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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Última semana do Sínodo: construção e votação do Documento Final

Padre Radcliffe - Sínodo 2024  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

A última semana da Assembleia Sinodal começou com um tempo de oração e retiro. Após a missa votiva ao Espírito Santo, os participantes da assembleia, na presença do Papa Francisco, ouviram as palavras do Padre Radcliffe, que os fez perceber que “estamos prestes a embarcar em nossa última tarefa, considerar o Documento final, emendá-lo e votá-lo”.

Padre Modino – Vaticano

Para realizá-la, ele pediu que o fizessem, como pede São Paulo, com liberdade, pois “nossa missão é pregar e encarnar essa liberdade. A liberdade é a dupla hélice do DNA cristão. Em primeiro lugar, é a liberdade de dizer o que acreditamos e de ouvir sem medo o que os outros dizem, com respeito mútuo. É a liberdade dos filhos de Deus de falar com ousadia, com paresia (por exemplo, Atos 4.29), como os discípulos declararam com ousadia as boas novas da Ressurreição em Jerusalém. Por causa dessa liberdade, cada um de nós pode dizer ‘eu’. Não temos o direito de ficar em silêncio”.

A raiz está na liberdade interior, observando que “podemos ficar desapontados com as decisões do Sínodo. Alguns as considerarão imprudentes ou até mesmo erradas. Mas temos a liberdade daqueles que acreditam que “Deus faz todas as coisas para o bem daqueles que o amam”, como diz a Carta aos Romanos. Ele pediu esperança, pois “podemos ter certeza de que ‘nada pode nos separar do amor de Deus’, nem mesmo a incompetência, nem mesmo os erros”. Uma liberdade que nos leva a “pertencer à Igreja e dizer Nós”.

Deus opera em liberdade, afirmou o dominicano, advertindo que “crer no Espírito Santo não nos dispensa de usar nossas mentes na busca da verdade”. Padre Radcliffe lembrou o que aconteceu com Yves Congar, silenciado por Roma por “falar a verdade”, por ser “uma testemunha autêntica e pura do que é verdadeiro”. Nessa perspectiva, ele enfatizou que “não devemos ter medo da discordância, porque o Espírito Santo está agindo nela”.  Pois liberdade é “pensar, falar e ouvir sem medo. Mas isso não é nada se não for também a liberdade daqueles que confiam que 'Deus faz todas as coisas para o bem daqueles que amam a Deus'”.

Sala Paulo VI (Vatican Media)

A providência de Deus em ação

Para Radcliffe, “a providência de Deus está agindo suave e silenciosamente, mesmo quando as coisas parecem estar dando errado”, pois ela está “entrelaçada na história da nossa salvação desde o início”. Contra isso, ele advertiu que “mesmo que o resultado do Sínodo o desaponte, a providência de Deus está em ação nesta Assembleia, conduzindo-nos ao Reino por caminhos conhecidos apenas por Deus. Sua vontade para o nosso bem não pode ser frustrada”. De fato, “este é apenas um sínodo. Haverá outros. Não precisamos fazer tudo, apenas tentar dar o próximo passo”. Uma afirmação fundamental para entender que somos parte de um processo, que nada começou conosco e, se for de Deus, nada terminará.

“Se formos livres apenas para argumentar nossas posições, seremos tentados pela arrogância daqueles que, nas palavras de De Lubac, se veem como 'a norma encarnada da ortodoxia'. Acabaremos batendo os tambores da ideologia, seja ela de esquerda ou de direita. Se tivermos apenas a liberdade daqueles que confiam na providência de Deus, mas não ousarmos entrar no debate com nossas próprias convicções, seremos irresponsáveis e nunca amadureceremos”, advertiu o dominicano, palavras que são fundamentais para entender a sinodalidade. Isso porque “a liberdade de Deus atua no âmago de nossa liberdade, brotando de dentro de nós. Quanto mais é de Deus, mais é nossa liberdade”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Da homilia de São João Paulo II, papa, no início do seu pontificado

São João Paulo II (nspsocorro)

Da homilia de São João Paulo II, papa, no início do seu pontificado

(22 de Outubro de 1978: A.A.S. 70 [1978], pp. 945-947)

Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo!

Pedro veio para Roma! E o que foi que o guiou e o conduziu para esta Urbe, o coração do Império Romano, senão a obediência à inspiração recebida do Senhor? Talvez aquele pescador da Galileia nunca tivesse tido vontade de vir até aqui. Talvez tivesse preferido permanecer, lá onde estava, nas margens do lago da Galileia, com a sua barca e com as suas redes. Mas, guiado pelo Senhor e obediente à sua inspiração, chegou até aqui!

Segundo uma antiga tradição, durante a perseguição de Nero, Pedro teria tido vontade de deixar Roma. Mas o Senhor interveio: veio ao seu encontro. Pedro, dirigindo-se ao Senhor perguntou: “Quo vadis, Domine?”  (Aonde vais, Senhor?). E o Senhor imediatamente lhe respondeu: “Vou para Roma, para ser crucificado pela segunda vez”. Pedro voltou então para Roma e aí permaneceu até à sua crucifixão.

O nosso tempo convida-nos, impele-nos e obriga-nos a olhar para o Senhor e a imergir-nos numa humilde e devota meditação do mistério do supremo poder do mesmo Cristo.

Aquele que nasceu da Virgem Maria, o filho do carpinteiro – como se considerava –, o Filho de Deus vivo, como confessou Pedro, veio para fazer de todos nós “um reino de sacerdotes” .

O Concílio do Vaticano II recordou-nos o mistério deste poder e o fato de que a missão de Cristo – Sacerdote, Profeta, Mestre e Rei – continua na Igreja. Todos, todo o Povo de Deus participa desta tríplice missão. E talvez que no passado se pusesse sobre a cabeça do Papa o trirregno, aquela tríplice coroa, para exprimir, mediante tal símbolo,  que toda a ordem hierárquica da Igreja de Cristo, todo o seu “sagrado poder” que nela é exercido não é mais do que serviço; serviço que tem uma única finalidade: que todo o Povo de Deus participe desta tríplice missão de Cristo e que permaneça sempre sob a soberania do Senhor, a qual não tem as suas origens nos poderes deste mundo, mas sim no Pai celeste e no mistério da Cruz e da Ressurreição.

O poder absoluto e ao mesmo tempo doce e suave do Senhor corresponde a quanto é o mais profundo do homem, às suas mais elevadas aspirações da inteligência, da vontade e do coração. Esse poder não fala com a linguagem da força, mas exprime-se na caridade e na verdade.

O novo Sucessor de Pedro na Sé de Roma eleva, neste dia, uma prece ardente, humilde e confiante: “Ó Cristo! Fazei com que eu possa tornar-me e ser sempre servidor do teu único poder! Servidor do teu suave poder! Servidor do teu poder que não conhece ocaso! Fazei com que eu possa ser um servo! Mais ainda: servo de todos os teus servos.”

Irmãos e Irmãs! Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder!

Ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira!

Não tenhais medo! Abri antes, ou melhor, escancarai as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem “o que está dentro do homem”. Somente Ele o sabe!

Hoje em dia é frequente o homem não saber o que traz no interior de si mesmo, no mais íntimo da sua alma e do seu coração, Frequentemente não encontra o sentido da sua vida sobre a terra. Deixa-se invadir pela dúvida que se transforma em desespero. Permiti, pois – peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança – permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna. 

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Lembrar São João Paulo II

São João Paulo II (Crédito: Opus Dei)

Lembrar São João Paulo II

No dia 22 de outubro a Igreja celebra São João Paulo II. Propomos algumas maneiras de lembrar dele.

21/10/2024

Suas primeiras palavras como Sumo Pontífice

“Queridos irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido Papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante... Distante, mas sempre muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima”.

“Não sei se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. Se eu errar, vocês me corrijam. E, assim, apresento-me diante de todos vocês, para confessar a nossa fé comum, a nossa esperança, a nossa confiança na Mãe de Cristo e na Igreja, e também para começar de novo a andar por este caminho da História e da Igreja, com a ajuda de Deus e com a ajuda dos homens”.

Conselhos de João Paulo II

1. Vós brasileiros continuareis bem presentes na minha oração. Pedirei sempre a Deus que os grandes princípios cristãos, desde sempre arraigados em vós, e sobretudo o senso de Deus e a solidariedade humana, continuem a marcar a fidelidade do Brasil a si mesmo e à sua identidade histórica.

São João Paulo II (Crédito: Opus Dei)

2. Desejo para cada um a paz que só Deus, por meio de Jesus cristo, nos pode dar: a paz que é obra da justiça, da verdade, do amor, da solidariedade, da paz que os povos só atingem quando seguem os ditames da lei de Deus, a paz que faz que os homens e os povos se sintam irmãos uns dos outros.

3. Os jovens estão chamados a serem os protagonistas dos novos tempos. Tenho plena confiança neles e estou certo de que têm a vontade de não defraudar nem a Deus, nem à Igreja, nem à sociedade da que provêm.

4. Quando falta o espírito contemplativo não se defende a vida e se degenera tudo o que é humano. Sem interioridade o homem moderno põe em perigo a sua própria integridade.

5. Queridos jovens: ide com confiança ao encontro com Jesus! E, como os novos santos, não tenhais medo de falar dEle, pois Cristo é a resposta verdadeira a todas as perguntas sobre o homem e o seu destino. É preciso que vocês, jovens, se convertam em apóstolos dos seus coetâneos

6. Surgirão outros frutos de santidade se as comunidades eclesiais mantiverem a sua fidelidade ao Evangelho que, de acordo com uma venerável tradição, foi pregado desde os primeiros tempos do cristianismo e foi conservado através dos séculos.

7. Recordai sempre que o distintivo dos cristãos é dar testemunho audaz e valente de Jesus Cristo, morto e ressuscitado pela nossa salvação.


Trechos da homilia do Cardeal Joseph Ratzinger no funeral do Papa João Paulo II no dia 8 de abril de 2005

"Segue-me"! Em Outubro de 1978, o Cardeal Wojtyla ouviu de novo a voz do Senhor. Renova-se o diálogo com Pedro narrado no Evangelho desta celebração: "Simão, Filho de João, tu Me amas? Apascenta as minhas ovelhas!". À pergunta do Senhor: Karol, tu amas-Me?, o Arcebispo de Cracóvia respondeu do fundo do seu coração: "Senhor, tu sabes tudo, sabes que te amo". O amor de Cristo foi a força dominante do nosso amado Santo Padre; quem o viu rezar, quem o ouviu pregar, bem o sabe. E assim, graças a este profunda união com Cristo pôde carregar um peso, que vai além das forças meramente humanas: ser pastor do rebanho de Cristo, da sua Igreja universal.

Ele interpretou para nós o mistério pascal como mistério da divina misericórdia. Escreveu no seu último livro: o limite imposto ao mal "é definitivamente a divina misericórdia" (Memória e identidade, pág. 70). E refletindo sobre o atentado diz, "Cristo, ao sofrer por todos nós, conferiu um novo sentido ao sofrimento; introduziu aquele amor numa nova dimensão, numa nova ordem... É o sofrimento que queima e consome o mal com o fogo do amor e obtém também do pecado um florescimento de bem" (pág. 199). Animado por esta visão, o Papa sofreu e amou em comunhão com Cristo e foi por isso que a mensagem do seu sofrimento e do seu silêncio foi tão eloquente e fecunda.

A Divina Misericórdia. O Santo Padre encontrou um reflexo mais puro da misericórdia de Deus na Mãe de Deus. Ele, que ainda em tenra idade perdeu a mãe, amou ainda mais a Mãe divina. Ouviu as palavras do Senhor crucificado como se fossem ditas precisamente a ele: "Eis a tua mãe!". E fez como o discípulo amado: acolheu-a no íntimo do seu ser, Totus tuus. E da Mãe aprendeu a conformar-se com Cristo.

São João Paulo II (Crédito: Opus Dei)

Para todos nós é inesquecível como neste último domingo de Páscoa da sua vida, o Santo Padre, marcado pelo sofrimento, se mostrou mais uma vez da janela do Palácio Apostólico e pela última vez deu a bênção "Urbi et Orbi". Podemos ter a certeza de que o nosso amado Papa agora está na janela da casa do Pai, vê-nos e abençoa-nos. Sim, abençoe-nos, Santo Padre. Nós confiamos a tua amada alma à Mãe de Deus, tua Mãe, que te guiou todos os dias e te guiará agora à glória eterna do Seu Filho, Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/8-maneiras-de-lembrar-de-joao-paulo-ii/

Ministério de Catequista

O Ministério dos Catequistas (catequizar)

MINISTÉRIO DE CATEQUISTA 

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 

No dia 19 de outubro de 2024, na 40ª Assembleia Arquidiocesana da Iniciação à Vida Cristã, em Missa realizada na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro instituímos 80 Ministros da Catequese de todos os vicariatos territoriais da Arquidiocese. São homens e mulheres que já exercem a missão de catequistas, alguns há décadas e que, depois de tantos cursos de formação e acadêmicos foram escolhidos para serem os primeiros catequistas instituídos de nossa Arquidiocese. Além da formação e experiência que já possuem tiveram a oportunidade de uma preparação de quase dois anos para essa responsabilidade. 

O Ministério de Catequista foi instituído pelo Para Francisco em 10 de maio de 2021, através do Motu Proprio Antiquum Ministerium. Esse documento oficializa o papel dos catequistas dentro da Igreja Católica, reconhecendo a importância histórica e contemporânea da catequese na transmissão da fé cristã. A decisão de Francisco reflete sua visão de uma Igreja mais participativa, em que os leigos desempenham um papel ativo na evangelização e na formação espiritual das comunidades. O ritual da instituição de Catequistas foi aprovado pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos sacramentos a 3 de dezembro de 2021 para poder ser utilizado em língua latina a partir de 1 de janeiro de 2022. A tradução em português para o Brasil foi aprovada em 10 de janeiro de 2024. Esse texto foi promulgado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a 2 de fevereiro de 2024 para ser utilizado no Brasil assim que publicado. 

Antiquum Ministerium faz referência à antiga tradição da Igreja, onde catequistas sempre tiveram um papel crucial na educação e preparação dos fiéis. O Papa destaca que ser catequista não é apenas uma função de ensino, mas um serviço de testemunho vivo da fé, com a missão de formar discípulos autênticos e engajados. E o Papa recorda que é um trabalho dos leigos e leigas na igreja. 

O Papel do Catequista Segundo o Papa Francisco: ele afirma que o catequista deve ser alguém profundamente enraizado na fé e na tradição cristã, com uma forte vida de oração e um compromisso sólido com a comunidade eclesial. Ele também frisa que esse ministério laical deve ser estável e que os catequistas precisam de uma formação adequada para responder aos desafios pastorais e culturais do mundo contemporâneo. 

O catequista, conforme o Papa Francisco, é um anunciador do Evangelho e um educador na fé, ajudando a transmitir os ensinamentos cristãos, especialmente em ambientes onde os sacerdotes são escassos ou onde a evangelização enfrenta desafios. Ele ressalta ainda que a catequese não se limita ao ensino teórico, mas envolve o testemunho da vida cristã em atos concretos de caridade e fraternidade. 

Ao instituir o ministério de catequista, o Papa Francisco oferece um reconhecimento formal para leigos que, durante séculos, têm desempenhado esse papel de forma não oficial. O Papa quer sublinhar que a evangelização e catequese é uma responsabilidade compartilhada por todo o povo de Deus. 

Essa iniciativa reflete a intenção de fortalecer a presença laical na vida da Igreja e em suas diversas missões. Com o ministério de catequista, os leigos têm a oportunidade de se preparar de maneira mais estruturada e receber apoio espiritual para desempenhar sua função com eficácia, especialmente em áreas onde a evangelização é mais desafiadora. 

Formação e Responsabilidade: A Carta Apostólica sublinha que os bispos são responsáveis por promover a formação de catequistas, discernindo aqueles que têm vocação para esse ministério e garantindo que eles recebam o suporte necessário. O Papa alerta que esse ministério não deve ser encarado como um título de honra, mas como um verdadeiro compromisso de serviço à Igreja e às suas comunidades. 

Antiquum Ministerium também destaca que o catequista deve ser uma pessoa de fé sólida, bem formada na doutrina e capaz de transmitir não apenas conhecimento, mas a vivência da fé. Eles desempenham um papel-chave na educação cristã, preparando novos fiéis e acompanhando aqueles que já estão em sua caminhada espiritual. 

O Motu Proprio Antiquum Ministerium, ao instituir o ministério de catequista, é um marco importante na história recente da Igreja Católica, reconhecendo formalmente a importância dos leigos na missão de evangelizar e formar a fé. Assim como a celebração dos primeiros 80 catequistas instituídos é um marco histórico na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.  

Gostaria de relembrar as palavras do Evangelho onde Jesus atesta que aqueles que O testemunham diante dos homens, o próprio Jesus testemunhará em favor deles diante do Pai. Por fim, ressalto a importância desse povo de fé, que testemunha Jesus na sociedade do mundo de hoje, marcada por tantas notícias nem sempre boas. É o mais antigo ministério e importante na vida da Igreja Arquidiocesana porque é o ministério que transmite a fé: “Ide e ensinai!”. Queremos louvar e bendizer a Deus pelos primeiros 80 Ministros da Catequese e esperar que novos Catequistas estejam aptos para esta grande tarefa evangelizadora em nossa Arquidiocese. 

“Ó Pai, que nos fazeis participar da missão do vosso Filho e enriqueceis a vossa igreja com abundantes dons do Espírito, abençoai + estes vossos filhos escolhidos para o ministério de Catequistas. Concedei, nós vos pedimos, que vivam plenamente o seu Batismo, cooperando com os pastores nas diversas formas de apostolado, no anúncio do Evangelho e na transmissão da fé, para a edificação do vosso Reino”. É oração de instituição segundo o ritual de Instituição de Catequistas. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Cardeal Tempesta publica nova Carta Pastoral por ocasião do Jubileu de 2025 (3)

2021.06.09 DOM ORANI TEMPESTA (VATICAN MEDIA)

Cardeal Tempesta publica nova Carta Pastoral por ocasião do Jubileu de 2025

Com a Carta Pastoral: "Missão, Esperança e Paz", por ocasião do Ano Santo de 2025 - “Peregrinos da Esperança”, cardeal Tempesta institui também na Arquidiocese do Rio de Janeiro o Ministério de Catequistas.

Carlos Moioli – Arquidiocese do Rio de Janeiro

MISSÃO, ESPERANÇA E PAZ

Carta Pastoral do Cardeal

Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

por ocasião do Ano Santo de 2025

Peregrinos da Esperança

20 de outubro de 2024

Dia Mundial das Missões.

O Jubileu de 2025 em Roma

49.            O Santo Padre, na bula de proclamação, anunciou que a abertura do jubileu ordinário será no dia 24 de dezembro de 2024 em Roma, na Basílica de São Pedro, quando fará a abertura da Porta Santa. Nas outras Basílicas papais, também haverá a abertura da Porta Santa, a saber: Basílica São João de Latrão em 29 de dezembro de 2024, Basílica Santa Maria Maior em 1º de janeiro de 2025 e Basílica São Paulo fora dos Muros em 05 de janeiro de 2025. Uma outra Porta Santa será aberta numa prisão “para que seja para eles um símbolo que os convida a olhar o futuro com esperança e renovado compromisso de vida”.[12]

50.             Todos são convidados a peregrinar a Roma para viver esta experiência de fé e reavivamento da esperança. O Dicastério para a evangelização, órgão eclesial responsável pela organização do jubileu ordinário, apresentou um calendário com datas e celebrações em nível mundial para os diversos grupos com os quais a Igreja é chamada a evangelizar. O referido calendário pode ser encontrado no site do jubileu[13]. 

51.               Neste site, encontramos as informações necessárias para que a peregrinação seja organizada e vivida de forma tranquila e segura como peregrino ou voluntário. Uma das novidades deste jubileu é o cartão do peregrino que pode ser obtido gratuitamente pelo site para o acesso aos locais de peregrinação. O caminho do Jubileu dentro de Roma contempla os seguintes locais de peregrinação: as quatro basílicas papais, as “Sete Igrejas” (tradicional caminho idealizado por São Filipe Neri no Século XVI), o caminho europeu com 28 basílicas e as igrejas das santas mulheres padroeiras da Europa e doutoras da Igreja.

52.              O rico simbolismo da Porta Santa encontra sua fundamentação bíblica em Jo 10,7.9, onde Jesus diz: “Eu sou a porta das ovelhas. Eu sou a porta. Se alguém entra por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem”. A Porta Santa é um sinal de que todos nós devemos passar por Cristo para vivermos a vida nova que Ele conquistou para nós por seu mistério pascal. Além das Portas Santas, que serão abertas em Roma e na prisão, todos os fiéis são chamados a viver esta experiência através da porta do confessionário para que de fato o jubileu alcance o seu objetivo espiritual na vida de cada um.

53.              A cura dos corações feridos, a alegria e a beleza da vida nova em Cristo provêm fundamentalmente do sacramento da Confissão. O fiel que a ele se encaminha passa pela porta do perdão misericordioso do Senhor. Que este jubileu seja mais uma oportunidade para buscarmos a remissão dos nossos pecados, atravessando essa porta de misericórdia. Aqui reforçamos a exortação do Decreto da Penitenciaria Apostólica, para que os sacerdotes estejam disponíveis e dedicados ao sacramento da Confissão, realizando celebrações penitenciais frequentemente e divulgando e ampliando os horários de confissão auricular.

O Jubileu em nossa Arquidiocese

54.             A bula Spes non confundit do Papa Francisco, o Decreto da Penitenciaria Apostólica sobre as Normas para a concessão da indulgência jubilar e o Ritual contendo os textos litúrgicos para serem usados durante o jubileu são os documentos da Santa Sé que nortearão a organização e a ação pastoral do jubileu ordinário na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. O Vicariato de Pastoral da Arquidiocese, em consonância com o Arcebispo e o Conselho Arquiepiscopal, elaborou a estrutura que apresentaremos a seguir nesta Carta Pastoral. Para ulteriores esclarecimentos, indicamos o Vicariato de Pastoral como o órgão responsável pelo Jubileu Ordinário em nossa Arquidiocese. Vale ressaltar que em nossa Arquidiocese, contamos com quatro padres “missionários da misericórdia” que receberam do Papa a faculdade de ouvir confissões dos fiéis e, no foro interno, conceder a absolvição de pecados reservados[14] . Esse grande dom que recebemos é muito importante para a missão de misericórdia em nossa Arquidiocese, e está a serviço de todos os que buscarem esses sacerdotes para a absolvição dos pecados reservados.

A abertura do Ano Santo na Arquidiocese

55.              A abertura do Jubileu em nossa Igreja Particular ocorrerá na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro no dia 29 de dezembro de 2024, festa da Sagrada Família, quando será concedida a bênção papal, acompanhada de indulgência plenária. A data está inserida no quinto dia da Oitava do Natal em consonância com a motivação principal do jubileu: a celebração do mistério da encarnação e nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo. A celebração de abertura, conforme indica o ritual, começará às 10h no Largo da Carioca (Centro), onde se localiza o pátio externo da Igreja do Convento de Santo Antônio.

56.             Para a abertura deste momento singular da nossa espiritualidade eclesial e da unidade em nossa Arquidiocese, convocamos todo o clero (bispos, sacerdotes, diáconos), leigos, religiosos, religiosas, consagrados e consagradas (congregações, institutos, comunidades de vida, aliança e missão), seminaristas, ministros (instituídos e investidos), catequistas, membros de pastorais, movimentos, associações, irmandades, confrarias, ordens terceiras e devoções.

57.              Esta celebração assinala o início do ano pastoral arquidiocesano cujas atividades terão o mesmo objetivo do jubileu: ser um tempo forte da graça onde a esperança deve inspirar a conversão e a missão. As atividades do II Sínodo Arquidiocesano, que reflete sobre o nosso compromisso com a missão, devem alcançar um maior número de pessoas neste tempo do jubileu, quando somos chamados a ser arautos da esperança que não decepciona (Rm 5,5), isto é, Jesus Cristo! (1Tm 1,1). Portanto, todos os organismos de nossa Arquidiocese são chamados, durante o Ano Santo, a viver este tempo forte da graça de Deus promovendo estudos, formações, peregrinações, visitas aos lugares sagrados previstos (Igrejas Jubilares), para lucrar as indulgências e reavivar a esperança de todos. Os grupos poderão se organizar conforme sua disponibilidade e em diálogo com os responsáveis pela Igreja Jubilar.

58.             A celebração de abertura do jubileu ordinário em nossa Arquidiocese será única e não haverá abertura nas igrejas jubilares de acordo com as instruções recebidas nos documentos. Por conseguinte, todos os fiéis se reunirão comigo no local determinado acima. Será uma grande alegria presidir esta cerimônia junto ao rebanho que Jesus Cristo, o Bom Pastor, me confiou.  Em seguida, inicia-se o rito com a saudação prevista, a proclamação do Evangelho e a procissão em direção à Catedral. Nesta procissão, será levada a cruz, sinal da vitória de Cristo sobre o pecado, o mal e a morte, e símbolo da nossa Esperança e da nossa Arquidiocese. Esta cruz possui as características peculiares de nossa identidade católica e cultura carioca: remete à Jornada Mundial da Juventude, realizada em 2013 no Rio de Janeiro com a presença do Papa Francisco (em sua primeira viagem apostólica) e traz no seu interior a silhueta do Cristo Redentor.

59.             À porta da Catedral, a cruz será erguida para veneração a fim de que todos possam aclamar que Cristo é a nossa esperança e que não seremos confundidos eternamente! Em seguida entraremos solenemente no templo para fazer memória do nosso batismo com a bênção e aspersão da água. Então entoaremos o hino de louvor e a missa prossegue como de costume. Antes da bênção final, será entregue o distintivo (quadro) que identifica as Igrejas jubilares em nossa Arquidiocese para que os fiéis possam realizar a peregrinação e receber a indulgência plenária uma vez ao dia, tanto para si como para os defuntos[15].

60.            Além das basílicas menores e dos santuários designados já previstos, cada vicariato territorial terá uma igreja jubilar. Todas estas Igrejas fixarão o distintivo à porta do templo a fim de identificá-las. Nestes “lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança”[16], cada pároco ou reitor deve usar da criatividade pastoral para favorecer o propósito do jubileu, adotando uma postura de acolhimento alegre, disponível e generoso bem como a formação de equipes de acolhida e catequese, entre outros. Isso incluiu a realização de peregrinações, visitas, Missas para o Ano Santo, a administração do sacramento da Confissão, como também momentos de formação, oração e celebração.

61.              As Igrejas jubilares em nossa Arquidiocese são:

1.        Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro – Centro

2.       Basílica menor da Imaculada Conceição – Botafogo

3.       Basílica menor do Imaculado Coração de Maria – Méier

4.      Basílica menor de N. Sra. de Lourdes – Vila Isabel

5.       Basílica menor de Santa Teresinha – Tijuca

6.      Basílica menor de N. Sra. da Penha – Penha

7.       Basílica menor de São Sebastião – Tijuca

8.      Basílica menor São João Batista da Lagoa – Botafogo

9.      Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor – Corcovado

10.   Santuário Arquidiocesano da Mãe e Rainha três vezes admirável de Schoenstatt – Vargem Pequena

11.     Santuário Arquidiocesano de N. Sra. de Fátima – Recreio

12.    Santuário Arquidiocesano de N. Sra. das Graças da Medalha Milagrosa – Tijuca

13.   Santuário Arquidiocesano N. Sra. do Loreto – Freguesia

14.   Santuário Arquidiocesano da Divina Misericórdia – Vila Valqueire

15.   Paróquia São Jerônimo – Coelho Neto

16.   Paróquia Imaculada Conceição – Recreio

17.   Paróquia N. Sra. do Desterro – Campo Grande

18.   Paróquia N. Sra. da Conceição – Campinho

19.   Paróquia N. Sra. da Apresentação – Irajá

20.  Paróquia N. Sra. da Conceição – Realengo

21.    Paróquia N. Sra. da Conceição – Santa Cruz

Celebração jubilar dos Vicariatos territoriais com o Arcebispo

62.             Todos devem ser alcançados por este tesouro de graças do Ano Santo! É a nossa missão convidar, divulgar e encorajar os fiéis e todas as pessoas de cada vicariato territorial para a celebração jubilar vicarial. Como missionários, precisamos investir na divulgação criativa, virtual e pessoal para que ninguém se sinta excluído da graça de Deus. A celebração Eucarística será na Igreja jubilar daquele Vicariato, num sábado pela manhã e previamente agendada (vide tabela abaixo), presidida pelo Arcebispo, concelebrada pelos párocos e demais sacerdotes; com a presença maciça dos diáconos, fiéis, religiosos(as), consagrados(as), agentes de pastorais, movimentos e dos diversos grupos de todas as paróquias que compõem a vida, a beleza e a evangelização daquele Vicariato.

63.     Naquele sábado estabelecido, todos se reúnem num lugar comum e peregrinam até a Igreja jubilar para a Missa do Ano Santo a fim de celebrar as dádivas do Jubileu e lucrar a indulgência jubilar, se cumpridas as exigências já mencionadas para tal. A celebração jubilar vicarial acontecerá em três etapas: catequese/formação paroquial sobre o Jubileu 2025 (organizada pelo pároco para instruir e animar os paroquianos) [17], peregrinação vicarial e missa na Igreja jubilar. O Vigário Episcopal e os Párocos daquele território organizarão a peregrinação e a Missa, contando com presença de todos os fiéis daquele vicariato territorial, que são chamados a acolher de forma consciente e frutuosa esta grande dádiva que Deus concede a seus filhos neste Ano Santo.

Eis as datas dos sábados:

29/12/2024

Vicariato Urbano

25/01/2025

Vicariato Anchieta

22/02/2025

Vicariato Barra

29/03/2025

Vicariato Sul

26/04/2025

Vicariato Jacarepaguá

31/05/2025

Vicariato Leopoldina

28/06/2025

Vicariato Norte

26/07/2025

Vicariato Campo Grande

02/08/2025

Vicariato Cascadura

27/09/2025

Vicariato Madureira

11/10/2025

Vicariato Oeste

22/11/2025

Vicariato Santa Cruz

Os vicariatos não territoriais, grupos, movimentos e outros:

64.            Mesmo inseridos nos vicariatos territoriais, os membros dos vicariatos não territoriais, pastorais, movimentos e outros grupos são chamados a organizar neste ano santo uma peregrinação às Igrejas jubilares em data a ser combinada com o pároco ou reitor local. Será uma ocasião propícia para celebrar as graças divinas do Ano Santo reavivando a esperança cristã e adquirindo novo vigor missionário!

Celebração Arquidiocesana

65.             A Graça divina do Ano Santo deve alcançar a todos, sobretudo em nossa cidade, cujos males da violência e das injustiças tentam anular a esperança no coração do nosso povo. Precisamos ser um sinal vivo de uma esperança “em saída”, indo ao encontro dessas realidades. Para que este nosso impulso missionário seja efetivo, realizaremos no dia 17 de Maio de 2025, às 15h, o evento arquidiocesano “Cristo é nossa Esperança, Paz e Reconciliação!”. Este grande evento será realizado em cada Vicariato territorial neste mesmo dia e horário, com a presença de um bispo auxiliar, padres, diáconos, seminaristas, religiosos(as), consagrados(as), leigos(as), o povo de Deus presente nas paróquias e todas as pessoas que desejarem realizar a experiência do amor de Deus em suas vidas e na vida do próximo, tão marcada pela desesperança. Será uma bela manifestação da unidade arquidiocesana neste Ano Santo, que peregrina por toda a nossa cidade levando a paz, a reconciliação e a esperança que é Jesus Cristo, nosso Senhor.

66.            Para este evento, propomos que em cada vicariato territorial seja constituída pelo Vigário Episcopal uma comissão vicarial do jubileu envolvendo o maior número possível de agentes de pastoral e movimentos, além de outras pessoas para a organização das atividades do Ano Jubilar (estrutura, apoio e logística, liturgia, animação, acolhimento, comunicação, dentre outras).  Solicitamos, portanto, que as mídias de nossas paróquias e comunidades através da PASCOM estejam empenhadas e comprometidas na divulgação ampla, criativa e ousada! Elaboração de posts, vídeos curtos e outras publicações devem permear constantemente os diversos aparelhos eletrônicos. Precisamos reavivar a esperança de nosso povo!  Assumamos com coragem e alegria este anúncio: “nossa esperança é Cristo Jesus” (cf. 1Tm 1,1).

67.             Portanto, no sábado 17 de maio de 2025 às 15h, cada Vicariato territorial iniciará a Celebração Arquidiocesana no local determinado para aquela região, com a recitação do terço da esperança. Às 16h, dirigirei a todos uma mensagem, que será transmitida ao vivo pela Rádio Catedral e outros meios do Sistema de Comunicação Arquidiocesano (SCA). Após essa mensagem, todos seguem em peregrinação até uma Igreja jubilar ou outro local propício para a celebração da Santa Missa, quando, ao final, serão dados dois testemunhos de conversão.

O Jubileu no Regional Leste 1 da CNBB

68.            Em unidade, as Circunscrições Eclesiásticas que compõem o Regional Leste 1 da CNBB, do qual faz parte o Estado do Rio de Janeiro, realizarão durante o Ano Santo uma peregrinação com uma cruz que contém vários símbolos, reconhecidos por estas igrejas como representações da desesperança vivida pela população em nosso Estado. Esta cruz chama cada pessoa à contemplação do amor de Deus revelado em Jesus Cristo que morreu e triunfou sobre o pecado, o mal e a morte, ressuscitando dentre os mortos. Dessa forma, busca-se reacender a esperança em cada coração, ajudando os fiéis a compreenderem que, em Cristo, a morte não tem a última palavra, mas sim a vida que Jesus Ressuscitado conquistou para cada pessoa e para a humanidade inteira. O Senhor resgatou e acolheu a todos e todas em seu infinito amor e a nossa experiência com ele reaviva em nós a fé, a caridade e a esperança.

69.            Depois de percorrer todo o Regional Leste 1, o encerramento dessa peregrinação se dará em nossa Arquidiocese, coincidindo também com a conclusão do Ano Santo. Será uma ocasião de olharmos para os sinais de esperança que somos chamados a semear e a fazer frutificar em nossa Arquidiocese, em comunhão com as demais (arqui)dioceses do Estado do Rio de Janeiro, rezando por todas as intenções por onde essa cruz peregrina passou.

70.             Em nossa Arquidiocese, receberemos esta cruz peregrina no dia 26 de novembro de 2025. A mesma será acolhida por alguns dias em cada um dos vicariatos, até o dia 28 de dezembro de 2025, quando seguirá para a Catedral Metropolitana no encerramento do Jubileu. A cruz do Regional Leste 1 chegará a todos os Vicariatos, para um momento de oração e reavivamento da esperança.

71.               A cruz peregrina do Regional virá da Diocese de Itaguaí e passará por todos os nossos vicariatos. Os Vigários Episcopais combinarão os locais de partida e chegada e os locais de peregrinação dessa Cruz.

26/11/25

chegada no Vicariato Santa Cruz

28/11/25

chegada no Vicariato Campo Grande

01/12/25

chegada no Vicariato Oeste

03/12/25

chegada no Vicariato Jacarepaguá

06/12/25

chegada no Vicariato Barra

08/12/25

chegada no Vicariato Sul

10/12/25

chegada no Vicariato Urbano

12/12/25

chegada no Vicariato Leopoldina

15/12/25

chegada no Vicariato Norte

18/12/25

chegada no Vicariato Anchieta

20/12/25

chegada no Vicariato Cascadura

22/12/25

chegada no Vicariato Madureira

24/12/25

chegada na Catedral

26/12/25

Vicariatos não territoriais na Catedral

28/12/25

encerramento do jubileu

A missão dos meios de comunicação no Ano Santo

72.              O Ano Santo é uma “proclamação do tempo da graça do Senhor” (Is 61,2; Lc 4,19). Sendo a missão da Igreja, todos os cristãos, em virtude do seu Batismo, são chamados e impelidos pelo Espírito Santo à sua realização. Neste sentido, os meios de comunicação nas suas mais variadas formas e tecnologias têm uma grande tarefa na difusão do Evangelho da Salvação.

73.              Em nossa Arquidiocese, o Vicariato da Comunicação (VICOM) – órgão responsável por todo o Sistema de Comunicação Arquidiocesano (SCA), está a serviço das paróquias, comunidades e demais grupos para orientar e esclarecer sobre a boa utilização das mídias e outras tecnologias. A finalidade e o objetivo do Ano Santo nos impelem a uma comunicação cada vez mais eficiente e eficaz através dos mais variados instrumentos que criam redes, conexões, integração e interação. Eles favorecem a ação da graça de Deus e a vida fraterna na comunidade paroquial.

74.              Interpelados pela própria Palavra de Deus que motiva e fundamenta o Ano Santo, orientamos que todos os meios de comunicação disponíveis em nossa Arquidiocese e em suas Paróquias sejam utilizados com competência, responsabilidade, criatividade e ousadia para fazerem com que todas as dádivas do Jubileu alcancem a vida de cada pessoa e as transforme, sendo, portanto, um canal eficaz da graça do Senhor. A PASCOM de cada Paróquia e comunidade deve se organizar, planejar e convidar novos membros para que com santa e ousada criatividade pastoral, comunique e transmita pelas mais variadas formas (mídias, post, séries, mensagens digitais, etc) este tempo da graça do Senhor, para encher de esperança o coração de todos aqueles que assistirem e ouvirem esta mensagem salvífica, e possibilitar que obtenham do Senhor as forças necessárias para a sua conversão pessoal, ingresso e acolhimento fraterno na comunidade eclesial.

Encerramento do Ano Santo

75.              Conforme estabeleceu o Papa Francisco na Bula Spes non Confundit o encerramento do Ano jubilar será presidido pelo Bispo diocesano na Igreja Catedral no Domingo dia 28 de dezembro de 2025, festa da Sagrada Família. Portanto, neste dia, às 10h na Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, presidirei a Santa Missa. As Igrejas jubilares não terão encerramento, apenas recolherão o distintivo do jubileu e o levarão para a Catedral, neste mesmo dia, entregando-o nessa Missa solene.

76.             Para esta celebração, toda a comunidade arquidiocesana é convocada à participação efetiva, levando 1kg de alimento não perecível. Na procissão de entrada, os leigos representantes das Igrejas jubilares entrarão com seus distintivos e os depositarão num local apropriado. Na apresentação dos dons (ofertório) cada vicariato levará 1kg de alimento não perecível, simbolizando o compromisso jubilar de caridade e partilha com os pobres a fim de que não falte o necessário a ninguém. Após a comunhão, todos entoarão um cântico de ação de graças e receberão a bênção solene e a despedida, concluindo assim o Ano Santo de 2025.

____________

[12] FRANCISCO, Spes non Confundat, n. 10.

[13] https://www.iubilaeum2025.va/pt/pellegrinaggio/calendario-giubileo.html

[14] Cf. cân. 508, p. 1 para a Igreja latina; e cân. 728, p.1 para a Igreja oriental

[15] A respeito dos defuntos neste jubileu ordinário, a Penitenciaria Apostólica estabelece que “os fiéis que tiverem praticado o ato de caridade em favor das almas do Purgatório, se se aproximarem legitimamente do Sacramento da Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, poderão obter duas vezes no mesmo dia a Indulgência Plenária, aplicável apenas aos defuntos (entende-se no âmbito da celebração Eucarística)”.

[16] FRANCISCO, Spes non Confundit, n. 24.

[17] Os documentos já mencionados, as catequeses do Papa Francisco sobre o tema da “Esperança cristã” (07/12/2016 a 25/10/2017) e esta carta pastoral são os subsídios fundamentais para esta formação.

Com afetuosa bênção,

São Sebastião do Rio de Janeiro,
20 de outubro de 2024.

Orani João Cardeal Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São João Paulo II

São João Paulo II (A12)
22 de outubro
País: Polônia
São João Paulo II

Karol Józef Wojtyła nasceu em Wadowice, Polônia, em 1920. Caçula dos três filhos de Karol Wojtyła, e Emilia Kaczorowska. O luto marcou sua primeira fase da vida, aos 8 anos sua mãe faleceu, pouco tempo depois perdeu seu irmão. Sua irmã mais velha já havia falecido quando Karol nasceu.

No ano de 1938 junto com seu pai, se mudaram para Cracóvia e lá ele começou os estudos na Universidade Jagelônica. Com a invasão alemã da Polônia a universidade foi fechada e o jovem Karol começou a trabalhar para poder sobreviver e evitar a deportação para a Alemanha.

Seu pai morreu de ataque cardíaco em 1941. Como único sobrevivente de sua família, ele começa a considerar a sua vocação ao sacerdócio. Em 1942, frequentou os cursos de formação, no Seminário clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo Adam Stefan. Em 1946 foi ordenado sacerdote.

Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia, pelo Papa Paulo VI, que também o criou Cardeal, três anos depois. Ele escolheu como lema episcopal “Totus tuus”“Todo Teu”, tirado de São Luís Maria de Montfort, pois Maria Santíssima era sua auxiliadora na missão de seu filho Jesus. Participou do Concílio Vaticano II, durante o qual deu uma importante contribuição para na elaboração da Constituição Gaudium et spes.

Com a morte de João Paulo I, surpreendentemente, Karol Wojtyła foi eleito Papa, em 16 de outubro de 1978. O primeiro Papa não italiano, após 455 anos - desde Adriano VI -, o primeiro polonês da história e também o primeiro Pontífice de um país de língua eslava.

Logo após o anúncio de sua eleição como Papa, ele apareceu na janela da Basílica de São Pedro e disse a frase que marcou o início de seu pontificado: “Não tenhais medo! Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo!”, com a qual tocou o coração dos cristãos de todo o mundo.

Seu Pontificado foi marcado por recordes, foram 104 Viagens Apostólicas pelo mundo, João Paulo II trabalhou para construir diálogos entre as diferentes nações e religiões, em nome do Ecumenismo, que guiou seu Pontificado.

Promulgou Códigos de Direito Canônico para as Igrejas latinas e orientais, e o Catecismo da Igreja Católica. Propôs momentos de intensidade espiritual: convocou o Ano da Redenção, o Ano Mariano, o Ano da Eucaristia, como também o Grande Jubileu de 2000. Criou a Jornada Mundial da Juventude.

Em 13 de maio de 1981, João Paulo II sofreu um grave atentado na Praça São Pedro, ele foi alvejado com um tiro. Depois de uma longa hospitalização, visitou o terrorista na penitenciária, o turco Ali Agca, e o perdoou. Em sinal de agradecimento à Mãe de Deus, que o salvou com a sua mão materna, o Papa pediu para colocar a bala que o atingiu, na coroa da estátua de Nossa Senhora de Fátima, pois o atentado ocorreu no seu dia litúrgico.

Ao longo do pontificado, o Papa João Paulo II também assinou vários documentos, que, fizeram parte do Magistério da Igreja: 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. Destaca-se também a Constituição Apostólica Pastor Bonus, de 1988, com a qual organizou a Cúria Romana e as funções dos vários Dicastérios.

João Paulo II, morreu no dia 2 de abril de 2005, vésperas do Domingo da Divina Misericórdia. Seu pontificado foi o terceiro mais longo da história, depois de São Pedro e de Pio IX. Seu solene funeral ocorreu na Praça São Pedro, no dia 8 de abril, com uma participação incrível de pessoas. João Paulo II foi beatificado no dia 1º de maio de 2011, pelo Papa Bento XVI, e canonizado pelo Papa Francisco, em 27 de abril de 2014.

Colaboração: Nathália Lima

Reflexão:

São João Paulo II foi um homem de Deus que marcou a história. Um homem de oração, que se submergia completamente no mistério de Deus. Ele sofreu muito com as perseguições de seu tempo, isso fez com que entendesse profundamente os sofrimentos e angústias dos homens, mas principalmente, a profunda misericórdia de Deus. Ele foi um pastor entregue ao rebanho que amava e deu um testemunho extraordinário até a cruz. Que a vida de São João Paulo II nos inspire a acolher a misericórdia de Deus em nossas vidas e proclamá-la a todas as pessoas.

Oração:

Ó São João Paulo II, da janela do céu, dá-nos a tua bênção! Abençoa a Igreja, que tu amaste, serviste e guiaste, incentivando-a a caminhar corajosamente pelos caminhos do mundo, para levar Jesus a todos e todos a Jesus! Abençoa os jovens, que também foram tua grande paixão. Ajuda-os a voltar a sonhar, voltar a dirigir o olhar ao alto para encontrar a luz que ilumina os caminhos da vida na terra. Abençoa as famílias, abençoa cada família! Tu percebeste a ação de Satanás contra está preciosa e indispensável faísca do céu que Deus acendeu sobre a terra. São João Paulo II, com a tua intercessão, protege as famílias e cada vida que nasce dentro da família. Roga pelo mundo inteiro, ainda marcado por tensões, guerras e injustiças. Tu te opuseste à guerra, invocando o diálogo e semeando o amor; roga por nós, para que sejamos incansáveis semeadores de paz. Ó São João Paulo II, da janela do céu, onde te vemos junto a Maria, faz descer sobre todos nós a bênção de Deus! Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

Santa Sé-China, Acordo Provisório estendido por mais quatro anos

Bispos da China presentes no Sínodo (Vatican Media)

Sobre o acordo referente à nomeação de bispos, a nota sublinha os “consensos alcançados para uma aplicação proveitosa”. O Vaticano reafirma a intenção de manter um “diálogo respeitoso e construtivo com a Parte Chinesa”.

Vatican News

Esta é a terceiro renovação de um entendimento que, com a assinatura de 22 de setembro de 2018, abriu uma página histórica nas relações entre a Santa Sé e a República Popular da China, e também no coração da própria Igreja desse grande país oriental, permitindo que todos os bispos estejam em plena comunhão hierárquica com o Papa. A nova assinatura, realizada pelas duas partes sobre o Acordo Provisório – cuja validade entra em vigor a partir de hoje (22/10) pelos próximos 4 anos – substitui a renovação por um biênio, ocorrida exatamente dois anos atrás, em 22 de outubro de 2022.

“Diálogo respeitoso e construtivo”

Através de um comunicado oficial da Sala de Imprensa da Santa Sé, justifica-se a decisão, tomada “após consultas e avaliações oportunas”, graças aos “consensos alcançados para uma aplicação proveitosa” do Acordo sobre a nomeação dos Bispos, e se especifica que a “Parte Vaticana permanece determinada a continuar o diálogo respeitoso e construtivo com a Parte Chinesa, para o desenvolvimento das relações bilaterais visando o bem da Igreja Católica no país e de todo o povo chinês”.

Um novo cenário

A segunda prorrogação do Acordo Provisório pôs fim a décadas de ordenações episcopais realizadas sem o consentimento papal. Um cenário que mudou radicalmente nos últimos 6 anos, com cerca de dez nomeações e consagrações de bispos, e ao mesmo tempo, a oficialização do papel público de alguns prelados que anteriormente não eram reconhecidos por Pequim. Um sinal da nova colaboração é testemunhado também pela presença de bispos da China continental nos Sínodos no Vaticano e em outros encontros na Europa e na América, assim como pela presença de jovens na JMJ de Lisboa no ano passado, além de uma participação geral de fiéis chineses nas viagens apostólicas realizadas pelo Papa Francisco no Oriente nos últimos anos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O Rei David e sua relação com o Santo Rosário

Obturador

Tom Hoopes - publicado em 21/10/24

Rezar o Rosário, compreendendo a relação que tem com o Rei David, trará uma nova riqueza ao mês de Outubro e ao longo do ano, quando o rezamos.

O fascínio pelo Rei David, o guerreiro salmista, é infinito. Mas enquanto um artefato de sua vida percorre o mundo e os pesquisadores buscam detalhes de sua época, temos uma ligação muito próxima com ele: o Rosário.

Ele é "por excelência o rei 'segundo o coração de Deus'". Ele também é um dos grandes heróis de aventura de todos os tempos, derrotando Golias, Saul e inúmeros adversários com astúcia e habilidade.

Mas mais do que isso, foi ele quem recebeu a promessa de salvação que Jesus Cristo cumpriu. O Rosário não só conta a história dessa promessa, mas também nos coloca nos passos de David.

David, o fundador do Rosário

Além de ser o “pai fundador” da nossa salvação, David é o pai fundador do Rosário.

David é o autor tradicional dos 150 salmos, que os monges rezavam em grupos de 50 em três ciclos. Os leigos quiseram aderir, mas não tendo livros (nem sabendo ler) rezaram 150 Pais-Nossos, anotando suas orações em contas. Mais tarde foi acrescentada a Ave Maria.

Mas há uma versão de David e do Rosário que vai um passo além. Quando Davi enfrentou Golias, ele tirou a armadura e, em vez disso, "escolheu cinco pedras lisas do riacho, colocou-as em sua bolsa de pastor, em sua mochila e, com a funda na mão, avançou em direção ao filisteu [para Golias]" ( 1Sm 17, 40 ).

Nós também enfrentamos Golias em nosso tempo, com um estilingue de cinco contas do Pai Nosso - com 10 Ave-Marias para completar, no que Padre Pio chamou de "a 'arma' para estes tempos".

Mas o Rosário também nos diz tudo o que precisamos saber sobre a aliança de David.

Shutterstock/Zwiebackesser

Os alegres mistérios

Os Mistérios Gozosos contam a história de Deus ressuscitando o novo Rei na linhagem de Davi que havia prometido.

A Anunciação é o anúncio de que o reino eterno prometido aos descendentes de Davi chegou. O anjo Gabriel é enviado a Maria porque ela está desposada com um homem “da casa de Davi” e recebe um filho destinado ao “trono de seu pai Davi”.

A Visitação compara Maria a Davi. Lucas inclui muitos paralelos entre a visita de três meses de Davi à região montanhosa de Judá com a arca da aliança e a visita de três meses de Maria. Maria até usa palavras do início da história de David para rezar no seu Magnificat.

A Natividade celebra o rei recém-nascido, nascido na cidade de David, e a Apresentação reconhece o novo Messias, “luz das nações”, “glória de Israel”, “lugar de ascensão e queda de muitos” e de “redenção”. de Israel."

A descoberta no Templo revela Jesus na casa que Davi preparou para o Senhor, chamando-a de “casa de meu Pai”.

Os Mistérios Luminosos

Os Mistérios Luminosos mostram Jesus inaugurando o novo reino davídico.

No Batismo no Jordão, a voz do Pai reivindica publicamente o seu “Filho amado, em quem me comprazo”, cumprindo a sua promessa de um filho redentor.

As Bodas de Caná revelam o Reino. Jesus é um rei que veio para servir e começa o seu serviço sendo tão atento à sua mãe como o próprio David.

Na sua Proclamação do Reino, Jesus começa a sua pregação com “O tempo está cumprido, o reino de Deus está próximo”. Mais tarde, ele lê uma proclamação do Messias Davídico e diz: “Hoje esta Escritura se cumpriu diante de vocês”.

A Transfiguração é uma antecipação do reino. Em Mateus, Marcos e Lucas antes, mostrando-se transfigurado, Jesus promete mostrar a alguns apóstolos “o reino de Deus que vem com poder”.

A Instituição da Eucaristia inaugura o reino. Na Última Ceia, a cidade de Belém do nosso novo rei de David – que significa casa do pão – dirige “a atenção dos seus discípulos para o cumprimento da Páscoa no reino de Deus”, diz o Catecismo.

Os Mistérios Dolorosos e Gloriosos

Os Mistérios Dolorosos e Gloriosos encerram a história de David de uma forma inesperada.

O Catecismo diz que Davi modela três virtudes: submissão a Deus, arrependimento e oração. O Rosário termina com Jesus fazendo o mesmo: Jesus modela a submissão a Deus na Agonia no Jardim, e mostra o caminho do arrependimento na Flagelação no Pilar, depois, como um rei, é Coroado de Espinhos e vestido de púrpura e Ele carrega Sua Cruz com um sinal que O proclama “Rei dos Judeus”.

Finalmente, Jesus é crucificado depois de lhe conceder uma oração: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

Mas este filho de David demonstra que é também o Senhor de David pela sua Ressurreição e Ascensão à direita do Pai, onde “todo o poder me foi dado”.

No Pentecostes chega finalmente o Reino Davídico – na Igreja – e Maria Mãe é Assunta ao Céu para a sua Coroação como Rainha Mãe.

Portanto, passe algum tempo com o Rei Davi e seu Grande Descendente.

Sem o Rei David, não haveria Rosário, em mais de um aspecto.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/10/21/el-rey-david-y-su-relacion-con-el-santo-rosario

Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo

Rezar com frequência (ACI Digital)

Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo 

(Ep.130,9,18-10,20:CSEL44,60-63)        (Séc. V) 

Em horas determinadas concentremos o espírito para orar

Desejemos sempre a vida feliz que vem do Senhor Deus e assim oraremos sempre. Todavia por causa de cuidados e interesses outros, que de certo modo arrefecem o desejo, concentramos em horas determinadas o espírito para orar. As palavras da oração nos ajudam a manter a atenção naquilo que desejamos, para não acontecer que, tendo começado a arrefecer, não se esfrie completamente e se extinga de todo, se não for reacendido com mais frequência.  

Por isso as palavras do Apóstolo: Sejam vossos pedidos conhecidos junto de Deus (Fl 4,6) não devem ser entendidas no sentido de que Deus os conheça, ele que na realidade já os conhece antes de existirem, mas em nosso favor sejam conhecidos junto de Deus por sua tolerância, não junto dos homens por sua jactância.  

Sendo assim, se se tem o tempo de orar longamente, sem que sejam prejudicadas as outras ações boas e necessárias, isto não é mau nem inútil, embora, como disse, também nelas sempre se deva orar pelo desejo. Também orar por muito tempo não é o mesmo que orar com muitas palavras, como pensam alguns. Uma coisa é a palavra em excesso, outra a constância do afeto. Pois do próprio Senhor se escreveu que passava noites em oração e que orava demoradamente; e nisto, o que fazia a não ser dar-nos o exemplo, ele que no tempo é o intercessor oportuno e, com o Pai, aquele que eternamente nos atende. 

Conta-se que os monges no Egito fazem frequentes orações, mas brevíssimas, à maneira de tiros súbitos, para que a intenção, aplicada com toda a vigilância e tão necessária ao orante, não venha a dissipar-se e afrouxar pela excessiva demora. Ensinam ao mesmo tempo com clareza que, se a atenção não consegue permanecer desperta, não deve ser enfraquecida, e se permanecer desperta, não deve ser logo cortada.  

Não haja, pois, na oração muitas palavras, mas não falte muita súplica, se a intenção continuar ardente. Porque falar demais ao orar é tratar de coisa necessária com palavras supérfluas. Porém rogar muito é, com frequente e piedoso clamor do coração, bater à porta daquele a quem imploramos. Nesta questão, trata-se mais de gemidos do que de palavras, mais de chorar do que de falar. Porque ele põe nossas lágrimas diante de si (Sl 55,9),e nosso gemido não passa despercebido (cf. Sl 37,9 Vulg.) àquele que tudo criou pela Palavra e não precisa das palavras humanas. 

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Santa Úrsula e companheiras

Santa Úrsula e companheiras (A12)
21 de outubro
País: Inglaterra
Santa Úrsula e companheiras

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo aos princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza se espalhou e logo os pedidos de casamento sugiram. Por motivos políticos, seu pai aceitou a proposta feita por um duque pagão.

Pela obediência à seu pai Úrsula aceitou, mas pediu que ficasse ainda três anos solteira. Neste tempo pensava em converter o pretendente ou fazê-lo desistir das núpcias. Mas ao seu tempo a jovem precisou ir ao encontro do noivo. Com ela viajaram mais onze meninas virgens, que se casariam com soldados do rei.

Aconteceu então o imprevisto. Navegando pelo Reno, o navio de Úrsula cruzou o território dominado pelos Hunos, povo bárbaro e pagão. Logo os soldados hunos mataram todos e apenas Úrsula escapou, pois Átila, o rei dos Hunos, ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Mas, a custo da própria vida, Úrsula o recusou dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Cego de ódio ele pessoalmente a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão:

O martírio de Úrsula e de suas companheiras retrata para nós a perseverança na fé mesmo em condições adversas. Sabemos que em períodos de tranquilidade é fácil manter o coração e a boca no louvor ao Senhor. Mas será que quando vierem as dores e as cruzes saberemos reconhecer a bondade de Deus em nossa vida?

Oração:

Ó Deus, destes a Santa Úrsula a fortaleza da graça para ir ao encontro do martírio com toda a coragem: concedei que, apoiados em suas preces e instruídos pelo seu exemplo, possamos avançar no caminho do vosso amor, por entre as dificuldades da vida, e chegar à contemplação de vossa beleza. Por Cristo nosso Senhor. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF