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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Papa: sonho com uma comunicação com holofotes acesos sobre os últimos

Francisco ao encontrar os participantes da Assembleia Plenária do Dicastério para a Comunicação (Vatican Media)

Na audiência da plenária do Dicastério para a Comunicação, Francisco traça “o perfil do bom comunicador”, recordando os princípios de verdade, justiça e paz. Uma comunicação “apaixonada, curiosa e competente” é o “sonho” do Papa: uma narração além de slogans, “de coração a coração”, com os holofotes voltados para os últimos e as vítimas de guerra. No mundo digital, o convite não é para “substituir” o encontro real, desenvolvendo a criatividade.

Isabella Piro - Vatican News

O chamado é para uma tarefa “grande e entusiasmante”, que é ao mesmo tempo “vocação e missão”: é a mensagem que o Papa Francisco dirige aos cerca de 300 participantes da assembleia plenária do Dicastério para a Comunicação, dirigida pelo prefeito Paolo Ruffini e recebida na manhã desta quinta-feira, 31 de outubro, na Sala Clementina do Palácio Apostólico. Para eles, o Pontífice traçou “o perfil do bom comunicador”, aquele que é firme na verdade e na justiça e pronto para propagar o Evangelho:

Vocês são chamados a uma grande e entusiasmante tarefa: a de construir pontes, quando tantos erguem muros, os muros das ideologias; a de promover a comunhão, quando tantos fomentam divisão; a de se deixar envolver pelos dramas do nosso tempo, quando tantos preferem a indiferença. E essa cultura da indiferença, essa cultura de “lavar as mãos”: “não cabe a mim. Deixe que se virem"... Isso dói muito!

Leia aqui o discurso integral do Papa

O Papa Francisco durante a leitura do discurso na Sala Clementina (Vatican Media)

Desenvolver a criatividade, mesmo em tempos de redução de despesas

Criatividade, tecnologia usada de forma “inteligente”, mas acima de tudo o coração são ferramentas fundamentais para os colaboradores da mídia do Vaticano, continua Francisco, para que o amor de Deus possa reverberar em cada expressão da vida comunitária, longe de esquemas políticos ou corporativistas. O Papa também destaca a concretude de uma profissão que também deve lidar com “as dificuldades econômicas e a necessidade de reduzir despesas”:

Gostaria de lhes dizer uma coisa: ainda devemos ser um pouco mais disciplinados com relação ao dinheiro. Vocês devem procurar maneiras de economizar mais e buscar outros fundos, porque a Santa Sé não pode continuar a ajudá-los como agora. Sei que é uma má notícia, mas é uma boa notícia porque mexe com a criatividade de todos vocês.

Por trás de tudo isso, no entanto, há um “sonho”: o sonho de uma comunicação que conecta “pessoas e cultura”, que conte e valorize “cada canto do mundo”.

É por isso que estou feliz em saber que vocês trabalharam duro para aumentar a oferta das mais de cinquenta línguas com as quais a mídia do Vaticano se comunica, acrescentando os idiomas Lingala, Mongol e Kannada.

Olhar para os últimos e buscar o diálogo além de slogans

O convite de Francisco é, portanto, para sair, ousar, arriscar mais, abrindo mão um pouco de si mesmo para dar espaço ao outro e para contar a realidade “com honestidade e paixão”, com competência e curiosidade:

Sonho com uma comunicação feita de coração a coração, deixando-nos envolver pelo que é humano, deixando-nos ferir pelos dramas que tantos de nossos irmãos e irmãs vivem. (...) Sonho com uma comunicação que saiba ir além dos slogans e mantenha os holofotes acesos sobre os pobres, os últimos, os migrantes, as vítimas da guerra. Uma comunicação que promova a inclusão, o diálogo e a busca pela paz.

A beleza do encontro real não seja suplantada pelo virtual

O desafio, recorda o Pontífice, é também o das novas linguagens e caminhos que habitam o mundo digital: os comunicadores não devem temer a mudança, sublinha Francisco, desde que isso não signifique banalizar ou “substituir” no encontro on-line “a beleza” das relações “reais, concretas, de pessoa a pessoa”, aquelas tecidas segundo o estilo evangélico.

Ajudem-me, por favor, a tornar o Coração de Jesus conhecido no mundo, por meio da compaixão por esta terra ferida. (...) Ajudem-me com uma comunicação que seja uma ferramenta para a comunhão.

A esperança das pequenas e grandes histórias do bem

A esperança é, finalmente, o último - mas não menos importante - chamado indicado por Francisco:

Apesar do fato de o mundo estar abalado por uma violência terrível, nós, cristãos, sabemos como olhar para as muitas chamas da esperança, para as muitas pequenas e grandes histórias do bem.

E são a esperança e a fé, portanto, as virtudes que os comunicadores cristãos são exortados a testemunhar no mundo de hoje, especialmente em vista do Jubileu iminente.

O Papa ao saudar Gloria Fontana, em seu último dia de trabalho após 48 anos de serviço (Vatican Media)

Uma saudação especial

Antes de concluir a audiência, Francisco dirigiu uma saudação especial a Gloria Fontana, chefe do Escritório REI (Ricerca ed Elaborazione Informazioni) do Dicastério:

Hoje é seu último dia de trabalho: espero que lhe façam uma festa! [aplausos] Bem, depois de 48 anos de serviço: ela entrou no dia de sua Primeira Comunhão, acredito eu... [aplausos e risos] Ela prestou um grande serviço no escodimento, dedicando-se a transcrever os discursos do Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 3 de novembro de 2024

O desgaste na vida sacerdotal

Sacerdote celebrando a missa (Cathopic)

O desgaste na vida sacerdotal

23 de outubro de 2024

Burnout: ameaça para os sacerdotes diocesanos

            De acordo com várias investigações importantes realizadas no âmbito presbiteral, a síndrome de burnout é uma ameaça mais para os sacerdotes diocesanos do que para os sacerdotes religiosos ou monásticos. Isso é devido à forma como os presbíteros diocesanos com frequência desempenham seu ministério sacerdotal, incluindo fatores como as múltiplas exigências do povo, as condições peculiares do seu estilo de vida, a experiência da solidão em suas paróquias e, em muitos casos, a falta de apoio social por parte das autoridades eclesiásticas e comunitárias.

Saúde mental:

            A saúde mental se refere ao estado de equilíbrio entre uma pessoa e seu meio ambiente, de sorte que suas vivências emocionais, sociais e de trabalho lhe permitem bem-estar e qualidade de vida. O termo “estresse” é atualmente entendido como um estado que uma pessoa sofre frente a muitas exigências às quais deve responder num período de tempo limitado. Quando uma pessoa se dá conta e não dispõe de tempo suficiente para cumprir suas tarefas, começará a experimentar sensações físicas, pensamentos e emoções desagradáveis, quadro ao qual chamamos “estar estressado”.

As fontes de estresse: a pressão, a frustração e o conflito.

            As principais fontes de estresse são: a pressão, a frustração e o conflito. É o caso de um sacerdote que se encontra sob muitas exigências pastorais, experimentando pressão diante desses pedidos que não pode atender, visto que não dispõe de tempo para fazê-lo. Então, a frustração surge quando ele sente a necessidade do descanso e tampouco consegue obtê-lo, criando-se uma situação de conflito diante da autoexigência de realizar tudo sem conseguir. Finalmente, as causas de estresse são as solicitações externas junto aos pensamentos, emoções e atitudes que exigem resposta de adaptação por parte do indivíduo.

O estresse do trabalho:

            O estresse do trabalho pode ser definido como uma falta de ajuste entre as capacidades do trabalhador e as exigências do ambiente no qual ele realiza sua atividade laboral. É produzido quando não se obtêm o casamento adequado entre a pessoa e o trabalho que ela realiza, quer porque as aptidões e capacidades da pessoa não correspondem àquelas exigidas por seu trabalho, quer porque o trabalho não satisfaz às necessidades ou expectativas do indivíduo, impedindo-o de utilizar seus conhecimentos ou habilidades.

  • Padrões de conduta:

            Certos padrões de conduta caracterizados por ambição desmedida, alta necessidade de sucesso, impaciência, competitividade e sensação de urgência, tudo isso classificado como padrões de conduta “tipo A”, segundo a décima edição da Classificação Internacional de Enfermidades (CIE 10). O padrão de conduta “tipo A” é característico dos que aceleram as reações próprias do estresse natural exigido por suas circunstâncias, externando sua resposta ao estresse mediante reações excessivas. Os indivíduos “tipo B”, ao contrário, são os que dominam melhor e de formas mais naturais seu estresse, reagindo com calma, prudência e boa filosofia frente às pressões da vida.

  • As consequências do estresse:

            Alguns pesquisadores descobriram uma relação entre a dificuldade de enfrentar o estresse e a ocorrência de doenças crônicas como as moléstias cardiovasculares ou o câncer. De acordo com esses autores, o acúmulo de reações negativas ao estresse ao longo do tempo imprime uma marca perniciosa no desenvolvimento do ciclo vital das pessoas, e essa marca pode ser geneticamente transmitida às gerações futuras. As manifestações mais conhecidas causadas pelo estresse patológico, tanto de tipo físico como emocional, são as seguintes:

  1. Efeitos físicos do estresse:

• Ao respirar: transtornos respiratórios, entre os quais sobressaem a dispneia, hiperventilação, sensação de opressão no peito e asma bronquial;

• Nos músculos: transtornos musculares, tais como alterações nos reflexos das extremidades, contraturas, dores, câimbras e rigidez muscular;

• No coração:  transtornos cardiovasculares e doenças das artérias coronárias, bem como angina e infartos do miocárdio, hipertensão arterial e arritmias;

• Na pele: transtornos dermatológicos como alopecia, eczemas, sudorese excessiva, tricotilomania e dermatite atípica;

• Do estômago e outros órgãos: transtornos gastrointestinais como úlcera péptica, intestino irritado, colite ulcerosa, dispepsia e aerofagia.

• Nos hormônios do corpo: transtornos endócrinos como hipertireoidismo e hipotiroidismo, hipoglicemia, síndrome metabólica, diabetes e síndrome de Cushing.

• Na vida sexual: transtornos sexuais de vaginismo, impotência, ejaculação precoce, coito doloroso e alterações da libido.

• Nas defesas contra as doenças: transtornos imunológicos do tipo das cefaleias, alterações do apetite, gripe, herpes, artrite reumatoide, insônia, dores de estômago e diversas dores crônicas.

  • Efeitos psicológicos do estresse:

O estresse afeta o cérebro em nível fisiológico e condutor, produzindo sintomas psicológicos tais como irritabilidade, fadiga intelectual, dificuldade de concentração, vazios de memória, queda do rendimento intelectual, bloqueios mentais, propensão a sofrer acidentes, confusão e tendências aditivas. A permanência desses efeitos pode levar a transtornos psíquicos ainda mais graves, como depressão, os transtornos do sono, esquizofrenia, ansiedade, angústia, fobias e transtornos de alimentação.

  • Propostas para combater o estresse:

            A) O doutor James Gill, que é também sacerdote, propõe reconsiderar essa tendência, tão característica de nossos tempos, de adotar condutas “tipo A” fundamentadas num ideal exagerado de supervalorizar o trabalho duro, a entrega ou o sacrifício a qualquer custo, ao mesmo tempo em que se descuidam da saúde e do bem-estar pessoal. Por essa razão, Gill sugere a todos aqueles que são responsáveis pela educação e a formação de outros, sejam eles crianças, jovens ou adultos em vários contextos, que ensinem valores e condutas como as seguintes:

  1. Crer firmemente que o valor pessoal não depende dos próprios esforços.
  2. Aprender a disfrutar aquilo que faz.
  3. Resistir a transformar a vida somente em trabalho, descuidando amizades, oração, eventos culturais, jogo, exercício físico e crescimento intelectual.
  4. Aprender a hierarquizar as tarefas e atividades no horário pessoal, rejeitando aquelas que não podem ser manejadas sem pressa ou hostilidade.
  5. Aprender a dizer ‘não’ aos comportamentos que contribuem ao desenvolvimento de uma personalidade apressada “tipo A”.
  6. Desenvolver um hábito de compreensão, aceitação e percepção do bom, tanto em si próprio como nos outros, em vez de viver reprovando as faltas e os fracassos.
  7. Resistir ao perfeccionismo, que é a tendência de estar insatisfeito e incomodado com qualquer coisa ou pessoa que não atinja os ideais propostos.
  8. Deixar de comparar os êxitos e talentos próprios com os dos outros.
  9. Jogar pelo prazer do deleite e não pelo prazer da competição com outros.
  10. Fazer amigos que lhe apontem e ajudem a mudar as características “tipo A”, visto que elas lhe impedem viver co maior plenitude.

            B) Do mesmo modo, o doutor Gastón de Mézerville apresenta três propostas complementares para combater o estresse negativo e modificar os hábitos de conduta “tipo A”:

  1. Autoexigência: a meta neste primeiro tipo de recomendações consiste no combate a uma atitude de excessiva severidade consigo mesmo e com os outros, associada a atitudes pouco compreensivas e até hostis em todos os âmbitos da vida. Entre as mudanças propostas está “Relaxar os músculos faciais e sorrir com frequência; escutar melhor os outros sem interrompê-los; falar num tom mais suave; dirigir o carro sem irritar-se com os outros motoristas ou pedestres; distrair-se lendo ou conversando quando se está na fila; proporcionar a si mesmo o tempo para a recreação e não pressionar-se quando são praticados jogos individuais ou coletivos; verbalizar o afeto para com os outros; desfrutar os pequenos presentes da vida, como as crianças e as flores, um céu límpido, um panorama formoso ao entardecer etc.”
  • Pressa excessiva: o objetivo desta segunda série de recomendações é a superação da contínua tendência de urgência no tempo, caracterizada por comportamentos de pressão sobre si mesmo que levam as pessoas a fazer todas as coisas cada vez mais rapidamente em tempo menor. A esse respeito “vários autores recomendam guardar o relógio em determinados dias a fim de não depender excessivamente dele; ver as horas somente quando necessário; levantar-se 15 minutos antes e preparar-se com calma; caminhar mais lentamente e chegar a tempo às atividades programadas; desculpar-se antecipadamente quando não é possível cumprir pontualmente um compromisso assumido de tipo laboral ou social; não estabelecer para si mesmo datas ou horas-limites excessivamente exigentes para os trabalhos pendentes; hierarquizar os acontecimentos do dia ou da semana, ‘deixando para amanhã aquilo que não é necessário fazer hoje’ – nem sempre aplicar o refrão ‘não deixe para amanhã aquilo que pode fazer hoje’; tratar de dar a si mesmo certa margem adicional à hora de comprometer-se para a entrega de trabalhos etc.”
  • Perfeccionismo: com este último conjunto de recomendações, busca-se superar certos hábitos perfeccionistas quanto às tarefas assumidas, fato que produz atitudes de impaciência e intolerância diante do não cumprimento dos padrões propostos. Os especialistas sugerem nesta área mudanças tais como as que seguem: “Fixar para si mesmo metas realistas; ser excelente no importante, mas flexível nas coisas irrelevantes; enfatizar sempre todo o bem que se faz e subtrair atenção aos erros compreensíveis em toda atividade humana; aceitar as diferenças individuais na forma de fazer as coisas; prever certa margem de erro para as metas propostas e contentar-se com êxitos ‘bons’ ou ‘muito bons’ quando as circunstâncias não permitem os ‘excelentes’; compreender que as pessoas são mais importantes que as tarefas que desempenham; aprender dos erros próprios e alheios após a busca de sadia excelência etc.”
  • Conclusão:

            Aprender a adaptar-se aos estresses da vida é fundamental para o ministério sacerdotal, dado que o chamado de Cristo é em si mesmo exigente, mas também se torna caminho de vida abundante quando se assume a existência com maturidade mental, emocional e espiritual. Uma adaptação salutar ao estresse implica reconhecer que as pessoas valem por aquilo que são, não somente por aquilo que fazem, e isso implica aprender também a não viver se autopressionando com condutas excessivas de autoexigência, pressa e perfeccionismo.

  1. Bibliografia:

Estes textos são extratos do livro “O desgaste na vida sacerdotal: prevenir e supera a síndrome de burnout”, da autora Helena López de Mézerville, publicado pela Editora Paulus, em São Paulo, no ano de 2012.

Fonte: https://presbiteros.org.br/o-desgaste-na-vida-sacerdotal/

Solenidade de Todos os Santos (B)

Todos os Santos (Vatican News)

Os Santos e as Santas - autênticos amigos de Deus - aos quais a Igreja nos convida, hoje, a dirigir nossos olhares, são homens e mulheres, que se deixaram atrair pela proposta divina, aceitando percorrer o caminho das Bem-aventuranças.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Ao final do século II, já era grande a veneração dos Santos. No início, os santos mártires, aos quais os Apóstolos foram logo assimilados, eram testemunhas oficiais da fé.

Depois das grandes perseguições do Império Romano, homens e mulheres, que viveram a vida cristã, de modo belo e heroico, começaram a tornar-se, paulatinamente, exemplos de veneração: o primeiro santo, não mártir, foi São Martinho de Tours.

Em fins do ano mil, diante do incontrolado desenvolvimento da veneração dos santos e do "comércio" em torno das suas relíquias, iniciou-se um processo de canonização, até se chegar à comprovação dos milagres.

A Solenidade de Todos os Santos começou no Oriente, no século IV. Depois, difundiu-se em datas diferentes. Em Roma, dia 13 de maio; na Inglaterra e Irlanda, a partir do século VIII, dia 1º de novembro, uma data que também foi adotada em Roma, a partir do século IX.

Esta Solenidade era celebrada no fim do Ano litúrgico, quando a Igreja mantinha seu olhar fixo ao término da vida terrena, pensando naqueles que haviam atravessado as portas do Céu.

O Evangelho deste domingo é o Evangelho das bem-aventuranças

«Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. Então, abriu a boca e lhes ensinava.

Os Santos e as Santas - autênticos amigos de Deus - aos quais a Igreja nos convida, hoje, a dirigir nossos olhares, são homens e mulheres, que se deixaram atrair pela proposta divina, aceitando percorrer o caminho das Bem-aventuranças; não porque sejam melhores ou mais intrépidos que nós, mas, simplesmente, porque "sabiam" que todos nós somos filhos de Deus e assim viveram; sentiram-se “pecadores perdoados”... Eis os verdadeiros de Santos! Eles aprenderam a conhecer-se, a canalizar suas forças para Deus, para si e para os outros, sabendo confiar sempre, nas suas fragilidades, na Misericórdia divina.

Hoje, os Santos nos animam a apontar para o alto, a olhar para longe, para a meta e o prêmio que nos aguardam; exortam-nos a não nos resignar diante das dificuldades da vida diária, pois a vida não só tem fim, mas, sobretudo, tem uma finalidade: a comunhão eterna com Deus.

Com esta Solenidade, a Igreja nos propõe os Santos, amigos de Deus e exemplos de uma vida feliz, que nos acompanham e intercedem por nós; eles nos estimulam a viver com maior intensidade esta última etapa do Ano litúrgico, sinal e símbolo do caminho da nossa vida.

Condições evangélicas

Trata-se de percorrer o caminho, ou melhor, as nove condições traçadas por Jesus e indicadas no Evangelho: as Bem-aventuranças!

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus...”: o ponto forte não é tanto ser “bem-aventurado”, mas o “porquê”. Uma pessoa não é "bem-aventurada" porque é "pobre", mas porque, como pobre, tem a condição privilegiada de entrar no Reino dos Céus.

A mesma coisa acontece com as outras oito condições: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem... Alegrai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos Céus”.

A explicação de tudo encontra-se naquele “porquê”, pois revela onde os mansos encontrarão confiança, onde os pacíficos encontrarão alegria... Logo, "bem-aventurados", não deve ser entendido como uma simples emoção, se bem que importante, mas como um auspício para se reerguer, não desanimar, não desistir e seguir em frente... pois Deus está conosco.

A questão, portanto, consiste em ver Deus, estar da sua parte, ser objeto das suas atenções; contemplar Deus, não no paraíso, mas, aqui e agora.

Enfim, eis o caminho que devemos percorrer para participar também da alegria indicada pelo Apocalipse, que todos nós podemos conseguir: "Caríssimos, considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato... desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser" ”(1 Jo 3,1-2). Nós, diz o refrão do Salmo, em resposta à primeira leitura da Carta de João: “Somos a geração que busca a face do Senhor”. Não porque somos melhores que os outros, mas porque Deus quis assim.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

HISTÓRIA: No alvorecer da Coreia Cristã

Embaixador Francis Ji-Young Kim | 30Giorni

Arquivo 30Giorni nº. 11/10 - 2009

IGREJA. Confucionismo, Catolicismo e a experiência da Concretude

No alvorecer da Coreia Cristã

Encontro com Francesco Ji-Young Kim, embaixador da Coreia do Sul junto à Santa Sé

Entrevista com Francesco Ji-Young Kim por Giovanni Cubeddu

Matteo Ricci foi missionário jesuíta na China de 1582 até sua morte em 1610. O eco de seu trabalho também chegou à Coreia. Conversamos sobre isso com Francesco Ji-Young Kim, embaixador da Coreia do Sul junto à Santa Sé.

Excelência, comecemos com um breve panorama das relações entre a Coreia e a China na época da missão de Ricci.
FRANCIS JI-YOUNG KIM: Inicialmente as relações da dinastia coreana Yi (1392-1910, ed. ) com a China Ming eram boas, a ponto de permitir o envio de delegações quatro vezes por ano. As delegações diplomático-comerciais deixaram a Coreia na primavera, verão, outono e inverno e, graças a estas oportunidades de encontro, os contatos permaneceram amigáveis, enriquecidos pela troca mútua de necessidades, tecnologia e conhecimentos mais gerais. Posteriormente, porém, a partir do século XVI, a tribo Jurchen assumiu o poder na Manchúria - que mais tarde fundou a nação de Keum e mudou seu nome para Ch'ing em 1636, após derrotar a dinastia Ming - e entrou nas relações entre os Yi e Dinastias Ming.

Com que propósito?
JI-YOUNG KIM: Na realidade, os Jurchen queriam invadir a China Ming e, portanto, precisavam que os Yi permanecessem politicamente neutros, tanto em relação a eles como em relação aos Ming. O rei Kwanghaegun, da dinastia Yi, reinou de 1608 a 1623 e foi capaz de articular esta política neutra através de uma diplomacia bem equilibrada. Mas posteriormente o rei Injo, no poder de 1623 a 1649, renovou a sua atitude tradicionalmente favorável aos Ming, embora a Coreia não tivesse força suficiente para resistir às tribos Jurchen. Na verdade, de dezembro de 1636 a janeiro de 1637, estes atacaram a Coreia, devastando o norte do país.

Qual era a situação dos cultos presentes no país?
JI-YOUNG KIM: Durante a dinastia Yi, a religião majoritária era o confucionismo, em contraste com o budismo que predominou na Coreia durante os reinados anteriores de Koryo e Silla. Embora o budismo e o taoísmo permanecessem populares entre os cidadãos de classe baixa, a família real e a casta superior de intelectuais, chamada Yangban , professavam e aprofundavam principalmente o confucionismo. E os estudiosos de Confúcio atribuíram grande importância à escrita tradicional chinesa antiga, quer se tratasse de obras literárias, estudos da mente, espiritualidade, cerimoniais, e assim por diante. Eles tinham como objetivo uma maior qualidade de “vida mental”.

A influência que os escritos de Matteo Ricci puderam exercer sobre os intelectuais coreanos da época também se deve a uma escola de pensamento conhecida como Silhak . O que foi?
JI-YOUNG KIM: Simplesmente, era um ramo do confucionismo, e seu nome significava “aprendizagem prática”, “concretude”. Tinha como objetivo criar um novo modelo de estudos e ciências, uma vez superados os conflitos e problemas ainda presentes na sociedade confucionista, visto que naquela época os ensinamentos de Confúcio eram utilizados abusivamente como instrumento de luta entre os partidos políticos e os intelectuais de o Yangban , prejudicial ao uso correto dos recursos para o bem-estar dos cidadãos. Portanto, os intelectuais não conservadores tentaram restaurar o que havia sido negligenciado no confucionismo, visando a boa governação da economia nacional, e em particular insistindo no ensino do pragmatismo, que poderia aumentar a produtividade e o desenvolvimento da vida social. Os expoentes de Silhak refutaram os argumentos da lógica pura como improdutivos e concentraram a sua atenção nas ciências práticas, em benefício da vida da sociedade e da produção.

Padre Matteo Ricci em retrato de Emmanuele Yu Wen-Hui (conhecido como Pereira), 1610, sacristia da Igreja de Jesus, Roma; ao fundo, o mapa geográfico universal criado pelo Padre Matteo Ricci e impresso por Li Zhizao em Pequim em 1603, preservado no Museu Provincial de Shenyang | 30Giorni

Somadas às intensas tensões políticas estavam as doutrinárias.
JI-YOUNG KIM: A partir da segunda parte do século XVI, a dinastia Yi teve que enfrentar dificuldades sociais e económicas principalmente devido aos ataques lançados pelo Japão, de 1592 a 1598, e posteriormente pela tribo Jurchen. Em primeiro lugar, o sistema governamental entrou em colapso, dando origem a muitas facções beligerantes: disputas e conflitos estavam por toda parte. A hierarquia social dos cidadãos também foi alterada. Até então, os agricultores e comerciantes eram considerados inferiores, enquanto agora os intelectuais progressistas passaram a considerá-los elementos fundamentais para a estabilidade social de toda a nação. Em segundo lugar, o confucionismo já não conseguia manter o seu papel como doutrina orientadora da dinastia Yi, mesmo que alguns membros da elite intelectual continuassem ligados à procura da lógica pura, vivendo agora como um corpo separado da sua sociedade civil contemporânea. realidade. Assim, a intelectualidade coreana fragmentou-se em grupos, criando vários partidos políticos.

Vamos ao assunto principal: como a tradição coreana tentou dialogar com o Ocidente cristão?
JI-YOUNG KIM: Na verdade, o conhecimento do pensamento ocidental sob a dinastia Yi derivava de livros, escritos em chinês, pertencentes a missionários da Companhia de Jesus que viveram na China desde o século XVI. Antes de publicar De Deo verax disputatio , Matteo Ricci escreveu Os pensamentos dos crentes , no qual representava, definindo-os segundo categorias, as características comuns às culturas orientais e ocidentais e por isso tentava, de forma logicamente consequente, torná-las facilmente compreensíveis. Graças a este livro, Ricci conseguiu comunicar com os intelectuais dos mais altos círculos tanto na China como na Coreia, concentrando-se nas formas de pensar específicas das culturas orientais e ocidentais. Não só isso. Atribuindo importância às relações que poderiam ser estabelecidas entre os fiéis, Ricci explicou também a doutrina da Ressurreição e a autoridade de Deus. Foi assim que, depois de ter recebido os ensinamentos dos missionários católicos na China e lido as suas obras, o progressista. Os pensadores coreanos desejavam também recorrer à cultura, tecnologia e ciência ocidentais modernas para reconstruir uma nação coreana forte e saudável, superando a crise e a fraqueza que se seguiram aos ataques do Japão. Neste contexto, Yi Su-gwang (1563-1628), como progressista, introduziu no país o conhecimento ocidental e católico, com a intenção de estabelecer o Silhak, início do século XVII, na Dinastia Yi. Mais tarde, outros estudiosos famosos como Yi Ick (1681-1763) e Jung Yak-yong (1762-1836) concretizaram as suas teorias – através de uma integração da tradição coreana com o pensamento ocidental – no Silhak durante os séculos XVIII e XIX.

A Coreia deve, portanto, a introdução da fé cristã a Yi Su-gwang. Quem foi esse pensador?
JI-YOUNG KIM: Yi Su-gwang, conhecido como Jibong – ele se assinava assim, do nome de sua aldeia de origem – era uma rave; também o pensamento católico e ocidental e ofereceu aos seus concidadãos, confinados numa visão confucionista do cosmos, uma abordagem renovada e universal e um horizonte mais amplo dos assuntos humanos. Afinal, toda a sua atitude era fruto de sua natureza curiosa... Ele foi realmente um homem que olhou para frente e entendeu qual era o novo mundo que os livros de Matteo Ricci abriram. Foi uma personalidade tão relevante e apreciada que foi nomeado chefe de três ministérios diferentes e mais tarde tornou-se também primeiro-ministro. Contudo, devemos lembrar também outro intelectual do período Ricciano: Yu Mong-in (1559-1623).

Por favor.
JI-YOUNG KIM: Seu texto Erwoo yadam é um ensaio que pertence à literatura tradicional coreana, cujo conteúdo visava criticar algo, ou alguém, com base nos critérios e valores morais da época. Yu Mong-in, que se assinava Er-woo, era da mesma geração de Matteo Ricci e analisava e discutia as tradições confucionistas e o catolicismo. Ele entendeu o conceito de Deus da fé católica comparando-o ao do Imperador do Céu da sociedade confucionista tradicional. No entanto, ele criticava a doutrina católica a respeito do inferno e do céu porque considerava esses conceitos uma simples ferramenta para “seduzir” o povo. E refutou igualmente a proibição do casamento que foi imposta aos religiosos católicos, considerando-o um preceito contrário ao sentido de humanidade. Tudo isto aconteceu porque Yu Mong-in, embora intrigado pelo pensamento católico e ocidental, não chegou ao ponto de compreender os fundamentos da fé católica...

Mapa da Coreia datado de 1682 | 30Giorni

Deixemos o campo acadêmico: quem foram os primeiros cristãos coreanos?
JI-YOUNG KIM: Certamente Yi Seung-hun. Ele viveu de 1756 a 1801 e foi o primeiro coreano a receber o batismo, além de ser um dos fundadores da Igreja Católica Coreana. Em 1783 foi para Pequim com seu pai, que era membro da delegação diplomática de "inverno" à China. Ele aprendeu catecismo com missionários jesuítas e mais tarde recebeu o batismo do padre Jean-Joseph de Grammont. No ano seguinte ele retornou à Coreia trazendo consigo muitas publicações católicas. Ele foi professor e batizou alguns coreanos, incluindo Jung Yak-yong, um conhecido membro dos Silhak . Em 1794, alguns de seus amigos foram condenados à pena capital por terem organizado a entrada na Coreia do pai chinês Ju Moon-mo, e pela mesma razão ele próprio foi condenado ao exílio em uma localidade do interior. Ele foi então condenado à morte e executado em 1801 na prisão de Seosomoon, em Seul.

Como a dinastia Yi avaliou a presença dos cristãos?
JI-YOUNG KIM: O cristianismo, admitido voluntária e livremente na Coreia no início de 1600, interessou a numerosos intelectuais progressistas no século seguinte, igualmente ávidos pela cultura ocidental. Eles começaram a acreditar na fé católica sem encontrar quaisquer restrições. Mas no final do século XVIII eclodiram muitos conflitos políticos e a consequência foi que cada facção tentou atormentar o seu adversário político. Assim, no século XIX, muitos católicos foram executados, principalmente pelas mãos de grupos que odiavam o catolicismo. Em 1846, o primeiro padre coreano, Kim Tae-Gun, que em outubro de 1845 havia repatriado da China para a Coreia, também foi condenado à morte com apenas 25 anos de idade. Ele foi ordenado em Xangai em agosto de 1845 pelo Bispo Monsenhor Ferréol. E como ele, no último período da dinastia Yi, os cristãos tiveram que sofrer muitas provações. Os fiéis coreanos de hoje podem estar gratos a estas testemunhas.

Foi uma época de encontro entre dois universalismos.
JI-YOUNG KIM: Os olhares que trocaram mutuamente o confucionismo e o catolicismo encontraram um terreno comum em nossa experiência coreana a partir da ideia – e da prática – de “concretude”. O Silhak foi uma experiência, claro, que não incluiu a todos como gostaria, mas significativa para as relações entre o poder civil e eclesiástico, e que gostei de recordar convosco.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa, Angelus: “a fonte de tudo é o amor, nunca separe Deus do homem”

Papa Francisco - Angelus  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

O Papa Francisco rezou neste domingo (03/11), a Oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, recordando as palavras de Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”. “Esse é um pouco o coração da nossa fé”.

Silvonei José – Vatican News

“Todos nós - e sabemos isso - precisamos voltar ao coração da vida e da fé, porque o coração é “a fonte e a raiz de todas as outras forças, de todas as outras convicções E Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nunca devemos separar Deus do homem”. Foi o que disse o Papa Francisco aos fiéis e peregrinos reunidos na grande Praça São Pedro na alocução que precedeu o Angelus deste domingo, 03 de novembro.

O Evangelho da liturgia de hoje – destacou o Santo Padre -, nos conta sobre uma das muitas discussões que Jesus teve no templo de Jerusalém. Um dos escribas se aproxima e o questiona: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”. Jesus responde juntando duas palavras fundamentais da lei mosaica: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”. “Amarás o Senhor, teu Deus” e ‘amarás o teu próximo’.

Com sua pergunta – continuou o Papa - o escriba busca “o primeiro” dos mandamentos, ou seja, um princípio que sustenta todos os mandamentos; os judeus tinham tantos preceitos, que buscavam a base de todos eles, um que fosse o fundamental, que colocassem de acordo sobre um fundamental, e havia discussões entre eles, boas discussões porque buscavam a verdade.

Angelus - Praça São Pedro (Vatican Media)

O Papa Francisco destacou então que essa pergunta também é essencial para nós, para nossas vidas e para o caminho de nossa fé.

“Também nós, às vezes, nos sentimos dispersos em tantas coisas e nos perguntamos: mas, afinal, qual é a coisa mais importante de todas? Onde posso encontrar o centro da minha vida, da minha fé? E Jesus nos dá a resposta, combinando esses dois mandamentos que são os principais: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”. E esse é um pouco o coração da nossa fé”.

Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nunca devemos separar Deus do homem.

Papa Francisco (Vatican Media)

“Ao discípulo de todas as épocas, o Senhor diz: no seu caminho, o que conta não são as práticas exteriores, como holocaustos e sacrifícios, mas a disposição de coração com a qual você se abre a Deus e a seus irmãos no amor”.

O Santo Padre reafirmou que podemos fazer muitas coisas, de fato, mas fazê-las somente para nós mesmos e sem amor é errado, fazê-las com o coração distraído ou com o coração fechado é errado. Muitas coisas devem ser feitas com amor.

O Senhor virá e, antes de tudo, nos perguntará: “Como você tem amado?”, disse o Papa, acrescentando: é importante fixar em nosso coração o mandamento mais importante. Qual é ele? Amar o Senhor, teu Deus, e amar o próximo como a si mesmo. E todos os dias façamos nosso exame de consciência e nos perguntemos: o amor a Deus e ao próximo é o centro de minha vida? Minha oração a Deus me impulsiona a ir ao encontro de meus irmãos e amá-los gratuitamente? Reconheço a presença do Senhor no rosto dos outros?

Francisco concluiu pedindo que a Virgem Maria, que trazia a lei de Deus impressa em seu coração imaculado, nos ajude a amar o Senhor e nossos irmãos. 

Angelus 03 de novembro de 2024

https://youtu.be/t2xLXl_6EFM

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Martinho de Lima (ou de Porres)

São Martinho de Lima (A12)
03 de novembro
Localização: Perú (Lima)
São Martinho de Lima

Martinho de Lima sofreu muito com o preconceito, desde seu nascimento no dia 9 de dezembro de 1579. Filho de um cavalheiro espanhol, Juan de Porres, e de uma ex-escrava negra chamada Ana, o menino foi rejeitado pelo pai e pelos parentes, por ser mulato. Tanto que, na sua certidão de batismo, constou "pai ignorado".

:: Leia aqui mais sobre São Martinho

Aos oito anos de idade, Martinho se tornou aprendiz de barbeiro-cirurgião, mas a vocação religiosa lhe falou mais alto. Entretanto, pelo fato de ser mulato, demorou a ser aceito, e só a muito custo conseguiu entrar como oblato num convento dos dominicanos.

Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento, particularmente o de varrer, e era barbeiro e enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios, devido à aprendizagem que tivera, também socorria todos os doentes pobres e mendigos da região. Martinho recebeu o dom dos milagres, e suas orações chegavam ao êxtase místico. Em atenção às suas virtudes, foi-lhe excepcionalmente concedida a profissão de irmão leigo. Com as esmolas que recebia fundou em Lima um hospital para meninos abandonados e colégio só para o ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo.

Morreu aos sessenta anos, no dia 3 de novembro de 1639, após contrair uma grave febre; imediatamente após o seu falecimento, foi honrado e venerado como santo. A sua vida foi marcada pela prática da caridade.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo. Mendigo por amor aos mendigos, destacou-se pela humildade, piedade e caridade. Numa sociedade preconceituosa, manifestou claramente que Deus abençoa especialmente os humildes de coração, independentemente da sua condição diante dos valores mundanos.

Oração:

Ó Senhor Deus, que exaltais os humildes e em sua pequenez deixais brilhar Vossa grandeza e Vosso poder, fazei que, pela intercessão de São Martinho, possam os enfermos e os moribundos alcançar a saúde e o consolo, e que o testemunho da sua fé e do seu amor por Vós ilumine o último dia de nossas vidas. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 2 de novembro de 2024

A dona de casa é o coração de sua casa

Bohdan Malitsky | Obturador

Karen Hutch - postado em 01/11/24

Muitos se perguntam qual é o verdadeiro papel de uma dona de casa; e se é realmente tão importante para a família, o lar e a sociedade.

Ser esposa, mãe e professora ao mesmo tempo é, sem dúvida, uma das tarefas mais árduas e maravilhosas que as mulheres donas de casa realizam, um dom que Deus concede às mulheres, porque faz com que elas, com amor, transmitam o calor necessário . para que uma casa se torne um lar. 

Uma missão que leva à santidade

Rosie Gil, que depois de se casar era dona de casa, deixou escritos que hoje viraram livros cheios de conselhos para todas as mulheres que optam por esse estilo de vida. 

Em seu livro Veja-nos no Céu , ela abordou com visão ampla a questão da mãe em casa, bem como as mudanças ocorridas na sociedade, que denigrem a missão das donas de casa. Em seu livro ele explicou os papéis de homens e mulheres.

"O homem coloca todas as suas forças no trabalho. A mulher nem tanto, pois ela conserva suas forças para repassá-las aos que ainda estão por vir. O homem se esforça para o seu trabalho, ele absorve o próprio sangue Mas a mulher caminha em direção ao futuro através dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos. 

Agora o seu marido, Robert Gil, continua a promover os seus ensinamentos e a sua causa para que um dia ela possa ser canonizada. Aleteia conversou com ele, que compartilhou ensinamentos de sua esposa. 

Ela é o coração da casa

A dona de casa impacta o mundo inteiro, pois é a formadora dos futuros santos; Ele cria seus filhos e lhes dá as ferramentas necessárias para o mundo. Sendo assim a soma das graças que existem em sua família. 

Essas são as tarefas inspiradoras que fazem parte da dedicação ao lar.

1 - A mão que balança o berço

As mãos daquela mulher, as mesmas que embalam o berço dos filhos, não são só isso, mas também dominam o mundo. Ela tem a docilidade e o carinho de cuidar e zelar pelos filhos desde o momento em que estão em seu ventre. 

2 - Promotora da verdadeira feminilidade

PeopleImages.com - Yuri A | Obturador

O Sr. Gil compartilhou que “o feminismo de hoje distancia as filhas da Igreja” e é aí que entra o trabalho das mães, que transmitem o verdadeiro significado da feminilidade. Ao ensiná-los a se vestir adequadamente e brincar com eles, tornam-se um exemplo para suas filhas e netas. 

3 - Criatividade

A dona de casa também é criativa, porque com as mãos cria e ensina o que é verdadeiramente importante para os filhos. Rosie Gil adorava aproveitar sobras de tecido para costurar bonecas para as filhas, nas quais colocava uma medalha da Virgem ou de algum santo. Este é apenas um exemplo do que as mães fazem todos os dias para construir o Reino de Deus na terra.

4 - Ore e ensine a orar

Não há nada como as orações de uma mãe pelo seu marido, pelos seus filhos e por toda a Igreja. Muitos santos, como Santa Rita de Cássia, Santa Mônica e, claro, a Virgem Maria nos mostraram a importância e a força da oração de uma mãe pela sua família. 

5 - Previsão e administrador

Por fim, tal como diz a própria Bíblia, as mulheres, por essência, são administradoras e devem ser previdentes, como indica a conhecida passagem bíblica sobre as virgens.

Para uma mãe não há tempo a perder, porque como diz Rosie em seu livro: "Todos nós temos as mesmas vinte e quatro horas por dia. Não as desperdice."

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/11/01/la-mujer-ama-de-casa-es-el-corazon-de-su-hogar

“O purgatório não é invenção de teólogos”, diz bispo

O bispo de Córdoba, Espanha, dom Demetrio Fernández. | Diocese de Córdoba

“O purgatório não é invenção de teólogos”, diz bispo.

Por Walter Sánchez Silva*

1 de nov de 2024

“O purgatório não é uma invenção dos teólogos”, diz o bispo de Córdoba, Espanha, dom Demetrio Fernández, em sua coluna semanal mais recente chamada “Santos e os mortos, a vida após a morte”.

“O purgatório é a expressão máxima da misericórdia de Deus para conosco, que torna evidente e palpável o seu amor e gera em nós, por contraste, a preciosa dor da contrição”, disse o bispo em texto publicado ontem (31) no site da diocese.

“Nosso pecado é instantaneamente perdoado por Deus no sacramento [da confissão], mas o pecado deixou consequências e cicatrizes que só serão curadas pelo amor”, diz o bispo em sua coluna dedicada à solenidade de Todos os Santos, que a Igreja celebra hoje (1) e também ao dia dos fiéis defuntos, que a Igreja celebra amanhã (2).

“O purgatório é uma resposta de amor sem recortes, onde a nossa alma está limpa e pura para ter acesso à presença de Deus”, diz dom Fernández.

“A oração da Igreja pelos seus filhos que morreram, que ainda se encontram no purgatório, é constante. São os seus filhos preferidos, porque são os que mais sofrem naquela chama de amor de Deus e do coração humano na sua presença”.

“É um sofrimento cheio de esperança, porque ele já desfruta da salvação. Mas é um sofrimento que exige a nossa colaboração e a de todos os santos a seu favor”, diz o bispo.

Para o bispo de Córdoba, novembro é um “mês dos santos e dos mortos. Mês para considerar mais explicitamente qual é o sentido da nossa caminhada nesta vida”. Dom Fernández diz também que sem Deus “causamos a ruína sobre nós mesmos”.

Purgatório ou purificação final

O parágrafo 1.030 do Catecismo da Igreja Católica diz que “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu”.

“A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados”, diz o parágrafo 1.031.

“A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença (622) e de Trento (623). A Tradição da Igreja, referindo-se a certos textos da Escritura (624) fala dum fogo purificador”, acrescenta.

*Walter Sánchez Silva é jornalista na ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, com mais de 15 anos de experiência cobrindo eventos da Igreja na Europa, América e Ásia.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/59891/o-purgatorio-nao-e-invencao-de-teologos-diz-bispo

O Papa em silêncio em recordação dos mortos e em oração diante das crianças não nascidas

O Papa no Jardim dos Anjos no Cemitério Laurentino, enquanto saúda um pai que perdeu sua filha.  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Francisco celebrou a liturgia de 2 de novembro para a comemoração dos mortos no Cemitério Laurentino de Roma. Antes da celebração, ele parou no “Jardim dos Anjos”, uma área dedicada ao sepultamento de crianças que não nasceram, ali rezou em frente às lápides cercadas por brinquedos e estatuetas e cumprimentou um pai que perdeu sua filha. Não houve homilia na missa, mas um momento de meditação e oração.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

Uma mãe traça com canetinha a inscrição na lápide de sua filha, que faleceu quando não tinha nem um ano de idade. Outra muda a água das flores colocadas entre brinquedos e pedrinhas desenhadas. Um pai, Stefano, em vez disso, limpa a estrela com o nome de sua bebê Sara, cuja gravidez foi interrompida com onze semanas em julho de 2021. Cenas antinaturais - porque são as de pais que choram a morte de seus filhos, especialmente crianças - dão as boas-vindas à chegada do Papa ao Cemitério Laurentino, em Roma, onde Francisco, pela segunda vez depois de 2018, escolheu para celebrar a Missa para a comemoração dos mortos.

Parada no Jardim dos Anjos

A primeira parada, como há seis anos, foi no “Jardim dos Anjos”, a área de 600 metros quadrados dedicada à sepultura de bebês que não nasceram, devido à interrupção da gravidez ou a outros problemas durante a gestação. Thomas, Matthias, Mary, Joseph, Andrew, Ariana: seus nomes estão esculpidos em pedra ou em uma estela de madeira, gravados ou escritos à mão. Muitos têm a palavra “foetus” (feto) antes do nome; quase toda a primeira fila é ocupada por crianças de 2024. Ao redor, há brinquedos de pelúcia da Disney ou de outros personagens de desenhos animados, balões, cata-ventos e outros objetos, todos desgastados pela lama e pela chuva. Trazem um sorriso de volta a um lugar onde só há lágrimas. O Papa chega por volta das 9h45 de carro, percorrendo o longo corredor onde, de um lado, estão as paredes de túmulos do cemitério municipal, o terceiro maior de Roma; do outro, a praça com uma centena de pessoas reunidas desde as primeiras horas da manhã sob o pequeno palco branco onde Francisco celebra a Missa de 2 de novembro.

Em frente às lápides das crianças

Ao chegar ao “Jardim dos Anjos”, o Pontífice - em cadeira de rodas – observa todas as lápides uma a uma. Para no meio e fica alguns minutos sozinho em oração e silêncio. Que palavras expressar? Ele mesmo disse isso na recente mensagem de vídeo para as intenções de oração do mês de novembro, dedicada às mães e aos pais que passam pelo sofrimento terrível da perda de um filho e de uma filha. “Palavras de conforto às vezes são triviais, sentimentais e desnecessárias. Mesmo que sejam ditas naturalmente com a melhor das intenções, elas podem acabar ampliando a ferida”, disse o Papa no clipe.

O encontro com Stefano

O momento de recolhimento é interrompido pela breve conversa com Stefano, que estava esperando o Papa ao lado do jardim o tempo todo. Ele se ajoelha quando chega e aperta sua mão, conta brevemente sua história e aponta para o túmulo de seu filho. Francisco acena com a cabeça e aperta seu braço, depois pega a carta que o homem lhe entrega. Logo em seguida, o Papa se dirige à área em frente, também dedicada ao sepultamento de crianças que faleceram cedo demais. Alguns parentes estão atrás das barreiras, cumprimentando discretamente, segurando vasos e buquês de flores. O Papa o coloca um grande buquê de rosas brancas sob a placa com a inscrição “Jardim dos Anjos”, cercado por outros brinquedos, estatuetas de gesso de anjos, de fato, um rosto de Cristo, uma almofada de Cinderela.

A saudação ao prefeito Gualtieri

No carro, Francisco se dirige em direção ao palco, iluminado por um sol romano incomum que faz com que esse 2 de novembro pareça um dia quase primaveril. A sombra é dada apenas pela grande parede de tijolos brancos com a inscrição Vita mutatur non tollitur. As pessoas cumprimentam o Papa com gritos suaves de “Viva o Papa” ditados pelo afeto, mas conscientes do lugar e da ocasião. O Papa Francisco cumprimenta brevemente os fiéis, parando especialmente para saudar os doentes em cadeira de rodas, que são colocados na primeira fila. Em sua chegada, ele é recebido pelo prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, que aperta sua mão e troca algumas palavras.

Um momento de meditação durante a Missa

A movimentação dos familiares que visitam seus entes queridos falecidos continua por um tempo. Com o início da celebração tudo para. No momento da homilia, o Papa permanece em silêncio, com a cabeça inclinada, em meditação e oração. Recita as orações da liturgia de hoje: “Senhor, nossa existência terrena é apenas um sopro, ensina-nos a contar nossos dias, dá-nos a sabedoria de coração que reconhece no momento da morte não o fim, mas a passagem da vida”. Em seguida, abençoou todos os presentes e elevou a oração de sufrágio e bênção para aqueles que deixaram este mundo, e pediu a Deus conforto para aqueles que estão passando pelo sofrimento da separação. A oração do Descanso Eterno e os aplausos da multidão encerraram a celebração. Antes de entrar no carro para o retorno ao Vaticano, o Papa faz outra rápida parada com os fiéis presentes. Cumprimentou novamente o prefeito Gualtieri e abençoou a barriga de uma jovem grávida, concluindo assim o encontro.

A despedida às “Centelhas de Esperança”

Enquanto isso, na praça, o grupo de mães “Centelhas de Esperança” que compartilham a perda de um filho ou filha muito jovem por diferentes motivos, se agrupavam comovidas. Elas se reuniram após o Jubileu da Misericórdia graças ao reitor da paróquia do cemitério, Jesus Ressuscitado, que - elas contam - “nos deu a esperança da ressurreição e da aceitação, a única coisa de que precisamos, juntamente com o compartilhamento da dor. Vivemos nossa dor juntas”. Há os órfãos, as viúvas, pais como nós, explicam as mulheres, “não há nenhuma palavra que nos identifique”. Elas se apresentam combinando seus nomes com os de seus filhos: Francesca, a organizadora, mãe de Giorgia, que morreu aos 15 anos, Caterina, mãe de Marina, Maria Teresa, de Daniele, Shanti, de Marco, e depois Roberta, que perdeu seu filho Claudio, Roberta, mãe de Chiara, Nazarena, mãe de Chiara, e Angela, de Cinzia. Todas deram ao Papa de presente um lenço branco: “É o nosso abraço caloroso para ele, um abraço simbólico também de nossos filhos”, explicaram, agradecendo ao Pontífice por seu silêncio “sério e respeitoso” durante a Missa e por sua presença no Cemitério Laurentino: “Um testemunho de afeto. Um meio maior de estar perto de nossos filhos”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A Caminhada Sinodal

A Caminhada Sinodal (Diocese de Registro - SP)

A CAMINHADA SINODAL

Dom Anuar Battisti
Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

A XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, realizada em 2024, marcou um importante capítulo na vida da Igreja Católica. O evento trouxe uma visão renovada sobre a sinodalidade, destacando a urgência de construir uma Igreja mais inclusiva e participativa, onde todos os fiéis, independentemente de sua condição, sejam acolhidos e ouvidos. Inspirado pela passagem de 1 Coríntios 12, 12-27, o sínodo relembra que “somos muitos membros, mas um só corpo”, ressaltando a importância de cada fiel na missão de Cristo.

Entre os temas centrais do documento final, está a necessidade de promover uma “escuta ativa”, onde todos têm voz e são chamados a contribuir para a construção de uma Igreja sinodal. Esse conceito vai ao encontro do exemplo de Jesus no Evangelho de Mateus, onde Ele afirma: “Pois onde dois ou três se reunirem em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mt 18, 20). Essa passagem ressoa com a missão sinodal, lembrando-nos que a unidade e a comunhão são aspectos fundamentais da caminhada cristã.

Outro ponto relevante abordado no Sínodo é a promoção de uma Igreja inclusiva, que acolha a diversidade como parte integrante da fé cristã. A ênfase é em construir uma comunidade onde todos se sintam parte, como ensina Gálatas 3, 28: “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.” Esse compromisso reafirma o papel da Igreja em apoiar os marginalizados e promover uma sociedade justa e fraterna.

Além disso, o documento final destaca o papel da juventude na missão da Igreja, incentivando um diálogo intergeracional que reforce os laços de fé. Inspirados pelo Salmo 78, 4, “Contaremos à próxima geração os louvores do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez”, o sínodo ressalta que é fundamental transmitir a herança cristã às futuras gerações, integrando-os em ações missionárias.

Outro aspecto central é o chamado à missão evangelizadora, que é de todos os fiéis, de acordo com o exemplo dado por Jesus em Mateus 28, 19: “Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Com esse mandato em mente, o sínodo reforça a importância de engajar-se na sociedade com um testemunho que inspire fé e esperança, principalmente em tempos de desafios e mudanças culturais.

O documento final da XVI Assembleia do Sínodo propõe ainda que a Igreja intensifique o apoio às comunidades locais e enfrente as necessidades sociais e espirituais. Assim como Jesus lavou os pés de Seus discípulos, simbolizando o serviço e a humildade, a Igreja é chamada a seguir este exemplo de serviço desinteressado (João 13, 14-15), reforçando seu compromisso com os mais vulneráveis.

A caminhada sinodal de 2024 se reflete em um chamado à unidade, acolhimento e missão, na busca de uma Igreja que se aproxime mais de Cristo e de Sua mensagem de amor ao próximo. A celebração do sínodo recorda a todos nós a importância de vivermos em comunhão, sustentados pela Palavra e orientados pelo Espírito Santo, a fim de sermos testemunhas autênticas da fé cristã.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF