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domingo, 13 de outubro de 2024

Apostas desportivas, lotaria, casino… Jogar ou não jogar?

FOTO DO SNEHIT | Obturador

Ombeline Renard - publicado em 11/10/24

Aleteia questionou a possibilidade, ou não, de os cristãos jogarem jogos de azar ou viverem com a ilusão de enriquecerem da noite para o dia.

Do jogo online aos casinos e jogos de lotaria: quão bom é jogar assim e quais as consequências? O termo dependência do jogo ou jogo patológico é atribuído, segundo dados do Governo do México, àquelas pessoas que têm um impulso irreprimível para jogar e/ou apostar. Esta pode tornar-se uma doença crónica e progressiva devido à falta de controlo sobre os impulsos para participar em jogos deste tipo.

Há quem comece a jogar uma vez a cada 15 dias, até que esse vício progrida e passe a maior parte do tempo jogando e apostando. A razão? Muitos deles sonham com outra vida. Dê a si mesmo o que você não pode pagar, pare de contar, mime seus entes queridos. Doe parte dos lucros para uma associação. Ou simplesmente não viver mais os finais de mês difíceis, a ansiedade da conta no vermelho, as dívidas que se acumulam. Em suma, o (grande) empurrão que poderá mudar tudo. 

Um momento suspenso

Para alguns, será uma raspadinha durante um passeio. Para outros, uma visita ao casino. Cada um tem seu método. E se dá frutos ou não - porque muitas vezes é preciso dizer que não dá frutos - não importa, "o que importa é esta vibração, este momento suspenso pouco antes do resultado. Uma mistura de emoção e esperança que permanece intacto" com cada tentativa. Porque somos sonhadores. Se for permitido? É verdade que, como cristão, surge a questão.

O que as Sagradas Escrituras dizem sobre o jogo?

RSplaneta | Obturador

Certamente, na Paixão segundo São João, há menção de soldados lançando sortes, provavelmente com dados, sobre as roupas de Jesus (  Jo 19,24  ). Uma passagem infame. Caso contrário, não muito, exceto algumas advertências aqui e ali contra a ganância (“Você não pode servir a Deus e ao dinheiro”,  Lucas 16:1-13 ). Não há menção explícita ou condenação da loteria. De facto, como o trabalho é constantemente encorajado ("comerás o teu pão com o suor do teu rosto",  Gn 3-19 ), o bom senso gostaria de nos empurrar mais para um do que para o outro. 

Voltar ao catecismo

O artigo 2.413  do  Catecismo da Igreja Católica  (CIC) vem em seu auxílio ao ser mais claro sobre esta questão. “Os jogos de azar (jogos de cartas, etc.) ou as apostas não são em si contrários à justiça.

Tornam-se moralmente inaceitáveis ​​quando privam uma pessoa do que é necessário para satisfazer as suas necessidades e as dos outros. A paixão pelo jogo corre o risco de se tornar uma séria escravidão. Ou seja, ele não atira pedras em quem, por diversão ocasional, tenta a sorte com moderação.

Pelo contrário, é mais grave em caso de dependência ou perigo económico para a pessoa ou família. Esta passagem também se encontra no artigo dedicado ao sétimo mandamento, sobre o roubo, colocado num título dedicado ao respeito pela propriedade alheia.

Portanto, tomemos cuidado com a ilusão do dinheiro fácil e com a loucura da grandeza que pode rapidamente levar à perda da liberdade e perturbar o equilíbrio de uma economia sábia. Para evitar ultrapassar esta tênue linha de demarcação ou sucumbir à tentação do “sempre mais”, não há segredo: estabeleça regras. Baixa quantidade, baixa regularidade.  

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/10/11/apuestas-deportivas-loteria-casino-jugar-o-no-jugar

História de Nossa Senhora de Nazaré

Nossa Senhora de Nazaré (cancaonova)

História de Nossa Senhora de Nazaré

por Equipe Tenda do Senhor

De acordo com a tradição, São José esculpiu uma imagem de Nossa Senhora em madeira, em Nazaré, e São Lucas a pintou. Essa imagem foi levada para o mosteiro de Cauliniana, na Espanha.

Posteriormente, já no século VI, no ano de 711, foi levada para Portugal.

A Imagem fica escondida durante 400 anos

Com a invasão dos Mouros a Portugal, o rei Rodrigo fugiu levando, entre outras relíquias, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

Antes de morrer, Frei Romano escondeu a imagem numa gruta, onde ficou por mais de 400 anos. No entanto, em 1182, quando alguns pastores andavam pela região, a encontraram. Foi quando a imagem começou a ser venerada.

Milagre de Nossa Senhora de Nazaré

Num dia de muita neblina, o cavaleiro Diego Fuas Roupinho perseguia uma caça que, por causa da cerração, caiu num abismo. O cavaleiro não sabia que corria para o abismo e vinha rezando para Nossa Senhora de Nazaré. Antes que caísse, o cavalo, de repente, parou.

Quando a cerração se dissipou, ele percebeu o que tinha acontecido. Após esse milagre, a vila onde ocorreu passou a ser chamada de Vila de Nossa Senhora de Nazaré. Ali ele construiu uma pequena capela. Hoje existe uma grande Igreja em homenagem à Nossa Senhora.

Devoção a Nossa Senhora de Nazaré

Os Jesuítas foram os primeiros a propagar a devoção de Nossa Senhora de Nazaré por toda a região de Portugal e, posteriormente, para toda a Europa.

A principal casa de estudos e noviciado do mosteiro Jesuíta em Portugal é dedicada a Nossa Senhora de Nazaré.

Devoção a Nossa Senhora de Nazaré no Brasil

No dia 8 de setembro de 1630, após uma grande tempestade, um pescador saiu para ver suas redes no mar de Saquarema. Ao passar diante de um morro, ele viu uma forte luz e foi verificar o que era, encontrando uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

Ele levou a imagem pra casa onde reuniu outros pescadores para fazerem orações. No dia seguinte, a imagem reapareceu no local onde havia sido encontrada. Isso aconteceu por duas vezes. Todos entenderam que era para construir uma capela naquele local.

Muitos milagres aconteceram a partir de então e a capela ficou pequena, sendo necessário construir uma igreja bem maior. Sua festa é celebrada no dia 8 de setembro.

Círio de Nazaré

Apesar da devoção no Brasil começar em Saquarema, tornou-se muito forte em Belém do Pará, sob influência dos padres jesuítas e onde tem a maior festa católica do mundo dedicada à Mãe de Jesus.

A festa é celebrada desde 1793 e acontece no segundo domingo de outubro, atraindo mais de 2 milhões de pessoas todo ano. Acontece uma grande procissão, onde todos levam velas saindo de uma igreja com a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que é levada num percurso se 5 quilômetros para outra igreja.

Existe também a procissão de carros, motos e a grande procissão de barcos.

Oração a Nossa Senhora de Nazaré

Ó Virgem Imaculada de Nazaré, fostes na terra criatura tão humilde a ponto de dizer ao Anjo Gabriel: Eis aqui a escrava do Senhor. Mas por Deus fostes exaltada e preferida entre todas as mulheres, para exercer a sublime missão de Mãe do Verbo Encarnado.

Adoro e louvo ao Altíssimo que vos elevou a essa excelsa dignidade e vos preservou da culpa original. Quanto a mim, soberbo e carregado de pecados, sinto-me confundido e envergonhado perante vós.

Entretanto, confiando na bondade e ternura de vosso Coração Imaculado e maternal, peço-vos a força de imitar a vossa humildade e participar da vossa caridade a fim de viver unido, pela graça, ao vosso divino filho Jesus, assim como vós viveste no retiro de Nazaré.

Para alcançar essa graça (fazer o pedido), quero com imenso afeto e filial devoção, saudar-vos como o arcanjo Gabriel: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.

Nossa Senhora de Nazaré, rogai por nós. Amém.

Fonte: https://tendadosenhor.com.br/historia-de-nossa-senhora-de-nazare/

Reflexão para o XXVIII Domingo do Tempo Comum (B)

Evangelho do domingo (Vatican News)

Quando o Papa canoniza homens e mulheres, canoniza pessoas que foram sábias aos olhos de Deus, fazendo opção por aquilo que é eterno.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

A liturgia de hoje nos questiona sobre a autêntica sabedoria, aquela que leva a uma felicidade sem limites, a uma total realização, em todos os âmbitos da vida.

Os bens que almejamos nos trazem dependência e não nos dão segurança. Ao contrário, nos brutalizam, tornando-nos gananciosos e opressores. O autor da primeira leitura preferiu a Sabedoria ao poder , à riqueza, à beleza , à saúde, “pois o esplendor que dela irradia não se apaga”. Em seguida diz que todos bens vieram com ela. A sabedoria está em discernir, em saber escolher aquilo que é duradouro, que não perece e nos sacia plenamente.

No Evangelho vemos um homem rico em bens deste mundo, mas desejoso dos bens eternos. Ele busca Jesus e lhe pergunta o que fazer para ganhar a vida eterna. Jesus lhe responde dizendo que  a vida eterna está no relacionamento  fraterno: entre outras coisas, não matarás,  não cometerás adultério, não roubarás. O homem se mostra um justo, pois nada transgrediu desde a juventude. Contudo, ainda não chegou à perfeição.

Jesus, então, fez a proposta libertadora, após lhe dirigir um olhar amoroso: Só uma coisa te falta. Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me! ” Não basta não ter feito mal, é preciso ser misericordioso! Por isso o Mestre acrescenta para seus discípulos a dificuldade de um rico entrar no céu. É necessário que ele se deixe tocar pela graça de Deus e dê à sua riqueza um sentido social, fraterno. Quem fizer isso participará da nova sociedade, a dos filhos de Deus.

A segunda leitura nos fala da força da Palavra de Deus, da sua capacidade de realizar em nós o que o Espírito nos fizer pedir ao Pai.

Quando o Papa canoniza homens e mulheres, canoniza pessoas que foram sábias aos olhos de Deus, fazendo opção por aquilo que é eterno.

Abriram mão de riqueza, juventude, saúde, de tudo que era lícito e louvável aos olhos do mundo e também da religião, para se colocarem mais próximos a Jesus, para se tornarem cidadãos do céu. Foram livres em partilhar não apenas bens materiais, mas suas vidas.

Por isso estão eternizados, recordados sempre como amigos de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, e vivendo plenamente a felicidade. São homens literalmente realizados!

Que o exemplo dos santos revigore também em nós o desejo de alcançar a santidade, testemunhando no dia-a-dia o amor a Deus e aos irmãos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Presbíteros-discípulos

Presbíteros-discípulos (AJN1)

PRESBÍTEROS-DISCÍPULOS

Dom João Santos Cardoso
Arcebispo de Natal (RN)

O Documento de Aparecida (DAp 199) afirma que “o Povo de Deus sente a necessidade de presbíteros-discípulos: que tenham uma profunda experiência de Deus, configurados com o coração do Bom Pastor, dóceis às orientações do Espírito, que se nutram da Palavra de Deus, da Eucaristia e da oração”. No parágrafo 201, acrescenta: “A primeira exigência é que o pároco seja um autêntico discípulo de Jesus Cristo, porque só um sacerdote enamorado do Senhor pode renovar uma paróquia. Mas, ao mesmo tempo, deve ser um ardoroso missionário que vive o constante desejo de buscar os afastados e não se contenta com a simples administração.” 

Essas duas passagens revelam a necessidade urgente de presbíteros que, mais do que administradores, executores de ritos e de atividades, sejam discípulos de Jesus e missionários ardorosos do mistério do Reino de Deus, comprometidos com a transformação da realidade à luz do Evangelho. Mas, então, o que significa ser discípulo? 

A palavra “discípulo” é comumente usada para designar um aluno ou seguidor de uma doutrina. No contexto cristão, porém, esse conceito vai além: o discípulo de Cristo não é alguém que apenas aprende uma doutrina e torna-se capaz de ensiná-la, mas alguém que estabelece uma relação pessoal de amizade profunda com o Mestre. Na antiguidade, os mestres formavam discípulos para que aprendessem e propagassem suas ideias. Contudo, Jesus rompe com esse paradigma. Ele não chama os discípulos para aderir a uma doutrina, ideias, ideologia ou conjunto de leis, mas os convida a se encontrarem com Ele e estabelecerem uma comunhão viva com Sua pessoa (DAp 131-133). 

O discipulado cristão tem dois elementos essenciais: não é o discípulo que escolhe o mestre, mas é o próprio Mestre quem escolhe seus discípulos; além disso, os discípulos são chamados para estar com o Senhor e participar de Sua missão (DAp 131). Quando Jesus convida os discípulos de João Batista, “Vinde e vede” (Jo 1,39), Ele não está chamando-os para aprender uma doutrina, mas para viver em comunhão com Ele. O discipulado, portanto, exige uma entrega total e liberdade interior para seguir o Mestre aonde Ele for (Mt 19,16-26). 

A relação entre o discípulo e Jesus é uma participação viva no mistério de Sua relação trinitária. Na parábola da videira e dos ramos (Jo 15,1-8), Jesus descreve esse vínculo profundo. Ele não quer que sejamos apenas servos, mas amigos e irmãos, compartilhando de Sua vida divina e da missão de transformar o mundo. Essa amizade com Jesus transforma o discípulo, moldando sua vida e suas motivações, de modo que ele possa fazer novas todas as coisas (DAp 132). 

Ser discípulo implica também carregar a cruz, assim como o próprio Cristo a carregou. A esse respeito, Jesus é muito claro: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8,34). A renúncia e o sacrifício fazem parte do caminho do discípulo (DAp 140). Em um mundo que valoriza o prazer e a busca pelo conforto, o chamado de Jesus ao sacrifício pode parecer estranho. No entanto, essa entrega é o que dá sentido à vida cristã, pois é na doação de si que o discípulo encontra a verdadeira vida. 

Embora o discipulado comporte a cruz, ele também é marcado pela profunda alegria de ter encontrado o Senhor. O Documento de Aparecida lembra que “ser cristão não é uma carga, mas um dom” (DAp 23). A verdadeira alegria do discípulo nasce do encontro com Jesus, que dá sentido à vida e à missão. Essa alegria não é superficial, mas enraizada na fé, e se expressa em cada ato de amor e serviço ao próximo (DAp 32). 

Fonte: https://www.cnbb.org.b

O Papa: a verdadeira riqueza não são os bens deste mundo, mas ser amados por Deus

Angelus de 13/10/2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Comentando a passagem do Evangelho de Marcos sobre o rico que corre ao encontro de Jesus para perguntar-lhe como herdar a vida eterna, o Pontífice recordou que todos precisamos da felicidade, mas que esta não se encontra nas riquezas, mas no “arriscar o amor”, doando tudo aos pobres e seguindo-o.

https://youtu.be/q-JCMdHNjjQ

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (13/10), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Um domingo bonito e ensolarado em que o Pontífice refletiu a passagem do Evangelho de Marcos que fala de "um homem rico que corre ao encontro de Jesus e lhe pergunta: 'Bom Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?'. Jesus o convida a deixar tudo e segui-lo, mas o homem, entristecido, vai embora porque - diz o texto - 'possuía muitos bens'".

"Podemos ver os dois movimentos desse homem: no início, ele corre, para ir até Jesus; no final, porém, ele vai embora triste. Primeiro ele corre ao encontro de Jesus, depois vai embora", disse Francisco, detendo-se nesses dois movimentos.

"Em primeiro lugar, esse homem vai a Jesus correndo. É como se algo em seu coração o impelisse: de fato, embora tenha muitas riquezas, ele está insatisfeito, carrega uma inquietação dentro de si, está em busca de uma vida mais plena", disse ainda o Papa, acrescentando:

Como fazem muitas vezes os doentes e os possessos, ele se lança aos pés do Mestre; é rico, mas precisa de cura. Jesus o olha com amor; então, ele propõe uma “terapia”: vender tudo o que tem, dar aos pobres e segui-lo.

"Mas, nesse momento", sublinhou Francisco, "chega uma conclusão inesperada: o homem fica com o rosto triste e vai embora! Tão grande e impetuoso foi o desejo de encontrar Jesus, quão frio e rápido foi o afastamento Dele".

Nós também carregamos no coração uma necessidade irreprimível de felicidade e de uma vida cheia de significado; no entanto, podemos cair na ilusão de pensar que a resposta está na posse de coisas materiais e seguranças terrenas. Jesus, por outro lado, quer nos reconduzir à verdade de nossos desejos e nos fazer descobrir que, na realidade, o bem que almejamos é o próprio Deus, o seu amor por nós e a vida eterna que Ele e somente Ele pode nos dar.

De acordo com o Papa, "a verdadeira riqueza é sermos olhados com amor por Ele, como Jesus faz com aquele homem, e amarmos uns aos outros fazendo de nossa vida um dom para os outros".

Por isso, Jesus nos convida a “arriscar o amor”: vender tudo para dar aos pobres, o que significa despojar-nos de nós mesmos e de nossas falsas seguranças, estar atentos aos necessitados e compartilhar nossos bens, não apenas coisas, mas o que somos: nossos talentos, nossa amizade, nosso tempo e assim por diante.

"Irmãos e irmãs, aquele homem rico não quis arriscar o amor e foi embora com o rosto triste. E nós? Perguntemo-nos: a que o nosso coração está apegado? Como saciamos nossa fome de vida e felicidade? Sabemos partilhar com quem é pobre, com quem está em dificuldade ou precisa de um pouco de atenção, de um sorriso, de uma palavra que o ajude a reencontrar a esperança? Lembremo-nos disto: a verdadeira riqueza não são os bens deste mundo, mas ser amados por Deus e aprender a amar como Ele", concluiu o Papa, pedindo a "intercessão da Virgem Maria para nos ajudar a descobrir o tesouro da vida em Jesus".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Teófilo de Antioquia

São Teófilo de Antioqui (A12)
13 de outubro
Localização: Antioquia
São Teófilo de Antioqui

São Teófilo de Antioquia foi o sexto bispo da Igreja de Antioquia, sucedendo ao bispo Eros. Ele viveu no século II e teve um papel relevante na defesa da fé cristã em um período de intensa perseguição e debates teológicos. De origem pagã, Teófilo se converteu ao cristianismo, impactado pela leitura das Escrituras, e tornou-se um importante apologista. Seu principal trabalho, “Apologia a Autólico”, é uma defesa da fé cristã em resposta às críticas pagãs, mostrando uma compreensão profunda das Sagradas Escrituras e da filosofia grega.

Teófilo é lembrado por suas explicações sobre a criação do mundo e a divindade, bem como por ter sido o primeiro a usar a palavra “Trindade” (em grego “Trias”) para descrever a natureza divina de Deus, em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Ele também destacou a harmonia entre a fé cristã e a razão, refutando as acusações contra os cristãos com argumentos sólidos e baseados na lógica e nas Escrituras.

Durante seu episcopado em Antioquia, Teófilo enfrentou o desafio de consolidar a fé em uma comunidade que estava cercada por influências pagãs e hereges. Ele desempenhou um papel importante no fortalecimento da Igreja local, mantendo o ensino apostólico vivo e presente nas pregações e escritos que disseminou.

Sua dedicação à Igreja de Antioquia foi fundamental para o crescimento e a solidificação da fé cristã naquela região. Sua obra apologética não apenas ajudou a refutar as acusações dos pagãos, mas também serviu para instruir e edificar os cristãos que buscavam uma maior compreensão de sua fé.

São Teófilo faleceu em 183 d.C. e é venerado pela Igreja Católica e Ortodoxa como um dos primeiros defensores do cristianismo primitivo, sendo sua festa celebrada no dia 13 de outubro.

Reflexão:

A espiritualidade de São Teófilo de Antioquia é marcada pela busca da verdade através da razão e da fé. Ele via a criação como uma manifestação do amor e da sabedoria de Deus, defendendo que o conhecimento de Deus só pode ser plenamente alcançado através da leitura das Escrituras e da meditação sobre as obras da criação. A partir de sua conversão, Teófilo dedicou-se a combater as falsas doutrinas e a exaltar a Trindade como o fundamento da fé cristã. Em seus escritos, Teófilo expressa uma espiritualidade profundamente enraizada no amor a Deus e na defesa da fé, buscando sempre trazer a luz da verdade divina para aqueles que viviam em trevas espirituais. Ele enfatizou a importância da humildade, da obediência a Deus e da prática das virtudes cristãs como caminho para a salvação.

Oração:

Ó São Teófilo de Antioquia, defensor da fé e servo fiel de Cristo, intercede por nós para que possamos, assim como tu, viver nossa fé com coragem e sabedoria. Ensina-nos a buscar a verdade com humildade e a defender o Evangelho com a força do Espírito Santo. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 12 de outubro de 2024

Papa: o mundo precisa do nosso testemunho comum, não da divisão dos cristãos

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

"A unidade dos cristãos e a sinodalidade estão ligadas" e ambas devem ser percorridas por um caminho ecumênico, enalteceu Francisco em homilia esta sexta-feira (11/10), por ocasião da Vigília Ecumênica com os padres sinodais: "hoje exprimimos a nossa vergonha pelo escândalo da divisão dos cristãos, de não testemunharmos juntos o Senhor Jesus. Este Sínodo é uma oportunidade para ultrapassar os muros que ainda persistem entre nós". "O mundo precisa de um testemunho comum", fiel à missão da Igreja.

Andressa Collet - Vatican News

A sexta-feira (11/10) dos padres sinodais foi finalizada com uma Vigília Ecumênica na Praça dos Protomártires, dentro do Vaticano. A data recorda a abertura do Concílio Vaticano II, como recordou o Papa Francisco em homilia, "que marcou a entrada oficial da Igreja Católica no movimento ecumênico". A homilia não foi lida pelo Santo Padre, mas entregue aos participantes. A Praça dos Protomártires Romanos é uma homenagem aos primeiros mártires da Igreja de Roma, que testemunharam com o próprio sangue a fé em Cristo. "Que estes mártires fortaleçam em nós a certeza de que nos aproximamos uns dos outros ao aproximarmo-nos de Cristo", porque "quanto mais os cristãos estão próximos de Cristo, tanto mais próximos estão uns dos outros".

Assim, enalteceu o Pontífice, "a unidade dos cristãos e a sinodalidade estão ligadas" e ambas devem ser percorridas através de um caminho ecumênico. Em ambos os processos, continuou o Papa, "não se trata tanto de construir algo, mas sim de acolher e fazer frutificar o dom que já recebemos. E como é que é o dom da unidade? A experiência sinodal ajuda-nos a descobrir alguns aspectos".

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

A unidade é uma graça

O Papa começou, então, a trazer alguns ensinamentos sobre a unidade. O primeiro, de que ela é "uma graça, um dom imprevisível" "cujos tempos e modos não podemos prever":

“O verdadeiro protagonista não somos nós, mas o Espírito Santo que nos guia para uma maior comunhão. Tal como não sabemos de antemão qual será o resultado do Sínodo, também não sabemos exatamente como será a unidade a que somos chamados.”

A unidade é um caminho

Outro dos ensinamentos do processo sinodal é que "a unidade é um caminho: amadurece em movimento, durante o percurso. Cresce no serviço recíproco, no diálogo da vida, na colaboração entre todos os cristãos". Um caminho, porém, que deve ser percorrido "segundo o Espírito (cf. Gal 5, 16-25)", numa peregrinação comum “ao ritmo de Deus”.

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)

A unidade é harmonia

Um terceiro ensinamento é que "a unidade é harmonia", feita da beleza da Igreja, como acontece no Sínodo, através da "variedade dos seus rostos" e no caminho do Espírito Santo:

"A unidade não é uniformidade, nem é o resultado de compromissos ou equilíbrios. A unidade cristã é harmonia na diversidade dos carismas suscitados pelo Espírito para a edificação de todos os cristãos."

A unidade para a missão

Por fim, tal como a sinodalidade, "a unidade é para a missão", num testemunho dos padres conciliares "quando afirmaram que a nossa divisão «é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura» (UR, 1)":

"O movimento ecumênico nasceu do desejo de testemunhar juntos, na companhia dos outros, não afastados uns dos outros ou, pior ainda, uns contra os outros. Neste lugar, os Protomártires recordam-nos que hoje, em muitas partes do mundo, cristãos de diferentes tradições dão juntos a vida por causa da fé em Jesus Cristo, vivendo o ecumenismo do sangue. O seu testemunho é mais forte do que qualquer palavra, porque a unidade vem da Cruz do Senhor."

Ao final da homilia, o Papa recordou da celebração penitencial realizada antes de iniciar a segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em andamento no Vaticano até 27 de outubro. Francisco reforçou a necessidade de se promover "um caminho para a plena unidade, em harmonia uns com os outros e com toda a criação:

“Hoje exprimimos também a nossa vergonha pelo escândalo da divisão dos cristãos, pelo escândalo de não testemunharmos juntos o Senhor Jesus. Este Sínodo é uma oportunidade para melhorar, para ultrapassar os muros que ainda persistem entre nós. Concentremo-nos no chão comum do nosso mesmo Batismo, que nos impele a ser discípulos missionários de Cristo, com uma missão comum. O mundo precisa de um testemunho comum, o mundo precisa que sejamos fiéis à nossa missão comum.”

Oração Ecumênica dos Padres Sinodais, presidida pelo Papa Francisco (Vatican Media)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida (Diocese de Anápolis)

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP) 

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. 12/10/24 (Jo 2, 1-11). 

1 – Quero antes de tudo felicitar, a nossos irmãos e irmãs, pois celebramos hoje solenemente a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Ela é invocada na Igreja com muitíssimas denominações: Nossa Senhora de Lourdes, Fátima, Carmo, Loreto, Laurent etc. Trata – se sempre da mesma personagem, Maria a Mãe de Jesus, do verbo encarnado, do Salvador. Não pode ser ocasião de divisão, menos ainda, de desunião aquela que é a Mãe do redentor. Antes da separação (ruptura) da Igreja Ortodoxa todos os cristãos à veneravam. (Maria) tributando-lhe um culto especial: o de hiperdulia. Somente a Trindade e a Santíssima Eucaristia nós rendemos o culto máximo: o de Latria, ou seja, de adoração. Aos Santos, em geral, veneramos pois formam de modo especial a grande família dos redimidos. Repito: Maria é especialíssima para nós católicos, pois, sendo Ela a Mãe do Salvador, foi para isso escolhida desde sempre pelo Pai, assumida pelo Verbo encarnado, como Mãe e santificada, desde o início pelo Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Precisava mais? Podia ter acontecido algo melhor? Não.  Somente Ela podia chama-lo de Filho aqui na terra. Ela esteve ao lado de Jesus, do nascimento à sepultura. Foi saudada pelo anjo Gabriel (Lc 1,26) e também por Isabel, como a mãe do Senhor (Lc 1, 42). 

2 – Ela é a padroeira do Brasil, assim foi assumida desde o encontro de sua imagem no rio paraíba. Aparecida tornou-se, então, a cátedra Mariana para a evangelização. A partir dela, continua a dizer ainda hoje: “fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5). Na Cruz, o filho moribundo, a deu como mãe ao discípulo João. (Jo 19,26). Hoje, João sou eu, és tu, somos todos nós. Por isso, somos mais felizes ainda. Temos, como mãe aquela que é a genitora de Jesus: o Verbo encarnado. Nós a estamos ouvindo, para assim seguirmos Jesus Cristo? A resposta é nossa: minha, tua.  

3 – Hoje, em dia, a honra e a venera, não quem vai a Aparecida como peregrino, mas aquele (aquela) que segue Jesus Cristo como discípulo na vida. Ela foi verdadeiramente, não apenas a Mãe do Salvador, mas também sua melhor discípula. Ser sua mãe foi certamente a maior graça, mas segui-lo foi sua especial missão, pessoalmente assumida e integralmente cumprida. Viva Nossa Senhora Aparecida excelsa padroeira do Brasil. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Beato Carlo Acutis

Beato Carlo Acutis (A12)
12 de outubro
País: Inglaterra
Beato Carlo Acutis

Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991, em Londres, Inglaterra, mas cresceu na Itália, onde sua família se estabeleceu. Desde muito jovem, Carlo demonstrava grande interesse pela tecnologia, sendo autodidata em programação e design de sites. Sua paixão pelo mundo digital, entretanto, não se sobrepunha à sua profunda fé católica. Desde a infância, Carlo tinha uma forte devoção à Eucaristia, que considerava seu “caminho para o céu”. A simplicidade e a profundidade de sua espiritualidade conquistaram a admiração de todos ao seu redor.

Aos sete anos, Carlo fez a sua primeira comunhão e, desde então, não deixou de participar diariamente da missa, sempre que possível. Além disso, dedicava-se ao sacramento da confissão semanalmente, buscando sempre estar em comunhão com Deus. A sua vida era marcada por uma intensa prática de caridade, ajudando os mais necessitados, tanto material quanto espiritualmente.

Em meio à sua vivência cristã, Carlo encontrou na internet uma forma de evangelização. Ele criou um site onde documentou os milagres eucarísticos ao redor do mundo, destacando a importância da presença real de Cristo na Eucaristia. Com isso, queria compartilhar sua fé com o mundo e mostrar como a tecnologia poderia ser uma ferramenta a serviço do Evangelho.

Infelizmente, aos 15 anos, Carlo foi diagnosticado com uma leucemia fulminante. Durante o tratamento, ofereceu seus sofrimentos pela Igreja e pelo Papa, demonstrando uma profunda aceitação da vontade de Deus. Ele faleceu em 12 de outubro de 2006, em Monza, Itália. Sua vida, breve, mas repleta de testemunho cristão, inspirou milhares de pessoas.

Carlo foi beatificado em 10 de outubro de 2020 pelo Papa Francisco, tornando-se um exemplo contemporâneo de santidade jovem e próxima das realidades tecnológicas do mundo moderno. Sua memória é celebrada pela Igreja no dia 12 de outubro.

Reflexão:

A espiritualidade de Carlo Acutis era centrada na Eucaristia. Ele costumava dizer que "a Eucaristia é a minha estrada para o céu", evidenciando sua profunda fé na presença real de Cristo nesse sacramento. Além disso, ele tinha uma forte devoção à Virgem Maria, rezando o terço diariamente e incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. Para Carlo, a oração e os sacramentos eram o alicerce de uma vida cristã autêntica, enraizada no amor a Deus e ao próximo. Carlo também acreditava que a santidade era um caminho acessível a todos, e não algo reservado a uma minoria. Ele dizia que "todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias", chamando atenção para a necessidade de cada pessoa buscar viver a sua fé de maneira pessoal e autêntica. Sua vida espiritual era simples e direta, com um foco claro no essencial: amor a Deus e serviço aos outros.

Oração:

Oh Pai, que nos deste um ardente testemunho do jovem Carlo Acutis, que fez da Eucaristia o centro da sua vida e a força da sua entrega cotidiana, concedei-me a graça que tanto necessito (pedido), à imitação dele, para que também eu possa colocar Cristo no centro da minha vida. Por Cristo, Nosso Senhor, Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

São Maximiliano de Lorch

São Maximiliano de Lorch (A12)
12 de outubro
País: Eslovênia
São Maximiliano de Lorch

São Maximiliano de Lorch, bispo, nasceu em 274 em Celeia, cidade localizada atualmente na Eslovênia. A tradição conta que aos sete anos de idade foi entregue à tutoria de um sacerdote que o educou na fé cristã.

Anos depois ficou órfão, decidiu renunciar a sua herança e reparti-la entre os pobres. Também concedeu liberdade aos escravos de sua família e abraçou fervorosamente o desejo de seguir radicalmente a Cristo.

São Narciso empreendeu uma peregrinação a Roma. O Papa Sixto II lhe concedeu uma missão evangelizadora e o santo fixou residência episcopal na cidade de Lorch. Pregou o Evangelho com valente tenacidade e se comprometeu com a causa dos mais necessitados.

Foi preso e levado ante o imperador Diocleciano, recebeu ordem de renunciar a fé cristã e adorar os deuses romanos. Firme no amor a Deus, recusou tal mandato com valentia e acabou sendo tortura e decapitado.

Colaboração: Yara Fonseca

Reflexão:

O martírio de Maximiliano de Lorch é modelo de santidade para os cristãos que no mundo de hoje buscam defender a fé em Cristo Jesus. As circunstâncias históricas mudaram mas hoje também existem muitas formas de perseguição aos filhos de Deus que desejam ser fiéis ao amor recebido, comprometendo-se com os descartados da sociedade e com o anúncio do Evangelho.

Oração:

Valente Maximiliano de Lorch intercedei por nós que desejamos ser coerentes com o amor de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Que a vossa vida martirizada seja luz para nossas lutas cotidianas e nos fortaleça para defender o nome de Deus frente aos poderes deste mundo. Favorecei com vosso auxílio aos cristãos que são perseguidos e injustiçados.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF