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sábado, 12 de outubro de 2024

Papa: o mundo precisa do nosso testemunho comum, não da divisão dos cristãos

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

"A unidade dos cristãos e a sinodalidade estão ligadas" e ambas devem ser percorridas por um caminho ecumênico, enalteceu Francisco em homilia esta sexta-feira (11/10), por ocasião da Vigília Ecumênica com os padres sinodais: "hoje exprimimos a nossa vergonha pelo escândalo da divisão dos cristãos, de não testemunharmos juntos o Senhor Jesus. Este Sínodo é uma oportunidade para ultrapassar os muros que ainda persistem entre nós". "O mundo precisa de um testemunho comum", fiel à missão da Igreja.

Andressa Collet - Vatican News

A sexta-feira (11/10) dos padres sinodais foi finalizada com uma Vigília Ecumênica na Praça dos Protomártires, dentro do Vaticano. A data recorda a abertura do Concílio Vaticano II, como recordou o Papa Francisco em homilia, "que marcou a entrada oficial da Igreja Católica no movimento ecumênico". A homilia não foi lida pelo Santo Padre, mas entregue aos participantes. A Praça dos Protomártires Romanos é uma homenagem aos primeiros mártires da Igreja de Roma, que testemunharam com o próprio sangue a fé em Cristo. "Que estes mártires fortaleçam em nós a certeza de que nos aproximamos uns dos outros ao aproximarmo-nos de Cristo", porque "quanto mais os cristãos estão próximos de Cristo, tanto mais próximos estão uns dos outros".

Assim, enalteceu o Pontífice, "a unidade dos cristãos e a sinodalidade estão ligadas" e ambas devem ser percorridas através de um caminho ecumênico. Em ambos os processos, continuou o Papa, "não se trata tanto de construir algo, mas sim de acolher e fazer frutificar o dom que já recebemos. E como é que é o dom da unidade? A experiência sinodal ajuda-nos a descobrir alguns aspectos".

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

A unidade é uma graça

O Papa começou, então, a trazer alguns ensinamentos sobre a unidade. O primeiro, de que ela é "uma graça, um dom imprevisível" "cujos tempos e modos não podemos prever":

“O verdadeiro protagonista não somos nós, mas o Espírito Santo que nos guia para uma maior comunhão. Tal como não sabemos de antemão qual será o resultado do Sínodo, também não sabemos exatamente como será a unidade a que somos chamados.”

A unidade é um caminho

Outro dos ensinamentos do processo sinodal é que "a unidade é um caminho: amadurece em movimento, durante o percurso. Cresce no serviço recíproco, no diálogo da vida, na colaboração entre todos os cristãos". Um caminho, porém, que deve ser percorrido "segundo o Espírito (cf. Gal 5, 16-25)", numa peregrinação comum “ao ritmo de Deus”.

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

A unidade é harmonia

Um terceiro ensinamento é que "a unidade é harmonia", feita da beleza da Igreja, como acontece no Sínodo, através da "variedade dos seus rostos" e no caminho do Espírito Santo:

"A unidade não é uniformidade, nem é o resultado de compromissos ou equilíbrios. A unidade cristã é harmonia na diversidade dos carismas suscitados pelo Espírito para a edificação de todos os cristãos."

A unidade para a missão

Por fim, tal como a sinodalidade, "a unidade é para a missão", num testemunho dos padres conciliares "quando afirmaram que a nossa divisão «é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura» (UR, 1)":

"O movimento ecumênico nasceu do desejo de testemunhar juntos, na companhia dos outros, não afastados uns dos outros ou, pior ainda, uns contra os outros. Neste lugar, os Protomártires recordam-nos que hoje, em muitas partes do mundo, cristãos de diferentes tradições dão juntos a vida por causa da fé em Jesus Cristo, vivendo o ecumenismo do sangue. O seu testemunho é mais forte do que qualquer palavra, porque a unidade vem da Cruz do Senhor."

Ao final da homilia, o Papa recordou da celebração penitencial realizada antes de iniciar a segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em andamento no Vaticano até 27 de outubro. Francisco reforçou a necessidade de se promover "um caminho para a plena unidade, em harmonia uns com os outros e com toda a criação:

“Hoje exprimimos também a nossa vergonha pelo escândalo da divisão dos cristãos, pelo escândalo de não testemunharmos juntos o Senhor Jesus. Este Sínodo é uma oportunidade para melhorar, para ultrapassar os muros que ainda persistem entre nós. Concentremo-nos no chão comum do nosso mesmo Batismo, que nos impele a ser discípulos missionários de Cristo, com uma missão comum. O mundo precisa de um testemunho comum, o mundo precisa que sejamos fiéis à nossa missão comum.”

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida (Diocese de Anápolis)

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP) 

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. 12/10/24 (Jo 2, 1-11). 

1 – Quero antes de tudo felicitar, a nossos irmãos e irmãs, pois celebramos hoje solenemente a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Ela é invocada na Igreja com muitíssimas denominações: Nossa Senhora de Lourdes, Fátima, Carmo, Loreto, Laurent etc. Trata – se sempre da mesma personagem, Maria a Mãe de Jesus, do verbo encarnado, do Salvador. Não pode ser ocasião de divisão, menos ainda, de desunião aquela que é a Mãe do redentor. Antes da separação (ruptura) da Igreja Ortodoxa todos os cristãos à veneravam. (Maria) tributando-lhe um culto especial: o de hiperdulia. Somente a Trindade e a Santíssima Eucaristia nós rendemos o culto máximo: o de Latria, ou seja, de adoração. Aos Santos, em geral, veneramos pois formam de modo especial a grande família dos redimidos. Repito: Maria é especialíssima para nós católicos, pois, sendo Ela a Mãe do Salvador, foi para isso escolhida desde sempre pelo Pai, assumida pelo Verbo encarnado, como Mãe e santificada, desde o início pelo Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Precisava mais? Podia ter acontecido algo melhor? Não.  Somente Ela podia chama-lo de Filho aqui na terra. Ela esteve ao lado de Jesus, do nascimento à sepultura. Foi saudada pelo anjo Gabriel (Lc 1,26) e também por Isabel, como a mãe do Senhor (Lc 1, 42). 

2 – Ela é a padroeira do Brasil, assim foi assumida desde o encontro de sua imagem no rio paraíba. Aparecida tornou-se, então, a cátedra Mariana para a evangelização. A partir dela, continua a dizer ainda hoje: “fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5). Na Cruz, o filho moribundo, a deu como mãe ao discípulo João. (Jo 19,26). Hoje, João sou eu, és tu, somos todos nós. Por isso, somos mais felizes ainda. Temos, como mãe aquela que é a genitora de Jesus: o Verbo encarnado. Nós a estamos ouvindo, para assim seguirmos Jesus Cristo? A resposta é nossa: minha, tua.  

3 – Hoje, em dia, a honra e a venera, não quem vai a Aparecida como peregrino, mas aquele (aquela) que segue Jesus Cristo como discípulo na vida. Ela foi verdadeiramente, não apenas a Mãe do Salvador, mas também sua melhor discípula. Ser sua mãe foi certamente a maior graça, mas segui-lo foi sua especial missão, pessoalmente assumida e integralmente cumprida. Viva Nossa Senhora Aparecida excelsa padroeira do Brasil. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Beato Carlo Acutis

Beato Carlo Acutis (A12)
12 de outubro
País: Inglaterra
Beato Carlo Acutis

Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991, em Londres, Inglaterra, mas cresceu na Itália, onde sua família se estabeleceu. Desde muito jovem, Carlo demonstrava grande interesse pela tecnologia, sendo autodidata em programação e design de sites. Sua paixão pelo mundo digital, entretanto, não se sobrepunha à sua profunda fé católica. Desde a infância, Carlo tinha uma forte devoção à Eucaristia, que considerava seu “caminho para o céu”. A simplicidade e a profundidade de sua espiritualidade conquistaram a admiração de todos ao seu redor.

Aos sete anos, Carlo fez a sua primeira comunhão e, desde então, não deixou de participar diariamente da missa, sempre que possível. Além disso, dedicava-se ao sacramento da confissão semanalmente, buscando sempre estar em comunhão com Deus. A sua vida era marcada por uma intensa prática de caridade, ajudando os mais necessitados, tanto material quanto espiritualmente.

Em meio à sua vivência cristã, Carlo encontrou na internet uma forma de evangelização. Ele criou um site onde documentou os milagres eucarísticos ao redor do mundo, destacando a importância da presença real de Cristo na Eucaristia. Com isso, queria compartilhar sua fé com o mundo e mostrar como a tecnologia poderia ser uma ferramenta a serviço do Evangelho.

Infelizmente, aos 15 anos, Carlo foi diagnosticado com uma leucemia fulminante. Durante o tratamento, ofereceu seus sofrimentos pela Igreja e pelo Papa, demonstrando uma profunda aceitação da vontade de Deus. Ele faleceu em 12 de outubro de 2006, em Monza, Itália. Sua vida, breve, mas repleta de testemunho cristão, inspirou milhares de pessoas.

Carlo foi beatificado em 10 de outubro de 2020 pelo Papa Francisco, tornando-se um exemplo contemporâneo de santidade jovem e próxima das realidades tecnológicas do mundo moderno. Sua memória é celebrada pela Igreja no dia 12 de outubro.

Reflexão:

A espiritualidade de Carlo Acutis era centrada na Eucaristia. Ele costumava dizer que "a Eucaristia é a minha estrada para o céu", evidenciando sua profunda fé na presença real de Cristo nesse sacramento. Além disso, ele tinha uma forte devoção à Virgem Maria, rezando o terço diariamente e incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. Para Carlo, a oração e os sacramentos eram o alicerce de uma vida cristã autêntica, enraizada no amor a Deus e ao próximo. Carlo também acreditava que a santidade era um caminho acessível a todos, e não algo reservado a uma minoria. Ele dizia que "todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias", chamando atenção para a necessidade de cada pessoa buscar viver a sua fé de maneira pessoal e autêntica. Sua vida espiritual era simples e direta, com um foco claro no essencial: amor a Deus e serviço aos outros.

Oração:

Oh Pai, que nos deste um ardente testemunho do jovem Carlo Acutis, que fez da Eucaristia o centro da sua vida e a força da sua entrega cotidiana, concedei-me a graça que tanto necessito (pedido), à imitação dele, para que também eu possa colocar Cristo no centro da minha vida. Por Cristo, Nosso Senhor, Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

São Maximiliano de Lorch

São Maximiliano de Lorch (A12)
12 de outubro
País: Eslovênia
São Maximiliano de Lorch

São Maximiliano de Lorch, bispo, nasceu em 274 em Celeia, cidade localizada atualmente na Eslovênia. A tradição conta que aos sete anos de idade foi entregue à tutoria de um sacerdote que o educou na fé cristã.

Anos depois ficou órfão, decidiu renunciar a sua herança e reparti-la entre os pobres. Também concedeu liberdade aos escravos de sua família e abraçou fervorosamente o desejo de seguir radicalmente a Cristo.

São Narciso empreendeu uma peregrinação a Roma. O Papa Sixto II lhe concedeu uma missão evangelizadora e o santo fixou residência episcopal na cidade de Lorch. Pregou o Evangelho com valente tenacidade e se comprometeu com a causa dos mais necessitados.

Foi preso e levado ante o imperador Diocleciano, recebeu ordem de renunciar a fé cristã e adorar os deuses romanos. Firme no amor a Deus, recusou tal mandato com valentia e acabou sendo tortura e decapitado.

Colaboração: Yara Fonseca

Reflexão:

O martírio de Maximiliano de Lorch é modelo de santidade para os cristãos que no mundo de hoje buscam defender a fé em Cristo Jesus. As circunstâncias históricas mudaram mas hoje também existem muitas formas de perseguição aos filhos de Deus que desejam ser fiéis ao amor recebido, comprometendo-se com os descartados da sociedade e com o anúncio do Evangelho.

Oração:

Valente Maximiliano de Lorch intercedei por nós que desejamos ser coerentes com o amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Que a vossa vida martirizada seja luz para nossas lutas cotidianas e nos fortaleça para defender o nome de Deus frente aos poderes deste mundo. Favorecei com vosso auxílio aos cristãos que são perseguidos e injustiçados.

Fonte: https://www.a12.com/

Papa: Nossa Senhora Aparecida, Virgem da alegria!

Missa do Papa Francisco em Aparecida durante sua viagem ao Brasil em julho de 2013 (Vatican Media)

Assim o Papa Francisco saúda o povo brasileiro por ocasião da festa da padroeira do Brasil celebrada neste sábado, 12 de outubro.

Vatican News

O Pontífice enviou sua mensagem durante participação no Sínodo sobre a sinodalidade, em andamento no Vaticano.

"No dia de Nossa Senhora Aparecida, quero saudá-los e estar perto de vocês. Sigam em frente, com essa mensagem da Virgem, que é toda a harmonia: harmonia entre todos os cristãos, harmonia com toda a humanidade e harmonia climática", disse Francisco, utilizando uma das expressões mais significativas deste Sínodo, a harmonia, quem tem o Espírito Santo como protagonista.

O Papa recordou ainda sua presença no Santuário Nacional, que visitou "várias vezes" e concluiu com um auspício: "Peço à Virgem de Aparecida, a quem eu visitei várias vezes, que os abençoe, que os faça ir em frente e que os faça muito alegres, porque ela é a Virgem da alegria. Que o Senhor os abençoe".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

NAZARENO: Nas margens do mesmo mar (últimos encontros e Ascensão) - (60)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 60 - Nas margens do mesmo mar (últimos encontros e Ascensão)

Uma semana após a ressurreição, quando apareceu novamente aos apóstolos reunidos no cenáculo para mostrar suas chagas a Tomé, Jesus encontrou seus amigos empenhados nos preparativos para a viagem a Cafarnaum onde chegam depois de uma caminhada de cinco dias. Reencontram-se com suas famílias, parentes e amigos.

Uma noite, se encontram Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e dois outros de seus discípulos. Simão Pedro lhes disse: “Vou pescar”. Eles lhe disseram: “Vamos nós também contigo”. Saíram e subiram ao barco e, naquela noite, nada apanharam.

Já amanhecera. Jesus estava de pé, na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus lhes disse: “Jovens, acaso tendes algum peixe?”. Responderam-lhe: “Não”.

Não haviam pescado nada durante toda a noite.

Disse-lhes: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Lançaram, então, já não tinham força para puxá-la, por causa da quantidade de peixes. Aquele discípulo que Jesus amava disse então a Pedro: “É o Senhor!”.

Quando saltaram em terra, viram brasas acesas, tendo por cima peixe e pão.

O cheiro é bom e todos estão com muita fome

Jesus disse a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”. Ele lhe respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta os meus cordeiros”.

Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem tu te cingias e andavas por onde querias; quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá aonde não queres”. Assim, ele previra a prisão e a morte que sofreria por ser fiel ao Mestre.

Tendo falado assim, disse-lhe: “Segue-me”.

Antes de partir, o Nazareno os convida, pela última vez, a voltar a Jerusalém e acrescenta: Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!”.

Voltaram, pois, para Jerusalém, como ele lhes havia pedido. Desde sua ressurreição já tinham se passado quarenta dias. Encontraram-se juntos na casa de Dã, à mesma mesa em que haviam comido com o Mestre.

Diz aos comensais: “Recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e a Samaria, e até os confins da terra”.

Quando estão no Monte das Oliveiras, Jesus para. Olha nos olhos de cada um e abraça cada um deles. Em seguida, sorri e olha para o céu. Dito isso, foi elevado à vista deles, e uma nuvem o ocultou a seus olhos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Catequista da Arquidiocese de Salvador apresentou projeto "Catequese Musical" ao Papa Francisco

Foto: Jean Costa / Vatican Media

Catequista da Arquidiocese de Salvador esteve com o Papa Francisco e apresentou projeto Catequese Musical

Há quase 20 anos se dedicando a ensinar crianças e adolescentes a tocarem instrumentos musicais, o catequista Jean Costa teve, pela segunda vez, a oportunidade de estar diante do Papa Francisco, em uma audiência no Vaticano, realizada no último dia 25 de setembro. Na ocasião, Jean falou ao pontífice sobre as ações do Instituto Comunitário de Iniciação Musical e Arteducação Alice (ICIMA), sobretudo da Catequese Musical, que, na Arquidiocese de Salvador, são desenvolvidas na Paróquia Espírito Santo, no bairro Tancredo Neves.

“Para mim, catequista há 30 anos, o que fica mais forte é quando o Papa nos convida a ter coragem e a sermos empreendedores de sonhos. A Catequese Musical também é um sonho de Deus. Nas nossas oficinas de empreendedorismo, nós falamos muito sobre sonhos, desejos e transformação”, disse Jean.

Assim como Jean, uma delegação de jovens economistas da fundação “A Economia de Francisco” esteve no Vaticano. Esta iniciativa reúne empresários e agentes de mudança provenientes de todo o mundo, comprometidos com um processo de diálogo inclusivo e de mudança global. A eles, o Santo Padre pede uma mudança no atual contexto econômico, num mundo ferido por guerras, onde “a democracia é ameaçada” e “o populismo e a desigualdade crescem”. Um mandato preciso, acompanhado de uma recomendação. “Vocês não o mudarão apenas tornando-se ministros, ganhadores do Prêmio Nobel ou grandes economistas, coisas que são boas. Vocês mudarão o mundo amando-o, à luz de Deus, injetando nele os valores e a força da bondade, com o espírito evangélico de Francisco de Assis”, disse o pontífice.

Aos participantes, o Papa apresentou três conceitos-chave: “Ser testemunhas, não ter medo e esperar sem se cansar”, lembrando também a assinatura do Pacto de Assis em 24 de setembro de 2022. O Santo Padre se deteve no primeiro conceito-chave, ou seja, a importância de compartilhar ideais com “outros jovens”, que se tornou possível através de um “testemunho de vida”. “Sejam coerentes, a coerência é algo que não está na moda, em suas escolhas. Façam-se valorizar por seus projetos e realizações. Não para se tornarem muitos e poderosos, mas para transmitir a muitos aquilo que receberam, ou seja, a ‘boa nova’ de que, inspirados pelo Evangelho, também a economia pode mudar para melhor”, disse o Papa Francisco, retomando, a seguir, a exortação já dirigida aos participantes da JMJ de Lisboa: “Não sejam administradores de medos, mas empreendedores de sonhos”. Para “levar os sonhos adiante” num mundo onde “há tanto para fazer”, é necessário “ousar novas palavras”. Algo que os cristãos “sempre fizeram”, “nunca” se deixando amedrontar pelo “novo”. “Amem a economia, amem concretamente os trabalhadores, os pobres, privilegiando as situações de maior sofrimento”, disse.

Sobre a Catequese Musical

Crianças e adolescentes com idades entre 2 e 25 anos têm uma oportunidade única: aprender a tocar instrumentos musicais como forma de evangelização, no projeto Catequese Musical. A iniciativa faz parte das ações do Instituto Comunitário de Iniciação Musical e Arteducação Alice (ICIMA) e, em Salvador, é desenvolvida na Paróquia Espírito Santo e no espaço ICIMA, ambos em Tancredo Neves; e na Paróquia São Miguel de Cotegipe, no município de Simões Filho.

Em atividade há quase 20 anos, a Catequese Musical é conhecida como um serviço pastoral, educativo e social, que tem como finalidade e carisma a arte-educação, a evangelização e a propagação da cultura de paz, de modo que cada criança e adolescente compreenda que pode ser um instrumento de amor na vida uns dos outros. O desejo de aproximar as crianças do Evangelho, por meio da arte-tocada (música), teve início em 2005, quando Jean começou a utilizar os seis violões que haviam sido doados pela missionária Simone Alice, em 1996, ano em que ela foi apresentada pelo padre Maurício Abel à comunidade Santo Estêvão, da Paróquia São Gonçalo do Retiro. Com o passar dos anos, o projeto foi recebendo outros instrumentos musicais e, hoje, conta com inúmeros, divididos em três categorias: cordas, arcos e percussão.

“Atualmente, nós temos 320 crianças e adolescentes de maneira direta nas práticas de esporte, musical ou promoção humana. A prática musical é apenas um aperitivo para que as crianças possam vir. Às vezes ela não tem habilidade para aprender a tocar um instrumento, mas elas podem se engajar em atividades esportivas e sociais, até mesmo no trabalho da Pastoral de Conjunto”, afirma Jean. “Além de Salvador e Simões Filho, estamos fazendo parceria em uma paróquia em Verona, na Itália”, completa.

Ficou interessado em participar? Então, veja como é simples fazer a matrícula: Em Salvador, a inscrição pode ser realizada a qualquer época do ano. Basta que o pai e/ou responsável entre em contato com a secretaria da Paróquia Espírito Santo (Tancredo Neves) através do telefone (71) 3244-1595 / 98168-2438 (WhatsApp). Já para quem mora em Simões Filho, as novas vagas são ofertadas, sempre, no mês de janeiro e o interessado deve entrar em contato pelo telefone (71) 8164-2720. Não há um valor fixo para o participante, porém as famílias podem contribuir, financeiramente, com o que estiver ao alcance de cada uma.

*Com informações do Vatican News

Foto enviada por Jean Costa / Vatican Media

Fonte: https://arquidiocesesalvador.org.br/

Bispo do Sudão do Sul recorda “visão educativa” de Daniel Comboni

São Daniel Comboni (Vatican News)

Comboni. Dom Eduardo Hiiboro Kussala, Bispo da diocese Católica de Tombura-Yambio, falou da “visão educativa” de Comboni para fortalecer o povo de Deus em África.

Mvuato Sebastião Miezi - Vatican News (com ACI África)

Na sua mensagem para o Dia da Educação Católica, Dom Hiiboro Kussala, Bispo da Diocese Católica de Tambura-Yambio, disse, a partir da sua sede episcopal, que “São Comboni dedicou a sua vida à evangelização do Norte de África e da África Central, acreditando que a verdadeira transformação vem da capacitação das pessoas locais”.

O tema da celebração neste ano é “Empowering Future through Quality Education” (o poder do futuro através da educação qualitativa). Este tema, diz Dom Hiiboro, “chama-nos a refletir sobre o papel essencial que a educação desempenha na formação não só das vidas individuais mas também do futuro da nossa nação”, acrescentando que “Num mundo muitas vezes dividido, a educação é um farol de esperança que nos guia para um futuro enraizado na fé, nos valores e na comunidade”, enfatizando a educação prática.

“Num mundo em rápida mudança, e especialmente na nossa frágil nação do Sudão do Sul, a educação deve combinar competências práticas com uma forte base moral. Como disse Nelson Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo”. Vamos incutir nos nossos alunos os valores do trabalho árduo e do respeito, encorajando a colaboração e a unidade”, afirma o Bispo, acrescentando: “À medida que avançamos como diocese na área da educação de qualidade, não nos esqueçamos de que a educação não tem a ver apenas com resultados académicos; tem a ver com a formação de corações e mentes à luz da verdade de Deus.

O Bispo Hiiboro em seguida sublinhou o papel dos diferentes atores da educação. Os professores, observou, são os arquitetos do conhecimento e da virtude, e os seus ensinamentos se repercutem ao longo da vida dos alunos; Os pais são os primeiros educadores, e a influência deles moldam os valores e o carácter dos seus filhos. E sobretudo, recordou, “o empenho dos pais em fomentar o amor pela aprendizagem cria uma base sólida para o futuro dos filhos”.

O Bispo também teve uma mensagem para os alunos, ao recordar-lhes que eles são “os líderes de hoje e amanhã”.

Finalmente, o ordinário da Diocese Católica de Tombura-Yambio advertiu, citando a Carta aos Filipenses 4,13, que “A educação não deve ser vista simplesmente como um meio para atingir um fim, mas como um poderoso instrumento de mudança”.  Por isso, acrescentou, “Utilizem a educação para procurar a excelência e defender os valores da honestidade, da paz e da unidade”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São João XXIII

São João XXIII (A12)
11 de outubro
País: Itália
São João XXIII

Ângelo Giuseppe Roncalli, nasceu aos 25 de novembro de 1881, na Itália. Era o quarto filho de uma família de camponeses pobres. O ambiente religioso da família e a fervorosa atividade paroquial foram a sua primeira escola de vida cristã.

Aos quinze anos de idade, foi admitido na Ordem franciscana, professando as regras no ano seguinte. Recebeu a Ordenação sacerdotal em 1904 em Roma e, no ano seguinte, foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo. Além disso, foi assistente da Ação Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz.

Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Ali exerceu a presidência nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé. O Papa Pio XI o elevou à dignidade episcopal. No ano de1935 foi nomeado delegado apostólico na Turquia e Grécia. Quando irrompeu a Segunda Guerra Mundial, ele estava na Grécia, onde procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra.

Consagrado Cardeal, em 1953, foi designado patriarca de Veneza. No Conclave de 1958 foi eleito Papa, tomando o nome de João XXIII, aos setenta e sete anos de idade. O seu pontificado, durou menos de cinco anos, e se tornou muito apreciado, sobretudo, porque lançou as Encíclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra".

João XXIII convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II em 11 de outubro de 1962. Este Papa exalava odor de santidade, sendo assim reconhecido pelo seu rebanho que o chamava apenas de "Papa Bom". Morreu no dia 03 de junho de 1963 em Roma. Foi canonizado em 27 de Abril de 2014, pelo papa Francisco.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Diferente de seus predecessores, João gostava do contanto com as pessoas recusando-se a permanecer um "prisioneiro" do Vaticano. Em suas andanças visitou um presídio italiano onde um assassino atreveu-se a se aproximar do papa e perguntar: "Há perdão para mim?" Em resposta, João simplesmente tocou-o em seus braços e o abraçou. Aquele era um papa como o mundo nunca vira, ele amava mais as pessoas do que o poder.

Oração:

Ó Deus, todo-poderoso e eterno, que em São João XXIII, Papa, fizestes resplandecer em todo o mundo a imagem viva de Cristo bom pastor, concedei-nos, por sua intercessão, irradiar com alegria a plenitude da caridade cristã. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Fonte: https://www.a12.com/

Assembleia Sinodal: um lugar onde a fraternidade transborda

Sínodo 2024 (Vatican Media)

Coletiva de Imprensa. Prefeito Ruffini: "transcender a dialética para reconhecer um dom maior que Deus nos ofereceu. A partir desse dom inesperado, uma criatividade renovada é despertada”, algo que se espera que leve a um transbordamento missionário.

Padre Modino - Vaticano

No dia em que a Segunda Sessão da Assembleia Sinodal do Sínodo sobre a Sinodalidade, que está sendo realizada na Sala Paulo VI do Vaticano de 2 a 27 de outubro de 2024, encerrou o módulo sobre relações, alguns membros da Assembleia Sinodal, juntamente com os que normalmente estão presentes, a secretária da Comissão de Comunicação, Sheila Pires, a vice-diretora da Sala Stampa, Cristiane Murray, e o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, compartilharam o que haviam experimentado na Assembleia nos últimos dias em mais uma coletiva de Imprensa.

Os presentes nesta quinta-feira, 10 de outubro: o prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch; e, juntamente com o cardeal três delegados fraternos, o Metropolita da Pisídia, Sua Eminência Job, o bispo Anglicano de Chichester, dom Martin Warner, e a pastora menonita Anne-Cathy Graber. As relações com outras igrejas são um elemento importante, algo que o atual processo sinodal quer promover.

Sala de Imprensa Vaticana (Vatican Media)

Criatividade e transbordamento

Entre os tópicos discutidos nos círculos menores, na Sala Sinodal, Sheila Pires destacou a novidade dos fóruns realizados na tarde de quarta-feira, que o cardeal Grech disse terem sido muito positivos. Ela também lembrou que o módulo sobre itinerários será iniciado. O trabalho realizado no módulo sobre relações foi apresentado à Secretaria do Sínodo, disse Ruffini, que destacou o estímulo à criatividade e ao transbordamento, palavra usada em “Querida Amazônia” pelo Papa Francisco.

Nesse sentido, o prefeito do Dicastério para a Comunicação recordou o chamado do Papa a “transcender a dialética para reconhecer um dom maior que Deus nos ofereceu. A partir desse dom inesperado, uma criatividade renovada é despertada”, algo que se espera que leve a um transbordamento missionário.

Vigília ecumênica nesta sexta-feira

Uma vigília ecumênica estará sendo realizada na noite desta sexta-feira (11/10), o que pode ser visto como uma das razões para a presença dos delegados fraternos na Coletiva de Imprensa. Para o cardeal Koch, um dos elementos mais importantes do atual Sínodo é a sua dimensão ecumênica, algo que está incluído no Instrumentum laboris, onde a sinodalidade aparece como um caminho para o ecumenismo. A Vigília Ecumênica é algo que já foi realizado antes do início da Primeira Sessão da Assembleia Sinodal, lembrou Koch. Este ano, ela coincide com o aniversário do início do Concílio Vaticano II e será realizada na Praça dos Protomártires Romanos, onde a tradição diz que o apóstolo Pedro foi martirizado. Para o prefeito, a oração em conjunto é muito importante para o avanço do movimento ecumênico, pois Jesus não ordena a unidade, mas reza por ela.

Koch reconheceu a importância de uma presença maior e mais representativa de delegados fraternos na Segunda Sessão, agradecendo ao Santo Padre por aumentar seu número. O cardeal suíço destacou os elementos positivos existentes em todas as Igrejas e a necessidade que umas têm das outras, considerando um sinal muito positivo o fato de tantas Igrejas quererem se envolver na Assembleia Sinodal.

O batismo como base do caminho sinodal

Para Sua Eminência Job, delegado fraterno ortodoxo, “é muito bonito poder ver todo esse caminho sinodal, não como uma inovação da Igreja Católica, mas como uma implementação da eclesiologia do Concílio Vaticano II, que fez uma revolução copernicana”. Partindo do Povo de Deus, uma eclesiologia baseada no batismo, o delegado ortodoxo considera isso como a base para o caminho sinodal, porque há outros batizados além da Igreja Católica, o que ajudou o diálogo entre as igrejas cristãs após o Vaticano II.

O diálogo entre católicos e ortodoxos aborda a questão da autoridade, sinodalidade, primazia, ministérios na Igreja, algo que vem sendo discutido há anos em um diálogo que, além de ser um passo adiante no caminho da unidade, pode dar frutos na vida interior de cada Igreja. Ele também destacou que ficou impressionado com a convergência dos diálogos entre as diferentes confissões, que não buscam apenas um acordo, um compromisso, mas “estabelecer a base para nossa vida comum, que pode nos levar à unidade cristã”.

Importância da relacionalidade

Dom Warner falou das diferenças entre os sínodos anglicanos e o atual Sínodo, que “nos lembra da importância da relacionalidade”, dadas as relações profundas que estão ocorrendo, olhando uns para os outros como família, respeitando as diferenças, reconhecendo a importância da troca de dons. Ele também lembrou que os sínodos anglicanos são deliberativos, lembrando que o Papa Francisco alertou sobre os riscos do modelo parlamentar. Nessa perspectiva, ele ressaltou a importância da conversa no Espírito para responder aos desafios e a importância da oração e do silêncio no processo sinodal, que “nos lembra que estamos sob a autoridade de Jesus Cristo”.

Uma igreja comprometida com a paz

A Igreja Menonita é uma igreja pouco conhecida, pertencente à tradição da reforma do século XVI, caracterizada por escolher o caminho da não violência, lembrou Anne-Cathy Graber. A pastora expressou sua alegria por ter sido convidada para o sínodo, especialmente porque a Igreja Católica não precisa da voz da Igreja Menonita, uma igreja pequena. Para ela, isso mostra que cada voz, cada cultura conta, que cada país tem a mesma importância. “A unidade cristã não é uma promessa para amanhã, é agora”, disse ela, para a qual é necessária uma recepção generosa.

Junto com isso, ela insistiu que “somos delegados fraternos, não apenas observadores”, lembrando que somos feitos da mesma carne, do mesmo Corpo de Cristo, o que motiva toda voz e presença a serem bem-vindas. Ela lembrou que, como foi dito na Sala Sinodal, “estamos vivendo o transbordamento, estamos experimentando um transbordamento de fraternidade”, fazendo com que o sofrimento e a esperança das outras igrejas sejam nossos. A partir daí, é importante superar a desilusão ecumênica, não se contentar com a ideia que temos de outra igreja, porque não deve haver uma igreja que caminha acima das outras, mas todos nós devemos caminhar juntos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF