor entre si e com os filhos, para que a criança nasça em um ambiente acolhedor. Muitas vezes a gente vê, por exemplo, que a própria violência é fruto de agressões sofridas na infância. Aquela pessoa que hoje é violenta, ela sofreu violência quando era criança, fazendo com que também essa violência vá sendo repetida. Por isso, a grande necessidade da formação. Homem e mulher nunca foram opostos, a gente tem exatamente essa complementariedade, e essa é a mentalidade que precisa ser desenvolvida. Não se pode resolver uma violência com outros tipos de violência. O próprio agressor precisa de conversão, de conscientização, é claro, também vai pagar juridicamente pelos crimes cometidos, e aí temos toda a questão também dos instrumentos públicos, mas antes de mais nada, é preciso olhar dentro da família, onde há a necessidade de ser desenvolvida a base em relações de amor. Cristo nos ensina que devemos ter uma relação de amor a todo tempo. Se nós aprendermos isso, já teremos dado grandes passos para superarmos a situação de violência, que muitas vezes se apresentam com falsas opções”, finalizou.

Encerrando a noite de lançamento, o teatro foi palco para uma belíssima apresentação musical “Elas cantam Maria”, com as cantoras Michelle Abrantes, Gabriela Carvalho, Huanda Silva, Lilian Ingrid e Marília de Alexandria (pianista).

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dia da Amazônia

Dia da Amazônia (calendarr)

Dia da Amazônia

5 de Setembro

Dia da Amazônia é celebrado anualmente em 5 de setembro.

A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 11.621, de 19 de dezembro de 2007, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta.

O dia 5 de setembro foi escolhido, pois nesta data, no ano de 1850, o Príncipe D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas).

Por ser uma região rica em recursos, a Amazônia desperta o interesse de muitas pessoas. Entretanto, a exploração pode vir a causar danos ao ambiente e, por isso, a data busca alertar sobre os principais problemas que afetam a região, como o desmatamento.

Amazônia: região rica em biodiversidade, ecossistemas e recursos (calendarr)

Importância da Amazônia para o planeta

A Amazônia é importante, por exemplo, para conservação do clima no planeta, manter o equilíbrio ambiental e reciclar uma boa parte de carbono na atmosfera. 

Além disso, a região é rica em biodiversidade. Nela está localizada a maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. A Bacia Amazônica também confirma a abundância de recursos hídricos, já que se trata da maior bacia hidrográfica do mundo.

A Amazônia é reconhecida pela sua diversidade animal e vegetal, já que existem espécies de plantas e animais que apenas são encontrados na região.

Preservação da Amazônia: desafios para conservação

Algumas das atividades econômicas desempenhadas na Amazônia são: extração madeireira, agricultura, pecuária e mineração.

A exploração dos recursos vegetais, animais e minerais geram grandes impactos na região, principalmente pelo desmatamento da floresta amazônica.

A Amazônia sofre com os constantes ataques e desmatamentos (calendarr)

Também, a floresta amazônica atualmente está ameaçada pelos constantes desmatamentos ilegais, afetando diretamente a fauna e a flora da região, causando desequilíbrios e crises ambientais a nível global.

Como medidas para preservar a região amazônica são necessárias políticas públicas para diminuição do desmatamento, aumento da fiscalização para reprimir as atividades ilegais, melhorar as práticas de trabalho para conviver em harmonia com o ambiente e maior participação da população para cobrar políticas ambientais dos gestores.

Dia da Amazônia: atividades para educação infantil

  • Reconhecer os animais nativos da região e classificá-los quanto ao tipo (aves, repteis, mamíferos, etc.) e o habitat onde vivem;
  • Identificar plantas características da região, importância da flora e as consequências do desmatamento;
  • Assistir vídeos ou filmes que apresentam a região e a sua biodiversidade;
  • Identificar no mapa do Brasil onde a Amazônica fica localizada e em quais estados.

Dados Importantes sobre a Amazônia

Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros apenas de floresta, a Amazônia está presente em 8 estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e Mato Grosso.

Vale lembrar que a Amazônia não está presente apenas no território brasileiro, mas também em outros países da América do Sul. São eles: Suriname, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador. 

O clima na região amazônica é predominantemente equatorial/quente e úmido. 

Outro recorde da Amazônia é a sua bacia hidrográfica. Com cerca de 7 milhões de quilômetros de extensão, os principais rios da região são: Amazonas (maior do mundo em extensão), Negro, Trombetas, Japurá, Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá (todos afluentes do Rio Amazonas). 

Fonte: https://www.calendarr.com/brasil/dia-da-amazonia/

Transmitir a fé (II) (2)

Foto: Vironevaeh | Opus Dei

Transmitir a fé (II)

Dar exemplo, dedicar tempo, rezar… a transmissão da fé aos filhos é uma tarefa que exige empenho. Segunda parte do editorial sobre a fé e a família.

02/08/2012

AJUDÁ-LOS A ENCONTRAR SEU CAMINHO

Acima de tudo, educar neste campo é pôr os meios para que os filhos convertam sua existência inteira em um ato de adoração a Deus. Como ensina o Concílio, “a criatura sem o Criador desaparece"[7]: na adoração encontramos o verdadeiro fundamento de maturidade pessoal: se as pessoas não adoram a Deus, adoram-se a si mesmas nas diversas formas que registra a história; o poder, o prazer, a riqueza, a ciência, a beleza...[8]. Promover essa atitude exige necessariamente que as crianças descubram por si mesmas a figura de Jesus; algo que pode estimular-se desde que são pequenos, propiciando que aprendam a falar pessoalmente com Ele. Isso não é, por acaso, fazer oração com os filhos, contar-lhes coisas sobre Jesus e seus amigos, ou entrar com eles nas cenas do Evangelho, à raiz de algum fato cotidiano?

No fundo, estimular piedade nas crianças quer dizer facilitar que ponham o coração em Jesus, que lhes expliquem os acontecimentos bons ou maus; que escutem a voz da consciência, na qual o próprio Deus revela sua vontade, e tentem pô-la em prática. As crianças adquirem estes hábitos quase por osmose, vendo como seus pais se relacionam com o Senhor, ou o têm presente em seu dia a dia. Pois a fé, mais que seu conteúdo ou deveres, tem a ver, em primeiro lugar, com uma pessoa, a qual aceitamos sem reservas: confiamo-nos a ela. Se se pretende mostrar como uma Vida - a de Jesus – muda a existência do homem, comprometendo todas as faculdades da pessoa, é lógico que os filhos notem que, em primeiro lugar, tenha mudado a nós próprios. Ser bons transmissores da fé em Jesus Cristo, implica manifestar com nossa vida nossa adesão a sua Pessoa[9]. Ser um bom pai é, na maioria das vezes, um pai que luta, por ser santo: os filhos o veem, e podem admirar esse esforço e tentar imitá-lo.

Foto: crabchick | Opus Dei

Os bons pais desejam que seus filhos alcancem a excelência e sejam felizes em todos os aspectos da existência: no profissional, no cultural, no afetivo; é lógico, portanto, que desejem também que não permaneçam na mediocridade espiritual. Não há projeto mais maravilhoso que o que Deus previu para cada um. O melhor serviço que se pode prestar a uma pessoa – a um filho de modo especial – é apoiá-lo para que responda plenamente à sua vocação cristã, e descubra o que Deus quer para ele. Por que não se trata de uma questão acessória, da qual depende só um pouco mais de felicidade, mas afeta o resultado global de sua vida.

Descobrir como se concretiza a própria chamada à santidade é encontrar a pedrinha branca, com um nome novo que ninguém conhece senão o que o recebe[10]: é o encontro com a verdade sobre si mesmo que dá um sentido à existência inteira. A biografia de um homem será distinta segundo a generosidade com que encare as diferentes opções que Deus lhe apresentará: porém, em todo caso, a felicidade própria e a de muitas outras pessoas dependerá dessas respostas.

VOCAÇÃO DOS FILHOS, VOCAÇÃO DOS PAIS

A fé é por natureza um ato livre, que não se pode impor, nem sequer indiretamente, mediante argumentos “irrefutáveis": crer é um dom que penetra suas raízes no mistério da graça de Deus e a livre correspondência humana. Por isso, é natural que os pais cristãos receiem por seus filhos, pedindo que a semente da fé que estão semeando em suas almas frutifique; com frequência o Espírito Santo se servirá desse afã para suscitar, no seio das famílias cristãs, vocações de tipos muito diferentes para o bem da Igreja.

Sem dúvida, a chamada do filho pode supor para os pais a entrega de planos e projetos muito desejados. Porém isso não é um simples imprevisto, pois forma parte da maravilhosa vocação à maternidade e à paternidade. Poderia dizer-se que a chamada divina é dupla: a do filho que se dá, e a dos pais que o dão: e, às vezes, pode ser maior o mérito destes últimos, escolhidos por Deus para entregar o que mais amam, e fazê-lo com alegria.

A vocação de um filho converte-se assim em um motivo de santo orgulho[11], que leva os pais a apoiá-la com sua oração e com seu carinho. Assim o explicava São João Paulo II: “Estai abertos às vocações que surjam entre vós. Orai para que, como sinal de amor especial, ao Senhor se digne a chamar a um ou mais membros de vossas famílias a servir-lhe. Vivei vossa fé com uma alegria e um fervor que sejam capazes de alentar tais vocações. Sede generosos quando vosso filho ou vossa filha, vosso irmão ou vossa irmã decida seguir Cristo por este caminho especial. Desejai que sua vocação vá crescendo e fortalecendo-se. Prestai todo vosso apoio a uma escolha Feita com liberdade"[12].

As decisões de entrega a Deus germinam no seio de uma educação cristã: poderia se dizer que são como seu cume. A família converte-se assim, graças à solicitude dos pais, em uma verdadeira Igreja doméstica[13], de onde o Espírito Santo promove seus carismas. Deste modo, a tarefa educadora dos pais transcende a felicidade dos filhos, e chega a ser fonte de vida divina em ambientes até então alheios a Cristo.

A. Aguiló

[7] Conc. Vaticano II, Const. past. Gaudium et spes, n. 36.

[8] D. Javier Echevarria, Carta Pastoral, 1-06-2011.

[9] São Tomás, S. ThII-II, q. 11, a. 1: “dado que o que crê aceita as palavras de outro, parece que o principal e como fim de qualquer ato de crer é aquele em cuja ação se crê; são, em troca, secundárias as verdades às que se aceita crendo nele".

[10] Ap, 2, 17.

[11] Forja, n. 17.

[12] João Paulo II, Homilia, 25-II-1981.

[13] Cfr. Conc. Vaticano II, Const. dogm. Lumen Gentium, n. 11.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/transmitir-a-fe-ii/

O Papa: lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo

O Papa Francisco durante a missa no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, Indonésia (Vatican Media)

Em sua homilia, na missa celebrada no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, Francisco citou duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco celebrou a primeira missa pública de sua 45ª Viagem Apostólica Internacional, no Estádio Gelora Bung Karno, em Jacarta, na Indonésia, nesta quinta-feira (05/09).

Francisco iniciou sua homilia, citando duas atitudes fundamentais que o encontro com Jesus nos convida a viver e que nos tornam seus discípulos: escutar a Palavra e viver a Palavra.

Escutar a Palavra. O evangelista Lucas conta que muitas pessoas acorriam a Jesus e que a multidão se comprimia à volta dele «para escutar a palavra de Deus». Procuravam-no, tinham fome e sede da Palavra do Senhor, que ouviam ressoar nas palavras de Jesus.

Por isso, este episódio, que se repete tantas vezes no Evangelho, nos diz que o coração do homem está sempre à procura de uma verdade que possa aplacar e alimentar o seu desejo de felicidade; que não podemos contentar-nos apenas com as palavras humanas, os critérios deste mundo e os juízos terrenos; precisamos sempre de uma luz do alto para iluminar os nossos passos, de uma água viva que possa irrigar os desertos da alma, de uma consolação que não desiluda porque provém do céu e não das coisas passageiras deste mundo.

"Perante o entontecimento e a vaidade das palavras humanas, faz falta a Palavra de Deus, a única que é bússola para o nosso caminho e é capaz de, no meio de tantas feridas e perplexidades, nos reconduzir ao verdadeiro sentido da vida", disse ainda o Papa.

Segundo Francisco, "a primeira tarefa do discípulo não é vestir o hábito de uma religiosidade exteriormente perfeita, fazer coisas extraordinárias ou envolver-se em projetos grandiosos. Pelo contrário, o primeiro passo consiste em saber escutar a única Palavra que salva, que é a de Jesus, como podemos ver no episódio evangélico, o Mestre sobe para a barca de Pedro a fim de se afastar um pouco da margem e, assim, pregar melhor ao povo. A nossa vida de fé começa quando, acolhendo humildemente Jesus na barca da nossa vida, lhe damos espaço, escutamos a sua Palavra e, por ela, nos deixamos interpelar, estremecer e transformar".

Ao mesmo tempo, a Palavra do Senhor pede para ser encarnada concretamente em nós: somos chamados a viver a Palavra. Quando terminou de pregar às multidões a partir da barca, Jesus dirige-se a Pedro, exortando-o a arriscar e a apostar nesta Palavra: «Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca».

A Palavra do Senhor não pode permanecer uma linda ideia abstrata ou suscitar apenas a emoção de um momento; ela exige-nos que mudemos o olhar, que deixemos o coração transformar-se à imagem do coração de Cristo; ela nos chama a lançar corajosamente as redes do Evangelho no meio do mar do mundo, “correndo o risco” de viver o amor que Ele nos ensinou e viveu em primeiro lugar. Também a nós o Senhor, com a força ardente da sua Palavra, nos pede para avançar para águas mais profundas, para sairmos das margens estagnadas dos maus hábitos, dos medos e da mediocridade, para ousarmos uma vida nova.

De acordo com Francisco, "existem sempre obstáculos e desculpas no sentido de dizermos “não”; mas olhemos de novo para a atitude de Pedro: tinha vindo de uma noite difícil, em que não tinha pescado nada, estava cansado e desiludido, e no entanto, em vez de ficar paralisado naquele vazio e bloqueado pelo seu próprio fracasso, diz: «Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada pescamos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes». Porque Tu o dizes, lançarei as redes. E então se realiza o inaudito: o milagre de uma barca que se enche de peixes a ponto de quase afundar".

Irmãos e irmãs, perante as muitas tarefas da nossa vida quotidiana; perante o apelo, que todos sentimos, de construir uma sociedade mais justa, de avançar no caminho da paz e do diálogo – que aqui na Indonésia já foi traçado há muito tempo –, podemos por vezes julgar-nos inadequados, sentir o peso de tanto esforço que nem sempre dá os frutos esperados, ou o peso dos nossos erros que parecem impedir o caminho. Mas, com a mesma humildade e fé de Pedro, também nos é pedido para não ficarmos prisioneiros dos nossos fracassos e, em vez de permanecermos com os olhos fixos nas nossas redes vazias, olharmos para Jesus e confiarmos nele. Podemos sempre arriscar, avançando-nos ao mar e lançando de novo as redes, mesmo depois de termos atravessado a noite do fracasso, o tempo da desilusão, em que não pescamos nada.

O Papa citou as palavras de Santa Teresa de Calcutá, cuja memória celebramos hoje, que se dedicou incansavelmente aos mais pobres e se tornou uma promotora da paz e do diálogo: “Quando nada tivermos para dar, demos esse nada. E lembra-te: nunca te canses de semear, mesmo se não vieres a colher nada”.

O Papa exortou os indonésios a ousarem sempre o sonho da fraternidade que é "um verdadeiro tesouro" entre eles. "Com a Palavra do Senhor encorajo-vos a semear o amor, a percorrer com confiança o caminho do diálogo, a praticar continuamente a bondade e amabilidade com o sorriso que vos caracteriza, a serem construtores de unidade e de paz. Sede construtores de esperança, daquela esperança do Evangelho que não desilude e abre a uma alegria sem fim", concluiu.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Teresa de Calcutá, missionária da caridade

Shutterstock | Tio Leo (modificado)

05 de setembro

País: Macedônia do Norte

Santa Teresa de Calcutá

Dolors Massot - publicado em 04/09/21 - atualizado em 04/09/24

Santa Teresa de Calcutá amou os mais pobres entre os pobres e por inspiração divina fundou a congregação das Missionárias da Caridade

Madre Teresa de Calcutá nasceu em Uskub (atual Skopje, Macedônia do Norte) em 26 de agosto de 1910. Foi batizada como Agnes Gonxha Bojaxhiu e pertencia a uma família abastada. “Por sangue e origem”, disse ele, ela era albanesa. Seu pai morreu quando ela tinha 8 anos.

Aos 18 anos decidiu entregar-se a Deus como freira. Entrou no Instituto da Bem-Aventurada Virgem Maria e tomou o nome de Teresa por devoção a Santa Teresa de Lisieux , padroeira dos missionários.

Chamado para fundar as Missionárias da Caridade

Durante vinte anos dedicou-se ao ensino tanto em Calcutá como em Darjeeling, na Índia. Porém, uma inquietação interior o fez pensar que Deus esperava que ele seguisse outro caminho. Ele tomou conhecimento da situação dos pobres e moribundos de Calcutá e, em 11 de setembro de 1946, quando estava a caminho de seu retiro anual, decidiu fundar uma congregação que ajudasse os marginalizados da sociedade, principalmente os doentes, os pobres e sem teto. Eles seriam os Missionários da Caridade.

Seu vestido seria um saree branco com três listras azuis nas bordas. Madre Teresa escolheu o branco porque simboliza pureza e verdade. As listras azuis lembram a Virgem Maria e são três porque simbolizam os três votos: pobreza, obediência e castidade. Além disso, as freiras usam uma cruz nos ombros, o que significa que para elas Cristo é a chave do coração. Anos mais tarde também haveria missionários homens.   

Em 7 de outubro de 1950 obteve a aprovação de Roma.

“Talvez eu não fale a sua língua, mas posso sorrir”

De Calcutá, ele enviou um poderoso chamado de alerta ao mundo. Aquela mulher mais velha, pequena e magra, mexeu com muitas almas e colocou os holofotes sobre os deserdados do mundo. Quando questionado sobre como ele se comunicava com eles se não entendia a língua deles, ele respondeu: “Talvez eu não fale a língua deles, mas posso sorrir”.

Mais centros de assistência começaram a ser criados e o número de vocações religiosas na sua congregação cresceu. Madre Teresa passou a cuidar daqueles que ninguém queria, entre eles os leprosos e os que sofriam de AIDS (HIV), que nos anos 80 era uma doença incurável.

Em 1979, Madre Teresa ganhou o Prêmio Nobel da Paz. E, depois de ser criticada, recebeu também o prêmio mais importante concedido na Índia, o Bharat Ratna, em 1980, por seu trabalho humanitário.

Defensor da vida humana em todas as suas etapas

Durante a missa de canonização em 4 de setembro de 2016 , o Papa Francisco disse sobre ela:

“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma generosa dispensadora da misericórdia divina, colocando-se à disposição de todos através do acolhimento e da defesa da vida humana, tanto dos nascituros como dos abandonados e descartados. , proclamando incessantemente que “o nascituro é o mais fraco, o mais pequeno, o mais pobre”.

Inclinou-se diante das pessoas desmaiadas, que morrem abandonadas à beira das ruas, reconhecendo a dignidade que Deus lhes deu (...). Para ela, a misericórdia foi o sal que deu sabor a cada uma das suas obras e a luz que iluminou as trevas de quem não teve sequer lágrimas para chorar a sua pobreza e o seu sofrimento.

“A sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus aos mais pobres entre os pobres”.

Condições cardíacas que não o impediram de amar

Em 1983, sofreu um ataque cardíaco em Roma enquanto visitava o Papa João Paulo II. A partir daí, sua saúde piorou a tal ponto que em 1991 ele pensou em renunciar ao cargo. As freiras de sua congregação, porém, decidiram por unanimidade que ela deveria continuar liderando e ela obedeceu.

Madre Teresa ficou então limitada por problemas cardíacos e pulmonares, além da malária, que se manifestou em 1993.

Patrono do voluntariado

Finalmente, ele morreu de parada cardíaca em 5 de setembro de 1997, em Calcutá. O governo indiano dedicou-lhe um funeral de estado, que foi acompanhado por milhões de pessoas em todo o mundo na televisão.

A festa de Santa Teresa de Calcutá é celebrada no dia 5 de setembro. Desde o dia da sua canonização, ela é a padroeira do voluntariado.  

Fonte: https://draft.blogger.com/blog/post/edit/5650031640385068379/3571339414422087283?hl=pt-BR

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Idade Média

A Idade Média durou de 476 a 1453, e seu nome foi resultado de uma visão negativa que os renascentistas tinham do período (Lucamato e Shutterstock)

Idade Média

Idade Média (476 a 1453) ficou marcada pelo feudalismo, pela influência da Igreja, e pelas Cruzadas e Inquisição. Encerrou-se com a crise do século XIV e a expansão marítima.

Por Daniel Neves Silva*

Idade Média é o nome do período da história localizado entre os anos 476 e 1453. A nomeação “Idade Média” é utilizada pelos historiadores dentro de uma periodização que engloba quatro idades: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. Quando nos referimos à Idade Média, geralmente referimo-nos a assuntos relacionados, direta ou indiretamente, com a Europa.

A Idade Média iniciou-se com a desagregação do Império Romano do Ocidente, no século V. Isso deu início a um processo de mescla da cultura latina, oriunda dos romanos, e da cultura germânica, oriunda dos povos que invadiram e instalaram-se nas terras que pertenciam a Roma, na Europa Ocidental.

Desse período destacam-se o processo de ruralização que a Europa viveu entre os séculos V e X; o fortalecimento da Igreja Católica; a estruturação do sistema feudal, não apenas economicamente mas também política e socialmente. A partir do século XI, o renascimento urbano e comercial abre caminho para a crise do século XIV, que determina o fim da Idade Média.

1. Quando começou e quando terminou a Idade Média?

Como mencionado, a Idade Média é assim chamada dentro de uma periodização, estipulada pelos historiadores, que a determina entre os anos de 476 e 1453. O que estipula o início da Idade Média é a destituição de Rômulo Augusto do trono romano, em 476, e o que estipula seu fim é a conquista de Constantinopla pelos otomanos, em 1453.

A Idade Média é dividida pelos historiadores em duas grandes fases, que são:

  • Alta Idade Média: século V ao século X;
  • Baixa Idade Média: século XI ao século XV.

Durante a Alta Idade Média, a Europa passava pelas transformações derivadas da desagregação do Império Romano e o feudalismo estava em formação. A Baixa Idade Média foi o período auge do feudalismo e no qual a Europa começou a sofrer transformações oriundas do renascimento urbano e comercial.

2. Por que o nome “Idade Média”?

O nome Idade Média, usado para referir-se a esse período entre 476 e 1453, foi uma invenção dos renascentistas. Uma das primeiras menções a essa época como “tempo médio”, segundo o historiador Hilário Franco Júnior, remonta ao bispo italiano Giovanni Andrea|1|. Essa ideia popularizou-se no século XVI, durante o renascimento.

O sentido por trás dessa nomenclatura era pejorativo, uma vez que, na visão dos renascentistas, a Idade Média teria sido um tempo marcado pela interrupção da tradição clássica, isto é, greco-romana. Nessa perspectiva, tal tradição estava sendo retomada na época deles, inclusive, por isso, eles chamaram seu próprio período de “renascimento”.

Eles acreditavam estar vivendo um momento de renascimento intelectual, científico e artístico. Isso nos leva a concluir que, na ótica renascentista, a Idade Média era um período ruim, de atraso e de interrupção no progresso humano. Outros grupos, conforme seus interesses, teciam suas críticas a essa Idade, sempre a taxando como “ignorante”.

Essa visão negativa fez com que muitos a chamassem de “Idade das Trevas”, um termo negativo e rechaçado pelos historiadores. A primeira menção à Idade Média dessa maneira remonta a Francesco Petrarca, que, no século XVI, já a chamava de “tenebrae”.

3. Feudalismo

O feudalismo é o termo que usamos para toda organização socialpolíticaculturalideológica e econômica que existiu na Europa durante a Idade Média. Esse conceito explica a estruturação da sociedade da Europa Ocidental, e a organização que ele representa existiu, na sua forma clássica, entre os séculos XI e XIII, aproximadamente.

Do século V ao século X, o feudalismo estava em processo de estruturação, uma vez que as relações políticas características da vassalagem estavam em formação, o poder da Igreja Católica estabelecia-se aos poucos, e a ruralização e feudalização da Europa desenvolviam-se.

Do século XI ao século XIII, o feudalismo estava no seu auge, sobretudo nas regiões que hoje correspondem à Alemanha, à França, e ao norte da Itália e da Inglaterra. A partir do século XIVo sistema feudal entra em decadência, uma vez que a Europa urbanizava-se e o comércio ganhava importância.

No feudalismo, os castelos eram um importante centro de poder, pois neles viviam os senhores feudais. [1] (Brasil Escola)

No aspecto econômico, podemos dizer que o feudalismo era um sistema baseado na produção agrícola e na exploração servil dos camponeses. Com o fim do Império Romano, a Europa Ocidental ruralizou-se e as pessoas empobrecidas passaram a estabelecer-se nas cercanias de grandes propriedades rurais, à procura de comida e proteção. Dessa situação criou-se a relação de dependência entre o senhor feudal e o camponês.

senhor feudal, dono das terras, permitia que o camponês ficasse nelas, desde que este cultivasse-as e entregasse parte do que tinha sido produzido àquele. O camponês era sujeito a uma série de tributos a serem pagos aos senhores feudais, tais como a corveia, a talha e a banalidade. O senhor feudal, por sua vez, tinha como obrigação proteger aqueles instalados em sua propriedade.

No âmbito religioso, a Igreja Católica era dona de grande influência, uma vez que seu poder chegava a atingir decisões do poder secular. A Igreja também elaborava a construção ideológica que justificava as desigualdades do mundo feudal. Na visão estipulada por ela, e abraçada pela nobreza, os servos cumpriam seu papel por uma designação divina.

A relação de suserania e vassalagem existente entre reis e nobres medievais era uma das principais formas de organização política na Idade Média (Brasil Escola)

A sociedade feudal era estamental, isto é, dividida em classes com funções muito bem definidas, e na qual a ascensão social era bastante difícil. Nela existiam três grandes classes sociais:

  • Nobreza (bellatores): classe privilegiada, detentora de terras, que tinha como função, dentro da ideologia medieval, proteger a sociedade;
  • Clero (oratores): membros da Igreja Católica que cumpriam funções religiosas. Também era uma classe privilegiada, uma vez que a Igreja detinha riqueza, poder e terras;
  • Camponeses (laboratores): grupo empobrecido que sustentava a sociedade feudal por meio de seu trabalho e dos altos impostos que pagava.

No aspecto político, a vassalagem era uma das grandes manifestações do feudalismo. Essa estrutura surgiu por volta do século VIII e estabelecia as relações de poder entre rei e nobres de cada reino.

Por meio da vassalagem, o rei (suserano) e os nobres (vassalos) realizam um acordo estabelecendo laços de fidelidade entre si. Os vassalos recebiam um feudo (terra) e tinham como obrigação auxiliar o seu suserano na execução da justiça, na administração do reino e na guerra, se necessário.

4. Principais acontecimentos

A Idade Média foi muito longa e, logicamente, impactada por diferentes acontecimentos importantes para a história humana. A Idade Média, em si, é fruto do fim do Império Romano do Ocidente, após o qual uma série de reinos germânicos estabeleceu-se na Europa Ocidental.

O caso mais simbólico foi o dos francos, povo germânico que se estabeleceu na Gália e formou um reino governado, primeiro, pelos merovíngios e, depois, pelos carolíngios. Estes foram a primeira grande dinastia a governar um reino na Europa, e, por meio de Carlos Magno, seu principal rei, formaram um império com um território bastante vasto.

O surgimento do islamismo no século VII marcou um rompimento do Ocidente com o Oriente, sobretudo quando os muçulmanos conquistaram a Península Ibérica. O avanço muçulmano na Europa só foi interrompido por Carlos Martel, em 732. Séculos depois, a Igreja Católica encontrou na guerra contra os muçulmanos uma forma de estender sua riqueza até o Oriente.

A Inquisição foi um dos eventos mais importantes da Idade Média. Nela, todos aqueles que não seguiam a doutrina da Igreja eram perseguidos e mortos (Brasil Escola)

As Cruzadas ocorreram do século XI ao século XII e mobilizaram tropas cristãs contra os muçulmanos, na Palestina e no norte da África. Ao todo foram nove cruzadas, sendo a primeira delas convocada pelo Papa Urbano II, em 1095. A nona Cruzada foi encerrada em 1272, e o objetivo inicial dos cristãos (conquistar Jerusalém) não foi alcançado.

Outros destaques que podem ser feitos sobre a Idade Média são o Império Bizantino e o estabelecimento da Inquisição. Assuntos também relevantes são a cultura e a ciência medievais, geralmente pouco estudadas.

5. Fim da Idade Média

O fim da Idade Média tem relação com o renascimento urbano e comercial que a Europa experimentou a partir do século XI. Novas técnicas agrícolas permitiram o aumento da produção de víveres, gerando um excedente que pôde ser comercializado. O aumento na produção de alimentos garantiu um aumento populacional, mas também do comércio e, consequentemente, da circulação de moeda.

Com o aumento populacional, o número de pessoas mudando-se para as cidades aumentou e a quantidade de comerciantes ao redor delas também. O século XIII intensifica esse processo de êxodo rural, pois as produções agrícolas ruins fizeram com que muitos buscassem sobreviver nas cidades.

A Peste Negra causou a morte de cerca de 1/3 da população europeia ao longo do século XIV (Brasil Escola)

O século XIV é quando os historiadores estipulam a fronteira final da Idade Média. Trata-se de um século de crise, caracterizado por guerras que causaram destruição e geraram mais fome, e isso resultou na Peste. O século XIV é marcado pela famosa Peste Negra — surto de peste bubônica responsável pela morte de 1/3 da população europeia ao longo desse período.

A fome gerou grandes revoltas de camponeses, sobretudo a partir do século XIII, e o crescimento urbano colocou fim no isolamento feudal. Revoltas também aconteceram nas grandes cidades, principalmente pela falta de empregos. Novas estruturas de poder começaram a surgir, a organização política dos reinos modificou-se e, assim, surgiram os Estados nacionais.

O enfraquecimento do feudalismo e o fortalecimento do comércio resultaram no mercantilismo. Quando Constantinopla cai e o comércio com o Oriente fecha-se, a Europa volta-se para o Oeste. A exploração do Oceano Atlântico abriu novas fronteiras e consolidou o fim da Idade Média.

Notas

|1| JUNIOR, Hilário Franco. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 11.

Crédito da imagem

[1] Lucamato e Shutterstock

Fontes

JUNIOR, Hilário Franco. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006.

LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Petrópolis: Vozes, 2016.

LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. Petrópolis: Vozes, 2011.

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

*Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

SILVA, Daniel Neves. "Idade Média"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-media.htm. Acesso em 04 de setembro de 2024.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF