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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

População católica diminui na Europa, mas aumenta em todos os outros lugares

Fiéis se reúnem no santuário de Namugongo, Uganda, para a Peregrinação do Dia dos Mártires em 3 de junho de 2024. | ACI África

População católica diminui na Europa, mas aumenta em todos os outros lugares, dizem estatísticas da Santa Sé

Por Tyler Arnold*

18 de out de 2024

A população católica na Europa caiu em quase meio milhão de pessoas em 2022, mas continuou a aumentar em todas as outras partes do mundo, segundo dados divulgados pela Santa Sé esta semana.

Segundo números da Santa Sé, divulgados pela agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, a população católica na Europa era de pouco menos de 285,6 milhões de pessoas no final de 2022. Isso é cerca de 474 mil católicos a menos do que o registrado em 2021.

O declínio da população católica coincide com uma redução populacional total no continente, que registrou uma perda líquida de 517 mil pessoas que vivem na Europa ao longo do ano.

Os católicos ainda compunham cerca de 39,5% da população da Europa em 2022, o que é um declínio de 0,08%, segundo a Santa Sé. O declínio da população católica na Europa tem sido um fenômeno consistente por vários anos.

Apesar da redução na Europa, a população católica global ainda está em ascensão. No final de 2022, a população católica atingiu quase 1,39 bilhão de pessoas, graças a um aumento de mais de 13,7 milhões de católicos.

Os dados mostraram que cerca de 17,7% da população mundial era católica, o que representa um aumento de 0,03%.

A população católica na África ultrapassou 272,4 milhões de pessoas em 2022 depois de um aumento de mais de 7,3 milhões de pessoas — o maior aumento registrado em qualquer continente. Cerca de 19,7% da África era católica em 2022, o que foi um aumento de 0,32% em relação ao ano anterior — o maior aumento na representação católica como uma porcentagem da população.

As Américas do Norte e do Sul tinham mais de 666,2 milhões de católicos registrados em 2022, depois de um aumento de mais de 5,9 milhões de católicos. O número de católicos na Ásia ultrapassou 154, 24 milhões, o que foi um aumento de cerca de 889 mil. Havia quase 11,11 milhões de católicos na Oceania depois de um aumento de cerca de 123 mil.

Além da Europa, a Ásia foi a única região a registrar um declínio no número de católicos como porcentagem da população total, com uma redução de 0,02%.

A escassez de padres piora globalmente, o número de freiras diminui, o de diáconos aumenta

O número total de padres no mundo caiu pelo quinto ano consecutivo, mas algumas regiões registram um aumento.

No final de 2022, havia cerca de 407.730 padres na Igreja, o que foi um declínio líquido de cerca de 142 padres. Globalmente, isso significa que há um padre para cada 15.682 católicos.

A pior redução de padres foi na Europa, que caiu em 2.745. Houve também uma diminuição de 164 padres nas Américas e uma perda de 69 padres na Oceania.

No entanto, um aumento de 1.676 padres na África e 1.160 padres na Ásia ajudou a suavizar o impacto do declínio geral de padres.

O número de seminaristas maiores caiu em mais de 1,4 mil de 2021 para 2022. Isso inclui uma redução de 921 nas Américas, 859 na Europa e 375 na Ásia.

A África registrou 726 seminaristas a mais e a Oceania teve um pequeno aumento de 12 seminaristas.

O número de seminaristas menores caiu em 553.

O número de religiosas caiu ligeiramente abaixo de 600 mil em 2022, com um declínio total de 9.730. Isso foi liderado principalmente por uma diminuição de mais de 7 mil na Europa e mais de 1.350 nas Américas.

Houve também um declínio de cerca de 225 religiosas na Oceania. No entanto, o número de religiosas aumentou em mais de 1.350 na África e em cerca de 74 na Ásia.

O número de diáconos permanentes aumentou globalmente em 974. Isso inclui um aumento de 267 na Europa, 15 na Ásia e um na África. O número caiu em 308 nas Américas e em um na Oceania.

O número de diáconos diocesanos permanentes aumentou em 960, com um aumento de 697 nas Américas, 255 na Europa e nove na Ásia, com um a menos na Oceania. O número total de diáconos permanentes religiosos aumentou globalmente de 14 para 615.

*Tyler Arnold é repórter do National Catholic Register. Já trabalhou no site de notícias The Center Square e suas matérias foram publicadas em vários veículos, incluindo The Associated Press, National Review, The American Conservative e The Federalist.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/59685/populacao-catolica-diminui-na-europa-mas-aumenta-em-todos-os-outros-lugares-dizem-estatisticas-da-santa-se

A vocação ao matrimônio

A vocação ao matrimônio (Opus Dei)

A vocação ao matrimônio

Chegar juntos ao Céu: esse é o desejo que pode impulsionar cada casamento. Oferecemos um novo editorial sobre o amor humano.

11/11/2015

Umas palavras do Papa Francisco, no encontro com as famílias em Manila, deram a volta ao mundo: “Não é possível uma família sem o sonho. Numa família, quando se perde a capacidade de sonhar, os filhos não crescem, o amor não cresce; a vida debilita-se e apaga-se. Por isso, recomendo-vos que à noite, ao fazer o exame de consciência, vos ponhais também esta pergunta: Hoje sonhei com o futuro dos meus filhos? Hoje sonhei com o amor do meu esposo, da minha esposa? Hoje sonhei com os meus pais, os meus avós que fizeram a vida avançar até mim?” [1].

Sonhar

Esta capacidade de sonhar está relacionada com o entusiasmo que colocamos nos nossos horizontes e esperanças, especialmente em relação às pessoas. Em outras palavras: os bens ou as realizações que desejamos para elas; as esperanças que cultivamos em relação a elas. A capacidade de sonhar equivale à capacidade de pôr o sentido de nossa vida naqueles que amamos. Por isso é algo característico de cada família.

Desde o início, São Josemaria contribuiu para lembrar, seguindo os ensinamentos da Igreja, que o matrimônio – semente da família – é, no sentido mais pleno da palavra, uma chamada específica à santidade dentro da comum vocação cristã: um caminho vocacional, diferente, mas complementar ao do celibato – seja sacerdotal ou laical – ou à vida religiosa. “O amor que conduz ao matrimônio e à família pode ser também um caminho divino, vocacional, maravilhoso, por onde corra, como um rio em seu leito, uma completa dedicação ao nosso Deus” [2].

Por outro lado, esta chamada de Deus no casamento não significa diminuir as exigências para seguir a Jesus. Pois, como “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” [3], os esposos cristãos encontram na vida matrimonial e familiar a matéria da sua santificação pessoal, ou seja, da sua identificação com Jesus Cristo: sacrifícios e alegrias, prazeres e renúncias, o trabalho no lar e fora dele, são elementos com os quais, sob a luz da fé, é construído o edifício da Igreja.

Sonhar, para um cristão, com a esposa ou com o esposo, é olhar para ele com os olhos de Deus. É contemplar a realização do projeto que o Senhor pensou e quer para cada um, e para os dois na sua relação matrimonial. É desejar que esses planos divinos se tornem realidade na família, nos filhos – se Deus os enviar –, nos avós, e nos amigos que a providência coloca ao nosso lado para nos acompanhar na viagem da vida. É, em resumo, a possibilidade de que cada um veja o outro como seu caminho pessoal para o céu.

A vocação ao matrimônio (Opus Dei)

O segredo da família

Cristo fez do casamento um caminho divino de santidade, para encontrar a Deus no meio das ocupações diárias, da família e do trabalho, para elevar a amizade, as alegrias e as penas – porque não há cristianismo sem dor –, e as mil pequenas coisas da casa ao nível eterno do amor. Aí está o segredo do casamento e da família. Assim se antecipa a contemplação e a alegria do céu, onde encontraremos a felicidade completa e definitiva.

No contexto desse “caminho divino” de amor matrimonial, São Josemaria falava do significado cristão, profundo e belo, da relação conjugal: “nos outros sacramentos a matéria é o pão, o vinho, a água... Aqui são os corpos. (...) Eu vejo o leito conjugal como um altar; ali está a matéria do sacramento” [4]. A expressão altar é surpreendente, e ao mesmo tempo é consequência lógica de uma leitura profunda do matrimônio, cujo núcleo é a una caro[5]: a união completa dos corpos humanos, criados à imagem e semelhança de Deus.

A partir desta perspectiva entendemos o fato de os esposos cristãos expressarem a característica do sacramento do matrimônio através da linguagem da corporeidade: com sua entrega mútua, louvam e glorificam a Deus, anunciam e realizam o amor entre Cristo e a Igreja, reforçando a obra do Espírito Santo nos corações. E daí vem, para os esposos, para a sua família e para o mundo, uma corrente de graça, de força e de vida divina que renova tudo.

Isto requer uma preparação e uma formação contínua, uma luta positiva e constante. “Os símbolos fortes do corpo – observa o Papa Francisco – possuem as chaves da alma: não podemos tratar os vínculos da carne com superficialidade, sem causar ao espírito alguma ferida perene” [6].

O vínculo que surge a partir do consentimento matrimonial fica impresso e se enriquece pelas relações íntimas entre os esposos. A graça de Deus que receberam no batismo encontra um novo conduto que não se justapõe ao amor humano, mas o assume. O sacramento do matrimônio não supõe um acréscimo externo ao casamento natural; a graça sacramental específica transforma os cônjuges por dentro, e ajuda-os a viver a sua relação com exclusividade, fidelidade e fecundidade: “É importante que os esposos adquiram o sentido claro da dignidade de sua vocação, sabendo que foram chamados por Deus para atingir também o amor divino através do amor humano: que foram escolhidos, desde a eternidade, para cooperar com o poder criador de Deus, pela procriação e depois pela educação dos filhos; que o Senhor lhes pede que façam, do seu lar e da vida familiar inteira, um testemunho de todas as virtudes cristãs” [7].

Os filhos são sempre o melhor “investimento”, e a família a “empresa” mais sólida, a maior e a mais fascinante das aventuras. Cada um desempenha o seu papel, e assim todos contribuem, porém o romance final é muito mais interessante do que a soma de cada história, porque Deus age e faz maravilhas.

Daí a importância de saber compreender – os esposos entre si e aos filhos –, de aprender a pedir desculpas, de amar – como ensinava São Josemaria – também os defeitos do outro, desde que não ofendam a Deus[8]. “Na vida dos cônjuges, quantas dificuldades se resolvem, se conservarmos um espaço para o sonho, se nos detivermos a pensar no cônjuge e sonharmos com a bondade, com as coisas boas que tem. Por isso, é muito importante recuperar o amor através do sonho de cada dia. Nunca deixeis de ser namorados!” [9].

Parafraseando o Papa, poderíamos acrescentar: que os esposos nunca deixem de sentar-se para compartilhar e recordar os momentos bonitos e as dificuldades que atravessaram juntos, para considerar as circunstâncias que trouxeram sucessos ou fracassos, para recuperar um pouco de entusiasmo, ou para pensarem juntos na educação dos filhos.

A base do futuro da humanidade

A vida conjugal e familiar não consiste em instalar-se numa existência confortável e segura, mas dedicar-se um ao outro e dedicar tempo com generosidade aos outros membros da família, começando pela educação dos filhos – que inclui promover o aprendizado das virtudes, e a iniciação na vida cristã –, para abrir-se continuamente aos amigos, a outras famílias, e especialmente aos mais necessitados. Deste modo, pela coerência da fé vivida em família, comunica-se a boa noticia – o Evangelho – de que Cristo continua presente e convida-nos a segui-lo.

Para os filhos, Jesus se revela através do pai e da mãe; pois para os dois, cada filho é, em primeiro lugar, um filho de Deus, único e irrepetível, com quem Deus foi o primeiro a sonhar. Por isso, João Paulo II podia afirmar que “O futuro da humanidade passa pela família” [10].

As famílias que não puderam ter filhos

E que sentido poderiam dar ao seu casamento os casais cristãos que não têm filhos? A esta pergunta, São Josemaria respondia que, antes de tudo deveriam pedir a Deus que os abençoasse com filhos, se essa fosse a sua Vontade, como abençoou os Patriarcas do Antigo Testamento; e depois que procurassem um bom médico. “Se apesar de tudo, o Senhor não lhes dá filhos, não tem de ver nisso uma nenhuma frustração: tem de estar contentes, descobrindo nesse mesmo fato a Vontade de Deus para eles. Muitas vezes o Senhor não dá filhos porque pede mais. Pede que tenham o mesmo esforço e a mesma entrega delicada, ajudando aos próximos, sem a grande alegria humana de ter tido filhos: não há, pois, motivo para sentirem-se fracassados nem para dar lugar à tristeza”.

E acrescentava: “Se os esposos têm vida interior, compreenderão que Deus os insta, impelindo-os a fazer de sua vida um generoso serviço cristão, um apostolado diferente do que realizariam com seus filhos, mas igualmente maravilhoso. Se olham à sua volta, descobrirão imediatamente pessoas que necessitam de ajuda, de caridade e de carinho. Há, além disso, ocupações apostólicas em que podem trabalhar. E, se souberem pôr o coração nessa tarefa, se souberem dar-se generosamente aos outros, esquecendo-se de si próprios, terão uma fecundidade esplêndida, uma paternidade espiritual que encherá a sua alma de verdadeira paz” [11].

São Josemaria gostava de se referir às famílias dos primeiros cristãos: “Famílias que viveram de Cristo e que deram a conhecer Cristo. Pequenas comunidades cristãs, que atuaram como centros de irradiação da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas animados de um espírito novo, que contagiava os que os conheciam e com eles se relacionavam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos de ser nós, os cristãos de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que Jesus nos trouxe” [12].

Ramiro Pellitero


[1] Papa Francisco, Discurso no Encontro com as famílias, Manila, Filipinas, 16-01-2015.

[2] Cf. São Josemaria, Homilia “Amar o mundo apaixonadamente”, em Questões atuais do Cristianismo, n. 121; cf. “O matrimônio, vocação cristã”, em É Cristo que passa.

[3] Rm 8, 28.

[4] São Josemaria, Anotações tomadas de uma reunião familiar (1967), citado no Dicionário de São Josemaria, Burgos 2013, p. 490.

[5] Cf. Gn 2, 24; Mc 10, 8.

[6] Papa Francisco, Audiência geral, 27-05-2015.

[7] São Josemaria, Questões atuais do cristianismo, n. 93.

[8] Cf. São Josemaria, Anotações de uma reunião familiar, 7-07-1974.

[9] Papa Francisco, Discurso no Encontro com as famílias, Manila, Filipinas, 16-01-2015.

[10] São João Paulo II, Familiaris consortio, n. 86.

[11] São Josemaria, Questões atuais do cristianismo, n. 96.

[12] São Josemaria, É Cristo que passa, n. 30.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/a-vocacao-ao-matrimonio/

O caduceu de Hermes e a Cruz na missão do médico

O caduceu (Cultura de fato)

O CADUCEU DE HERMES E A CRUZ NA MISSÃO DO MÉDICO 

 Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Ao celebramos o Dia do Médico, data significativa que homenageia a vocação e missão dos homens e mulheres de jaleco branco, que exercem profissionalmente a medicina. Há dois símbolos que acompanham a caminhada e a evolução da arte e ciência médica: o caduceu e a Cruz que lembra o padroeiro São Lucas que justifica a origem do dia. Estes dois sinais eloquentes, se conjugam e complementam dando abrangência e visão generosa aos médicos.  

O caduceu, uma vara entrelaçada por duas serpentes, é muito rico em significados, pode representar as duas funções do médico a cura e o cuidado dos pacientes, também a interação e influência entre a doença e a saúde que se articulam dialeticamente, e ainda o veneno e o antídoto, que nos medicamentos dependerá do uso, dose e contexto de aplicação 

. Também revela uma medicina com raízes na Criação e uma visão holística ( tudo está interligado), a necessidade de curar a Terra para curar a pessoa, e a harmonização com o ambiente natural para manter e recuperar a saúde.  

Já a Cruz introduz o mistério da redenção, e com São Lucas o olhar compassivo e amoroso para o paciente especialmente os pobres. A medicina toca a carne de Cristo no atendimento aos doentes, na construção de uma medicina sanitarista e humanitária, que gera equidade e justiça na alocação dos recursos da saúde. Ainda com São Lucas assume um estilo de vida, e a mística do Bom Samaritano, da benignidade-humanitária e de doação total para a cura e restauração de vidas.  

Mais tarde com São Camilo de Lelis e Henri Dunant o fundador da Cruz Vermelha, essa Cruz será emblema de médicos que vão ao encontro de todos/as sem fronteiras e exclusões. As tecnologias robóticas, a IA, as nanotecnologias e o trans humanismo podem apontar para um futuro de uma medicina eficiente e altamente confiável, mas o fator humano constituído por médicos de carne e osso, pelo e pescoço, de profissionais com um olhar e um coração sábio e compassivo continuarão a fazer a grande diferença. Parabéns a todos os médicos/as no seu dia, e que Jesus o Médico Divino e o taumaturgo que atende todas as angústias e necessidades das pessoas, os abençoe e sempre os ilumine. Deus seja louvado! 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Primeiro Irmão leigo franciscano eleito Ministro Provincial no Brasil

Frei Vicente Paulo do Nascimento, 53 anos (Província Santa Cruz)

Frei Vicente Paulo do Nascimento, de 53 anos, foi eleito Ministro Provincial da Província Santa Cruz, em Belo Horizonte (MG), na noite desta quinta-feira, dia 17 de outubro.

Vatican News

Frei Vicente Paulo do Nascimento obteve, no primeiro escrutínio, 33 votos entre os 60 frades votantes. Com a confirmação do Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em Roma, na manhã desta sexta, dia 18.

Frei Vicente Paulo é o primeiro irmão leigo da Ordem dos Frades Menores a assumir o serviço de Ministro Provincial no Brasil. Também é pioneiro na Conferência dos Frades Menores do Brasil e Cone Sul, que abrange a Argentina, o Chile e o Paraguai.

Por se tratar de um religioso irmão, o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em Roma, precisou ser informado. A resposta foi dada na manhã desta sexta-feira, 18 de outubro.

Franciscanos reunidos em Belo Horizonte (Província Santa Cruz)

Frei Vicente Paulo do Nascimento nasceu no dia 29 de julho de 1971 (53 anos), em Governador Valadares (MG). Ingressou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores em 04 de fevereiro de 1994, fez a Primeira Profissão em 21 de janeiro de 1995 (29 anos de Vida Religiosa) e a Profissão Solene, em 02 de fevereiro de 2000.

É licenciado em Filosofia e Teologia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA), de Belo Horizonte (MG). Tem longa experiência da Formação Inicial, sendo Mestre de Postulantes por seis anos (2007-2012). Mestre de Professos Temporários por mais de dez anos (2013-2021; 2023-2024), Secretário para a Formação e os Estudos (2016-2018). Atualmente, é Definidor Provincial, assumido pela quarta vez, e Moderador da Formação Permanente (2022-2014). Foi missionário na Amazônia (AM), em Roraima (RR) (2005-2006) e Visitador da Custódia São Benedito da Amazônia (2018).

Franciscanos reunidos (Província Santa Cruz)

Província Santa Cruz

Sediada em Belo Horizonte, a Província Santa Cruz, mantém uma forte atuação evangelizadora e social baseadas na fé cristã e nos ensinamentos e valores difundidos por São Francisco de Assis.

Essa Província tem suas raízes na criação do Comissariado da Santa Cruz no estado do Rio de Janeiro, estabelecido por frades holandeses em 1900. Depois de passarem por Manaus (AM), em 1899, Frei Adalberto Woolderink, Frei Gonzaga Governeur e Frei Oto Vervoort seguiram para Niterói (RJ), onde instalaram a primeira residência e sede do Comissariado.

Até o ano de 1950, o Comissariado esteve ligado juridicamente e dependia diretamente da Província dos Santos Mártires Gorcumienses, na Holanda. Após esse período de meio século, foi criada a Província Santa Cruz, em 1950, que passou a atuar independente e abrange, atualmente, os franciscanos de Minas Gerais e Sul da Bahia. No dia 18 de dezembro de 1899, chegaram a Manaus, provenientes da Holanda, os três primeiros frades daquela que viria a se constituir a Província Santa Cruz (PSC): Frei Adalberto Woolderink, Frei Gonzaga Gouverneur e Frei Oto Vervoort. Esse início de presença na região amazônica foi frustrado pelas doenças tropicais contraídas pelos frades.

No dia 7 de maio de 1900, chegou ao Rio de Janeiro Frei Rogério Burgers, um dos fundadores e primeiro comissário do Comissariado Imaculada Conceição, hoje PSC, juntamente com Frei Frederico Voorvelt.

Franciscanos reunidos em Belo Horizonte (Província Santa Cruz)

Em 1901, juntou-se a eles Frei Oto Vervoort, proveniente de Manaus (AM). Nesse mesmo ano, ocorreu a instalação da primeira residência e sede do Comissariado, em Niterói, e, em 1903, a instalação da primeira residência dos frades em Minas Gerais, em Ouro Preto. No ano de 1912, a sede do Comissariado foi transferida de Niterói (RJ) para São João Del-Rei (MG). Em 15 de novembro de 1925, a sede do Comissariado foi transferida, mais uma vez, para Divinópolis (MG).

Em 1926, o Comissariado foi estendido ao Rio Grande do Sul (Vila Fão) e, dez anos mais tarde, ao Extremo Sul da Bahia (Caravelas, Nova Viçosa e Mucuri).

No ano de 1931, teve início o Curso de Teologia em Divinópolis com a chegada dos primeiros frades estudantes da Holanda. Em 1941, ocorreu a mudança do nome Comissariado Imaculada Conceição para Comissariado Santa Cruz.

Esse período foi marcado pela consolidação da presença dos frades em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e no Sul da Bahia, além da presença nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói. No dia 8 de janeiro de 1949, o Comissariado Santa Cruz foi elevado à condição de Província autônoma da Província Holandesa, passando a designar-se Província Santa Cruz. Em 1959, a sede da Província foi transferida de Divinópolis para Belo Horizonte. No dia 22 de fevereiro de 1966, os frades no Rio Grande do Sul adquiriram autonomia em relação à Província Santa Cruz, tendo sido constituídos como Província São Francisco de Assis do Rio Grande do Sul no dia 4 de outubro de 1976, dia de São Francisco.

Atualmente, a Província Santa Cruz é composta por mais de 100 frades, alguns em período de formação e estudos. São 14 fraternidades, sendo 8 paróquias. As fraternidades e paróquias estão espalhadas por 10 municípios distribuídos entre Minas Gerais e o sul da Bahia, além de presenças em missões no exterior. Nesses locais, atuam na pastoral paroquial, educação, projetos de ação social e de formação de lideranças cristãs.

Fonte: Província Santa Cruz

https://www.vaticannews.va/pt

São Lucas

São Lucas (A12)
18 de outubro
Localização : Antioquia
São Lucas

Lucas nasceu na Antioquia. Era médico, pintor e possuidor de uma vasta cultura. Foi convertido e batizado por São Paulo. No ano 43 já viajava ao lado do apóstolo Paulo, sendo considerado seu filho espiritual. Assim, através de seus escritos, Lucas tornou-se o relator do nascimento de Jesus e o principal biógrafo da Virgem.

Lucas é um dos quatro evangelistas. O seu evangelho é reconhecido como o do amor e da misericórdia. Além do Evangelho, escreveu os Atos dos Apóstolos, onde registrou o desenvolvimento da Igreja na comunidade primitiva.

Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus e por isso a sua narrativa é baseada em depoimentos de pessoas que testemunharam a vida e a morte de Jesus. Parece que Lucas recebeu de Maria muitas informações sobre a infância de Jesus. Possuindo maior cultura que os outros evangelistas, seu evangelho utiliza uma linguagem mais aprimorada que a dos outros evangelistas, o que revela seu perfeito domínio do idioma grego.

Quando das prisões de São Paulo, Lucas acompanhou o mestre, tanto no cárcere como nas audiências. A tradição cristã nos diz que depois do martírio de São Paulo, Lucas continuou a pregação. Ele teria seguido pela Itália, Gália, Dalmácia e Macedônia.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Lucas é o evangelista que mais pintou a fisionomia humana do Redentor, a sua mansidão, as suas atenções para com os pobres, para com os desprezados, para com as mulheres, e para com os pecadores arrependidos. É o biógrafo de Nossa Senhora e da infância de Jesus. O Evangelho de São Lucas se dirige a todos os homens, mostrando-nos que Jesus de Nazaré veio trazer a salvação universal.

Oração:

Glorioso são Lucas, que tivestes a graça de ser inspirado por Deus Altíssimo para escrever seu santo Evangelho, rogai por todos nós, para que sejamos sempre fiéis estudiosos das sagradas escrituras e confiantes seguidores de Cristo. Que vive e reina para sempre. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Marco Polo e os Franciscanos no Oriente é tema de conferência internacional nas Marcas

“Nas pegadas de frei Tomás da Tolentino e de padre Matteo Ricci” é o título da sessão de abertura da conferência internacional (Vatican News)

O objetivo da Conferência é "aprofundar a figura do personagem histórico de Marco Polo sob o aspecto das viagens por ele realizadas que o ligam aos percursos de algumas eminentes figuras franciscanas que cruzaram a Ásia sino-mongol e as Índias quer por motivos ligados à evangelização como por motivos mais estritamente diplomáticos."

“Nas pegadas de frei Tomás da Tolentino e de padre Matteo Ricci” é o título da sessão de abertura da conferência internacional “Notas de Viagem: Marco Polo e os Franciscanos no Oriente nos séculos XIII e XIV”, marcada para a próxima sexta-feira e sábado (18 e 19 de outubro) no Borgo de Tolentino, na região das Marcas, Itália.

A iniciativa, que se insere no programa oficial das celebrações dos 700 anos da morte de Marco Polo, conta com a parceria científica da Pontifícia Universidade Antonianum de Roma, da Universidade Ca' Foscari de Veneza e da Universidade de Macerata.

Por meio da contribuição de prestigiados palestrantes provenientes de universidades italianas e estrangeiras, a iniciativa pretende enfatizar as viagens como forma de intercâmbio e encontro entre diferentes culturas e religiões em diálogo entre si.

A Região e numerosas cidades das Marcas mantêm há muitos séculos relações com Veneza, nomeadamente através do Mar Adriático: os comerciantes e frades das Ordens mendicantes, como o franciscano Tomás de Tolentino, partiram em 1290 para chegar primeiro à Armênia, depois à Pérsia, Índia e quem sabe a China, quase sempre viajando em navios mercantes venezianos.

Primum Concilium Sinense

Na tarde de sexta-feira, 18 de outubro, na Igreja de San Catervo para iniciar os trabalhos - introduzidos pelas saudações do bispo de Macerata, Nazzareno Marconi e do padre Simone Giampieri, ministro provincial ofm -, estará Gianni Valente, diretor da Agência Fides, que irá proferir uma palestra sobre o “Primum Concilium Sinense” realizado em Xangai há 100 anos, entre maio e junho de 1924. Os documentos daquele Concílio – como atestará o pronunciamento do diretor da Fides – expressam “a urgência de desvincular as presenças e as obras católicas na China de tudo o que possa fazer com que a Igreja apareça como uma entidade para-colonial subserviente aos potentados estrangeiros”.

No sábado, 19 de outubro, o dia da conferência programado no Teatro “Nicola Vaccaj”, articulada em três sessões, prevê as saudações das autoridades civis e religiosas e depois um longo dia de trabalho concentrado no tema de toda a conferência.

O presidente do 'Comitê para as Celebrações em memória do Bem-aventurado Tomás da Tolentino', o arquiteto Franco Casadidio, sublinha que “o objetivo da Conferência é valorizar o Centenário aprofundando a figura do personagem histórico de Marco Polo sob o aspecto das viagens por ele realizadas que o ligam aos percursos de algumas eminentes figuras franciscanas que cruzaram a Ásia sino-mongol e as Índias quer por motivos ligados à evangelização como por motivos mais estritamente diplomáticos. Estes itinerários representam uma fonte inesgotável de informação em nível religioso, antropológico, geopolítico e histórico-cultural e a escolha do título pretende destacar o estudo da tipologia das fontes do diário-crônica, do qual o ‘Milhão’ é um exemplo ilustre. Haverá também uma parte dedicada às viagens de outras figuras não franciscanas, como monges e viajantes, ou às crônicas locais de viagens e itinerários naquele particular período histórico”.

O Bem-aventurado Tomás de Tolentino

Tomás da Tolentino, sacerdote e mártir da Primeira Ordem (1271-1321), teve o seu culto aprovado pelo Papa Leão XIII em 23 de julho de 1894. Sua memória é ainda venerada pelos fiéis da Índia, país onde recebeu a palma do martírio.

Desde seu ingresso na Ordem dos Frades Menores nos primeiros anos de sua juventude, Tomás era conhecido como um homem verdadeiramente apostólico, e quando o soberano da Armênia enviou mensageiros ao ministro geral dos minoritas, pedindo-lhes alguns sacerdotes para fortalecer a verdadeira religião em seu reino, Tomás foi escolhido para essa missão com mais quatro de seus irmãos de Ordem.

O apostolado dos frades foi coroado de êxito, reconciliando muitos cismáticos e convertendo muitos infiéis. Entretanto,  achando-se a Armênia seriamente ameaçada pelos sarracenos, Tomás voltou à Europa, para solicitar ajuda junto ao Papa Nicolau IV e aos reis da Inglaterra e da França.

Embora voltasse à Armênia, como estava determinado, Tomás prolongou sua viagem até o interior da Pérsia. De novo foi chamado de volta ou enviado à Itália, desta vez, porém, com a finalidade de apresentar um informe ao Papa Clemente V, com vistas a estender sua atividade até à Tartária e à China. Sua embaixada resultou na nomeação de uma hierarquia eclesiástica que consistia em João de Montecorvino como arcebispo e Legado Pontifício para o Oriente, e sete franciscanos como seus sufragâneos.

Nesse meio tempo, o Beato Tomás voltara ao seu campo de trabalho, cheio de zelo pela conversão da índia e da China. Parece que se dirigiu ao Ceilão e Catai, mas ventos contrários empurraram o navio para a ilha Salsete, vizinha a Bombaim. Tomás foi capturado pelos sarracenos, com vários outros irmãos, e encarcerado. Depois de açoitado e exposto aos raios abrasadores do sol, o santo homem foi decapitado. O Beato Odorico de Pordenone recuperou depois o seu corpo e o trasladou para Xaitou. O seu culto foi aprovado em 1894.

*Com informações de Agência Fides e Capuchinhos do Rio de Janeiro

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Missionariedade do cristão

A missionariedade da Igreja (Arquidiocese de Vitória)

MISSIONARIEDADE DO CRISTÃO

Dom Wilson Angotti
Bispo de Taubaté (RS)

Motivação – Com a intenção de nos manter sempre atentos a valores importantes de nossa fé e vida eclesial a Igreja promove meses temáticos, ao longo do ano. O mês de outubro é dedicado à reflexão sobre nosso compromisso missionário. Jesus estabeleceu sua Igreja incumbindo-a de uma missão específica: anunciar o Evangelho e fazer discípulos. Jesus a quis missionária. Assim sendo, a missionariedade não é algo opcional, mas uma característica essencial da Igreja de Cristo. Ou a Igreja é missionária ou não é a Igreja de Cristo. Assim como a missionariedade está na essência da Igreja, assim deve estar também na essência de cada cristão, que é membro da Igreja, definindo seu modo de ser e de viver. Sobre isso vamos refletir. 

Fundamentos bíblicos – A missão da Igreja tem seu fundamento na própria missão de Jesus de comunicar a Palavra e a salvação a todos os que acolhem esses dons. A missão é de conduzir todos à comunhão com Deus. Jesus, o Filho Eterno é o enviado de Deus-Trindade. Constatamos isso, quando Jesus, na sinagoga de Nazaré, leu o profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor”. Ao terminar a leitura Ele completou dizendo: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir” (Lc.4,18-21). Na longa história da salvação, após ter enviado muitos servidores, Deus enviou seu próprio Filho (cf. Mc.12,2-8). A missão de Jesus continua e se prolonga na missão daqueles que Ele mesmo enviou e chamou de apóstolos (palavra que significa “enviado”). Os enviados devem seguir o exemplo de Quem os enviou, e não podem se iludir achando que a missão seja fácil. A missão cristã é sempre exigente. O que fizeram ao Senhor também farão com os seus servos (cf. Mt.10,24). O Senhor, porém, se identifica com aqueles que envia e diz: “Quem escuta vocês, escuta a mim, quem rejeita vocês é a mim que rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc.10,16). Os que são enviados por Jesus, vão com a autoridade de Jesus e participam de sua missão; Ele diz: “Como o Pai me enviou, também eu envio vocês” (Jo.20,21). Inicialmente, a missão de Jesus havia se limitado “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt.15,24), mas após sua ressurreição, ao comunicar o Espírito Santo, a missão confiada aos Apóstolos e à toda Igreja ganha dimensão universal. Jesus diz: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês” (Mt.28,19-20). Contudo, disse Jesus: “Permaneçam em Jerusalém até que vocês sejam revestidos pela força que vem do alto” (Lc.24,49). Anunciar o Evangelho e conduzir à comunhão com Deus é a missão que a Igreja recebeu do Senhor. Para isso a Igreja conta com a assistência e a graça do Espírito Santo.  

Ensinamento da Igreja sobre a missionariedade do cristão – “’O Espírito Santo é o protagonista de toda missão eclesial’ (RM.21). É ele quem conduz a Igreja pelos caminhos da missão. ‘Esta missão, no decurso da história, continua e desdobra a missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis por que a Igreja, impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é, o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a morte” (AG.5). Buscando enfatizar a essência missionária da Igreja, o Papa Francisco repete sempre a expressão: “Igreja em saída”; isso se contrapõe a uma Igreja estagnada, acomodada, fechada em si ou voltada para si, ‘auto referenciada’, como diz o Papa. A Igreja deve estar em atitude “de saída” pois recebeu de Jesus a missão de ir e ensinar. “Naquele ‘ide’ de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova ‘saída’ missionária” (EG.20). A Igreja está em função dos outros aos quais deve iluminar com o anúncio do Evangelho. É necessário alcançar todas as periferias, ou seja, todos aqueles que ainda não receberam esse anúncio capaz de transformar a vida. Para alguém ser missionário não precisa sair do lugar que vive e ir para terras distantes; o testemunho cristão deve se dar nas circunstâncias ordinárias do dia a dia. “Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto os mais íntimos como aos desconhecidos. É a evangelização informal que se pode realizar durante uma conversa (…) na rua, na praça, no trabalho, num caminho” (EG.127). O Papa Francisco repete frequentemente uma intuição do episcopado Latino Americano, apresentada no documento de Aparecida, de que somos “discípulos missionários”; somos simultaneamente aprendizes e anunciadores. Não precisamos de longos períodos de formação para só depois atuarmos como testemunhas. O que vivenciamos como cristãos é o que temos a partilhar com os outros, como anúncio da fé que temos. Nesse sentido, todos os que têm alguma vivência de fé estão capacitados a testemunhar a experiência que tiveram. É nesse sentido que não precisamos de longos períodos de formação para sermos missionários. Emblemática e exemplar é a narrativa do encontro da mulher samaritana com Jesus. Logo a seguir ela vai à cidade e conta para os outros tudo o que Jesus lhe falou, de modo que as pessoas que a ouviram buscaram conhecer o Senhor (cf. Jo.4). Assim deve ser nosso testemunho como discípulos do Senhor: partilhar com os outros a experiência que temos com Jesus. O que aprendemos como discípulos, partilhamos como missionários. Aproveitemos a motivação deste mês e partilhemos com alguém nossa vivência de fé. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Dia Mundial das Missões: coleta missionária ajuda Igrejas mais carentes no mundo

Dia Mundial das Missões: coleta missionária ajuda Igrejas mais carentes no mundo (Vatican Media)

O Dia Mundial das Missões não é apenas um momento de contribuição financeira, mas também uma oportunidade para que os católicos se unam em oração e solidariedade, lembrando que cada gesto de generosidade pode transformar vidas.

Vatican News

Nos dias 19 e 20 de outubro, comunidades católicas de todo o mundo celebrarão o Dia Mundial das Missões, data dedicada à oração e à arrecadação de fundos para apoiar a missão da Igreja nos territórios mais necessitados. A data é uma oportunidade para os fiéis refletirem sobre a importância da evangelização e o compromisso com aqueles que ainda não conhecem a mensagem cristã.

As doações da coleta missionária durante as missas de todas as comunidades neste final de semana serão direcionadas para projetos missionários que visam atender às necessidades das populações em áreas carentes, especialmente em países de difícil acesso. Os recursos são destinados ao Fundo Mundial de Solidariedade, colaborando com o Papa no apoio de iniciativas que promovem a educação, a saúde e o desenvolvimento social, além de fortalecer a presença da Igreja em locais onde a fé católica enfrenta desafios.

O Dia Mundial das Missões não é apenas um momento de contribuição financeira, mas também uma oportunidade para que os católicos se unam em oração e solidariedade, lembrando que cada gesto de generosidade pode transformar vidas. As Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) incentivam todas as paróquias e comunidades a se engajarem ativamente, promovendo ações que ajudem a conscientizar os fiéis sobre a importância da missão.

Vídeo: Dia Mundial das Missões 2024

https://youtu.be/WnpmIYfa1VM

A natureza da Igreja é missionária

Durante o mês de outubro, a Paróquia Verbo Divino, localizada na Asa Norte em Brasília (DF), organiza uma série de atividades que animem a comunidade a viver esta missão. Segundo Pe. Vagner Apolinario, missionário do Verbo Divino e pároco da comunidade, o mês missionário sempre foi um tempo especial para a paróquia. “A presença aqui dos Missionários do Verbo Divino, desde a fundação da paróquia deixou marcada uma espiritualidade missionária. O mês de outubro é uma boa oportunidade para recordarmos que a Igreja é, por sua mesma natureza, missionária e que, pelo Batismo, todos nós somos missionários”, destacou.

Pe. Vagner também lembrou o trabalho importante de animação da novena missionária nas famílias e na visita aos doentes. “O Conselho Missionário Paroquial (COMIPA) promoveu um momento formativo sobre o tema deste ano e os paroquianos foram convidados a rezar a novena missionária em suas casas, reunindo familiares, amigos e vizinhos. Ao final na novena nos reuniremos para uma celebração, que acontecerá em um dos blocos residenciais. Trata-se do Dia Mensal de Oração Missionária, onde louvaremos a Deus pela missão da Igreja e pediremos por todos os missionários e missionárias do mundo inteiro”, lembrou o pároco.

Paróquia Verbo Divino em Brasília (DF) anima a comunidade a viver o mês missionário (Vatican Media)

Como se realiza a Coleta Missionária

Em outubro, especialmente no Dia Mundial das Missões, comunidades e paróquias coletam ofertas dos cristãos para apoiar as missões. Essas contribuições são enviadas às dioceses, que reúnem os recursos de suas comunidades. O objetivo é promover a evangelização, animação e cooperação missionária. Dessa coleta, 80% vai para 1.150 dioceses em “territórios de missão” na África, Ásia, Oceania e América Latina, enquanto os 20% restantes são destinados a ações missionárias no Brasil.

Até o final do ano, as dioceses repassam o total arrecadado à direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília. Essa direção comunica o valor ao Dicastério para a Evangelização, em Roma, e destina os recursos ao Fundo Mundial de Solidariedade. Na Assembleia Geral das POM, em maio, são avaliados e aprovados os projetos para os cinco continentes, que incluem: promoção humana, catequese, formação de futuros sacerdotes e religiosos(as), manutenção de missionários e igrejas, apoio a centros de educação e saúde, e construção de capelas, orfanatos, creches e casas para idosos, além de auxílio em situações de desastre.

Em 2023, a contribuição da Igreja no Brasil para o Fundo Mundial de Solidariedade foi de R$ 10.968.656,39.

Saiba mais informações sobre a Campanha Missionária

Fonte: POM

https://www.vaticannews.va/pt

Síndrome do ninho vazio: desafios e oportunidades para os pais

Pormezz|Shutterstock

Edifa - publicado em 12/03/19 - atualizado em 16/10/24

Embora os pais saibam que não educam os filhos para ficarem com eles para sempre, o período do ninho vazio não é fácil. Aqui nós dizemos o que fazer.

Christine, que engordou dois quilos após a saída consecutiva dos dois filhos, diz que sentiu uma “lágrima”. Durante um ano, ela começou a chorar assim que entrava no quarto das crianças. Isso é chamado de síndrome do ninho vazio.

Embora esta síndrome possa ocorrer com a saída de qualquer filho, ela é predominante no primeiro e no último. Afeta especialmente as mães e está a aumentar entre os pais, que estão atualmente mais envolvidos na educação do que as gerações anteriores.

A psicóloga Charlotte de Coupigny, terapeuta familiar e clínica da Contextes et thérapies , incentiva seus pacientes a aproveitarem esse período para “ouvir a si mesmos e abrir um mar de possibilidades”. Convida-os a mudar de casa, a aventurar-se na redação de uma tese ou a participar numa missão humanitária. 

Uma abertura para o exterior

gpointstudio | Obturador

A remodelação é saudável, embora por vezes as crianças possam opor-se a ela. “Quando ouvimos os nossos desejos, enviamos uma mensagem positiva às crianças. Dizemos-lhes que a vida é bela, incentivamo-las a não se preocuparem com os pais e é precisamente isso que elas precisam de saber!”

Outros pais, livres das restrições dos horários educativos, ficam livres para se envolverem mais no seu trabalho. Diane ressaltou que agora trabalhava mais, mas sem se sentir culpada.

Este período de adaptação muitas vezes chega na hora certa para dar vida a outros projetos, renovar relações com amigos, cuidar da casa, preparar reencontros com os filhos que já partiram...

Outras pessoas também decidem usar seu tempo livre para cuidar dos outros. Diane conseguiu "finalmente" responder aos pedidos da fundação social Emmaus e do coro da sua cidade, Michaëlla abriu um café Joyeux em Bordéus...

Esta abertura para o exterior não é a única solução. Esta etapa é também uma excelente oportunidade para realizar uma reorganização interna. Quando restam outros filhos em casa, a saída de um dos mais velhos pode permitir que os demais ocupem um novo lugar entre os irmãos e desfrutem de maior atenção parental.

Alegrias inéditas

O casal, claro, focado na educação há vinte anos, poderá vivenciar um renascimento após a emancipação dos filhos. Segundo Charlotte de Coupigny , “a própria estrutura do casal deve ser repensada, pois muitas vezes foi mais parental do que conjugal durante os anos escolares”.

A distância das crianças também oferece alegrias sem precedentes. “Comecei a melhorar depois de um ano, quando pensei mais neles do que em mim, no sentido de que poderia ficar feliz por eles terem decolado, porque isso significava que tínhamos tido sucesso em nossa missão como pais”, admite Christine.

Uma oportunidade para melhorar a vida espiritual

O ninho vazio também esconde alguns benefícios espirituais inesperados! A redescoberta do silêncio do lar e do tempo livre favorece a introspecção e a oração. Capucine, que se descreve como estressada por natureza, refletiu sobre o que realmente queria. Então percebeu que considerava esta segunda etapa da sua vida como uma oportunidade para retomar a sua vida de fé. Assim, encontrou serenidade indo à missa todos os dias e com a orientação de um diretor espiritual.

Fonte: https://es.aleteia.org/2019/03/12/pistas-alegres-y-concretas-para-combatir-el-sindrome-del-nido-vacio

Santo Inácio de Antioquia

Santo Inácio de Antioquia (A12)
17 de outubro
Localização: Antioquia (Síria)
Santo Inácio de Antioquia

Inácio nasceu por volta do ano 35 da era cristã. Ao que parece era um pagão que foi convertido ao cristianismo. Sua educação cristã aconteceu sob o acompanhamento dos próprios apóstolos. Sucedeu Pedro no posto de bispo de Antioquia, Viveu toda vida sendo um portador da vontade de Deus.

Antioquia era a terceira cidade mais importante do Império Romano. Foi aí que o bispo Inácio exerceu seu apostolado até ser conduzido para Roma, onde morreu mártir no Coliseu, entre os dentes das feras. Foi o imperador Trajano que decretou sua prisão.

A viagem de Inácio, acorrentado de Antioquia até Roma, foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares onde passou, até o local do martírio.

Durante esta viagem final escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé e contém ensinamentos e orientações, até hoje adotados e seguidos pelos católicos. Numa dessas cartas estava o seu especial pedido: "Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos dentes dos leões para me tornar um pão digno de Cristo".

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

Numa de suas cartas Inácio escreveu: “Mantém-te firme como bigorna sob os golpes. É próprio de um grande atleta receber pancadas e vencer. Não tenhas nenhuma dúvida, temos que suportar tudo pela causa de Deus, para que também Ele nos suporte. Torna-te ainda mais zeloso do que és; aprende a conhecer os tempos. Aguarda o que está acima do oportunismo, o atemporal, o invisível que por nossa causa se fez visível, o impalpável, o impassível que por nós se fez passível, o que de todos os modos por nós sofreu!”.

Oração:

Deus, nosso Pai, que as palavras de Santo Inácio de Antioquia sirvam hoje para nossa meditação. Animados pelo seu exemplo de fé e de confiança em vós, sejamos fortalecidos pela vossa graça. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF