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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Sobre o escândalo

O escândalo (comshalom)

SOBRE O ESCÂNDALO

Dom João Santos Cardoso
Arcebispo de Natal (RN)

“É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai de quem os provoca! Seria melhor para ele ser atirado ao mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço, do que escandalizar um só destes pequeninos. Tenham cuidado!” (Lc 17,1-3). 

O termo escândalo, como ensinado por Jesus no Evangelho de Lucas (17,1-3), vem da palavra grega “skandalon”, que significa “tropeço” ou “armadilha”. Santo Tomás de Aquino, na “Suma Teológica”, define o escândalo como um “dito ou ato menos reto que dá ocasião à queda espiritual” de alguém, podendo ser de forma essencial ou acidental. Ele distingue entre dois tipos de escândalo: o ativo e o passivo. O escândalo ativo ocorre quando alguém, intencionalmente ou não, realiza um ato que leva outra pessoa ao pecado. O escândalo passivo, por sua vez, ocorre quando alguém, espiritualmente vulnerável, é induzido ao pecado por influência do exemplo ou comportamento de outrem (Suma Teológica. Secunda Secundae. Tratado sobre a Caridade, Questão 43). 

Santo Tomás enfatiza que, embora o escândalo possa ser acidental, ele é considerado um pecado grave quando há a intenção de induzir outro ao erro, pois tal ação contraria diretamente a virtude da caridade. No entanto, ele também argumenta que, em casos de escândalo passivo, a verdadeira causa do tropeço pode residir na fragilidade espiritual daquele que cai, e não necessariamente em culpa da pessoa que provocou o escândalo, desde que esta tenha agido corretamente. Isso ressalta a complexidade moral do escândalo, que pode envolver tanto ações diretas quanto indiretas, mesmo quando não há intenção de causar dano espiritual (Suma Teológica, Questão 43). 

O escândalo, por sua própria natureza, tende a gerar repercussão pública, especialmente quando envolve figuras de relevância social, como líderes religiosos ou pessoas públicas. A expectativa de uma conduta exemplar intensifica o impacto de suas ações inadequadas, que podem não apenas chocar a sociedade, mas também comprometer a confiança pública e espiritual. O escândalo é ainda mais grave quando envolve líderes religiosos, pois deles se espera uma vida irrepreensível. As consequências espirituais podem ser devastadoras, muitas vezes afastando aqueles mais frágeis na fé de suas práticas religiosas. 

O Papa Francisco também reflete sobre o escândalo, especialmente quando causado por pastores ou cristãos em posições de liderança. Ele afirma que essas atitudes incoerentes afastam as pessoas da Igreja e minam o que chama de “coerência de vida” do cristão. Essa coerência é fundamental para o testemunho da fé e para evitar o enfraquecimento da fé dos outros. O Papa sublinha que o escândalo tem um efeito devastador na vida espiritual da comunidade, principalmente entre os mais vulneráveis, pois fere sua fé e confiança. Ele adverte que atitudes contrárias ao Evangelho, embora professando a fé, podem “matar” esperanças e corações, causando graves danos espirituais. Francisco enfatiza a responsabilidade dos pastores e líderes em viver uma vida coerente com o Evangelho, para que não minem a confiança dos fiéis (PP Francisco, Meditações Matutinas, 13/11/2017). 

O escândalo é, portanto, um pecado que afeta tanto quem o provoca quanto quem é levado a pecar. O cristão tem uma responsabilidade moral de zelar pela fé dos outros, principalmente dos mais vulneráveis, evitando ser motivo de tropeço. O escândalo ativa mecanismos de destruição espiritual que podem levar à perda da fé, seja pela incoerência na vida dos fiéis ou pela negligência dos líderes em viver conforme a moral cristã. Evitar o escândalo é, portanto, um dever para todos os que professam a fé cristã, e fundamental para proteger a integridade espiritual da comunidade. 

Em síntese, o escândalo vai além de um simples erro moral cometido em privado que se torna público. Quando envolve figuras de relevância, seus efeitos reverberam na vida moral, social e espiritual das pessoas, gerando perplexidade e perigo espiritual. Por isso, o cristão é chamado a viver em conformidade com o Evangelho, evitando ser motivo de tropeço para os outros e contribuindo para a edificação da fé na comunidade, protegendo os mais vulneráveis das armadilhas do escândalo. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

“Maior que teu coração”: contrição e reconciliação (2)

Combate, proximidade, missão (Opus Dei)

“Maior que teu coração”: contrição e reconciliação

Só Deus é maior que nosso coração, e por isso só Ele pode curá-lo, reconciliá-lo até o fundo. Sexto artigo da série “Combate, proximidade, missão”.

10/09/2024

Cura-me, Senhor, do que está oculto para mim

A convicção de que Deus sempre nos perdoa vibra também no coração do salmista: “Então eu vos confessei o meu pecado, e não mais dissimulei a minha culpa. Disse: ‘Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade’. E vós perdoastes a pena do meu pecado” (Sl 32, 5). É assim que nos aproximamos do mistério da santa Missa: para nos unirmos à cruz de Jesus, para entrar em sua transformação amorosa de todo o mal da história, começamos por reconhecer com humildade a nossa culpa; e batemos no peito, como que se quiséssemos despertar o nosso coração[5].

Nesta insistência em reconhecer nossos pecados, conscientes ou inconscientes, alguns quiseram ver um possível desequilíbrio psicológico ou uma busca de carregar pesos desnecessários na alma. Na verdade, ainda que haja tendências escrupulosas que bloqueiam o crescimento da vida interior, existe também um saudável sentimento de culpa, indispensável para que as asas do coração decolem. Só há liberdade onde há responsabilidade, onde nossas ações são levadas a sério. Qualquer processo de crescimento espiritual inclui uma análise realista, sem medo, das nossas ações; inclusive aquelas que nos causam inquietação ou remorso. Precisamos examinar, junto de Deus, nossos pensamentos, palavras, obras ou omissões[6]: compreender no que podemos ferir – ou, o que é pior, tratar com indiferença – a Deus e aos outros; em que prejudicamos a nós mesmos, deixando crescer em nossa alma a cizânia. Porque só a verdade nos liberta (cfr. Jo 8, 32), especialmente a verdade sobre a nossa própria vida.

Nesta tarefa deveremos evitar três tentações: primeiro, minimizar nossa culpa, por fazer um exame de consciência superficial, ou por fugir do silêncio interior onde o Espírito Santo nos espera para nos mostrar nossa própria verdade; segundo, a de transferir a culpa para os outros ou para as circunstâncias, de modo que habitualmente seremos vistos como vítimas ou como se nunca tivéssemos prejudicado ninguém; e, em último lugar, uma tentação que parece contrária à anterior, mas que acaba levando à mesma complacência estéril: a que desvia nosso arrependimento de Deus e dos outros para colocá-lo em nosso orgulho ferido, no fato de termos falhado de novo conosco mesmos.

“Quem pode, entretanto, ver as próprias faltas? Purificai-me das que me são ocultas. Preservai, também vosso servo do orgulho; não domine ele sobre mim, então serei íntegro e limpo de falta grave” (Sl 19, 13-14). No fundo de um sentimento de culpa saudável não está a atitude de “um maníaco colecionador de uma folha de serviços imaculada”[7], mas a humildade de quem quer descobrir o que o afasta de Deus, o que cria divisão em sua alma e ao seu redor, o que o impede de dar e receber amor. Não confessamos nossa “imperfeição” e sim nossa indiferença ou nosso pouco carinho, manifestando-os em detalhes concretos: “houve algo em mim que te pudesse a Ti, Senhor, Amor meu, magoar?”[8]. Dessa atitude pode vir a luz que nos leve a descobrir serenamente a nossa verdade: a olhar no mais fundo de nosso coração, onde já está, querendo abrir caminho em nós, o Reino de Deus (cfr. Lc. 17,21). Um saudável sentimento de culpa é um aliado em nosso esforço para ser mais de Deus; um catalizador de nossas “sucessivas conversões”[9], sempre que recordarmos que sem Ele, não podemos fazer nada.

Um sacramento que devolve a beleza ao mundo

Santo Agostinho dizia que “a Igreja é o mundo reconciliado”[10]. Daí que a família de Deus se desenvolva “reconciliando o mundo com Deus. Essa é a grande missão apostólica de todos”[11]. E o sacramento da reconciliação é um dos centros nevrálgicos desse grande movimento de reconstrução, de pacificação, de perdão. É o melhor lugar de onde podemos nos afastar de nossa culpa; nele percebemos que, embora sejamos pecadores, não somos nosso pecado; e que, diante de um Pai que nos ama sem condições, não precisamos ocultar nada. O sacramento da reconciliação ajuda a enfrentar nossa fragilidade, nossas contradições, nossas feridas; e a mostrá-las ao único médico que pode curá-las. São Paulo o fazia com uma segurança sem limites: “portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo” (2 Cor 12, 9).

Essa confiança, no entanto, vai junto com a contrição, o sofrimento do coração pelo mal que encontra dentro de si: “Lavai-me totalmente da minha culpa, e purificai-me de meu pecado. Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado” (Sl 51, 4-5). A tradição católica costuma distinguir dois tipos de contrição: a que surge do amor de Deus – o arrependimento por ter rejeitado o amor à Trindade, ou seja, as pessoas mais importantes de minha vida – ou a que surge de modo indireto, por compreender o dano ocasionado pelo pecado, suas consequências espirituais, ou pela confiança na sabedoria da Igreja[12]. A primeira é chamada “contrição perfeita”: com ela, Deus nos perdoa os pecados, inclusive graves, contanto que nos proponhamos recorrer ao sacramento da reconciliação assim que possível. A segunda é a chamada “contrição imperfeita”; é também um dom de Deus que inicia um caminho espiritual, porque nos dispõe a receber o perdão dos pecados no sacramento. Os atos de contrição, que podem ser breves orações improvisadas ao longo do dia – Perdão, Jesus! – despertam essa dor do coração; preparam-nos para receber e para compartilhar mais abundantemente a misericórdia de Deus.

O Catecismo da Igreja recorda também que, ao lado do sacramento da penitência, único lugar em que Jesus nos libera dos pecados graves, podemos também receber de outras formas a reconciliação dos outros pecados. A Sagrada Escritura e os Padres citam, entre eles, “os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo (cfr. St. 5, 20), as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, ‘que cobre uma multidão de pecados’ (1Pd 4,8)”[13]. A Igreja não deixa, no entanto, de recomendar a confissão sacramental também para as faltas menos graves. São Paulo VI recordava que “a confissão frequente continua sendo uma fonte privilegiada de santidade, de paz e de alegria”[14]. E São Josemaria: “Recorrei semanalmente – e sempre que precisardes, sem dar lugar aos escrúpulos - ao Santo Sacramento da Penitência, ao sacramento do perdão divino, (...) e redescobriremos o mundo numa perspectiva feliz, porque o mundo saiu belo e limpo das mãos de Deus, e é assim, com essa beleza, que o havemos de restituir a Ele, se aprendermos a arrepender-nos”[15].

A confissão frequente permite afinar o coração, e evita que nos acostumemos a nossa frieza, a nossas resistências ao amor de Deus. Bento XVI comentava certa vez: “é verdade que os nossos pecados são quase sempre os mesmos, mas limpamos nossas casas, nossos quartos pelo menos uma vez por semana, embora a sujeira seja sempre a mesma, para viver num lugar limpo, para recomeçar; do contrário, a sujeira talvez não se veja, mas se acumula. Algo semelhante vale também para a alma, para mim mesmo; se não me confesso nunca, a alma se descuida e, no final, estou sempre satisfeito comigo mesmo e já não compreendo que devo esforçar-me também por ser melhor, que devo avançar. E esta limpeza da alma que Jesus nos dá no sacramento da Confissão, ajuda-nos a ter uma consciência mais desperta, mais aberta, e também a amadurecer espiritualmente e como pessoa humana”[16].

“O sacramento da Reconciliação precisa voltar a encontrar o lugar central na vida cristã”[17], escreveu o Papa Francisco. Além da cura das grandes feridas, é um aliado necessário na vida cristã diária: ajuda a conhecer-nos cada vez melhor e a familiarizar-nos com o coração misericordioso de Deus. Dificilmente superaremos de modo imediato todas as rotinas ou disposições que nos levam ao mal: a graça conta com a história e deve fazer-se uma só coisa com a nossa”[18]. Por isso, sem expectativas irreais que podem nos fazer desesperar de nossa fraqueza, ou inclusive da graça, tenhamos sempre o olhar em Jesus; não deixemos de recorrer a quem quer e pode curar-nos. Porque a vida espiritual é “um contínuo começar e recomeçar. – Recomeçar? Sim! Cada vez que fazes um ato de contrição”[19].


[5] Cfr. Missal romano, ritos iniciais.

[6] Ibid.

[7] São Josemaria, É Cristo que passa, n. 75

[8] São Josemaria, Forja, n. 494

[9] É Cristo que passa, n. 57

[10] Santo Agostinho, Sermão 96, n. 8

[11] F. Ocáriz, Mensagem pastoral, 21/10/2023.

[12] Cfr. Catecismo da Igreja, nn. 1452-1453

[13] Ibid. , n. 1434

[14] São Paulo VI, Ex. ap. Gaudete in Domino, n. 52.

[15] Amigos de Deus, n. 219.

[16] Bento XVI, Catequese, 15/10/2005.

[17] Francisco, Misericordia et misera, n. 11

[18] Cfr. Francisco, Gaudete et Exsultate, n. 50

[19] Forja, n. 384

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/maior-que-teu-coracao-contricao-e-reconciliacao/

NAZARENO: O Ressuscitado no Cenáculo (Emaús e as primeiras aparições) - (59)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 59 - O Ressuscitado no Cenáculo (Emaús e as primeiras aparições)

Pedro e João voltam para casa para levar logo a notícia e confirmar o relato de Maria Madalena e das outras. Mas os outros apóstolos ainda não creem. Naquele mesmo dia, domingo, 9 de abril dois discípulos viajavam para um povoado chamado Emaús, a sessenta estádios de Jerusalém e conversavam sobre todos esses acontecimentos. Ora, enquanto conversavam e discutiam entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles; seus olhos, porém, estavam impedidos de reconhecê-lo. Estava caminhando ao lado deles, explicava-lhes as Escrituras, mas eles ainda não o reconheciam.

Aproximando-se do povoado para onde iam, Jesus simulou que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram, dizendo: “Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina”.

Jesus aceita o convite. Entrou então para ficar com eles. E, uma vez à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribui-o a eles.

Pela primeira vez, seus pulsos saem da túnica e eles veem os buracos dos pregos. Então seus olhos se abriram e o reconheceram; ele, porém, ficou invisível diante deles.

Os dois naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém. Acharam aí reunidos os Onze e seus companheiros.

Já era quase noite e, enquanto eles ainda estavam contando aos apóstolos sobre aquele encontro que haviam tido, aconteceu algo extraordinário. As portas e janelas da casa estavam trancadas.

Falavam ainda, quando ele próprio se apresentou no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”.

Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.

Depois de ter comido, Jesus lhes disse de novo: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou eu também vos envio”.

Um dos Doze, Tomé, chamado Dídimo, não estava com eles, quando veio Jesus.

Ele lhes disse: “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e não puser meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei”.

Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”. Disse depois a Tomé: “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!”. Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”. Jesus lhe disse: “Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!”.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/10/04/14/138370770_F138370770.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Evangelizar como São Francisco: sempre e, só se for necessário, com palavras

Obturador

Karen Hutch - postado em 04/10/24

São Francisco de Assis disse que “em todos os momentos temos que evangelizar e, somente quando necessário, usar palavras”. Aqui estão suas dicas para alcançá-lo.

A espiritualidade de São Francisco de Assis permite-nos levar a nossa fé a outro nível, ou seja, vivê-la cada dia mais profundamente e assim transmiti-la aos outros, desde os nossos familiares e amigos, até àqueles que não conhecemos, mas que conhecemos. cruzar caminhos com rua. Então, o que São Francisco quis dizer quando disse: “Evangelizar em todos os momentos e somente quando necessário usar palavras?”

Existe uma frase que diz “o corpo fala, o que a boca cala”, na verdade, nossos gestos, atos e comportamentos são reflexo de nossa vida e hábitos.

Ninguém ama o que não conhece

O conselho de São Francisco de Assis faz sentido quando se tem um amor profundo por Deus. Só assim poderemos dar testemunho do Evangelho, pois, se quisermos evangelizar, devemos ter um forte e profundo sentido de conversão quotidiana para podermos dar testemunho. 

São Francisco também sempre convidou a comunidade a levar um estilo de vida centrado em Deus. Ele escreveu:

“Tenha cuidado com a sua vida, talvez seja o único Evangelho que muitos lerão”

Na verdade, muitos podem nem conhecer verdadeiramente a Deus e podem não abrir a Bíblia, mas o que verão serão as suas ações. A nossa vida pode ser um instrumento de Deus para levar o seu Evangelho. 

Aqui estão as dicas que o santo nos inspira a alcançar: 

1 - UMA ALMA HUMILDE

Sem dúvida, um dos maiores ensinamentos deste santo é a humildade, mesmo no despojamento de todos os seus bens materiais, bem como na oração e no trato com os outros. Ele mesmo explica:

“Tenha cuidado quando estiver com sua família, seus parentes e amigos, apenas tente ser simples, humilde e generoso como sua mãe Maria e não procure mais nada”.

2 - AS MANEIRAS

Roman Zaiets | Obturador

Com certeza nunca sairão de moda e, assim como são importantes à mesa, também são importantes na hora de visitar um templo para participar da missa. Agindo com respeito e reverência mostramos nossa atitude para com Deus. 

São Francisco diz: “Quando você estiver na Igreja, ouça-o com o coração, quase sem palavras, e agradeça-lhe por 'tudo' até por 'tudo de ruim', para ser como Ele”.

3 - CUIDE DO SEU TRABALHO

Faça bem o seu trabalho, de acordo com o que você tem que fazer; e não faça o que não deveria. “Até o boi faz bem o seu trabalho”, disse São Francisco. 

4 - CUIDE DE SUAS DECISÕES E AÇÕES

"Tenha cuidado com os passos que você dá, para não conseguir voltar atrás e cair no abismo." Se quisermos ser um reflexo de Cristo, temos que pensar sempre em qualquer situação: O que Jesus faria se estivesse aqui enfrentando esta decisão? 

5 - AMOR EM TODOS OS MOMENTOS

São Francisco de Assis conclui dizendo: “Ainda tens tempo para amar e esquecer-te. Enche-te do amor de Jesus e da humildade e simplicidade da tua Mãe Maria! Doa-te generosamente e não procures mais nada”.

Nesta casa comum chamada Terra, somos chamados a dar testemunho de Cristo, a viver com o único objetivo de buscá-lo e amá-lo em cada passo que damos. Quem vê tudo o recompensará.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/10/04/evangeliza-como-san-francisco-siempre-y-solo-si-es-necesario-con-palabras

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Qual o risco real de beber álcool?

A OMS diz que o risco para a saúde de quem bebe álcool 'começa na primeira gota' (Crédito: Getty Images)

Qual o risco real de beber álcool?

2 outubro 2024

No passado, várias pesquisas sugeriram que o consumo moderado de algumas bebidas alcoólicas, como vinho tinto, poderia ser bom para a saúde. Mas isso mudou, segundo um documento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Agora, a OMS considera que não há nível seguro para a saúde no consumo de álcool.

O programa de rádio The Food Chain, do serviço mundial da BBC, analisou os riscos e benefícios de beber.

Câncer e mortes

O consumo de álcool contribuiu em 2019 para 2,6 milhões de mortes em todo o mundo, de acordo com um relatório da OMS divulgado em junho.

Dessas, estima-se que 1,6 milhão de óbitos foram por doenças não transmissíveis, incluindo 474.000 mortes por doenças cardiovasculares e 401.000 por câncer.

Cerca de 724.000 mortes foram devido a ferimentos, como acidentes de trânsito, automutilação e violência.

Outros 284.000 óbitos foram relacionados a doenças transmissíveis — por exemplo, já foi provado que o consumo de álcool aumenta o risco de transmissão do HIV através de sexo desprotegido e também o risco de infecção por tuberculose, ao suprimir algumas reações do sistema imunológico.

O álcool causa pelo menos sete tipos de câncer, incluindo de intestino e mama.

Uma análise feita pela OMS descobriu que até mesmo o consumo leve e moderado de álcool, definido como menos de 1,5 litro de vinho, menos de 3,5 litros de cerveja ou menos de 450 mililitros de destilados por semana, é perigoso.

As novas diretrizes da OMS afirmam que não há uma quantidade segura e que o "risco para a saúde de quem bebe começa na primeira gota de qualquer bebida alcoólica".

Mundialmente, homens consomem quase quatro vezes mais álcool do que as mulheres (Crédito: Getty Images)

Tim Stockwell, cientista do Instituto Canadense de Pesquisa sobre Uso de Substâncias, está convencido sobre a importância do alerta da OMS.

“O álcool é essencialmente uma substância de risco, e o risco começa assim que você começa a beber.”

Ele fez uma análise de 107 artigos científicos e concluiu que não se pode afirmar que o consumo leve do álcool é seguro. No estudo, o consumo leve foi definido como de uma bebida por semana (> 1,30 g de etanol/dia) a duas bebidas por dia (< 25 g de etanol/dia).

Stockwell argumenta que pesquisas com metodologia ruim vinham sustentando a ideia de que o consumo moderado de álcool é saudável.

O consumo de álcool no mundo apresentou uma pequena queda (Crédito: Getty Images)

Mas nem todo mundo acha que os riscos do álcool devem ser motivo de tanta preocupação.

"Eu realmente não entendo essa obsessão em tentar entender os riscos de beber uma ou duas doses por dia", argumenta o professor David Spiegelhalter.

Ele é professor emérito de estatística na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e explica como podemos dar sentido ao risco.

"Não existe um nível seguro de direção. Não existe um nível seguro de vida, mas ninguém recomenda a abstinência. Precisamos analisar a balança entre benefícios e danos."

Spiegelhalter é cético quanto à nossa capacidade de estimar os riscos com precisão.

"Acho que deveríamos aceitar que as pessoas bebem por um motivo, que é gostar."

Garantindo que não faz parte do lobby pró ou contra o álcool, Spiegelhalter conta por que gosta de beber moderadamente.

"Risco significa diminuir a expectativa de vida média em pelo menos 1%."

"Ao longo de cinquenta anos bebendo, uma dose razoável por dia tiraria seis meses da sua vida ou quinze minutos de cada dia."

Spiegelhalter defende que até mesmo assistir TV uma hora por dia ou comer sanduíche com bacon duas vezes por semana também trazem riscos à saúde.

Stockwell também gosta de sua dose de bebida e não necessariamente defende a abstinência.

"Se você acha que o álcool é uma coisa maravilhosa e prazerosa, precisa considerar o equilíbrio disso com os pequenos riscos à sua saúde", diz o cientistas.

Queda no consumo

Consumo anual de álcool per capita diminuiu ligeiramente no mundo — de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019 (Crédito: Getty Images)

Dados da OMS também revelam que o consumo anual de álcool per capita diminuiu ligeiramente no mundo — de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019.

Os homens consomem em média 8,2 litros em comparação com 2,2 litros por mulheres em um ano.

Alguns como Anna Tait, 44 anos, que mora em Berkshire, na Inglaterra, estão desistindo completamente do álcool.

"Eu não diria que bebia muito, mas muito toda sexta-feira. Eu ficava ansiosa para abrir algumas cervejas, tomar gin depois do trabalho e então rapidamente passar a dividir uma garrafa de vinho com meu marido", diz Tait.

O mesmo padrão se repetia no sábado.

Tait percebeu então que estava bebendo nas quintas e domingos também.

Porém, no início deste ano, ela começou a treinar para uma maratona e seu treinador a apoiou a desistir do álcool.

Seu marido também está fazendo musculação e ambos conseguiram cortar seu consumo de álcool.

"Foi uma mudança tão grande. Eu me sinto mais forte e melhor", diz Tait.

Mas ela conta que, quando estão em encontros sociais, seus amigos ficam um pouco decepcionados quando percebem que ela e o marido não vão se juntar para beber.

Amelie Hauenstein, da Baviera, na Alemanha, também desistiu de beber.

"Percebi que eu não tinha uma noite divertida quando não bebia", conta a jovem de 22 anos.

"Eu queria parar porque é muito ruim acordar no domingo e não saber o que fez no dia anterior", diz Hauenstein, demonstrando estar feliz com o progresso que fez.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5y852np981o

O dom do matrimônio

O Sacramento do Matrimônio (cancaonova)

O dom do matrimônio  

Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo (RS)

Alguns fariseus provocam Jesus sobre o divórcio (Gênesis 2,18-24, Salmo 127, Hebreus 2,9-11 e Marcos 10,2-16). A pergunta é legalista e tem por objetivo colocar Jesus “à prova”. Esta atitude dos fariseus revela que querem apenas polêmica, pois já tem opinião formada e qualquer que fosse a resposta discordariam de Jesus. Afinal, não estavam interessados no aprofundamento do tema, mas apenas na confusão. Jesus não fica na provocação, mas aproveita a oportunidade para anunciar o plano original de Deus sobre o casal e a família. 

A Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia – sobre o amor na família (AL) do Papa Francisco é fruto de dois Sínodos, realizados em 2014 e 2015. O Papa escreveu: “O caminho sinodal permitiu analisar a situação das famílias no mundo atual, alargar a nossa perspectiva e reavivar a nossa consciência sobre a importância do matrimônio e da família. Ao mesmo tempo, a complexidade dos temas tratados mostrou-nos a necessidade de continuar a aprofundar, com liberdade questões doutrinais, morais, espirituais e pastorais” (AL, nº 2). Assim como Jesus, a exortação Amoris Laetitia indica que o tema do matrimônio e da família não se restringe a uma questão legal e jurídica. Também o tema não pode ser tratado de forma superficial, preconceituosa e com respostas prontas.  

Numa sociedade plural convivemos com múltiplas compreensões sobre o tema em questão. Inspirado nas palavras do Papa Francisco, que fala em nome da Igreja, sublinho alguns elementos fundamentais do matrimônio católico. Jesus elevou o casamento como sinal sacramental, isto é, a relação de Jesus com a Igreja é o fundamento da relação dos esposos. “O matrimônio é uma vocação, sendo uma resposta ao chamado específico para viver o amor conjugal, como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de casar e formar família deve ser fruto de um discernimento vocacional” (AL, nº 72). Sendo o matrimônio um sacramento ele invoca a fé dos noivos e está enraizado no batismo. 

A primeira pergunta feita aos nubentes na celebração do Sacramento do Matrimônio é sobre a liberdade. Um ato para ser verdadeiramente humano e consciente precisa ser livre, isto é, sem coação, nem ignorância sobre a pessoa com quem vai estabelecer o vínculo, nem sobre as propriedades e finalidades do matrimônio católico. A grandeza e a complexidade da vida conjugal e familiar requerem uma preparação proporcional para os noivos, para que seja um ato livre deles. Eles precisam ser ajudados a descobrir o valor e a riqueza do matrimônio e se prepararem para viver as alegrias e tristezas da vida conjugal e familiar. 

Fundamentado nos ensinamentos de Jesus Cristo a Igreja anuncia como propriedades fundamentais do Sacramento do matrimônio a unidade e a indissolubilidade. “Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” “Não se deve entender primariamente como ‘jugo’ imposto aos homens, mas como um ‘dom’ concedido às pessoas unidas em matrimônio (…) A condescendência divina acompanha sempre o caminho humano, com a sua graça, cura e transforma o coração endurecido, orientando-o para o seu princípio, através do caminho da cruz” (AL, nº 62). 

As finalidades do matrimônio são o bem dos cônjuges e a geração e educação dos filhos. O primeiro beneficiado do matrimônio é o casal que forma uma comunidade de vida e amor partilhando todas as situações vitais. O amor do casal se abre para os filhos. “O amor rejeita qualquer impulso para fechar-se em si mesmo, e abre-se à fecundidade que se prolonga para além da sua própria existência. (…) o filho pede para nascer, não de qualquer maneira, mas deste amor, porque ele “não é uma dívida, mas uma dádiva”. Nesta compreensão a família é o santuário da vida, um lugar sagrado onde a vida é gerada e cuidada. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O sofrimento e o amor (2)

Homem rezando (Presbíteros)

O sofrimento e o amor

A dor que nos purifica

A Cruz, o sofrimento, purifica-nos. O sofrimento abre-nos os olhos para panoramas de vida maiores, mais verdadeiros e mais belos. O sofrimento ajuda-nos a escalar os cumes do amor a Deus e do amor ao próximo.

São inúmeras as histórias de homens e de mulheres que, sacudidos pelo sofrimento, acordaram: adquiriram uma nova visão –que antes era impedida pela vaidade, a cobiça e as futilidades- e perceberam, com olhos mais puros, que o que vale a pena de verdade na vida é Deus que nunca morre, nem trai, nem quebra; descobriram que nEle se acha o verdadeiro amor pelo qual todos ansiamos e que nenhuma outra coisa consegue satisfazer; entenderam que o que importa são os tesouros no Céu, que nem a traça rói nem os ladrões levam (Mt 6,20); e perceberam, enfim, que os outros também sofrem, e por isso decidiram esquecer-se de si mesmos e dedicar-se a aliviá-los e ajudá-los a bem sofrer.

É uma lição encorajadora verificar que, na vida de São Paulo, as tribulações se encadeavam umas às outras, sem parar, mas nunca o abatiam. É que ele não as via como um empecilho, mas como graças de Deus e garantia de fecundidade, de modo que podia dizer de todo o coração: Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo (2 Cor 4,10). E ainda: Sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo; porque quando me sinto fraco, então é que sou forte! (2 Cor 12,10). E até mesmo, com entusiasmo: Nós nos gloriamos das tribulações, pois sabemos que a tribulação produz a paciência; a paciência a virtude comprovada; a virtude comprovada, a esperança. E a esperança não desilude, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rom 5,3-5). É o retrato perfeito da alma que se agiganta no sofrimento, que se deixa abençoar pela Cruz.

Outro exemplo muito significativo. Uma perseguição injusta de seus próprios confrades arrastou São João da Cruz a um cárcere imundo. Todos os dias era chicoteado e insultado. Mal comia. Suportava frios e calores estarrecedores. Para ler um livro de orações, tinha que erguer-se nas pontas dos pés sobre um banquinho e apanhar um filete de luz que se filtrava por um buraco do teto. Pois bem, foi nesses meses de prisão, num cubículo infecto, que ganhou o perfeito desprendimento, alcançou um grau indescritível de união com Deus e compôs, inundado de paz, a Noite escura da alma e o Cântico espiritual, obras que são consideradas dois dos cumes mais altos da mística cristã. E, uma vez acabada a terrível provação, quando se referia aos seus torturadores, chamava-os, com sincero agradecimento, “os meus benfeitores”.

As histórias de mulheres e de homens santos que se elevaram na dor, poderiam multiplicar-se até o infinito: mães heróicas, mártires da caridade… Daria para encher uma biblioteca só a vida dos mártires do século XX, como São Maximiliano Kolbe, que na sua Cruz – na injustiça do campo de concentração nazista, nos tormentos, na morte – achou e soube dar o amor e a vida com alegria.

Essas almas santas estão a escrever –no dizer de João Paulo II- “um grande capítulo do Evangelho do sofrimento, que se vai desenrolando ao longo da história. Escrevem-no todos aqueles que sofrem com Cristo, unindo os próprios sofrimentos humanos ao seu sofrimento salvífico…”

“No decorrer dos séculos e das gerações, tem-se comprovado que no sofrimento se esconde uma força particular, que aproxima interiormente o homem de Cristo, uma graça particular. A esta ficaram a dever a sua profunda conversão muitos santos como, por exemplo, São Francisco de Assis, Santo Inácio de Loyola, etc. O fruto de semelhante conversão é não apenas o fato de que o homem descobre o sentido salvífico do sofrimento, mas sobretudo que no sofrimento ele se torna um homem totalmente novo. Encontra como que uma maneira nova para avaliar toda a sua vida e a própria vocação. Esta descoberta constitui uma confirmação particular da grandeza espiritual que, no homem, supera o corpo de uma maneira totalmente incomparável. Quando este corpo está gravemente doente, ou mesmo completamente inutilizado, e o homem se sente como que incapaz de viver e agir, é então que se põem mais em evidência a sua maturidade interior e grandeza espiritual; e estas constituem uma lição comovedora para as pessoas sãs e normais” (Salvifici doloris, n. 26).

A dor que nos “chama”

Mas estamos falando dos mártires, dos grandes sofrimentos de alguns santos, e não devemos esquecer que também é a Cruz, a santa Cruz, cada uma das contrariedades, dores, doenças, injustiças e mil outros padecimentos menores, que Deus envia ou permite na nossa vida diária, para nos santificar.

Vai-nos ajudar a pensar nisso uma frase incisiva de São Josemaria, comentando a passagem da Paixão de Cristo em que os soldados obrigaram Simão Cireneu a carregar a Cruz de Jesus: “Às vezes, a Cruz aparece sem a procurarmos: é Cristo que pergunta por nós”.

A maior parte das “cruzes” aparece-nos sem as termos procurado. São as moléstias físicas ou psíquicas; são os aborrecimentos que surgem no mundo do nosso trabalho; são as dificuldades e aflições econômicas, o desemprego, a insegurança…; ou então os sofrimentos que surgem no convívio habitual com a família: asperezas de caráter do marido ou da mulher, desgostos com os filhos, parentes desabusados ou intrometidos, indelicadezas, ofensas…

Todo tipo de sofrimento nos interpela. Que resposta lhe damos? Não poucas vezes, a nossa reação espontânea é a irritação, o protesto, ou a aflição, a tristeza, o desânimo, a queixa. Há corações que não sabem sofrer, ficam perdidos diante dos sofrimentos cotidianos, e sucumbem esmagados por umas “cruzes” que sentem como se fossem uma laje que os asfixia, quando Deus lhas oferece como asas para voar.

Deveriam lembrar-se do mau ladrão. Junto de Jesus crucificado, deixou-se arrastar pelo ódio à Cruz. Morreu contorcendo-se e espumando de raiva na sua cruz inútil. Pelo contrário, o bom ladrão soube descobrir na sua cruz uma escada que lhe serviu para chegar a Cristo e subir ao Céu (Cfr. Luc 23,39-43).

Não vale a pena contorcer-se e protestar. Assim, Deus não nos poderá “trabalhar”. “Sofreremos mais e inutilmente”, e nenhum proveito tiraremos da dor.

Qualquer sofrimento nos interpela, dizíamos. Também Cristo foi interpelado, na Cruz, por todo tipo de sofrimento, por cada um daqueles padecimentos com que o feriram os nossos pecados. E como respondeu? De cada ferida que recebia, brotava um ato de amor e uma virtude. Esse é o exemplo para o qual devemos olhar.

Acusado com mentiras revoltantes, responde com mansidão. Provocado maldosamente, responde com o silêncio. A cada chicotada, a cada espinho que lhe fere a cabeça, a cada prego que lhe atravessa as mãos e os pés, responde com a paciência; a cada ofensa, responde com o perdão; a cada escarro, a cada bofetada, responde com a humildade; a cada bem que lhe tiram (sangue, pele, honra, roupas) responde dando; à rejeição dos homens, responde entregando-se totalmente por eles.

Fonte:  PeFaus@1928 (Adaptação de um trecho do livro de F. Faus: A sabedoria da Cruz)

https://presbiteros.org.br/o-sofrimento-e-o-amor/

Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu

Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu (A12)
03 de outubro
País: Brasil (Rio Grande do Norte)
Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu

Hoje a Igreja Católica celebra a memória dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, interior da capitania do Rio Grande, atual estado do Rio Grande do Norte.

Protomártir é o termo utilizado para designar o primeiro mártir cristão de um país.

Estes mártires foram vítimas de dois massacres que ocorreram no ano de 1645, durante a invasão dos holandeses, nas localidades de Cunháu e Uruaçu. Ambos os ataques foram ordenados pelo judeu-alemão Jacó Rabe.

Das muitas vítimas nos dois massacres, foram possíveis ser identificadas apenas trinta brasileiros que foram santificados por darem sua vida em testemunho da sua fé.

O primeiro massacre ocorreu no dia 16 de julho de 1645, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no engenho de Cunhaú, município de Canguaretama. Durante a celebração da missa, o padre André de Soveral foi surpreendido juntamente com os fiéis, que foram trancados dentro da igreja e brutalmente assassinados.

O segundo ocorreu em 3 outubro, na comunidade de Uruaçu, município de São Gonçalo do Amarante. Novamente durante uma celebração da missa, as portas da igreja foram fechadas e o padre Ambrósio Francisco Ferro e os fiéis que participavam da celebração foram assassinados com mais violência e brutalidade.

A beatificação ocorreu em 5 de março de 2000 pelo Papa João Paulo II. Já a canonização ocorreu em 15 de outubro de 2017, pelo Papa Francisco.

Colaboração: Nathália Lima

Os Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu estão também retratados no chamado "Painel dos Homens", no interior do Santuário Nacional de Aparecida.

Thiago Leon | A12

Reflexão:

“Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma" (Mt 10, 28). O sangue de católicos indefesos, muitos deles anônimos crianças, velhos e famílias inteiras servirá de estímulo para fortalecer a fé das novas gerações de brasileiros, lembrando sobretudo o valor da família como autêntica e insubstituível formadora da fé e geradora de valores morais.” (Trecho da homilia de São João Paulo II na missa de beatificação dos mártires em 05 de março de 2000)

Oração:

Senhor Deus, concedei a nós, que invocamos a intercessão dos Santos mártires e a proteção do Céu, que nos alcancem a mesma fé e a mesma caridade que os inflamava! Alcançai-nos também a Vossa graça para que possamos também nós, deixarmos o precioso e belo exemplo de constância e perseverança na vida cristã. Santíssima Virgem Maria, Rainha dos Mártires, rogai por nós! Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

“Maior que teu coração”: contrição e reconciliação (1)

Combate, proximidade,  missão (Opus Dei)

“Maior que teu coração”: contrição e reconciliação

Só Deus é maior que nosso coração, e por isso só Ele pode curá-lo, reconciliá-lo até o fundo. Sexto artigo da série “Combate, proximidade, missão”.

10/09/2024

Parte do fascínio que Jesus provocava em seus contemporâneos devia-se à sua capacidade de curar o incurável. O Senhor atraía também muito interesse pelo caráter surpreendente de seus prodígios, pela força e originalidade de sua pregação, por sua simpatia e seu bom humor, porque aparecia como o Messias prometido nas Escrituras... mas muitos aproximavam-se dele sobretudo pela cura milagrosa de enfermos. Havia se espalhado a notícia de que leprosos, paralíticos, cegos, surdos-mudos ou pessoas com problemas de mobilidade, haviam sido curados graças às suas palavras e seus gestos.

Mas aquele misterioso médico curava os corpos também para mostrar um poder maior: curar as almas. Jesus reconcilia como só Deus poderia fazer: vem curar o fundo de nosso coração. “O que é mais fácil dizer: teus pecados estão perdoados, ou dizer: levanta-te e anda? Pois, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar os pecados – disse ao paralítico – eu te digo: levanta-te, pega o leito e vai para casa” (Lc 5, 23-24). O que interessa ao Senhor, sobretudo, é curar nossa cegueira interior: aquela que nos impede de perceber tudo o que recebemos dele; quer curar nossa mudez, nossa incapacidade de nomear o mal que há em nós; a surdez que nos impede de ouvir a voz de Deus e as necessidades de nosso próximo; nossa paralisia para caminhar rumo ao que nos pode tornar verdadeiramente livres; ou a lepra que nos faz acreditar que somos indignos de um Deus que nunca se cansa de nos procurar. Cada momento da vida de Cristo, e em especial sua paixão e sua ressurreição, manifesta seu desejo de curar. A única coisa de que precisa é encontrar em nós esse mesmo desejo. A cura só é possível se não escondermos nossa ferida diante de quem tem o poder de curar.

Deus é maior que nosso coração

“Tudo vem de Deus, que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação”, escreve São Paulo aos de Corinto. “Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação” (2 Cor 5, 18-19). As primeiras comunidades cristãs, talvez pelo contraste com a dura lógica social que as rodeava, foram compreendendo que a reconciliação com Deus e com os outros era um dom que só podia vir do alto. Percebiam que nós não podemos “causar” o perdão de Deus com nossa penitência ou com nossos atos de reparação, mas podemos apenas aceitar com agradecimento o regalo gratuito – a “graça” – que ele nos oferece.

É fácil que, sem perceber, nos vejamos aplicando ao perdão de Deus a lógica de um perdão excessivamente humano. Para uma mentalidade estritamente legalista, o importante é o pagamento de uma sanção, a quantia que se deve reparar, o esforço por voltar a um equilíbrio anterior ao dano. Essa lógica, porém, precisamente com o desespero silencioso que ela pode gerar em quem não tem como reparar, é o que Jesus veio superar. “Repara que entranhas de misericórdia tem a justiça de Deus! – Porque, nos julgamentos humanos, castiga-se a quem confessa a sua culpa; e no divino perdoa-se”[1].

A primeira carta de São João também traz esta notícia consoladora, com palavras que podem nos encher de paz: “Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração, pois, se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas” (1 Jo 3, 19-20). Jesus diz muitas vezes que veio nos salvar e não nos condenar[2], mas mesmo assim podem surgir facilmente em nosso interior vozes que nos inquietam: a de uma esperança frágil, que convida a jogar a toalha, porque não acredita plenamente que Deus pode perdoar tudo; ou a de uma soberba que não suporta constatar mais uma vez a própria debilidade.

O Papa nos alenta a ir ao encontro dessas vozes: “Tu, irmã, irmão, se teus pecados te assustam, se teu passado te inquieta, se tuas feridas não cicatrizam, se tuas contínuas quedas te desmoralizam e parece que perdeste a esperança, por favor não temas. Deus conhece tuas debilidades e é maior que teus erros. Deus é maior que nossos pecados, muito maior. Pede apenas uma coisa: que não guardes dentro de ti tuas fragilidades, tuas misérias; mas que as leves a Ele, as coloques diante dele, e os motivos de desolação converter-se-ão em oportunidades de ressureição”[3].

Nesse mesmo sentido, São Josemaria convidava a prestar atenção aos personagens que se aproximam de Jesus, conscientes de não ter nenhuma possibilidade de pagar a fatura de sua cura, nem a física e nem a espiritual. Essa convicção abre-lhes, porém, as portas da verdadeira vida espiritual, o espaço da gratuidade, onde essa “graça” é o mais importante: “Talvez penses que os teus pecados são muitos, que o Senhor não poderá ouvir-te. Não é assim porque Ele tem entranhas de misericórdia (...). E observemos o que nos conta São Mateus, quando coloca um paralítico diante de Jesus. Aquele doente não faz nenhum comentário: fica ali simplesmente, na presença de Deus. E Cristo, comovido por essa contrição, por essa dor de quem sabe não merecer, não demora a reagir com a sua misericórdia habitual: Tem confiança, que te são perdoados os teus pecados[4].

_______________

[1] São Josemaria, Caminho, n. 309

[2] Cfr. por exemplo Jo 3, 17; 12, 47.

[3] Francisco, Homilia, 25/03/2022.omilia HoH

[4] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 253

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/maior-que-teu-coracao-contricao-e-reconciliacao/

Sínodo: um processo imparável

Papa Francisco no encontro internacional dos Párocos (Vatican Media)

Há quem tenha muita esperança no Sínodo, sublinhe a necessidade de mudanças e peça a aplicação do método sinodal na vida das comunidades. Mas há muitas resistências. A segunda sessão da XVI Assembleia do Sínodo dos bispos decorre de 2 a 27 de outubro.

Rui Saraiva – Portugal

Imparável. Creio que seja esta a palavra que melhor define o estado do processo sinodal em curso na Igreja. A expressão não é minha, mas do padre redentorista Rui Santiago. Subscrevo e confirmo.

A liberdade do povo de Deus

O missionário da Congregação do Santíssimo Redentor afirma a sua profunda esperança no Sínodo, como sendo “uma espécie de solavanco eclesial que vai desencadear processos que são imparáveis. Tenho muita esperança no Sínodo”, diz.

Para o sacerdote, mais importante do que o documento final do Sínodo, é o processo que está desencadeado. Porque na História da Igreja “vai haver um antes e um depois deste Sínodo”, salienta.

“É a diferença entre um Sínodo do qual se espera um belíssimo documento, a um Sínodo, como é o caso deste, em que, seja qual for o documento final, é o que menos interessa. Porque o processo está desencadeado”. “Este processo é de facto imparável”, sublinha o missionário.

O padre Rui Santiago destaca ainda a liberdade que o povo de Deus sente neste processo sinodal. O “Sínodo está a ser um desencadear desta liberdade”. “O que eu acho que há de histórico neste momento tem a ver com a liberdade que o povo de Deus sente”, declara.

Para o sacerdote, é também importante serem faladas neste Sínodo as questões sobre a estrutura da Igreja, mas mais significativo é fazer a experiência sinodal.

Resistências e inércias

Mas há muitas “resistências” ao Sínodo, como revela o teólogo José Eduardo Borges de Pinho, membro da Equipa Sinodal da Conferência Episcopal Portuguesa, em entrevista à Rádio Renascença e à Agência Ecclesia publicada em julho passado.

“Não me admira muito que haja resistências, não me admira muito que haja inércias”, afirma o professor jubilado da Universidade Católica Portuguesa, acentuando a necessidade de mudanças profundas na Igreja.

“Na minha leitura, há aqui mudanças, mudanças profundas que têm de ser feitas. São mudanças naturalmente de mentalidade, mas são, no fundo, verdadeiras conversões. Conversão do modo de proceder, do modo de olhar, do sentido das prioridades”, refere.

O teólogo alerta para o facto de que “as pessoas não desistem do poder” e preconiza que é necessária uma mudança com “humildade” e “disponibilidade”.

Também de resistências à mudança se falou na Assembleia Mundial “Párocos pelo Sínodo” que decorreu em Roma de 29 de abril a 2 de maio. Neste encontro, que reuniu cerca de 200 párocos de todo o mundo, foi possível ouvir da boca dos sacerdotes, durante a partilha de experiências, que as principais resistências ao Sínodo vêm de padres e bispos.

Quem refere este facto é o padre Sérgio Leal, pároco de Anta e Guetim na diocese do Porto, que esteve nesta Assembleia Mundial por indicação da Conferência Episcopal Portuguesa. “Há ainda muita dificuldade em implementar processos sinodais nas dioceses”, afirma.

“Aquilo que diziam os padres na partilha era que os impedimentos não eram da parte dos fiéis, porque desses até se encontrava muita expectativa no processo sinodal, mas, quer no presbitério, quer da parte do bispo, tantas vezes, se encontravam resistências à implementação destes processos sinodais”, diz o sacerdote.

Relações, percursos e lugares no caminho da Igreja

Entretanto, foi apresentado em julho o Instrumentum Laboris (instrumento de trabalho) para a segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos bispos que decorre em Roma de 2 a 27 de outubro deste ano de 2024.

O documento tem como título “Como ser Igreja sinodal missionária”, recorda as etapas diocesanas, nacionais e continentais e os três anos de um caminho de reflexão, de escuta e de discernimento nas comunidades eclesiais de todo o mundo. Apresenta três partes com elementos essenciais da dinâmica sinodal: Relações, Percursos e Lugares.

No Instrumentum Laboris (IL) é pedida uma conversão das “relações”. Salienta a necessidade de “animar as relações ao serviço da unidade, no concreto de uma partilha de dons que liberta e enriquece todos”, refere o texto.

Neste documento a parte dedicada aos percursos, “põe em evidência os processos que asseguram o cuidado e desenvolvimento das relações, em particular a união a Cristo com vista à missão e à harmonia da vida comunitária”.

Destaque especial para a importância do discernimento e para os processos de decisão, sendo sublinhado que na “Igreja sinodal toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos seus membros, é convocada para rezar, escutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar na tomada de decisões pastorais”.

Por sua vez, a parte do IL dedicada aos lugares convida a que seja superada “uma visão estática segundo um modelo piramidal”, ordenado por graus sucessivos como a paróquia, a diocese e a conferência episcopal.

É sublinhada a necessidade de serem valorizados os conselhos paroquiais e diocesanos como “instrumentos essenciais para o planeamento, a organização, a execução e a avaliação das atividades pastorais”. Conselhos que podem incluir aspetos de “estilo sinodal” como “processos decisórios sinodais e lugares da prática da prestação de contas” refere o documento.

Promover a aplicação do Sínodo

O IL deixa claro que o processo sinodal iniciado em 2021 pelo Papa Francisco com o tema “Por uma Igreja Sinodal: participação, comunhão e missão”, não se conclui em 2024 com a segunda sessão da XVI Assembleia.

Declara que as duas sessões, de 2023 e 2024 “fazem parte de um processo mais amplo que, de acordo com as indicações da Constituição Apostólica Episcopalis communio, não terminará no final de outubro de 2024”. Assinala o “caminho de conversão e de reforma que a segunda sessão convidará toda a Igreja a realizar”.

“Estamos ainda a aprender como ser Igreja sinodal missionária, mas é uma missão que experienciámos poder empreender com alegria”, diz o texto. O documento destaca especialmente a importância da metodologia sinodal da Conversação no Espírito, no caminho percorrido até ao momento.

A este propósito recordo as palavras do padre Sérgio Leal, que já aqui citei sobre o encontro “Párocos pelo Sínodo” e que, na sua qualidade de especialista em sinodalidade, considera que “a Secretaria Geral do Sínodo deveria promover um processo de aplicação do Sínodo”.

A Rede Sinodal em Portugal

E promover a aplicação do Sínodo, suscitando comunicação e sinergias, é o objetivo do site ‘Rede Sinodal em Portugal’ (www.redesinodal.pt), lançado a 6 de janeiro de 2024, na Epifania do Senhor. Esta plataforma inspira-se no livro “Não temos medo – Reflexões sobre a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 e o caminho sinodal”, uma obra que nasceu do dinamismo de um grupo de leigos, leigas, sacerdotes e religiosas que partilharam em livro as suas reflexões.

Este livro da Paulinas Editora tem fotos de João Lopes Cardoso, foi coordenado por mim e conta com o prefácio de Paulo Portas, o posfácio de Paulo Terroso e os textos de Bento Amaral, Filipa Lima, Filipe Anacoreta Correia, Helena Ferro de Gouveia, João Paiva, Joaquim Franco, José Luís Borga, José Manuel Pureza, José Maria Brito, Matilde Trocado, Paulo Mendes Pinto, Rita Sacramento Monteiro, Sandra Bartolomeu, Sérgio Leal, Sílvia Monteiro, Sofia Salgado e Sónia Neves.

Foi assim que tomando inspiração neste livro surgiu a “Rede Sinodal em Portugal”. Um site que tem como missão abrir um espaço de informação sobre o Sínodo, apresentando num mesmo lugar o entusiasmo de quem está em movimento fazendo caminho juntos, na pluralidade e diversidade, promovendo o método sinodal em diálogo com o mundo.

O site foi anunciado a todos os bispos e dioceses de Portugal e respetivas comissões sinodais, colocando-se ao seu serviço, tendo sido pedidos contributos sobre o andamento dos respetivos processos de trabalho sinodal. Dessa primeira abordagem surgiu em março de 2024 uma síntese sobre o pulsar do Sínodo em Portugal. Foram também promovidos cinco encontros presenciais em cinco diferentes dioceses: Aveiro, Coimbra, Porto, Guarda e Lisboa.

A importância da experiência do método sinodal

E fazer a experiência do método sinodal da “Conversação no Espírito” é essencial para caminhar em conjunto neste processo sinodal. Este método tem um grande potencial de “projeção pastoral de um plano pastoral diocesano ou paroquial”.

O padre Sérgio Leal assinala que “este processo de Conversação no Espírito é um processo fundamental, até para “a resolução de conflitos numa comunidade”. “Permite escutar o outro, ser escutado e sobretudo escutar o Espírito Santo”, afirma o sacerdote.

A XVI Assembleia Geral do Sínodo dos bispos vai escutar o Espírito Santo?

Laudetur Iesus Christus

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF