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domingo, 13 de outubro de 2024

Presbíteros-discípulos

Presbíteros-discípulos (AJN1)

PRESBÍTEROS-DISCÍPULOS

Dom João Santos Cardoso
Arcebispo de Natal (RN)

O Documento de Aparecida (DAp 199) afirma que “o Povo de Deus sente a necessidade de presbíteros-discípulos: que tenham uma profunda experiência de Deus, configurados com o coração do Bom Pastor, dóceis às orientações do Espírito, que se nutram da Palavra de Deus, da Eucaristia e da oração”. No parágrafo 201, acrescenta: “A primeira exigência é que o pároco seja um autêntico discípulo de Jesus Cristo, porque só um sacerdote enamorado do Senhor pode renovar uma paróquia. Mas, ao mesmo tempo, deve ser um ardoroso missionário que vive o constante desejo de buscar os afastados e não se contenta com a simples administração.” 

Essas duas passagens revelam a necessidade urgente de presbíteros que, mais do que administradores, executores de ritos e de atividades, sejam discípulos de Jesus e missionários ardorosos do mistério do Reino de Deus, comprometidos com a transformação da realidade à luz do Evangelho. Mas, então, o que significa ser discípulo? 

A palavra “discípulo” é comumente usada para designar um aluno ou seguidor de uma doutrina. No contexto cristão, porém, esse conceito vai além: o discípulo de Cristo não é alguém que apenas aprende uma doutrina e torna-se capaz de ensiná-la, mas alguém que estabelece uma relação pessoal de amizade profunda com o Mestre. Na antiguidade, os mestres formavam discípulos para que aprendessem e propagassem suas ideias. Contudo, Jesus rompe com esse paradigma. Ele não chama os discípulos para aderir a uma doutrina, ideias, ideologia ou conjunto de leis, mas os convida a se encontrarem com Ele e estabelecerem uma comunhão viva com Sua pessoa (DAp 131-133). 

O discipulado cristão tem dois elementos essenciais: não é o discípulo que escolhe o mestre, mas é o próprio Mestre quem escolhe seus discípulos; além disso, os discípulos são chamados para estar com o Senhor e participar de Sua missão (DAp 131). Quando Jesus convida os discípulos de João Batista, “Vinde e vede” (Jo 1,39), Ele não está chamando-os para aprender uma doutrina, mas para viver em comunhão com Ele. O discipulado, portanto, exige uma entrega total e liberdade interior para seguir o Mestre aonde Ele for (Mt 19,16-26). 

A relação entre o discípulo e Jesus é uma participação viva no mistério de Sua relação trinitária. Na parábola da videira e dos ramos (Jo 15,1-8), Jesus descreve esse vínculo profundo. Ele não quer que sejamos apenas servos, mas amigos e irmãos, compartilhando de Sua vida divina e da missão de transformar o mundo. Essa amizade com Jesus transforma o discípulo, moldando sua vida e suas motivações, de modo que ele possa fazer novas todas as coisas (DAp 132). 

Ser discípulo implica também carregar a cruz, assim como o próprio Cristo a carregou. A esse respeito, Jesus é muito claro: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34). A renúncia e o sacrifício fazem parte do caminho do discípulo (DAp 140). Em um mundo que valoriza o prazer e a busca pelo conforto, o chamado de Jesus ao sacrifício pode parecer estranho. No entanto, essa entrega é o que dá sentido à vida cristã, pois é na doação de si que o discípulo encontra a verdadeira vida. 

Embora o discipulado comporte a cruz, ele também é marcado pela profunda alegria de ter encontrado o Senhor. O Documento de Aparecida lembra que “ser cristão não é uma carga, mas um dom” (DAp 23). A verdadeira alegria do discípulo nasce do encontro com Jesus, que dá sentido à vida e à missão. Essa alegria não é superficial, mas enraizada na fé, e se expressa em cada ato de amor e serviço ao próximo (DAp 32). 

Fonte: https://www.cnbb.org.b

O Papa: a verdadeira riqueza não são os bens deste mundo, mas ser amados por Deus

Angelus de 13/10/2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Comentando a passagem do Evangelho de Marcos sobre o rico que corre ao encontro de Jesus para perguntar-lhe como herdar a vida eterna, o Pontífice recordou que todos precisamos da felicidade, mas que esta não se encontra nas riquezas, mas no “arriscar o amor”, doando tudo aos pobres e seguindo-o.

https://youtu.be/q-JCMdHNjjQ

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (13/10), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Um domingo bonito e ensolarado em que o Pontífice refletiu a passagem do Evangelho de Marcos que fala de "um homem rico que corre ao encontro de Jesus e lhe pergunta: 'Bom Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?'. Jesus o convida a deixar tudo e segui-lo, mas o homem, entristecido, vai embora porque - diz o texto - 'possuía muitos bens'".

"Podemos ver os dois movimentos desse homem: no início, ele corre, para ir até Jesus; no final, porém, ele vai embora triste. Primeiro ele corre ao encontro de Jesus, depois vai embora", disse Francisco, detendo-se nesses dois movimentos.

"Em primeiro lugar, esse homem vai a Jesus correndo. É como se algo em seu coração o impelisse: de fato, embora tenha muitas riquezas, ele está insatisfeito, carrega uma inquietação dentro de si, está em busca de uma vida mais plena", disse ainda o Papa, acrescentando:

Como fazem muitas vezes os doentes e os possessos, ele se lança aos pés do Mestre; é rico, mas precisa de cura. Jesus o olha com amor; então, ele propõe uma “terapia”: vender tudo o que tem, dar aos pobres e segui-lo.

"Mas, nesse momento", sublinhou Francisco, "chega uma conclusão inesperada: o homem fica com o rosto triste e vai embora! Tão grande e impetuoso foi o desejo de encontrar Jesus, quão frio e rápido foi o afastamento Dele".

Nós também carregamos no coração uma necessidade irreprimível de felicidade e de uma vida cheia de significado; no entanto, podemos cair na ilusão de pensar que a resposta está na posse de coisas materiais e seguranças terrenas. Jesus, por outro lado, quer nos reconduzir à verdade de nossos desejos e nos fazer descobrir que, na realidade, o bem que almejamos é o próprio Deus, o seu amor por nós e a vida eterna que Ele e somente Ele pode nos dar.

De acordo com o Papa, "a verdadeira riqueza é sermos olhados com amor por Ele, como Jesus faz com aquele homem, e amarmos uns aos outros fazendo de nossa vida um dom para os outros".

Por isso, Jesus nos convida a “arriscar o amor”: vender tudo para dar aos pobres, o que significa despojar-nos de nós mesmos e de nossas falsas seguranças, estar atentos aos necessitados e compartilhar nossos bens, não apenas coisas, mas o que somos: nossos talentos, nossa amizade, nosso tempo e assim por diante.

"Irmãos e irmãs, aquele homem rico não quis arriscar o amor e foi embora com o rosto triste. E nós? Perguntemo-nos: a que o nosso coração está apegado? Como saciamos nossa fome de vida e felicidade? Sabemos partilhar com quem é pobre, com quem está em dificuldade ou precisa de um pouco de atenção, de um sorriso, de uma palavra que o ajude a reencontrar a esperança? Lembremo-nos disto: a verdadeira riqueza não são os bens deste mundo, mas ser amados por Deus e aprender a amar como Ele", concluiu o Papa, pedindo a "intercessão da Virgem Maria para nos ajudar a descobrir o tesouro da vida em Jesus".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Teófilo de Antioquia

São Teófilo de Antioqui (A12)
13 de outubro
Localização: Antioquia
São Teófilo de Antioqui

São Teófilo de Antioquia foi o sexto bispo da Igreja de Antioquia, sucedendo ao bispo Eros. Ele viveu no século II e teve um papel relevante na defesa da fé cristã em um período de intensa perseguição e debates teológicos. De origem pagã, Teófilo se converteu ao cristianismo, impactado pela leitura das Escrituras, e tornou-se um importante apologista. Seu principal trabalho, “Apologia a Autólico”, é uma defesa da fé cristã em resposta às críticas pagãs, mostrando uma compreensão profunda das Sagradas Escrituras e da filosofia grega.

Teófilo é lembrado por suas explicações sobre a criação do mundo e a divindade, bem como por ter sido o primeiro a usar a palavra “Trindade” (em grego “Trias”) para descrever a natureza divina de Deus, em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele também destacou a harmonia entre a fé cristã e a razão, refutando as acusações contra os cristãos com argumentos sólidos e baseados na lógica e nas Escrituras.

Durante seu episcopado em Antioquia, Teófilo enfrentou o desafio de consolidar a fé em uma comunidade que estava cercada por influências pagãs e hereges. Ele desempenhou um papel importante no fortalecimento da Igreja local, mantendo o ensino apostólico vivo e presente nas pregações e escritos que disseminou.

Sua dedicação à Igreja de Antioquia foi fundamental para o crescimento e a solidificação da fé cristã naquela região. Sua obra apologética não apenas ajudou a refutar as acusações dos pagãos, mas também serviu para instruir e edificar os cristãos que buscavam uma maior compreensão de sua fé.

São Teófilo faleceu em 183 d.C. e é venerado pela Igreja Católica e Ortodoxa como um dos primeiros defensores do cristianismo primitivo, sendo sua festa celebrada no dia 13 de outubro.

Reflexão:

A espiritualidade de São Teófilo de Antioquia é marcada pela busca da verdade através da razão e da fé. Ele via a criação como uma manifestação do amor e da sabedoria de Deus, defendendo que o conhecimento de Deus só pode ser plenamente alcançado através da leitura das Escrituras e da meditação sobre as obras da criação. A partir de sua conversão, Teófilo dedicou-se a combater as falsas doutrinas e a exaltar a Trindade como o fundamento da fé cristã. Em seus escritos, Teófilo expressa uma espiritualidade profundamente enraizada no amor a Deus e na defesa da fé, buscando sempre trazer a luz da verdade divina para aqueles que viviam em trevas espirituais. Ele enfatizou a importância da humildade, da obediência a Deus e da prática das virtudes cristãs como caminho para a salvação.

Oração:

Ó São Teófilo de Antioquia, defensor da fé e servo fiel de Cristo, intercede por nós para que possamos, assim como tu, viver nossa fé com coragem e sabedoria. Ensina-nos a buscar a verdade com humildade e a defender o Evangelho com a força do Espírito Santo. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 12 de outubro de 2024

Papa: o mundo precisa do nosso testemunho comum, não da divisão dos cristãos

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

"A unidade dos cristãos e a sinodalidade estão ligadas" e ambas devem ser percorridas por um caminho ecumênico, enalteceu Francisco em homilia esta sexta-feira (11/10), por ocasião da Vigília Ecumênica com os padres sinodais: "hoje exprimimos a nossa vergonha pelo escândalo da divisão dos cristãos, de não testemunharmos juntos o Senhor Jesus. Este Sínodo é uma oportunidade para ultrapassar os muros que ainda persistem entre nós". "O mundo precisa de um testemunho comum", fiel à missão da Igreja.

Andressa Collet - Vatican News

A sexta-feira (11/10) dos padres sinodais foi finalizada com uma Vigília Ecumênica na Praça dos Protomártires, dentro do Vaticano. A data recorda a abertura do Concílio Vaticano II, como recordou o Papa Francisco em homilia, "que marcou a entrada oficial da Igreja Católica no movimento ecumênico". A homilia não foi lida pelo Santo Padre, mas entregue aos participantes. A Praça dos Protomártires Romanos é uma homenagem aos primeiros mártires da Igreja de Roma, que testemunharam com o próprio sangue a fé em Cristo. "Que estes mártires fortaleçam em nós a certeza de que nos aproximamos uns dos outros ao aproximarmo-nos de Cristo", porque "quanto mais os cristãos estão próximos de Cristo, tanto mais próximos estão uns dos outros".

Assim, enalteceu o Pontífice, "a unidade dos cristãos e a sinodalidade estão ligadas" e ambas devem ser percorridas através de um caminho ecumênico. Em ambos os processos, continuou o Papa, "não se trata tanto de construir algo, mas sim de acolher e fazer frutificar o dom que já recebemos. E como é que é o dom da unidade? A experiência sinodal ajuda-nos a descobrir alguns aspectos".

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

A unidade é uma graça

O Papa começou, então, a trazer alguns ensinamentos sobre a unidade. O primeiro, de que ela é "uma graça, um dom imprevisível" "cujos tempos e modos não podemos prever":

“O verdadeiro protagonista não somos nós, mas o Espírito Santo que nos guia para uma maior comunhão. Tal como não sabemos de antemão qual será o resultado do Sínodo, também não sabemos exatamente como será a unidade a que somos chamados.”

A unidade é um caminho

Outro dos ensinamentos do processo sinodal é que "a unidade é um caminho: amadurece em movimento, durante o percurso. Cresce no serviço recíproco, no diálogo da vida, na colaboração entre todos os cristãos". Um caminho, porém, que deve ser percorrido "segundo o Espírito (cf. Gal 5, 16-25)", numa peregrinação comum “ao ritmo de Deus”.

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

A unidade é harmonia

Um terceiro ensinamento é que "a unidade é harmonia", feita da beleza da Igreja, como acontece no Sínodo, através da "variedade dos seus rostos" e no caminho do Espírito Santo:

"A unidade não é uniformidade, nem é o resultado de compromissos ou equilíbrios. A unidade cristã é harmonia na diversidade dos carismas suscitados pelo Espírito para a edificação de todos os cristãos."

A unidade para a missão

Por fim, tal como a sinodalidade, "a unidade é para a missão", num testemunho dos padres conciliares "quando afirmaram que a nossa divisão «é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura» (UR, 1)":

"O movimento ecumênico nasceu do desejo de testemunhar juntos, na companhia dos outros, não afastados uns dos outros ou, pior ainda, uns contra os outros. Neste lugar, os Protomártires recordam-nos que hoje, em muitas partes do mundo, cristãos de diferentes tradições dão juntos a vida por causa da fé em Jesus Cristo, vivendo o ecumenismo do sangue. O seu testemunho é mais forte do que qualquer palavra, porque a unidade vem da Cruz do Senhor."

Ao final da homilia, o Papa recordou da celebração penitencial realizada antes de iniciar a segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em andamento no Vaticano até 27 de outubro. Francisco reforçou a necessidade de se promover "um caminho para a plena unidade, em harmonia uns com os outros e com toda a criação:

“Hoje exprimimos também a nossa vergonha pelo escândalo da divisão dos cristãos, pelo escândalo de não testemunharmos juntos o Senhor Jesus. Este Sínodo é uma oportunidade para melhorar, para ultrapassar os muros que ainda persistem entre nós. Concentremo-nos no chão comum do nosso mesmo Batismo, que nos impele a ser discípulos missionários de Cristo, com uma missão comum. O mundo precisa de um testemunho comum, o mundo precisa que sejamos fiéis à nossa missão comum.”

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida (Diocese de Anápolis)

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP) 

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. 12/10/24 (Jo 2, 1-11). 

1 – Quero antes de tudo felicitar, a nossos irmãos e irmãs, pois celebramos hoje solenemente a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Ela é invocada na Igreja com muitíssimas denominações: Nossa Senhora de Lourdes, Fátima, Carmo, Loreto, Laurent etc. Trata – se sempre da mesma personagem, Maria a Mãe de Jesus, do verbo encarnado, do Salvador. Não pode ser ocasião de divisão, menos ainda, de desunião aquela que é a Mãe do redentor. Antes da separação (ruptura) da Igreja Ortodoxa todos os cristãos à veneravam. (Maria) tributando-lhe um culto especial: o de hiperdulia. Somente a Trindade e a Santíssima Eucaristia nós rendemos o culto máximo: o de Latria, ou seja, de adoração. Aos Santos, em geral, veneramos pois formam de modo especial a grande família dos redimidos. Repito: Maria é especialíssima para nós católicos, pois, sendo Ela a Mãe do Salvador, foi para isso escolhida desde sempre pelo Pai, assumida pelo Verbo encarnado, como Mãe e santificada, desde o início pelo Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Precisava mais? Podia ter acontecido algo melhor? Não.  Somente Ela podia chama-lo de Filho aqui na terra. Ela esteve ao lado de Jesus, do nascimento à sepultura. Foi saudada pelo anjo Gabriel (Lc 1,26) e também por Isabel, como a mãe do Senhor (Lc 1, 42). 

2 – Ela é a padroeira do Brasil, assim foi assumida desde o encontro de sua imagem no rio paraíba. Aparecida tornou-se, então, a cátedra Mariana para a evangelização. A partir dela, continua a dizer ainda hoje: “fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5). Na Cruz, o filho moribundo, a deu como mãe ao discípulo João. (Jo 19,26). Hoje, João sou eu, és tu, somos todos nós. Por isso, somos mais felizes ainda. Temos, como mãe aquela que é a genitora de Jesus: o Verbo encarnado. Nós a estamos ouvindo, para assim seguirmos Jesus Cristo? A resposta é nossa: minha, tua.  

3 – Hoje, em dia, a honra e a venera, não quem vai a Aparecida como peregrino, mas aquele (aquela) que segue Jesus Cristo como discípulo na vida. Ela foi verdadeiramente, não apenas a Mãe do Salvador, mas também sua melhor discípula. Ser sua mãe foi certamente a maior graça, mas segui-lo foi sua especial missão, pessoalmente assumida e integralmente cumprida. Viva Nossa Senhora Aparecida excelsa padroeira do Brasil. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Beato Carlo Acutis

Beato Carlo Acutis (A12)
12 de outubro
País: Inglaterra
Beato Carlo Acutis

Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991, em Londres, Inglaterra, mas cresceu na Itália, onde sua família se estabeleceu. Desde muito jovem, Carlo demonstrava grande interesse pela tecnologia, sendo autodidata em programação e design de sites. Sua paixão pelo mundo digital, entretanto, não se sobrepunha à sua profunda fé católica. Desde a infância, Carlo tinha uma forte devoção à Eucaristia, que considerava seu “caminho para o céu”. A simplicidade e a profundidade de sua espiritualidade conquistaram a admiração de todos ao seu redor.

Aos sete anos, Carlo fez a sua primeira comunhão e, desde então, não deixou de participar diariamente da missa, sempre que possível. Além disso, dedicava-se ao sacramento da confissão semanalmente, buscando sempre estar em comunhão com Deus. A sua vida era marcada por uma intensa prática de caridade, ajudando os mais necessitados, tanto material quanto espiritualmente.

Em meio à sua vivência cristã, Carlo encontrou na internet uma forma de evangelização. Ele criou um site onde documentou os milagres eucarísticos ao redor do mundo, destacando a importância da presença real de Cristo na Eucaristia. Com isso, queria compartilhar sua fé com o mundo e mostrar como a tecnologia poderia ser uma ferramenta a serviço do Evangelho.

Infelizmente, aos 15 anos, Carlo foi diagnosticado com uma leucemia fulminante. Durante o tratamento, ofereceu seus sofrimentos pela Igreja e pelo Papa, demonstrando uma profunda aceitação da vontade de Deus. Ele faleceu em 12 de outubro de 2006, em Monza, Itália. Sua vida, breve, mas repleta de testemunho cristão, inspirou milhares de pessoas.

Carlo foi beatificado em 10 de outubro de 2020 pelo Papa Francisco, tornando-se um exemplo contemporâneo de santidade jovem e próxima das realidades tecnológicas do mundo moderno. Sua memória é celebrada pela Igreja no dia 12 de outubro.

Reflexão:

A espiritualidade de Carlo Acutis era centrada na Eucaristia. Ele costumava dizer que "a Eucaristia é a minha estrada para o céu", evidenciando sua profunda fé na presença real de Cristo nesse sacramento. Além disso, ele tinha uma forte devoção à Virgem Maria, rezando o terço diariamente e incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. Para Carlo, a oração e os sacramentos eram o alicerce de uma vida cristã autêntica, enraizada no amor a Deus e ao próximo. Carlo também acreditava que a santidade era um caminho acessível a todos, e não algo reservado a uma minoria. Ele dizia que "todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias", chamando atenção para a necessidade de cada pessoa buscar viver a sua fé de maneira pessoal e autêntica. Sua vida espiritual era simples e direta, com um foco claro no essencial: amor a Deus e serviço aos outros.

Oração:

Oh Pai, que nos deste um ardente testemunho do jovem Carlo Acutis, que fez da Eucaristia o centro da sua vida e a força da sua entrega cotidiana, concedei-me a graça que tanto necessito (pedido), à imitação dele, para que também eu possa colocar Cristo no centro da minha vida. Por Cristo, Nosso Senhor, Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

São Maximiliano de Lorch

São Maximiliano de Lorch (A12)
12 de outubro
País: Eslovênia
São Maximiliano de Lorch

São Maximiliano de Lorch, bispo, nasceu em 274 em Celeia, cidade localizada atualmente na Eslovênia. A tradição conta que aos sete anos de idade foi entregue à tutoria de um sacerdote que o educou na fé cristã.

Anos depois ficou órfão, decidiu renunciar a sua herança e reparti-la entre os pobres. Também concedeu liberdade aos escravos de sua família e abraçou fervorosamente o desejo de seguir radicalmente a Cristo.

São Narciso empreendeu uma peregrinação a Roma. O Papa Sixto II lhe concedeu uma missão evangelizadora e o santo fixou residência episcopal na cidade de Lorch. Pregou o Evangelho com valente tenacidade e se comprometeu com a causa dos mais necessitados.

Foi preso e levado ante o imperador Diocleciano, recebeu ordem de renunciar a fé cristã e adorar os deuses romanos. Firme no amor a Deus, recusou tal mandato com valentia e acabou sendo tortura e decapitado.

Colaboração: Yara Fonseca

Reflexão:

O martírio de Maximiliano de Lorch é modelo de santidade para os cristãos que no mundo de hoje buscam defender a fé em Cristo Jesus. As circunstâncias históricas mudaram mas hoje também existem muitas formas de perseguição aos filhos de Deus que desejam ser fiéis ao amor recebido, comprometendo-se com os descartados da sociedade e com o anúncio do Evangelho.

Oração:

Valente Maximiliano de Lorch intercedei por nós que desejamos ser coerentes com o amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Que a vossa vida martirizada seja luz para nossas lutas cotidianas e nos fortaleça para defender o nome de Deus frente aos poderes deste mundo. Favorecei com vosso auxílio aos cristãos que são perseguidos e injustiçados.

Fonte: https://www.a12.com/

Papa: Nossa Senhora Aparecida, Virgem da alegria!

Missa do Papa Francisco em Aparecida durante sua viagem ao Brasil em julho de 2013 (Vatican Media)

Assim o Papa Francisco saúda o povo brasileiro por ocasião da festa da padroeira do Brasil celebrada neste sábado, 12 de outubro.

Vatican News

O Pontífice enviou sua mensagem durante participação no Sínodo sobre a sinodalidade, em andamento no Vaticano.

"No dia de Nossa Senhora Aparecida, quero saudá-los e estar perto de vocês. Sigam em frente, com essa mensagem da Virgem, que é toda a harmonia: harmonia entre todos os cristãos, harmonia com toda a humanidade e harmonia climática", disse Francisco, utilizando uma das expressões mais significativas deste Sínodo, a harmonia, quem tem o Espírito Santo como protagonista.

O Papa recordou ainda sua presença no Santuário Nacional, que visitou "várias vezes" e concluiu com um auspício: "Peço à Virgem de Aparecida, a quem eu visitei várias vezes, que os abençoe, que os faça ir em frente e que os faça muito alegres, porque ela é a Virgem da alegria. Que o Senhor os abençoe".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

NAZARENO: Nas margens do mesmo mar (últimos encontros e Ascensão) - (60)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 60 - Nas margens do mesmo mar (últimos encontros e Ascensão)

Uma semana após a ressurreição, quando apareceu novamente aos apóstolos reunidos no cenáculo para mostrar suas chagas a Tomé, Jesus encontrou seus amigos empenhados nos preparativos para a viagem a Cafarnaum onde chegam depois de uma caminhada de cinco dias. Reencontram-se com suas famílias, parentes e amigos.

Uma noite, se encontram Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e dois outros de seus discípulos. Simão Pedro lhes disse: “Vou pescar”. Eles lhe disseram: “Vamos nós também contigo”. Saíram e subiram ao barco e, naquela noite, nada apanharam.

Já amanhecera. Jesus estava de pé, na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus lhes disse: “Jovens, acaso tendes algum peixe?”. Responderam-lhe: “Não”.

Não haviam pescado nada durante toda a noite.

Disse-lhes: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Lançaram, então, já não tinham força para puxá-la, por causa da quantidade de peixes. Aquele discípulo que Jesus amava disse então a Pedro: “É o Senhor!”.

Quando saltaram em terra, viram brasas acesas, tendo por cima peixe e pão.

O cheiro é bom e todos estão com muita fome

Jesus disse a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”. Ele lhe respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta os meus cordeiros”.

Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem tu te cingias e andavas por onde querias; quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá aonde não queres”. Assim, ele previra a prisão e a morte que sofreria por ser fiel ao Mestre.

Tendo falado assim, disse-lhe: “Segue-me”.

Antes de partir, o Nazareno os convida, pela última vez, a voltar a Jerusalém e acrescenta: Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!”.

Voltaram, pois, para Jerusalém, como ele lhes havia pedido. Desde sua ressurreição já tinham se passado quarenta dias. Encontraram-se juntos na casa de Dã, à mesma mesa em que haviam comido com o Mestre.

Diz aos comensais: “Recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e a Samaria, e até os confins da terra”.

Quando estão no Monte das Oliveiras, Jesus para. Olha nos olhos de cada um e abraça cada um deles. Em seguida, sorri e olha para o céu. Dito isso, foi elevado à vista deles, e uma nuvem o ocultou a seus olhos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Catequista da Arquidiocese de Salvador apresentou projeto "Catequese Musical" ao Papa Francisco

Foto: Jean Costa / Vatican Media

Catequista da Arquidiocese de Salvador esteve com o Papa Francisco e apresentou projeto Catequese Musical

Há quase 20 anos se dedicando a ensinar crianças e adolescentes a tocarem instrumentos musicais, o catequista Jean Costa teve, pela segunda vez, a oportunidade de estar diante do Papa Francisco, em uma audiência no Vaticano, realizada no último dia 25 de setembro. Na ocasião, Jean falou ao pontífice sobre as ações do Instituto Comunitário de Iniciação Musical e Arteducação Alice (ICIMA), sobretudo da Catequese Musical, que, na Arquidiocese de Salvador, são desenvolvidas na Paróquia Espírito Santo, no bairro Tancredo Neves.

“Para mim, catequista há 30 anos, o que fica mais forte é quando o Papa nos convida a ter coragem e a sermos empreendedores de sonhos. A Catequese Musical também é um sonho de Deus. Nas nossas oficinas de empreendedorismo, nós falamos muito sobre sonhos, desejos e transformação”, disse Jean.

Assim como Jean, uma delegação de jovens economistas da fundação “A Economia de Francisco” esteve no Vaticano. Esta iniciativa reúne empresários e agentes de mudança provenientes de todo o mundo, comprometidos com um processo de diálogo inclusivo e de mudança global. A eles, o Santo Padre pede uma mudança no atual contexto econômico, num mundo ferido por guerras, onde “a democracia é ameaçada” e “o populismo e a desigualdade crescem”. Um mandato preciso, acompanhado de uma recomendação. “Vocês não o mudarão apenas tornando-se ministros, ganhadores do Prêmio Nobel ou grandes economistas, coisas que são boas. Vocês mudarão o mundo amando-o, à luz de Deus, injetando nele os valores e a força da bondade, com o espírito evangélico de Francisco de Assis”, disse o pontífice.

Aos participantes, o Papa apresentou três conceitos-chave: “Ser testemunhas, não ter medo e esperar sem se cansar”, lembrando também a assinatura do Pacto de Assis em 24 de setembro de 2022. O Santo Padre se deteve no primeiro conceito-chave, ou seja, a importância de compartilhar ideais com “outros jovens”, que se tornou possível através de um “testemunho de vida”. “Sejam coerentes, a coerência é algo que não está na moda, em suas escolhas. Façam-se valorizar por seus projetos e realizações. Não para se tornarem muitos e poderosos, mas para transmitir a muitos aquilo que receberam, ou seja, a ‘boa nova’ de que, inspirados pelo Evangelho, também a economia pode mudar para melhor”, disse o Papa Francisco, retomando, a seguir, a exortação já dirigida aos participantes da JMJ de Lisboa: “Não sejam administradores de medos, mas empreendedores de sonhos”. Para “levar os sonhos adiante” num mundo onde “há tanto para fazer”, é necessário “ousar novas palavras”. Algo que os cristãos “sempre fizeram”, “nunca” se deixando amedrontar pelo “novo”. “Amem a economia, amem concretamente os trabalhadores, os pobres, privilegiando as situações de maior sofrimento”, disse.

Sobre a Catequese Musical

Crianças e adolescentes com idades entre 2 e 25 anos têm uma oportunidade única: aprender a tocar instrumentos musicais como forma de evangelização, no projeto Catequese Musical. A iniciativa faz parte das ações do Instituto Comunitário de Iniciação Musical e Arteducação Alice (ICIMA) e, em Salvador, é desenvolvida na Paróquia Espírito Santo e no espaço ICIMA, ambos em Tancredo Neves; e na Paróquia São Miguel de Cotegipe, no município de Simões Filho.

Em atividade há quase 20 anos, a Catequese Musical é conhecida como um serviço pastoral, educativo e social, que tem como finalidade e carisma a arte-educação, a evangelização e a propagação da cultura de paz, de modo que cada criança e adolescente compreenda que pode ser um instrumento de amor na vida uns dos outros. O desejo de aproximar as crianças do Evangelho, por meio da arte-tocada (música), teve início em 2005, quando Jean começou a utilizar os seis violões que haviam sido doados pela missionária Simone Alice, em 1996, ano em que ela foi apresentada pelo padre Maurício Abel à comunidade Santo Estêvão, da Paróquia São Gonçalo do Retiro. Com o passar dos anos, o projeto foi recebendo outros instrumentos musicais e, hoje, conta com inúmeros, divididos em três categorias: cordas, arcos e percussão.

“Atualmente, nós temos 320 crianças e adolescentes de maneira direta nas práticas de esporte, musical ou promoção humana. A prática musical é apenas um aperitivo para que as crianças possam vir. Às vezes ela não tem habilidade para aprender a tocar um instrumento, mas elas podem se engajar em atividades esportivas e sociais, até mesmo no trabalho da Pastoral de Conjunto”, afirma Jean. “Além de Salvador e Simões Filho, estamos fazendo parceria em uma paróquia em Verona, na Itália”, completa.

Ficou interessado em participar? Então, veja como é simples fazer a matrícula: Em Salvador, a inscrição pode ser realizada a qualquer época do ano. Basta que o pai e/ou responsável entre em contato com a secretaria da Paróquia Espírito Santo (Tancredo Neves) através do telefone (71) 3244-1595 / 98168-2438 (WhatsApp). Já para quem mora em Simões Filho, as novas vagas são ofertadas, sempre, no mês de janeiro e o interessado deve entrar em contato pelo telefone (71) 8164-2720. Não há um valor fixo para o participante, porém as famílias podem contribuir, financeiramente, com o que estiver ao alcance de cada uma.

*Com informações do Vatican News

Foto enviada por Jean Costa / Vatican Media

Fonte: https://arquidiocesesalvador.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF