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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Ministério de Catequista

O Ministério dos Catequistas (catequizar)

MINISTÉRIO DE CATEQUISTA 

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 

No dia 19 de outubro de 2024, na 40ª Assembleia Arquidiocesana da Iniciação à Vida Cristã, em Missa realizada na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro instituímos 80 Ministros da Catequese de todos os vicariatos territoriais da Arquidiocese. São homens e mulheres que já exercem a missão de catequistas, alguns há décadas e que, depois de tantos cursos de formação e acadêmicos foram escolhidos para serem os primeiros catequistas instituídos de nossa Arquidiocese. Além da formação e experiência que já possuem tiveram a oportunidade de uma preparação de quase dois anos para essa responsabilidade. 

O Ministério de Catequista foi instituído pelo Para Francisco em 10 de maio de 2021, através do Motu Proprio Antiquum Ministerium. Esse documento oficializa o papel dos catequistas dentro da Igreja Católica, reconhecendo a importância histórica e contemporânea da catequese na transmissão da fé cristã. A decisão de Francisco reflete sua visão de uma Igreja mais participativa, em que os leigos desempenham um papel ativo na evangelização e na formação espiritual das comunidades. O ritual da instituição de Catequistas foi aprovado pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos sacramentos a 3 de dezembro de 2021 para poder ser utilizado em língua latina a partir de 1 de janeiro de 2022. A tradução em português para o Brasil foi aprovada em 10 de janeiro de 2024. Esse texto foi promulgado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a 2 de fevereiro de 2024 para ser utilizado no Brasil assim que publicado. 

Antiquum Ministerium faz referência à antiga tradição da Igreja, onde catequistas sempre tiveram um papel crucial na educação e preparação dos fiéis. O Papa destaca que ser catequista não é apenas uma função de ensino, mas um serviço de testemunho vivo da fé, com a missão de formar discípulos autênticos e engajados. E o Papa recorda que é um trabalho dos leigos e leigas na igreja. 

O Papel do Catequista Segundo o Papa Francisco: ele afirma que o catequista deve ser alguém profundamente enraizado na fé e na tradição cristã, com uma forte vida de oração e um compromisso sólido com a comunidade eclesial. Ele também frisa que esse ministério laical deve ser estável e que os catequistas precisam de uma formação adequada para responder aos desafios pastorais e culturais do mundo contemporâneo. 

O catequista, conforme o Papa Francisco, é um anunciador do Evangelho e um educador na fé, ajudando a transmitir os ensinamentos cristãos, especialmente em ambientes onde os sacerdotes são escassos ou onde a evangelização enfrenta desafios. Ele ressalta ainda que a catequese não se limita ao ensino teórico, mas envolve o testemunho da vida cristã em atos concretos de caridade e fraternidade. 

Ao instituir o ministério de catequista, o Papa Francisco oferece um reconhecimento formal para leigos que, durante séculos, têm desempenhado esse papel de forma não oficial. O Papa quer sublinhar que a evangelização e catequese é uma responsabilidade compartilhada por todo o povo de Deus. 

Essa iniciativa reflete a intenção de fortalecer a presença laical na vida da Igreja e em suas diversas missões. Com o ministério de catequista, os leigos têm a oportunidade de se preparar de maneira mais estruturada e receber apoio espiritual para desempenhar sua função com eficácia, especialmente em áreas onde a evangelização é mais desafiadora. 

Formação e Responsabilidade: A Carta Apostólica sublinha que os bispos são responsáveis por promover a formação de catequistas, discernindo aqueles que têm vocação para esse ministério e garantindo que eles recebam o suporte necessário. O Papa alerta que esse ministério não deve ser encarado como um título de honra, mas como um verdadeiro compromisso de serviço à Igreja e às suas comunidades. 

Antiquum Ministerium também destaca que o catequista deve ser uma pessoa de fé sólida, bem formada na doutrina e capaz de transmitir não apenas conhecimento, mas a vivência da fé. Eles desempenham um papel-chave na educação cristã, preparando novos fiéis e acompanhando aqueles que já estão em sua caminhada espiritual. 

O Motu Proprio Antiquum Ministerium, ao instituir o ministério de catequista, é um marco importante na história recente da Igreja Católica, reconhecendo formalmente a importância dos leigos na missão de evangelizar e formar a fé. Assim como a celebração dos primeiros 80 catequistas instituídos é um marco histórico na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.  

Gostaria de relembrar as palavras do Evangelho onde Jesus atesta que aqueles que O testemunham diante dos homens, o próprio Jesus testemunhará em favor deles diante do Pai. Por fim, ressalto a importância desse povo de fé, que testemunha Jesus na sociedade do mundo de hoje, marcada por tantas notícias nem sempre boas. É o mais antigo ministério e importante na vida da Igreja Arquidiocesana porque é o ministério que transmite a fé: “Ide e ensinai!”. Queremos louvar e bendizer a Deus pelos primeiros 80 Ministros da Catequese e esperar que novos Catequistas estejam aptos para esta grande tarefa evangelizadora em nossa Arquidiocese. 

“Ó Pai, que nos fazeis participar da missão do vosso Filho e enriqueceis a vossa igreja com abundantes dons do Espírito, abençoai + estes vossos filhos escolhidos para o ministério de Catequistas. Concedei, nós vos pedimos, que vivam plenamente o seu Batismo, cooperando com os pastores nas diversas formas de apostolado, no anúncio do Evangelho e na transmissão da fé, para a edificação do vosso Reino”. É oração de instituição segundo o ritual de Instituição de Catequistas. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Cardeal Tempesta publica nova Carta Pastoral por ocasião do Jubileu de 2025 (3)

2021.06.09 DOM ORANI TEMPESTA (VATICAN MEDIA)

Cardeal Tempesta publica nova Carta Pastoral por ocasião do Jubileu de 2025

Com a Carta Pastoral: "Missão, Esperança e Paz", por ocasião do Ano Santo de 2025 - “Peregrinos da Esperança”, cardeal Tempesta institui também na Arquidiocese do Rio de Janeiro o Ministério de Catequistas.

Carlos Moioli – Arquidiocese do Rio de Janeiro

MISSÃO, ESPERANÇA E PAZ

Carta Pastoral do Cardeal

Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

por ocasião do Ano Santo de 2025

Peregrinos da Esperança

20 de outubro de 2024

Dia Mundial das Missões.

O Jubileu de 2025 em Roma

49.            O Santo Padre, na bula de proclamação, anunciou que a abertura do jubileu ordinário será no dia 24 de dezembro de 2024 em Roma, na Basílica de São Pedro, quando fará a abertura da Porta Santa. Nas outras Basílicas papais, também haverá a abertura da Porta Santa, a saber: Basílica São João de Latrão em 29 de dezembro de 2024, Basílica Santa Maria Maior em 1º de janeiro de 2025 e Basílica São Paulo fora dos Muros em 05 de janeiro de 2025. Uma outra Porta Santa será aberta numa prisão “para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida”.[12]

50.             Todos são convidados a peregrinar a Roma para viver esta experiência de fé e reavivamento da esperança. O Dicastério para a evangelização, órgão eclesial responsável pela organização do jubileu ordinário, apresentou um calendário com datas e celebrações em nível mundial para os diversos grupos com os quais a Igreja é chamada a evangelizar. O referido calendário pode ser encontrado no site do jubileu[13]. 

51.               Neste site, encontramos as informações necessárias para que a peregrinação seja organizada e vivida de forma tranquila e segura como peregrino ou voluntário. Uma das novidades deste jubileu é o cartão do peregrino que pode ser obtido gratuitamente pelo site para o acesso aos locais de peregrinação. O caminho do Jubileu dentro de Roma contempla os seguintes locais de peregrinação: as quatro basílicas papais, as “Sete Igrejas” (tradicional caminho idealizado por São Filipe Neri no Século XVI), o caminho europeu com 28 basílicas e as igrejas das santas mulheres padroeiras da Europa e doutoras da Igreja.

52.              O rico simbolismo da Porta Santa encontra sua fundamentação bíblica em Jo 10,7.9, onde Jesus diz: “Eu sou a porta das ovelhas. Eu sou a porta. Se alguém entra por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem”. A Porta Santa é um sinal de que todos nós devemos passar por Cristo para vivermos a vida nova que Ele conquistou para nós por seu mistério pascal. Além das Portas Santas, que serão abertas em Roma e na prisão, todos os fiéis são chamados a viver esta experiência através da porta do confessionário para que de fato o jubileu alcance o seu objetivo espiritual na vida de cada um.

53.              A cura dos corações feridos, a alegria e a beleza da vida nova em Cristo provêm fundamentalmente do sacramento da Confissão. O fiel que a ele se encaminha passa pela porta do perdão misericordioso do Senhor. Que este jubileu seja mais uma oportunidade para buscarmos a remissão dos nossos pecados, atravessando essa porta de misericórdia. Aqui reforçamos a exortação do Decreto da Penitenciaria Apostólica, para que os sacerdotes estejam disponíveis e dedicados ao sacramento da Confissão, realizando celebrações penitenciais frequentemente e divulgando e ampliando os horários de confissão auricular.

O Jubileu em nossa Arquidiocese

54.             A bula Spes non confundit do Papa Francisco, o Decreto da Penitenciaria Apostólica sobre as Normas para a concessão da indulgência jubilar e o Ritual contendo os textos litúrgicos para serem usados durante o jubileu são os documentos da Santa Sé que nortearão a organização e a ação pastoral do jubileu ordinário na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. O Vicariato de Pastoral da Arquidiocese, em consonância com o Arcebispo e o Conselho Arquiepiscopal, elaborou a estrutura que apresentaremos a seguir nesta Carta Pastoral. Para ulteriores esclarecimentos, indicamos o Vicariato de Pastoral como o órgão responsável pelo Jubileu Ordinário em nossa Arquidiocese. Vale ressaltar que em nossa Arquidiocese, contamos com quatro padres “missionários da misericórdia” que receberam do Papa a faculdade de ouvir confissões dos fiéis e, no foro interno, conceder a absolvição de pecados reservados[14] . Esse grande dom que recebemos é muito importante para a missão de misericórdia em nossa Arquidiocese, e está a serviço de todos os que buscarem esses sacerdotes para a absolvição dos pecados reservados.

A abertura do Ano Santo na Arquidiocese

55.              A abertura do Jubileu em nossa Igreja Particular ocorrerá na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro no dia 29 de dezembro de 2024, festa da Sagrada Família, quando será concedida a bênção papal, acompanhada de indulgência plenária. A data está inserida no quinto dia da Oitava do Natal em consonância com a motivação principal do jubileu: a celebração do mistério da encarnação e nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo. A celebração de abertura, conforme indica o ritual, começará às 10h no Largo da Carioca (Centro), onde se localiza o pátio externo da Igreja do Convento de Santo Antônio.

56.             Para a abertura deste momento singular da nossa espiritualidade eclesial e da unidade em nossa Arquidiocese, convocamos todo o clero (bispos, sacerdotes, diáconos), leigos, religiosos, religiosas, consagrados e consagradas (congregações, institutos, comunidades de vida, aliança e missão), seminaristas, ministros (instituídos e investidos), catequistas, membros de pastorais, movimentos, associações, irmandades, confrarias, ordens terceiras e devoções.

57.              Esta celebração assinala o início do ano pastoral arquidiocesano cujas atividades terão o mesmo objetivo do jubileu: ser um tempo forte da graça onde a esperança deve inspirar a conversão e a missão. As atividades do II Sínodo Arquidiocesano, que reflete sobre o nosso compromisso com a missão, devem alcançar um maior número de pessoas neste tempo do jubileu, quando somos chamados a ser arautos da esperança que não decepciona (Rm 5,5), isto é, Jesus Cristo! (1Tm 1,1). Portanto, todos os organismos de nossa Arquidiocese são chamados, durante o Ano Santo, a viver este tempo forte da graça de Deus promovendo estudos, formações, peregrinações, visitas aos lugares sagrados previstos (Igrejas Jubilares), para lucrar as indulgências e reavivar a esperança de todos. Os grupos poderão se organizar conforme sua disponibilidade e em diálogo com os responsáveis pela Igreja Jubilar.

58.             A celebração de abertura do jubileu ordinário em nossa Arquidiocese será única e não haverá abertura nas igrejas jubilares de acordo com as instruções recebidas nos documentos. Por conseguinte, todos os fiéis se reunirão comigo no local determinado acima. Será uma grande alegria presidir esta cerimônia junto ao rebanho que Jesus Cristo, o Bom Pastor, me confiou.  Em seguida, inicia-se o rito com a saudação prevista, a proclamação do Evangelho e a procissão em direção à Catedral. Nesta procissão, será levada a cruz, sinal da vitória de Cristo sobre o pecado, o mal e a morte, e símbolo da nossa Esperança e da nossa Arquidiocese. Esta cruz possui as características peculiares de nossa identidade católica e cultura carioca: remete à Jornada Mundial da Juventude, realizada em 2013 no Rio de Janeiro com a presença do Papa Francisco (em sua primeira viagem apostólica) e traz no seu interior a silhueta do Cristo Redentor.

59.             À porta da Catedral, a cruz será erguida para veneração a fim de que todos possam aclamar que Cristo é a nossa esperança e que não seremos confundidos eternamente! Em seguida entraremos solenemente no templo para fazer memória do nosso batismo com a bênção e aspersão da água. Então entoaremos o hino de louvor e a missa prossegue como de costume. Antes da bênção final, será entregue o distintivo (quadro) que identifica as Igrejas jubilares em nossa Arquidiocese para que os fiéis possam realizar a peregrinação e receber a indulgência plenária uma vez ao dia, tanto para si como para os defuntos[15].

60.            Além das basílicas menores e dos santuários designados já previstos, cada vicariato territorial terá uma igreja jubilar. Todas estas Igrejas fixarão o distintivo à porta do templo a fim de identificá-las. Nestes “lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança”[16], cada pároco ou reitor deve usar da criatividade pastoral para favorecer o propósito do jubileu, adotando uma postura de acolhimento alegre, disponível e generoso bem como a formação de equipes de acolhida e catequese, entre outros. Isso incluiu a realização de peregrinações, visitas, Missas para o Ano Santo, a administração do sacramento da Confissão, como também momentos de formação, oração e celebração.

61.              As Igrejas jubilares em nossa Arquidiocese são:

1.        Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro – Centro

2.       Basílica menor da Imaculada Conceição – Botafogo

3.       Basílica menor do Imaculado Coração de Maria – Méier

4.      Basílica menor de N. Sra. de Lourdes – Vila Isabel

5.       Basílica menor de Santa Teresinha – Tijuca

6.      Basílica menor de N. Sra. da Penha – Penha

7.       Basílica menor de São Sebastião – Tijuca

8.      Basílica menor São João Batista da Lagoa – Botafogo

9.      Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor – Corcovado

10.   Santuário Arquidiocesano da Mãe e Rainha três vezes admirável de Schoenstatt – Vargem Pequena

11.     Santuário Arquidiocesano de N. Sra. de Fátima – Recreio

12.    Santuário Arquidiocesano de N. Sra. das Graças da Medalha Milagrosa – Tijuca

13.   Santuário Arquidiocesano N. Sra. do Loreto – Freguesia

14.   Santuário Arquidiocesano da Divina Misericórdia – Vila Valqueire

15.   Paróquia São Jerônimo – Coelho Neto

16.   Paróquia Imaculada Conceição – Recreio

17.   Paróquia N. Sra. do Desterro – Campo Grande

18.   Paróquia N. Sra. da Conceição – Campinho

19.   Paróquia N. Sra. da Apresentação – Irajá

20.  Paróquia N. Sra. da Conceição – Realengo

21.    Paróquia N. Sra. da Conceição – Santa Cruz

Celebração jubilar dos Vicariatos territoriais com o Arcebispo

62.             Todos devem ser alcançados por este tesouro de graças do Ano Santo! É a nossa missão convidar, divulgar e encorajar os fiéis e todas as pessoas de cada vicariato territorial para a celebração jubilar vicarial. Como missionários, precisamos investir na divulgação criativa, virtual e pessoal para que ninguém se sinta excluído da graça de Deus. A celebração Eucarística será na Igreja jubilar daquele Vicariato, num sábado pela manhã e previamente agendada (vide tabela abaixo), presidida pelo Arcebispo, concelebrada pelos párocos e demais sacerdotes; com a presença maciça dos diáconos, fiéis, religiosos(as), consagrados(as), agentes de pastorais, movimentos e dos diversos grupos de todas as paróquias que compõem a vida, a beleza e a evangelização daquele Vicariato.

63.     Naquele sábado estabelecido, todos se reúnem num lugar comum e peregrinam até a Igreja jubilar para a Missa do Ano Santo a fim de celebrar as dádivas do Jubileu e lucrar a indulgência jubilar, se cumpridas as exigências já mencionadas para tal. A celebração jubilar vicarial acontecerá em três etapas: catequese/formação paroquial sobre o Jubileu 2025 (organizada pelo pároco para instruir e animar os paroquianos) [17], peregrinação vicarial e missa na Igreja jubilar. O Vigário Episcopal e os Párocos daquele território organizarão a peregrinação e a Missa, contando com presença de todos os fiéis daquele vicariato territorial, que são chamados a acolher de forma consciente e frutuosa esta grande dádiva que Deus concede a seus filhos neste Ano Santo.

Eis as datas dos sábados:

29/12/2024

Vicariato Urbano

25/01/2025

Vicariato Anchieta

22/02/2025

Vicariato Barra

29/03/2025

Vicariato Sul

26/04/2025

Vicariato Jacarepaguá

31/05/2025

Vicariato Leopoldina

28/06/2025

Vicariato Norte

26/07/2025

Vicariato Campo Grande

02/08/2025

Vicariato Cascadura

27/09/2025

Vicariato Madureira

11/10/2025

Vicariato Oeste

22/11/2025

Vicariato Santa Cruz

Os vicariatos não territoriais, grupos, movimentos e outros:

64.            Mesmo inseridos nos vicariatos territoriais, os membros dos vicariatos não territoriais, pastorais, movimentos e outros grupos são chamados a organizar neste ano santo uma peregrinação às Igrejas jubilares em data a ser combinada com o pároco ou reitor local. Será uma ocasião propícia para celebrar as graças divinas do Ano Santo reavivando a esperança cristã e adquirindo novo vigor missionário!

Celebração Arquidiocesana

65.             A Graça divina do Ano Santo deve alcançar a todos, sobretudo em nossa cidade, cujos males da violência e das injustiças tentam anular a esperança no coração do nosso povo. Precisamos ser um sinal vivo de uma esperança “em saída”, indo ao encontro dessas realidades. Para que este nosso impulso missionário seja efetivo, realizaremos no dia 17 de Maio de 2025, às 15h, o evento arquidiocesano “Cristo é nossa Esperança, Paz e Reconciliação!”. Este grande evento será realizado em cada Vicariato territorial neste mesmo dia e horário, com a presença de um bispo auxiliar, padres, diáconos, seminaristas, religiosos(as), consagrados(as), leigos(as), o povo de Deus presente nas paróquias e todas as pessoas que desejarem realizar a experiência do amor de Deus em suas vidas e na vida do próximo, tão marcada pela desesperança. Será uma bela manifestação da unidade arquidiocesana neste Ano Santo, que peregrina por toda a nossa cidade levando a paz, a reconciliação e a esperança que é Jesus Cristo, nosso Senhor.

66.            Para este evento, propomos que em cada vicariato territorial seja constituída pelo Vigário Episcopal uma comissão vicarial do jubileu envolvendo o maior número possível de agentes de pastoral e movimentos, além de outras pessoas para a organização das atividades do Ano Jubilar (estrutura, apoio e logística, liturgia, animação, acolhimento, comunicação, dentre outras).  Solicitamos, portanto, que as mídias de nossas paróquias e comunidades através da PASCOM estejam empenhadas e comprometidas na divulgação ampla, criativa e ousada! Elaboração de posts, vídeos curtos e outras publicações devem permear constantemente os diversos aparelhos eletrônicos. Precisamos reavivar a esperança de nosso povo!  Assumamos com coragem e alegria este anúncio: “nossa esperança é Cristo Jesus” (cf. 1Tm 1,1).

67.             Portanto, no sábado 17 de maio de 2025 às 15h, cada Vicariato territorial iniciará a Celebração Arquidiocesana no local determinado para aquela região, com a recitação do terço da esperança. Às 16h, dirigirei a todos uma mensagem, que será transmitida ao vivo pela Rádio Catedral e outros meios do Sistema de Comunicação Arquidiocesano (SCA). Após essa mensagem, todos seguem em peregrinação até uma Igreja jubilar ou outro local propício para a celebração da Santa Missa, quando, ao final, serão dados dois testemunhos de conversão.

O Jubileu no Regional Leste 1 da CNBB

68.            Em unidade, as Circunscrições Eclesiásticas que compõem o Regional Leste 1 da CNBB, do qual faz parte o Estado do Rio de Janeiro, realizarão durante o Ano Santo uma peregrinação com uma cruz que contém vários símbolos, reconhecidos por estas igrejas como representações da desesperança vivida pela população em nosso Estado. Esta cruz chama cada pessoa à contemplação do amor de Deus revelado em Jesus Cristo que morreu e triunfou sobre o pecado, o mal e a morte, ressuscitando dentre os mortos. Dessa forma, busca-se reacender a esperança em cada coração, ajudando os fiéis a compreenderem que, em Cristo, a morte não tem a última palavra, mas sim a vida que Jesus Ressuscitado conquistou para cada pessoa e para a humanidade inteira. O Senhor resgatou e acolheu a todos e todas em seu infinito amor e a nossa experiência com ele reaviva em nós a fé, a caridade e a esperança.

69.            Depois de percorrer todo o Regional Leste 1, o encerramento dessa peregrinação se dará em nossa Arquidiocese, coincidindo também com a conclusão do Ano Santo. Será uma ocasião de olharmos para os sinais de esperança que somos chamados a semear e a fazer frutificar em nossa Arquidiocese, em comunhão com as demais (arqui)dioceses do Estado do Rio de Janeiro, rezando por todas as intenções por onde essa cruz peregrina passou.

70.             Em nossa Arquidiocese, receberemos esta cruz peregrina no dia 26 de novembro de 2025. A mesma será acolhida por alguns dias em cada um dos vicariatos, até o dia 28 de dezembro de 2025, quando seguirá para a Catedral Metropolitana no encerramento do Jubileu. A cruz do Regional Leste 1 chegará a todos os Vicariatos, para um momento de oração e reavivamento da esperança.

71.               A cruz peregrina do Regional virá da Diocese de Itaguaí e passará por todos os nossos vicariatos. Os Vigários Episcopais combinarão os locais de partida e chegada e os locais de peregrinação dessa Cruz.

26/11/25

chegada no Vicariato Santa Cruz

28/11/25

chegada no Vicariato Campo Grande

01/12/25

chegada no Vicariato Oeste

03/12/25

chegada no Vicariato Jacarepaguá

06/12/25

chegada no Vicariato Barra

08/12/25

chegada no Vicariato Sul

10/12/25

chegada no Vicariato Urbano

12/12/25

chegada no Vicariato Leopoldina

15/12/25

chegada no Vicariato Norte

18/12/25

chegada no Vicariato Anchieta

20/12/25

chegada no Vicariato Cascadura

22/12/25

chegada no Vicariato Madureira

24/12/25

chegada na Catedral

26/12/25

Vicariatos não territoriais na Catedral

28/12/25

encerramento do jubileu

A missão dos meios de comunicação no Ano Santo

72.              O Ano Santo é uma “proclamação do tempo da graça do Senhor” (Is 61,2; Lc 4,19). Sendo a missão da Igreja, todos os cristãos, em virtude do seu Batismo, são chamados e impelidos pelo Espírito Santo à sua realização. Neste sentido, os meios de comunicação nas suas mais variadas formas e tecnologias têm uma grande tarefa na difusão do Evangelho da Salvação.

73.              Em nossa Arquidiocese, o Vicariato da Comunicação (VICOM) – órgão responsável por todo o Sistema de Comunicação Arquidiocesano (SCA), está a serviço das paróquias, comunidades e demais grupos para orientar e esclarecer sobre a boa utilização das mídias e outras tecnologias. A finalidade e o objetivo do Ano Santo nos impelem a uma comunicação cada vez mais eficiente e eficaz através dos mais variados instrumentos que criam redes, conexões, integração e interação. Eles favorecem a ação da graça de Deus e a vida fraterna na comunidade paroquial.

74.              Interpelados pela própria Palavra de Deus que motiva e fundamenta o Ano Santo, orientamos que todos os meios de comunicação disponíveis em nossa Arquidiocese e em suas Paróquias sejam utilizados com competência, responsabilidade, criatividade e ousadia para fazerem com que todas as dádivas do Jubileu alcancem a vida de cada pessoa e as transforme, sendo, portanto, um canal eficaz da graça do Senhor. A PASCOM de cada Paróquia e comunidade deve se organizar, planejar e convidar novos membros para que com santa e ousada criatividade pastoral, comunique e transmita pelas mais variadas formas (mídias, post, séries, mensagens digitais, etc) este tempo da graça do Senhor, para encher de esperança o coração de todos aqueles que assistirem e ouvirem esta mensagem salvífica, e possibilitar que obtenham do Senhor as forças necessárias para a sua conversão pessoal, ingresso e acolhimento fraterno na comunidade eclesial.

Encerramento do Ano Santo

75.              Conforme estabeleceu o Papa Francisco na Bula Spes non Confundit o encerramento do Ano jubilar será presidido pelo Bispo diocesano na Igreja Catedral no Domingo dia 28 de dezembro de 2025, festa da Sagrada Família. Portanto, neste dia, às 10h na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, presidirei a Santa Missa. As Igrejas jubilares não terão encerramento, apenas recolherão o distintivo do jubileu e o levarão para a Catedral, neste mesmo dia, entregando-o nessa Missa solene.

76.             Para esta celebração, toda a comunidade arquidiocesana é convocada à participação efetiva, levando 1kg de alimento não perecível. Na procissão de entrada, os leigos representantes das Igrejas jubilares entrarão com seus distintivos e os depositarão num local apropriado. Na apresentação dos dons (ofertório) cada vicariato levará 1kg de alimento não perecível, simbolizando o compromisso jubilar de caridade e partilha com os pobres a fim de que não falte o necessário a ninguém. Após a comunhão, todos entoarão um cântico de ação de graças e receberão a bênção solene e a despedida, concluindo assim o Ano Santo de 2025.

____________

[12] FRANCISCO, Spes non Confundat, n. 10.

[13] https://www.iubilaeum2025.va/pt/pellegrinaggio/calendario-giubileo.html

[14] Cf. cân. 508, p. 1 para a Igreja latina; e cân. 728, p.1 para a Igreja oriental

[15] A respeito dos defuntos neste jubileu ordinário, a Penitenciaria Apostólica estabelece que “os fiéis que tiverem praticado o ato de caridade em favor das almas do Purgatório, se se aproximarem legitimamente do Sacramento da Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, poderão obter duas vezes no mesmo dia a Indulgência Plenária, aplicável apenas aos defuntos (entende-se no âmbito da celebração Eucarística)”.

[16] FRANCISCO, Spes non Confundit, n. 24.

[17] Os documentos já mencionados, as catequeses do Papa Francisco sobre o tema da “Esperança cristã” (07/12/2016 a 25/10/2017) e esta carta pastoral são os subsídios fundamentais para esta formação.

Com afetuosa bênção,

São Sebastião do Rio de Janeiro,
20 de outubro de 2024.

Orani João Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São João Paulo II

São João Paulo II (A12)
22 de outubro
País: Polônia
São João Paulo II

Karol Józef Wojtyła nasceu em Wadowice, Polônia, em 1920. Caçula dos três filhos de Karol Wojtyła, e Emilia Kaczorowska. O luto marcou sua primeira fase da vida, aos 8 anos sua mãe faleceu, pouco tempo depois perdeu seu irmão. Sua irmã mais velha já havia falecido quando Karol nasceu.

No ano de 1938 junto com seu pai, se mudaram para Cracóvia e lá ele começou os estudos na Universidade Jagelônica. Com a invasão alemã da Polônia a universidade foi fechada e o jovem Karol começou a trabalhar para poder sobreviver e evitar a deportação para a Alemanha.

Seu pai morreu de ataque cardíaco em 1941. Como único sobrevivente de sua família, ele começa a considerar a sua vocação ao sacerdócio. Em 1942, frequentou os cursos de formação, no Seminário clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo Adam Stefan. Em 1946 foi ordenado sacerdote.

Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia, pelo Papa Paulo VI, que também o criou Cardeal, três anos depois. Ele escolheu como lema episcopal “Totus tuus”“Todo Teu”, tirado de São Luís Maria de Montfort, pois Maria Santíssima era sua auxiliadora na missão de seu filho Jesus. Participou do Concílio Vaticano II, durante o qual deu uma importante contribuição para na elaboração da Constituição Gaudium et spes.

Com a morte de João Paulo I, surpreendentemente, Karol Wojtyła foi eleito Papa, em 16 de outubro de 1978. O primeiro Papa não italiano, após 455 anos - desde Adriano VI -, o primeiro polonês da história e também o primeiro Pontífice de um país de língua eslava.

Logo após o anúncio de sua eleição como Papa, ele apareceu na janela da Basílica de São Pedro e disse a frase que marcou o início de seu pontificado: “Não tenhais medo! Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo!”, com a qual tocou o coração dos cristãos de todo o mundo.

Seu Pontificado foi marcado por recordes, foram 104 Viagens Apostólicas pelo mundo, João Paulo II trabalhou para construir diálogos entre as diferentes nações e religiões, em nome do Ecumenismo, que guiou seu Pontificado.

Promulgou Códigos de Direito Canônico para as Igrejas latinas e orientais, e o Catecismo da Igreja Católica. Propôs momentos de intensidade espiritual: convocou o Ano da Redenção, o Ano Mariano, o Ano da Eucaristia, como também o Grande Jubileu de 2000. Criou a Jornada Mundial da Juventude.

Em 13 de maio de 1981, João Paulo II sofreu um grave atentado na Praça São Pedro, ele foi alvejado com um tiro. Depois de uma longa hospitalização, visitou o terrorista na penitenciária, o turco Ali Agca, e o perdoou. Em sinal de agradecimento à Mãe de Deus, que o salvou com a sua mão materna, o Papa pediu para colocar a bala que o atingiu, na coroa da estátua de Nossa Senhora de Fátima, pois o atentado ocorreu no seu dia litúrgico.

Ao longo do pontificado, o Papa João Paulo II também assinou vários documentos, que, fizeram parte do Magistério da Igreja: 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. Destaca-se também a Constituição Apostólica Pastor Bonus, de 1988, com a qual organizou a Cúria Romana e as funções dos vários Dicastérios.

João Paulo II, morreu no dia 2 de abril de 2005, vésperas do Domingo da Divina Misericórdia. Seu pontificado foi o terceiro mais longo da história, depois de São Pedro e de Pio IX. Seu solene funeral ocorreu na Praça São Pedro, no dia 8 de abril, com uma participação incrível de pessoas. João Paulo II foi beatificado no dia 1º de maio de 2011, pelo Papa Bento XVI, e canonizado pelo Papa Francisco, em 27 de abril de 2014.

Colaboração: Nathália Lima

Reflexão:

São João Paulo II foi um homem de Deus que marcou a história. Um homem de oração, que se submergia completamente no mistério de Deus. Ele sofreu muito com as perseguições de seu tempo, isso fez com que entendesse profundamente os sofrimentos e angústias dos homens, mas principalmente, a profunda misericórdia de Deus. Ele foi um pastor entregue ao rebanho que amava e deu um testemunho extraordinário até a cruz. Que a vida de São João Paulo II nos inspire a acolher a misericórdia de Deus em nossas vidas e proclamá-la a todas as pessoas.

Oração:

Ó São João Paulo II, da janela do céu, dá-nos a tua bênção! Abençoa a Igreja, que tu amaste, serviste e guiaste, incentivando-a a caminhar corajosamente pelos caminhos do mundo, para levar Jesus a todos e todos a Jesus! Abençoa os jovens, que também foram tua grande paixão. Ajuda-os a voltar a sonhar, voltar a dirigir o olhar ao alto para encontrar a luz que ilumina os caminhos da vida na terra. Abençoa as famílias, abençoa cada família! Tu percebeste a ação de Satanás contra está preciosa e indispensável faísca do céu que Deus acendeu sobre a terra. São João Paulo II, com a tua intercessão, protege as famílias e cada vida que nasce dentro da família. Roga pelo mundo inteiro, ainda marcado por tensões, guerras e injustiças. Tu te opuseste à guerra, invocando o diálogo e semeando o amor; roga por nós, para que sejamos incansáveis semeadores de paz. Ó São João Paulo II, da janela do céu, onde te vemos junto a Maria, faz descer sobre todos nós a bênção de Deus! Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

Santa Sé-China, Acordo Provisório estendido por mais quatro anos

Bispos da China presentes no Sínodo (Vatican Media)

Sobre o acordo referente à nomeação de bispos, a nota sublinha os “consensos alcançados para uma aplicação proveitosa”. O Vaticano reafirma a intenção de manter um “diálogo respeitoso e construtivo com a Parte Chinesa”.

Vatican News

Esta é a terceiro renovação de um entendimento que, com a assinatura de 22 de setembro de 2018, abriu uma página histórica nas relações entre a Santa Sé e a República Popular da China, e também no coração da própria Igreja desse grande país oriental, permitindo que todos os bispos estejam em plena comunhão hierárquica com o Papa. A nova assinatura, realizada pelas duas partes sobre o Acordo Provisório – cuja validade entra em vigor a partir de hoje (22/10) pelos próximos 4 anos – substitui a renovação por um biênio, ocorrida exatamente dois anos atrás, em 22 de outubro de 2022.

“Diálogo respeitoso e construtivo”

Através de um comunicado oficial da Sala de Imprensa da Santa Sé, justifica-se a decisão, tomada “após consultas e avaliações oportunas”, graças aos “consensos alcançados para uma aplicação proveitosa” do Acordo sobre a nomeação dos Bispos, e se especifica que a “Parte Vaticana permanece determinada a continuar o diálogo respeitoso e construtivo com a Parte Chinesa, para o desenvolvimento das relações bilaterais visando o bem da Igreja Católica no país e de todo o povo chinês”.

Um novo cenário

A segunda prorrogação do Acordo Provisório pôs fim a décadas de ordenações episcopais realizadas sem o consentimento papal. Um cenário que mudou radicalmente nos últimos 6 anos, com cerca de dez nomeações e consagrações de bispos, e ao mesmo tempo, a oficialização do papel público de alguns prelados que anteriormente não eram reconhecidos por Pequim. Um sinal da nova colaboração é testemunhado também pela presença de bispos da China continental nos Sínodos no Vaticano e em outros encontros na Europa e na América, assim como pela presença de jovens na JMJ de Lisboa no ano passado, além de uma participação geral de fiéis chineses nas viagens apostólicas realizadas pelo Papa Francisco no Oriente nos últimos anos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O Rei David e sua relação com o Santo Rosário

Obturador

Tom Hoopes - publicado em 21/10/24

Rezar o Rosário, compreendendo a relação que tem com o Rei David, trará uma nova riqueza ao mês de Outubro e ao longo do ano, quando o rezamos.

O fascínio pelo Rei David, o guerreiro salmista, é infinito. Mas enquanto um artefato de sua vida percorre o mundo e os pesquisadores buscam detalhes de sua época, temos uma ligação muito próxima com ele: o Rosário.

Ele é "por excelência o rei 'segundo o coração de Deus'". Ele também é um dos grandes heróis de aventura de todos os tempos, derrotando Golias, Saul e inúmeros adversários com astúcia e habilidade.

Mas mais do que isso, foi ele quem recebeu a promessa de salvação que Jesus Cristo cumpriu. O Rosário não só conta a história dessa promessa, mas também nos coloca nos passos de David.

David, o fundador do Rosário

Além de ser o “pai fundador” da nossa salvação, David é o pai fundador do Rosário.

David é o autor tradicional dos 150 salmos, que os monges rezavam em grupos de 50 em três ciclos. Os leigos quiseram aderir, mas não tendo livros (nem sabendo ler) rezaram 150 Pais-Nossos, anotando suas orações em contas. Mais tarde foi acrescentada a Ave Maria.

Mas há uma versão de David e do Rosário que vai um passo além. Quando Davi enfrentou Golias, ele tirou a armadura e, em vez disso, "escolheu cinco pedras lisas do riacho, colocou-as em sua bolsa de pastor, em sua mochila e, com a funda na mão, avançou em direção ao filisteu [para Golias]" ( 1Sm 17, 40 ).

Nós também enfrentamos Golias em nosso tempo, com um estilingue de cinco contas do Pai Nosso - com 10 Ave-Marias para completar, no que Padre Pio chamou de "a 'arma' para estes tempos".

Mas o Rosário também nos diz tudo o que precisamos saber sobre a aliança de David.

Shutterstock/Zwiebackesser

Os alegres mistérios

Os Mistérios Gozosos contam a história de Deus ressuscitando o novo Rei na linhagem de Davi que havia prometido.

A Anunciação é o anúncio de que o reino eterno prometido aos descendentes de Davi chegou. O anjo Gabriel é enviado a Maria porque ela está desposada com um homem “da casa de Davi” e recebe um filho destinado ao “trono de seu pai Davi”.

A Visitação compara Maria a Davi. Lucas inclui muitos paralelos entre a visita de três meses de Davi à região montanhosa de Judá com a arca da aliança e a visita de três meses de Maria. Maria até usa palavras do início da história de David para rezar no seu Magnificat.

A Natividade celebra o rei recém-nascido, nascido na cidade de David, e a Apresentação reconhece o novo Messias, “luz das nações”, “glória de Israel”, “lugar de ascensão e queda de muitos” e de “redenção”. de Israel."

A descoberta no Templo revela Jesus na casa que Davi preparou para o Senhor, chamando-a de “casa de meu Pai”.

Os Mistérios Luminosos

Os Mistérios Luminosos mostram Jesus inaugurando o novo reino davídico.

No Batismo no Jordão, a voz do Pai reivindica publicamente o seu “Filho amado, em quem me comprazo”, cumprindo a sua promessa de um filho redentor.

As Bodas de Caná revelam o Reino. Jesus é um rei que veio para servir e começa o seu serviço sendo tão atento à sua mãe como o próprio David.

Na sua Proclamação do Reino, Jesus começa a sua pregação com “O tempo está cumprido, o reino de Deus está próximo”. Mais tarde, ele lê uma proclamação do Messias Davídico e diz: “Hoje esta Escritura se cumpriu diante de vocês”.

A Transfiguração é uma antecipação do reino. Em Mateus, Marcos e Lucas antes, mostrando-se transfigurado, Jesus promete mostrar a alguns apóstolos “o reino de Deus que vem com poder”.

A Instituição da Eucaristia inaugura o reino. Na Última Ceia, a cidade de Belém do nosso novo rei de David – que significa casa do pão – dirige “a atenção dos seus discípulos para o cumprimento da Páscoa no reino de Deus”, diz o Catecismo.

Os Mistérios Dolorosos e Gloriosos

Os Mistérios Dolorosos e Gloriosos encerram a história de David de uma forma inesperada.

O Catecismo diz que Davi modela três virtudes: submissão a Deus, arrependimento e oração. O Rosário termina com Jesus fazendo o mesmo: Jesus modela a submissão a Deus na Agonia no Jardim, e mostra o caminho do arrependimento na Flagelação no Pilar, depois, como um rei, é Coroado de Espinhos e vestido de púrpura e Ele carrega Sua Cruz com um sinal que O proclama “Rei dos Judeus”.

Finalmente, Jesus é crucificado depois de lhe conceder uma oração: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

Mas este filho de David demonstra que é também o Senhor de David pela sua Ressurreição e Ascensão à direita do Pai, onde “todo o poder me foi dado”.

No Pentecostes chega finalmente o Reino Davídico – na Igreja – e Maria Mãe é Assunta ao Céu para a sua Coroação como Rainha Mãe.

Portanto, passe algum tempo com o Rei Davi e seu Grande Descendente.

Sem o Rei David, não haveria Rosário, em mais de um aspecto.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/10/21/el-rey-david-y-su-relacion-con-el-santo-rosario

Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo

Rezar com frequência (ACI Digital)

Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo 

(Ep.130,9,18-10,20:CSEL44,60-63)        (Séc. V) 

Em horas determinadas concentremos o espírito para orar

Desejemos sempre a vida feliz que vem do Senhor Deus e assim oraremos sempre. Todavia por causa de cuidados e interesses outros, que de certo modo arrefecem o desejo, concentramos em horas determinadas o espírito para orar. As palavras da oração nos ajudam a manter a atenção naquilo que desejamos, para não acontecer que, tendo começado a arrefecer, não se esfrie completamente e se extinga de todo, se não for reacendido com mais frequência.  

Por isso as palavras do Apóstolo: Sejam vossos pedidos conhecidos junto de Deus (Fl 4,6) não devem ser entendidas no sentido de que Deus os conheça, ele que na realidade já os conhece antes de existirem, mas em nosso favor sejam conhecidos junto de Deus por sua tolerância, não junto dos homens por sua jactância.  

Sendo assim, se se tem o tempo de orar longamente, sem que sejam prejudicadas as outras ações boas e necessárias, isto não é mau nem inútil, embora, como disse, também nelas sempre se deva orar pelo desejo. Também orar por muito tempo não é o mesmo que orar com muitas palavras, como pensam alguns. Uma coisa é a palavra em excesso, outra a constância do afeto. Pois do próprio Senhor se escreveu que passava noites em oração e que orava demoradamente; e nisto, o que fazia a não ser dar-nos o exemplo, ele que no tempo é o intercessor oportuno e, com o Pai, aquele que eternamente nos atende. 

Conta-se que os monges no Egito fazem frequentes orações, mas brevíssimas, à maneira de tiros súbitos, para que a intenção, aplicada com toda a vigilância e tão necessária ao orante, não venha a dissipar-se e afrouxar pela excessiva demora. Ensinam ao mesmo tempo com clareza que, se a atenção não consegue permanecer desperta, não deve ser enfraquecida, e se permanecer desperta, não deve ser logo cortada.  

Não haja, pois, na oração muitas palavras, mas não falte muita súplica, se a intenção continuar ardente. Porque falar demais ao orar é tratar de coisa necessária com palavras supérfluas. Porém rogar muito é, com frequente e piedoso clamor do coração, bater à porta daquele a quem imploramos. Nesta questão, trata-se mais de gemidos do que de palavras, mais de chorar do que de falar. Porque ele põe nossas lágrimas diante de si (Sl 55,9),e nosso gemido não passa despercebido (cf. Sl 37,9 Vulg.) àquele que tudo criou pela Palavra e não precisa das palavras humanas. 

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Santa Úrsula e companheiras

Santa Úrsula e companheiras (A12)
21 de outubro
País: Inglaterra
Santa Úrsula e companheiras

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo aos princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza se espalhou e logo os pedidos de casamento sugiram. Por motivos políticos, seu pai aceitou a proposta feita por um duque pagão.

Pela obediência à seu pai Úrsula aceitou, mas pediu que ficasse ainda três anos solteira. Neste tempo pensava em converter o pretendente ou fazê-lo desistir das núpcias. Mas ao seu tempo a jovem precisou ir ao encontro do noivo. Com ela viajaram mais onze meninas virgens, que se casariam com soldados do rei.

Aconteceu então o imprevisto. Navegando pelo Reno, o navio de Úrsula cruzou o território dominado pelos Hunos, povo bárbaro e pagão. Logo os soldados hunos mataram todos e apenas Úrsula escapou, pois Átila, o rei dos Hunos, ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Mas, a custo da própria vida, Úrsula o recusou dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Cego de ódio ele pessoalmente a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

O martírio de Úrsula e de suas companheiras retrata para nós a perseverança na fé mesmo em condições adversas. Sabemos que em períodos de tranquilidade é fácil manter o coração e a boca no louvor ao Senhor. Mas será que quando vierem as dores e as cruzes saberemos reconhecer a bondade de Deus em nossa vida?

Oração:

Ó Deus, destes a Santa Úrsula a fortaleza da graça para ir ao encontro do martírio com toda a coragem: concedei que, apoiados em suas preces e instruídos pelo seu exemplo, possamos avançar no caminho do vosso amor, por entre as dificuldades da vida, e chegar à contemplação de vossa beleza. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Cardeal Tempesta publica nova Carta Pastoral por ocasião do Jubileu de 2025 (2)

2021.06.09 DOM ORANI TEMPESTA (VATICAN MEDIA)

Cardeal Tempesta publica nova Carta Pastoral por ocasião do Jubileu de 2025

Com a Carta Pastoral: "Missão, Esperança e Paz", por ocasião do Ano Santo de 2025 - “Peregrinos da Esperança”, cardeal Tempesta institui também na Arquidiocese do Rio de Janeiro o Ministério de Catequistas.

Carlos Moioli – Arquidiocese do Rio de Janeiro

MISSÃO, ESPERANÇA E PAZ

Carta Pastoral do Cardeal

Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

por ocasião do Ano Santo de 2025

Peregrinos da Esperança

20 de outubro de 2024

Dia Mundial das Missões.

Os Jubileus na história da Igreja

26.             À medida que se aproxima o Jubileu do Ano Santo 2025, e com ele toda a exultação da Igreja pelo tempo de graça que será celebrado, é natural que se intensifique o interesse pela história das celebrações jubilares que tem suas raízes na Escritura Sagrada e na vida e missão da Igreja.                                                                                                       

27.              Fundamentada na tradição bíblica, a Igreja desenvolveu a tradição das celebrações jubilares, proclamando-as com o objetivo de serem efetivamente “tempos de graça”, experiências de perdão geral, e, portanto, de encontro com a misericórdia divina. O primeiro jubileu, de que se tem notícia, foi celebrado na história da Igreja foi o do Ano Santo de 1300, convocado pelo Papa Bonifácio VIII por meio da bula Antiquorum habet, de 22 de fevereiro de 1300, na qual proclamava aos romanos a concessão de uma “Indulgência Plenária” se visitassem por 30 vezes dentro do ano santo as Basílicas de São Pedro e de São Paulo, enquanto aos romeiros ou peregrinos que viessem de fora de Roma proclamava a mesma concessão de indulgência mediante 15 visitas às citadas basílicas.

28.             De acordo com a proclamação jubilar de Bonifácio VIII, os jubileus seriam celebrados a cada 100 anos. Contudo, o Papa Clemente VI reduziu para 50 anos o intervalo entre os jubileus por meio da bula Unigenitus Dei Filius, em 1343. O Papa Urbano VI, por sua vez, determinou pela bula Salvator noster Unigenitus, de 8 de abril de 1389, que a celebração do Jubileu deveria ocorrer a cada 33 anos, fazendo com que o ano santo ocorresse em 1390 quando, em vez disso, deveria ter caído em 1400.

29.             Pela bula Immensa et innumerabilia, de 19 de janeiro de 1449, o Papa Nicolau V restaurou o intervalo de 50 anos para as celebrações jubilares. No entanto, pela bula Ineffabilis Providentia, de 19 de abril de 1470, o Papa Paulo II proclamou o ano de 1475 como o próximo ano santo, determinando que a partir de então as celebrações jubilares deveriam ocorrer com intervalos regulares de 25 anos, mencionando expressamente a visita às Basílicas de São Pedro, São Paulo, São João de Latrão e Santa Maria Maior para se poder lucrar a indulgência jubilar, o que foi confirmado por Sisto IV através da bula Quemadmodum operosi, de 29 de agosto de 1473, tendo em vista a morte de Paulo II antes das celebrações jubilares por ele convocadas.

30.             Já o Papa Alexandre VI tornou as celebrações jubilares fortemente incrementadas quando da celebração do Jubileu do Ano Santo de 1500, fixando definitivamente o cerimonial de abertura e de encerramento dos anos santos, uma vez que até então esses ritos não tinham seguido uma liturgia específica. Sua intenção era que o início de cada jubileu fosse marcado por uma simbologia de forte impacto cerimonial, o que promoveu por meio da abertura da “Porta Santa” em alusão às palavras de Jesus no Evangelho: “Eu sou a porta. Quem passar por mim será salvo” (Jo 10,9). Alexandre VI estabeleceu ainda que nas outras três Basílicas papais se reservasse uma porta santa para os peregrinos dos anos santos, a qual se manteria emparedada em todos os intervalos jubilares. Deste modo, a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro seria desde então reservada ao próprio Pontífice, e a das outras três basílicas patriarcais aos legados papais. De acordo com a vontade do Papa, as portas santas deveriam permanecer abertas noite e dia.

31.               Sobretudo a partir do Concílio de Trento, as celebrações jubilares, já enriquecidas pelo incremento ritual dado por Alexandre VI, foram marcadas por aspectos penitenciais pessoalmente manifestados por alguns pontífices. Assim, por exemplo, quando o Papa Gregório XIII convocou o Jubileu do Ano Santo de 1575 por meio da bula Dominus ac Redemptor, procurou manifestar a Reforma Católica fortemente alavancada pelo Concílio de Trento através de um testemunho eclesial de vida devota consonante com o serviço de Deus no cumprimento dos deveres do estado de vida e no serviço ao próximo. Desta maneira, aboliu naquele ano os gastos para as comemorações do carnaval em Roma, destinando todo o recurso ao Hospital dos Peregrinos, sob a tutela de Filipe Neri. Nessa linha, Clemente VIII conferiu semelhante bom exemplo público quando, ao proclamar o Ano Santo de 1600 por meio da bula Annus Domini Placabilis, de 19 de maio de 1599, buscou ouvir confissões durante a Semana Santa, fazendo inclusive o exercício penitencial de subir a Escada Santa de joelhos, enquanto os cardeais renunciaram a vestir-se de vermelho no período, como sinal de penitência.

32.              Por ocasião do Jubileu do Ano Santo de 1625, proclamado pela bula Omnes Gentes, o Papa Urbano VIII concedeu a indulgência jubilar mesmo àqueles que não tinham oportunidade de ir a Roma, concedendo-a também aos prisioneiros e aos doentes. Sobre esse aspecto, convém destacar que no Arquivo da nossa Cúria Metropolitana se encontram transcritas desde o século XVIII várias diplomações pontifícias de proclamação de jubileus juntamente com editais dos nossos bispos antecessores no governo diocesano do Rio de Janeiro, regulando a forma de celebrar os jubileus, bem como de lucrar a Indulgência Plenária jubilar. 

33.              Desde o Ano Santo de 1500, os Jubileus mantiveram uma periodicidade relativamente constante. Contudo, alguns contextos históricos influenciaram o intervalo de suas celebrações, como no caso das guerras napoleônicas, que impediram a celebração do Jubileu do Ano Santo de 1800, e outros fatores que impossibilitaram o Jubileu de 1850. A regularidade dos intervalos de 25 anos foi restabelecida somente com o Jubileu do Ano Santo de 1875, convocado pelo Papa Pio IX pela bula Gravibus Ecclesiae, de 24 de dezembro de 1874. Desde então, celebraram-se regularmente os anos santos jubilares de 1900, 1925, 1950, 1975 e 2000.

34.             Houve, entretanto, os jubileus dos anos santos extraordinários, como o de 1933, proclamado pelo Papa Pio XI pela bula Quod Nuper, de 6 de janeiro de 1933, em celebração do 1900º aniversário da Redenção; o de 1983, proclamado pelo Papa São João Paulo II pela bula Aperite Portas Redemptori, de 6 de janeiro de 1983, em celebração do 1950º aniversário da Redenção; e o chamado “Jubileu da Misericórdia” de 2016, proclamado pelo Papa Francisco pela bula Misericordiae Vultus, de 11 de abril de 2015.

35.              Não obstante as variações rituais, as expressões simbólicas e os condicionantes históricos, as celebrações jubilares foram estabelecidas e vividas ao longo dos séculos pela Igreja como verdadeiros “anos da graça”, ocasiões solenes de experiência da misericórdia divina e momentos extraordinários de avivamento do povo cristão. Por isso, permanecem sempre atuais, convidando o povo cristão a vivenciá-las fervorosamente em todas as épocas em que são celebradas.

As peregrinações e indulgências jubilares

36.             Na bula de proclamação do Jubileu Ordinário de 2025, o Papa Francisco indica que a vida cristã é um caminho de esperança, cuja meta é o encontro com o Senhor Jesus.[2] Desde os primeiros séculos, a peregrinação é um elemento constitutivo da espiritualidade e da piedade cristã. Na verdade, a tradição judaica já enxergava a subida a Jerusalém para as festas celebradas no templo como uma peregrinação ao encontro do Senhor. São testemunhas desse aspecto da religiosidade judaica os chamados salmos graduais, como o salmo 121 (122): “Que alegria, quando ouvi que me disseram: ‘vamos à casa do Senhor!’ E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.”[3]

37.              Ao longo da história da Igreja, muitas tradições surgiram da piedade do povo cristão acerca das peregrinações a santuários e locais considerados pelos fiéis como de especial encontro com Deus, seja pela presença de relíquias, seja pelos relatos de aparições ou graças alcançadas. Santuários como o de Compostela, na Espanha, onde repousam as relíquias do apóstolo São Tiago Maior, a Santa Casa de Loreto, na Itália, e mesmo o nosso Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida são belos sinais de como os fiéis reconhecem a presença de Deus e suas maravilhas, invocando a intercessão de sua Santa Mãe e de seus santos.

38.             Além desses santuários e locais de particular devoção, dois lugares receberam ao longo dos séculos especial atenção dos que partiam em peregrinação: a Terra Santa e Roma. Nos locais sagrados onde viveu Nosso Senhor e onde o cristianismo teve a sua origem, os fiéis encontram verdadeira fonte de piedade e de contato com o elemento histórico da fé cristã. Seja visitando a Basílica da Natividade, em Belém, ou o Santo Sepulcro, em Jerusalém, ou os demais locais santos, os peregrinos recordam cada passo do Salvador enquanto caminhou em meio aos homens. Muitos foram os cristãos que, ao longo de séculos de história, peregrinaram até a Palestina com espírito de fervor e piedade, vivendo a proximidade com Cristo através dos locais em que Ele viveu. Essa realidade não passou despercebida a São Paulo VI, que, em visita à Terra Santa em 1964, chamou-a de o “quinto evangelho”.

39.             Também a cidade de Roma se tornou um dos destinos preferidos daqueles que viam na peregrinação uma forma de santificação e testemunho da fé. Suas basílicas, santuários e igrejas, onde se encontram não poucas relíquias de inestimável valor espiritual e histórico, são como casas que acolhem aqueles que se achegam ad limina apostolorum (aos túmulos dos apóstolos), para ali, junto de onde estão sepultadas essas colunas de nossa fé que são os apóstolos Pedro e Paulo, renovar aquela fé recebida de Cristo e conservada pelo Sucessor de Pedro e pelo Colégio Universal dos Bispos.

40.            O Papa Francisco recorda que “a peregrinação representa um elemento fundamental de todo o evento jubilar.”[4] E apresenta uma justificativa que deve suscitar nossa meditação: “Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida.”[5] Compreendendo o alto valor simbólico da peregrinação para o cristão que está em constante jornada, rumo à morada eterna com o Senhor, a Igreja sempre enriqueceu os passos daqueles que se colocavam a caminho dos santuários e outros lugares santos com o tesouro espiritual das indulgências, sobretudo nos jubileus.

41.       Aqui vale citar algumas palavras que recordam o valor das indulgências na espiritualidade cristã. Como nos ensina a Igreja, a indulgência é “a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos.”[6] Sinais do amor misericordioso de Deus que tudo faz para nos alcançar, as indulgências educam os cristãos na prática da oração, da caridade e da comunhão.  Afirmou o Papa Francisco: “Apesar do perdão, carregamos na nossa vida as contradições que são consequência dos nossos pecados. No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado”[7].

42.             Recordamos que as indulgências devem ser buscadas sempre com espírito de contrição e plena adesão a Cristo. Para isso, os fiéis devem estar atentos ao cumprimento das condições ordinárias, a saber: ter repulsa a todo afeto por qualquer pecado, até mesmo venial; fazer a confissão sacramental; receber a comunhão eucarística; e oferecer uma oração pelas intenções do Sumo Pontífice, que pode ser o Credo, um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.[8]

43.             Ao longo do Jubileu, os fiéis poderão lucrar a indulgência plenária ao seguirem em piedosa peregrinação para os lugares que o bispo diocesano indicar em cada diocese. Nesses locais sagrados, deverão participar da Santa Missa ou de outros atos litúrgicos e de piedade que aí se promoverem, tais como a oração da Liturgia das Horas, a oração do Rosário, a celebração penitencial seguida de confissões individuais e outras celebrações.

44.             Além da peregrinação, feita muitas vezes em grupos, a Igreja também concederá a indulgência plenária jubilar aos fiéis que fizerem uma piedosa visita a esses mesmos lugares indicados pelo bispo. Aí devem se dedicar a um período considerável de adoração ao Santíssimo Sacramento, concluindo com a Profissão de Fé (o Credo), o Pai-Nosso e a Ave-Maria.

45.             Dentre os lugares que o bispo pode indicar como local de peregrinação jubilar numa Diocese, em primeiro lugar está a Igreja Catedral, ponto de unidade de toda a vida diocesana. Dessa forma, a nossa a Catedral Metropolitana de São Sebastião será um lugar especial de peregrinação, proporcionando aos fiéis um ambiente de reconciliação, oração e vivência da caminhada de cada cristão como peregrino da esperança.

46.            Além de lucrar as indulgências na ocasião das visitas a essas igrejas e santuários, também será possível lucrar indulgência pela participação em missões populares, em retiros, e em encontros formativos sobre textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica. Também as obras de misericórdia, que se concretizarão principalmente nas visitas aos doentes, aos presos e aos necessitados, serão uma oportunidade para um autêntico encontro com o Coração misericordioso de Cristo.

47.             A Igreja, que tem uma opção preferencial pelos mais pobres e sofredores, se unirá ainda mais intensamente, no período jubilar, àqueles que não terão a possibilidade de se deslocar aos locais de celebração e peregrinação, como os idosos, enfermos e reclusos. Incluem-se também aqueles que, nos hospitais ou em outras instituições, dedicam-se ao serviço contínuo de assistência a estes irmãos e irmãs impossibilitados. A todos esses a Igreja oferecerá a oportunidade de lucrar a indulgência jubilar se, unidos em espírito aos fiéis presentes nesses locais, sobretudo acompanhando pelos meios de comunicação a transmissão das palavras do Sumo Pontífice ou do bispo diocesano, recitarem o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e outras orações em conformidade com as finalidades do Ano Santo, oferecendo os seus sofrimentos ou as dificuldades da sua vida.

48.            Todas essas oportunidades indulgenciadas – às quais se acrescenta ainda a faculdade dada aos bispos diocesanos de conceder a Bênção Papal com indulgência plenária no dia mais oportuno do tempo jubilar[9] – são sinais da missão entregue por Cristo à Igreja de ser casa de misericórdia para todos aqueles que se aproximam com o coração sincero e desejoso de conversão. Cristo, nos recorda São Paulo VI, é a “nossa indulgência”[10], o Primogênito do Pai que por nós se entregou em sacrifício no altar da cruz. De sua entrega brotam os tesouros de salvação que a Igreja aplica aos fiéis, primeiramente nos Sacramentos, que causam em nós a graça. Mas também nas oportunidades sacramentais, como o Jubileu, a Igreja abre esse tesouro que brota da Cruz, e como despenseira da graça de que Cristo a fez depositária, enriquece cada fiel que se aproxima para experimentar “a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites.”[11]

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2.     Deus nos olha, terno e paciente: nasce a aurora de um futuro novo. / Novos Céus, Terra feita nova: passa os muros, ‘Spirito’ de vida.

3.    Ergue os olhos, move-te com o vento, não te atrases: chega Deus, no tempo. / Jesus Cristo por ti se fez Homem: aos milhares seguem o Caminho.

[1] FRANCISCO, Carta ao Arcebispo Rino Fisichella pelo Jubileu 2025, 11 de fevereiro de 2022.

[2] FRANCISCO, Spes non Confundat, n. 5.

[3] Salmo 121 (122), 1.

[4] FRANCISCO, Spes non Confundat, n. 5.

[5] Ibidem.

[6] MANUAL de indulgências: normas e concessões, p. 8.

[7] FRANCISCO, Misericordiae Vultus, 22.

[8] As indulgências e concessões listadas a partir daqui são retiradas das Normas para a concessão de indulgências durante o Jubileu Ordinário do ano 2025, publicadas pela Penitenciaria Apostólica em 13 de maio de 2024.

[9] PENITENCIARIA APOSTÓLICA. Sobre a concessão da indulgência do Jubileu Ordinário do ano de 2025 proclamado por sua Santidade o Papa Francisco.2024.

[10] Apostolorum limina, II.

[11] FRANCISCO, Spes non Confundat, n. 23.

Com afetuosa bênção,

São Sebastião do Rio de Janeiro,
20 de outubro de 2024.

Orani João Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF