Translate

sábado, 9 de novembro de 2024

Padre Pasolini OFMCap é o novo pregador da Casa Pontifícia

Frade capuchinho sucede o cardeal Raniero Cantalamessa (Vatican Media)

Frade capuchinho, biblista e professor, envolvido na atividade acadêmica, mas também na pastoral entre os pobres, pessoas con deficiência e presos, foi nomeado por |Francisco neste sábado, 9 de novembro. Caberá a ele as pregações das catequeses do Advento e da Quaresma ao Papa e à Cúria Romana. Ele sucede ao renomado franciscano que ocupou este cargo desde 1980, servindo três Papas, e que foi criado cardeal em 2020.

Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano

Quarenta e quatro anos de pregações, em cada Quaresma e em cada Advento, diante de três Papas e da Cúria Romana. Provavelmente uma das funções mais duradouras no Vaticano foi aquela desempenhada como pregador da Casa Pontifícia pelo padre Raniero Cantalamessa, o conhecido capuchinho de 90 anos que se tornou um ponto de referência espiritual não apenas dentro dos Muros Leoninos, mas também para milhões de italianos com os seus livros, as suas lições e os seus programas de televisão. Neste sábado, 9 de novembro, Cantalamessa termina o mandato que lhe foi confiado por João Paulo II em 1980 e renovado por Bento XVI e por Francisco, o Papa que em 2020 também quis conceder-lhe a púrpura (que Cantalamessa aceitou, mas pedindo para manter o hábito franciscano).

O novo pregador

Um legado certamente importante é aquele herdado pelo sucessor nomeado por Francisco, o capuchinho Roberto Pasolini. Mas para um frade que fazia a catequese em Navigli, no meio da movimentada vida noturna milanesa, também envolvido por anos em refeitórios sociais, no trabalho pastoral entre prisões e pessoas com deficiência, e na distribuição de alimentos aos sem-teto, os desafios certamente não são novidade. A partir deste sábado, será o padre Pasolini, biblista e professor de Exegese Bíblica, quem conduzirá a catequese perante o Papa e a Cúria Romana durante o Advento e a Quaresma.

Entre a atividade acadêmica e pastoral

Com 53 anos completados no dia 5 de novembro, nascido em Milão, Pasolini está na Ordem Franciscana dos Frades Menores Capuchinhos desde 7 de setembro de 2002, tendo sido ordenado sacerdote em 2006. Foi professor de Línguas bíblicas e de Sagrada Escritura na Studio Theologico Laurentianum Interprovinciale dos Frades Menores Capuchinhos de Milão e Veneza. Hoje ensina Exegese bíblica na Faculdade Teológica da Itália Setentrional, em Milão, colaborando com a Arquidiocese ambrosiana na formação de professores de religião e com a Conferência Italiana dos Superiores Maiores. Uma atividade, a acadêmica, que o novo pregador conjuga com uma intensa atividade pastoral: encontros de formação, pregações de retiros e exercícios espirituais, acompanhamento espiritual e também iniciativas de caridade junto dos grupos mais frágeis da sociedade que realiza ao lado dos noviços dos quais é formador. É também autor de vários artigos e livros sobre espiritualidade bíblica e olha com interesse para as novas tecnologias, novos meios de comunicação como podcasts e as oportunidades da Inteligência Artificial. Talvez alguma reminiscência de quando era um jovem envolvido com a computação, bem como na política, antes de descobrir - como revelou numa entrevista ao programa Soul da TV2000 - que as ideologias não tornam o homem mais livre. A única liberdade vem de Deus porque “a verdadeira liberdade é libertar-se do sentimento de culpa, porque a redenção de Cristo restaurou o vínculo do bem com Deus”, afirmava.

Entrevista em italiano com Fra Pasolini no programa "Soul" da TV2000.

https://youtu.be/i5NCwV7_SaQ

Agradecimentos ao padre Cantalamessa

A pregação do padre Pasolini é um tipo de pregação que aborda os temas mais profundos da existência humana e da fé, sempre ligados aos acontecimentos atuais e às novas tendências. Uma característica que o une ao seu antecessor Cantalamessa, que agora continuará a sua vida de estudo, leitura e oração na Ermida do Amor Misericordioso de Cittaducale, território da Diocese de Rieti, ao lado de algumas monjas clarissas a quem serve, em um em certo sentido, como capelão.

Uma verdadeira instituição para muitos fiéis, os mais avançados que o acompanham desde os tempos do famoso programa Rai “Os motivos da esperança” com a inesquecível saudação “Paz e Bem”, mas também para os mais jovens que se tornaram seguidores via redes sociais relançando suas reflexões, nunca previsíveis, sempre fascinantes e originais. Um ponto de referência, portanto, também na web, com uma vida de eremita, atrás de quatro décadas de serviço a três Papas e quatro anos como membro do Colégio Cardinalício.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

O exame de consciência diário (1)

Foto: Pixabay

O exame de consciência diário

São Josemaria recomendava fazer um breve exame de consciência no final de cada dia, para crescer sempre no amor a Deus e evitar tudo o que possa constituir um obstáculo a esse amor.

07/09/2021

No âmbito da conversão interior a Deus, o exame de consciência costuma ser considerado sob dois aspectos, muito relacionados entre si: como parte da preparação – identificação diligente dos pecados cometidos – para receber com fruto o sacramento da Penitência (cfr. CCE, n. 1454), e como prática ascética necessária para o progresso na vida espiritual. Vamos cingir-nos ao segundo aspecto, cuja finalidade está bem focada nestas palavras de São Josemaria, que põem em conexão a chamada e o seguimento de Cristo com a necessidade de examinar o coração no amor de Deus: “Quando o Senhor os chamou, os primeiros Apóstolos estavam junto à barca velha e junto às redes furadas, remendando-as. O Senhor disse-lhes que O seguissem; e eles, "statim" - imediatamente -, "relictis omnibus" - abandonando todas as coisas, tudo! -, O seguiram... E acontece algumas vezes que nós - que desejamos imitá-los - não acabamos de abandonar tudo, e fica-nos um apego no coração, um erro em nossa vida, que não queremos cortar para oferecê-lo ao Senhor. - Examinarás o teu coração bem a fundo? - Não há de ficar nada aí que não seja dEle; caso contrário, não O amamos bem, nem tu nem eu” (Forja, 356).

Nesta última frase está refletido o ponto para o qual se dirigem todas as considerações que São Josemaria faz sobre o exame de consciência: a necessidade que o cristão tem de crescer sempre no amor a Deus e evitar tudo o que possa constituir um obstáculo a esse amor.

1. O exame de consciência no contexto do diálogo entre o homem e Deus

O cristão, mediante o exame de consciência, situa-se diante de si mesmo na presença de Deus, para descobrir o que há nele e em suas obras que não corresponda à sua vocação de filho de Deus em Cristo, chamado à santidade. O conhecimento que alcança dispõe-no à contrição – à dor por suas faltas e ao propósito de corrigir-se – a pedir perdão a Deus, a valorizar os bens que dele recebeu, a agradecer e a procurar os meios adequados para melhorar nas circunstâncias em que se encontra: “Observa a tua conduta com vagar. Verás que estás cheio de erros, que te prejudicam a ti e talvez também aos que te rodeiam. (...) Precisas de um bom exame de consciência diário, que te leve a propósitos concretos de melhora, por sentires verdadeira dor das tuas faltas, das tuas omissões e pecados” (Forja, 481).

O exame é uma necessidade para o cristão que quer corresponder à chamada divina: “Se lutas de verdade, precisas fazer exame de consciência. – Cuida do exame diário: Vê se sentes dor de Amor, porque não tratas Nosso Senhor como deverias” (Sulco, 142). São Josemaria destaca a finalidade fundamental do exame: a dor pela falta de correspondência ao Amor de Deus, e adverte que o verdadeiro exame de consciência deve terminar na contrição. Por isso aconselha: “Acaba sempre o teu exame com um ato de Amor – dor de Amor – por ti, por todos os pecados dos homens... e considera o cuidado paternal de Deus, que afastou de ti os obstáculos para que não tropeçasses” (Caminho 246). O exame não acaba em si mesmo, mas na dor de amor e, precisamente por que é de amor, no pesar pelos pecados próprios e alheios. É inspirado pelo amor a Deus e leva, perante o Amor de Deus, à dor pelas faltas e ao agradecimento. E daí, à retificação da conduta: “’Quanto não devo a Deus, como cristão! A minha falta de correspondência, perante essa dívida, tem-me feito chorar de dor: de dor de Amor. ‘Mea culpa!’” – Bom é que vás reconhecendo as tuas dívidas. Mas não te esqueças de como se pagam: com lágrimas... e com obras” (Caminho 242).

Esse diálogo, fruto da amorosa relação pessoal entre o cristão e Deus, é o lugar próprio do exame de consciência (CECH*, p. 431). Para São Josemaria, o exame não é simples introspecção, uma espécie de monólogo interior que versa sobre si mesmo e suas obras, para verificar, até o exagero, inclusive, se se vai bem ou mal, pois “o cristão não é um maníaco colecionador de uma folha de serviços imaculada” (É Cristo que Passa, 75). O exame é uma forma de oração, na qual o homem considera sua própria vida na presença de Deus, em diálogo com o Senhor e com a ajuda de sua graça: “Jesus, se há em mim alguma coisa que te desagrade, dize-o, para que a arranquemos” (Forja, 108). Neste contexto de trato amoroso com Deus fica fora o perigo da rigidez ou de uma estima excessiva do esforço humano no progresso espiritual: a alma confia-se a Deus em seu caminhar pois dele recebe a luz para saber onde lutar e a força para fazê-lo.

O exame de consciência é tarefa que requer empenho sério, pois o bem que está em jogo é o mais alto. Para ilustrar esta realidade, São Josemaria recorre à comparação com a gestão dos negócios humanos: “Exame. – Tarefa diária. – Contabilidade que nunca descura quem tem um negócio. E há negócio que renda mais que o negócio da vida eterna?” (Caminho 235). A comparação, já usada há tempos na Igreja (cfr, CECH, pp. 423-424), é simples e ilustrativa: a gestão de um negócio requer a contabilidade das despesas e receitas, detectar o que e como se pode melhorar, remediar as falhas, etc. Alcançar a vida eterna é a finalidade do grande negócio do cristão, que se concretiza na luta diária por corresponder à graça divina. Passo prévio e ponto de partida para essa luta é o exame de consciência. Descuidá-lo constitui sério perigo: “Há um inimigo da vida interior, pequeno, bobo; mas muito eficaz, infelizmente: o pouco empenho no exame de consciência” (Forja, 109). Nada importa tanto para o cristão como aproximar-se cada vez mais de Deus, pelo que procurará sempre “fazer com consciência o exame de consciência” (Del Portillo, Carta 8/12/1976, n. 8: Fernández Carvajal, 2004, III, p. 391).

O exame é tarefa diária “Não me deixes todos os dias de noite, o exame: é questão de três minutos” (CECH, p 422), recomendava São Josemaria a um de seus filhos, sugerindo o momento e o tempo para fazê-lo: no fim do dia e brevemente. Para um exame mais detalhado, “mais profundo e mais extenso” (Caminho 245), há os dias de recolhimento mensal e de retiro anual: “Dias de retiro. Recolhimento para conhecer a Deus, para te conheceres e assim progredir. Um tempo necessário para descobrir em que coisas e de que modo é preciso reforma-se: que tenho que fazer? O que devo evitar?” (Sulco 177). Na quietude e recolhimento dos dias de retiro, a sós com Deus, nessa “bendita solidão que tanta falta te faz para teres em andamento a vida interior” (Caminho 304), o cristão, longe das fadigas de cada dia, tem a oportunidade de considerar com mais vagar e amplitude sua vida espiritual, e procurar a conversão: “Há alguma coisa na tua vida que não corresponda à tua condição de cristão e que te leve a não quereres purificar-te? Examina-te e muda. (Forja, 480).

São Josemaria insiste também na importância de estar vigilante a todo momento: “Acostumai-vos a ver Deus por trás de todas as coisas, a saber que Ele nos espera sempre, que nos contempla e pede precisamente que o sigamos com lealdade, sem abandonar o lugar que nos cabe neste mundo. Devemos caminhar com vigilância afetuosa, com uma preocupação sincera de lutar, para não perdermos a sua divina companhia” (Amigos de Deus, 218). Com essa atitude de ‘vigilância’, ele não se refere a um hábito de autocontrole permanente e sim a uma atitude do espírito, a uma disposição de ânimo própria da alma enamorada, pois “quando se ama deveras..., sempre se encontram detalhes para amar ainda mais” (Forja, 420). Trata-se de uma vigilância serena que procede do amor a Deus, que procura amá-lo mais e melhor a todo momento, e que se concretiza na amorosa resolução de “começar e recomeçar [a luta] em cada momento, se for preciso” (Amigos de Deus, 219; cfr. Amigos de Deus, 214). O caminho para formar na alma esse espírito de exame é fazer bem todos os dias o exame de consciência e crescer no amor de Deus.

São Josemaria aceita – como depois comentaremos com mais detalhes – a distinção clássica entre exame geral, que implica um olhar dirigido ao conjunto do dia, e exame particular, que dirige a atenção para um ponto concreto em que se deseja melhorar. Faz ocasionalmente diversas sugestões, e entre os vários métodos que foram propostos para fazer o exame de consciência, ele não outorga primazia a nenhum deles em concreto, nem direta nem indiretamente e tampouco indica um próprio. “Não se podem dar regras fixas. O exame que vai bem para uma pessoa não vai bem para outra; e mesmo para uma pessoa vai bem apenas durante uma temporada. Isso depende das circunstâncias de cada um. Cada um deve combinar com o seu diretor espiritual” (Del Portillo, Carta 8/12/1976, n. 14, em Cartas de família, II; AGP, Biblioteca, P17).

Seja qual for o modo de fazer o exame de consciência, São Josemaria previne sobre um perigo sempre presente neste exercício espiritual: “À hora do exame, vai prevenido contra o demônio mudo” (Caminho 236). Trata-se do demônio – “do qual nos fala o Evangelho” (Forja, 127; cfr. Mt 9, 32-33, Mc 9, 24) – que impede o cristão de ser sincero tanto consigo mesmo no exame de consciência como na direção espiritual e no sacramento da Penitência (cfr. Amigos de Deus, 188-189; CECH, pp 416-417). Se faltar a sinceridade, não se reconhecem as faltas e pecados e a alma se fecha para a dor, para a petição de perdão e para a graça divina. Daí a recomendação taxativa: “Tem sinceridade ‘selvagem’ no exame de consciência; quer dizer, coragem: a mesma com que olhas ao espelho, para saber onde te feriste ou te manchaste, ou onde estão os teus defeitos, que tens de eliminar” (Sulco 148).

Trata-se da valentia que procede de uma esperança firme no amor de Deus: “As nossas misérias não nos deverão levar nunca a esquivar-nos do Amor de Deus, mas a acolher-nos a esse Amor (...). Não devemos afastar-nos de Deus por termos descoberto as nossas fragilidades; temos de atacar as misérias, precisamente porque Deus confia em nós”. (AD, 187)

Bibliografia: *CECH - “Camino. Edición crítico-histórica”, pp. 423-431; Agostino Cappelletti, “Examem de consciência”, em Ermanno Ancilli (dir. ), Diccionario de Espiritualidad, II, Barcelona, Herder, 1983, pp 68-73; Antoine Delchard et al. , “Examem de conscience”, em DSp, IV, 1961, cols. 1789-1838; Francisco Fernández Carvajal, Hablar con Dios. Meditaciones para cada día del año, Madri, Palabra, 2004; Antanas Liuima – André Derville, “Examem particulier”, em DSp, IV, 1961, cols. 1839-1849.

Juan Ramón AREITIO

“Exame de Consciência”, do Diccionario de San Josemaria Escrivá de Balaguer

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/o-exame-de-consciencia-diario/

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

É resolução santa rezar pelos defuntos (Nova Aliança)

Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo

(Or. 7,in laudem Caesari fratris, 23-24: PG 35,786-787)        (Séc. IV)

É resolução santa rezar pelos defuntos

Que é o homem para que te lembres dele? (Sl 8,5). Que novo mistério é este a meu respeito? Sou pequenino e grande, humilde e excelso, mortal e imortal, terreno e celeste. Faz-se mister ser eu sepultado com Cristo, ressurgir com Cristo, ser co-herdeiro de Cristo, tornar-me filho de Deus e até Deus mesmo.

Tudo isto nos indica o grande mistério: é Deus que por nossa causa assumiu a humanidade e se tornou pobre, a fim de erguer a criatura prostrada, trazer a salvação à imagem e renovar o homem. Para sermos todos um só no Cristo, que, perfeitamente em todos nós, se fez tudo aquilo que ele próprio é. Que não sejamos mais homem e mulher, bárbaro e cita, escravo e livre (cf. Cl 3,11), discriminações e sinais vindos da carne, mas tenhamos unicamente o sinete de Deus, por quem e para quem fomos criados, somente por ele, e formados e gravados, a fim de sermos só por ele reconhecidos.

Oxalá sejamos aquilo que esperamos, segundo a grande benignidade do Deus generoso. Pedindo pouco, dá o máximo aos que o amam com sincero afeto do coração, desde agora e no futuro. Por causa de nosso amor para com ele e da esperança, que tudo desculpa, tudo suporta. Por tudo dando graças (coisa que muitíssimas vezes é instrumento de salvação, a Palavra o sabe) e recomendando-lhe nossas almas e as daqueles que pela estrada comum, mais bem preparadas, chegaram primeiro à morada.

Ó Senhor e Criador de tudo e, mais que tudo, desta imagem! Ó Deus de teus homens, Pai e Chefe, ó Árbitro da vida e da morte, ó Guarda e Benfeitor nosso! Ó tu, que tudo fazes a seu tempo e, pelo Verbo Artífice, transformas da maneira como em tua sabedoria e desígnio profundos bem sabes, agora então, rogo-te, recebe Cesário, primícias de nossa separação.

A nós, quando chegar a hora, mantidos em nossa vida mortal por tanto tempo quanto parecer bom, recebe-nos também. E recebe-nos, sim, preparados e não perturbados por temor a ti. Sem voltar as costas ao dia derradeiro e de má vontade, como costumam proceder aqueles que se apegam ao mundo e à carne, arrancados à força. Mas com prontidão e ardor, partindo para aquela feliz e intérmina vida que está em Cristo Jesus, nosso Senhor, a quem a glória pelos séculos dos séculos. Amém. 

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

A verdadeira religião (2)

Em Maria Deus "é" Encarnação (CNBB Catequese)

A VERDADEIRA RELIGIÃO

Dom Severino Clasen
Arcebispo de Maringá (PR)

O ser humano é de corpo e alma. Tem a materialidade e espiritualidade. O visível, e o sensível. Nem tudo se vê, mas se sente. É como o ar, não vemos, mas necessitamos, produz vida. É nato no ser humano seguir uma religião. Mesmo os que se dizem sem religião, mas tem escondido dentro de si certa sensibilidade religiosa.

A encarnação de Jesus Cristo é a manifestação palpável da importância da religião que une a Deus, a um ser supremo, transcendente, imutável, invisível. A história milenar da cultura humana, sempre acompanhou a crença em Deus que conduz o povo, nos rumos da humanidade, imprimindo uma disciplina da humildade, do respeito, da flexibilidade na arte de viver com liberdade e segurança.

Em tempos de penúria, Deus se manifesta com gesto generoso, repleto de confiança, devolve ao necessitado os bens perdidos e o sustento retornam no lar das pessoas humildes, simples e tementes a Deus. “A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até ao dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra. A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito” (1Rs 17,10-16). A lição de confiança e fé de outra mulher pobre e temente a Deus foi elogiada por Jesus, a viúva dá esmola no Templo (Mc 12,38-44). A força da religião muda posturas de vidas, integra a pessoa na comunidade, testemunha uma vida simples e funcional nos momentos de escassez.
A religião praticada com sinceridade e humildade, humaniza a pessoa e distribui dons supremos que somente a fé explica e convence. A satisfação é o caminho que conduz para a superação e conquista dos bens necessários na vida presente e os dons da vida futura.

A atitude que justifica a vida espiritual, manifestada na prática da religião é a oração. Conversar com Deus na sua intimidade é um exercício de superação e de esvaziamento interior. Para celebrar o ano jubilar, o Papa Francisco ofereceu subsídios para fortalecer nossa intimidade com Deus: “A oração é o respiro da fé, sua expressão mais própria. É como um grito silencioso que sai do coração de quem crê e confia em Deus. Não é fácil encontrar palavras para expressar esse mistério” (Subsídios, número 1).

Em tempos de intimismo e desmotivação pelas organizações participativas na sociedade, as pessoas criam seus próprios mecanismos e descreem das instituições que fomentavam a unidade na partilha e na sensibilidade humana. Criam-se religiões, crenças isoladas, confrontam verdades absolutas, pois o absoluto é o que “eu penso”. O Papa exorta para intensificar em cada fiel a oração no Espírito Santo que nos une a Jesus e nos leva a aderir à vontade do Pai. O Espírito Santo é o Mestre interior que indica o caminho a seguir; graças a Ele, a oração de uma só pessoa pode se tornar oração de toda a Igreja, e vice-versa. Pertencentes a uma comunidade orante, onde o Esp írito Santo nos conduz a Jesus é a religião sincera porque não é conduzida pelas paixões humanas, mas pelo próprio Deus que envia o Espírito Santo para nos levar a Jesus que veio fazer a vontade do Pai.

A verdadeira religião é aquela que supera o egoísmo, o intimismo, o orgulho, as vaidades, a prepotência e experimenta a humidade e a simplicidade da viúva de Sarepta no Antigo Testamento e da mulher que depositou uma simples moedinha no cofre do Templo porque se sentia participante da religião que une a Deus conforme suas necessidades e capacidade de partilha. A generosidade desperta unidade e comunhão que justifica a verdadeira religião.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Papa: um simples sorriso vale tanto quanto qualquer bem material

Francisco com um grupo de voluntários e pessoas em situação de rua de Viena (Vatican Media)

Uma comunidade inter-religiosa de voluntários e moradores de rua, composta por fiéis de diferentes países e tradições religiosas, vinda de Viena, na Áustria, foi recebida pelo Papa Francisco nesta sexta-feira (08/11), no Vaticano. Em sua saudação, o Pontífice destacou a importância da fraternidade, lembrando que “um simples sorriso, um olhar fraterno, vale tanto quanto qualquer bem material”.

Thulio Fonseca - Vatican News

"Somos irmãos e irmãs, filhos de um único Pai", disse o Papa Francisco ao grupo “Begegnung im Zentrum” (Encontro no Centro), uma comunidade inter-religiosa composta por voluntários e pessoas em situação de rua, que se reúne no Palácio Arquiepiscopal de Viena, na Áustria. O Santo Padre iniciou seu discurso com uma saudação ao cardeal Schönborn, responsável pela arquidiocese local. Francisco ressaltou que todos os membros da comunidade têm algo a oferecer e que a troca mútua vai além dos bens materiais, envolvendo gestos de amizade e escuta sincera.

"Ajudar uns aos outros, compartilhar o que temos – é isso que nos faz crescer como uma verdadeira comunidade de irmãos", afirmou o Papa, recordando que "um simples sorriso ou um olhar fraterno podem ser tão valiosos quanto qualquer bem material". Segundo o Pontífice, essa atitude é o caminho para viver o mandamento do amor que Jesus nos ensinou: amar uns aos outros assim como Ele nos amou.

Participantes da audiência com o Papa Francisco (Vatican Media)

O valor da fraternidade na diversidade

O grupo "Begegnung im Zentrum" reúne pessoas de diversas origens, que compartilham experiências de vida e enfrentam desafios em comunidade. O Papa destacou que o Senhor nunca se esquece de seus filhos e ama a todos com um amor ilimitado. "Cada um de nós é único aos olhos de Deus", reforçou, encorajando o grupo a continuar transformando suas vidas em um dom para o próximo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Godofredo

São Godofredo (A12)
08 de novembro
País: França
São Godofredo

Godofredo, cujo nome significa “paz de Deus”, nasceu em 1066, filho de família nobre francesa. Com cinco anos foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos. Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.

A sua integridade de caráter e profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé logo chamaram a atenção dos superiores. Foi nomeado abade, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã.

Ele próprio viveu uma vida austera, simples e dedicada ao seguimento de Cristo. Suas virtudes e trabalho conseguiram a correção de muitos monges e fiéis, de tal modo que o povo e o clero o elegeram como Bispo de Amiens. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas.

Nesta diocese enfrentou os abusos de pessoas ricas e poderosas, que viviam apegados ao vício e aos prazeres corporais. Sua pregação era dura e acabou atraindo para si a ira de muitas pessoas. Houve uma ocasião em que tentaram envenená-lo, e intrigas políticas que o envolveram, provocando combates e mortes locais, o desgostaram tanto que renunciou ao bispado e recolheu-se a um mosteiro da Ordem dos Cartuchos. Contudo, nem os superiores nem o povo aceitaram a demissão, reconhecidos da sua santidade e edificante trabalho, e Godofredo foi reconduzido ao cargo. Não muito tempo depois, numa viagem, adoeceu e veio a falecer, em 8 de novembro de 1115.


Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Godofredo foi um homem voltado para uma vida de simplicidade, caridade, firmeza e obediência à lei de Deus. Condenou com veemência os abusos do clero e dos nobres que procuravam essencialmente uma vida mundana, e procedeu à necessária reforma das comunidades religiosas. Seu exemplo santificou religiosos e leigos: algo tão necessário na sua época quanto hoje, e na nossa conduta pessoal.

Oração:

Ó Deus, que aos Vossos pastores associastes São Godofredo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Papa: a oração é livre e poderosa, rezar com o coração e não com os lábios

Audiência Geral - 06 de novembro de 2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Francisco dedicou a catequese da Audiência Geral ao papel do Espírito Santo na oração cristã, destacando a importância de invocá-lo como aquele que intercede e nos une a Deus: "Rezamos para receber o Espírito Santo e recebemos o Espírito Santo para podermos rezar verdadeiramente, isto é, como filhos de Deus, não como escravos", afirmou.

https://youtu.be/eo93xR6xQ_g

Thulio Fonseca - Vatican News

Durante a Audiência Geral desta quarta-feira (06/11), o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o Espírito Santo, destacando o aspecto santificador do Espírito através da oração. O Pontífice ressaltou que o Espírito Santo é ao mesmo tempo "sujeito e objeto" da oração cristã, indicando que Ele é Aquele que reza em nós e Aquele que é recebido pela oração:

“Rezamos para receber o Espírito Santo e recebemos o Espírito Santo para podermos rezar verdadeiramente, isto é, como filhos de Deus, não como escravos. É preciso rezar sempre com liberdade. ‘Hoje eu tenho que rezar isto, isto, isto, isto, porque prometi isto, isto, isto. Caso contrário, irei para o inferno’. Não, isso não é oração! A oração é livre. Você reza quando o Espírito te ajuda a rezar. Você reza quando sente no coração a necessidade de rezar e, quando não sente nada, pare e se pergunte: ‘Por que eu não sinto vontade de rezar? O que está acontecendo na minha vida?’”

O Espírito Santo e o clamor

O Santo Padre sublinhou então a necessidade de orar para receber o Espírito Santo, citando a promessa de Jesus: “Se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem” (Lc 11,13). Recordou que, da mesma forma, "cada um de nós sabe dar coisas boas aos pequeninos, sejam eles filhos, netos ou amigos. E assim o Pai não nos dará o Espírito também! E isso deve nos dar coragem para seguir em frente."

Segundo Francisco, o Espírito Santo é o único “poder” que temos sobre Deus: o poder e a força da oração. "A Igreja segue fielmente este exemplo: tem sempre nos lábios o suplicante 'Vem!' cada vez que se volta para o Espírito Santo", afirmou o Pontífice, lembrando que na Missa a Igreja invoca o Espírito para santificar o pão e o vinho.

Auxílio à nossa fraqueza

Francisco também destacou que o Espírito Santo é quem nos ensina a verdadeira oração, como explica São Paulo: “Assim, também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que é necessário pedir nas nossas orações; é o próprio Espírito que intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26-27). Observou que, por nossa fragilidade, muitas vezes pedimos as coisas erradas e de maneira inadequada, mas o Espírito corrige nossa intenção e nos faz pedir segundo a vontade de Deus:

“A oração cristã não é o homem que fala com Deus de um lado do telefone para o outro, não, é Deus que reza em nós! Rezamos a Deus através de Deus.”

Nosso advogado e defensor

Francisco destacou ainda que o Espírito Santo, como o “Paráclito”, é aquele que defende e conforta, não nos acusando, mas convencendo-nos do pecado para que experimentemos a misericórdia do Pai. Mesmo quando nosso coração nos acusa, o Espírito Santo nos lembra que “Deus é maior do que nossa consciência” (1Jo 3,20), proporcionando-nos paz e liberdade:

“Deus é maior que o nosso pecado. Todos somos pecadores, mas pensemos: talvez algum de vocês – não sei – tenha muito medo das coisas que fez, medo de ser repreendido por Deus, medo de tantas coisas e não consiga encontrar paz. Coloque-se em oração, clame pelo Espírito Santo, e Ele lhe ensinará como pedir perdão. E sabem de uma coisa? Deus não sabe muita gramática, e quando pedimos perdão, Ele não nos deixa terminar a palavra ‘perdão’. Ele nos perdoa antes, nos perdoa sempre, está sempre ao nosso lado para nos perdoar, antes mesmo de terminarmos a palavra. Dizemos 'Per...' e o Pai já nos perdoa."

Rezar com o coração

O Espírito Santo também nos ensina a interceder pelos irmãos, uma oração especialmente agradável a Deus por ser desinteressada, disse o Papa. Quando cada um de nós reza por todos, acontece – observava Santo Ambrósio – que todos rezamos por cada um; a oração multiplica-se:

"Mas, por favor, não reze como os papagaios! Não diga 'Bla, bla, bla...' Não. Diga 'Senhor', mas diga com o coração. 'Ajuda-me, Senhor', 'Eu Te amo, Senhor'. E, quando rezarem o Pai Nosso, rezem 'Pai, Tu és o meu Pai'. Rezem com o coração e não com os lábios, não façam como os papagaios."

Francisco concluiu a catequese convidando todos a unir-se ao Espírito na intercessão pela Igreja e pelo mundo, especialmente durante o tempo de preparação para o Jubileu: “Que o Espírito possa nos ajudar na oração, da qual tanto precisamos”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Caverna de Ló: um local de peregrinação bíblica

Damira| Shutterstock
Uma formação rochosa perto do Santuário de Agios Lot, na Jordânia, venerada como a esposa de Ló como uma estátua de sal

Daniel Esparza – publicado em 11/06/24

O santuário de Agios Lot, também conhecido como Deir 'Ain' Abata, tem um significado especial tanto nas escrituras quanto na arqueologia.

Na costa sudeste do Mar Morto, quase escondido na dramática paisagem jordaniana, fica o santuário de Agios Lot, um lugar profundamente impregnado de história bíblica. Não muito longe da moderna cidade de Safi (conhecida como Zoara nos tempos antigos), este santuário oferece aos peregrinos e aos viajantes um raro vislumbre de um espaço considerado sagrado, que toca os corações dos crentes pertencentes a diferentes tradições monoteístas há milénios.

O santuário de Agios Lot, também conhecido como Deir 'Ain' Abata, tem um significado especial tanto nas escrituras quanto na arqueologia. Está representado no famoso Mapa Mosaico de Madaba da Jordânia , do século VI, como o "Santuário de Santo Lot". O facto de o local já figurar neste mapa lendário sublinha a sua importância durante a era bizantina como local de peregrinação cristã.

A peça central do santuário é a Caverna de Ló, um espaço modesto mas sagrado que se acredita ser o refúgio onde Ló e suas filhas buscaram abrigo após a destruição de Sodoma, episódio bíblico narrado no Gênesis.

Entrar na Caverna de Ló, apesar de seu tamanho humilde, evoca um sentimento de reverência. Esta sala agora modesta já teve piso de mármore e abrigou tesouros arqueológicos que apontam para séculos de tradição religiosa. As escavações mostram que a caverna permaneceu um centro espiritual no início do período Abássida, reverenciado tanto por cristãos como por muçulmanos, já que Ló também é homenageado como profeta no Islã.

Mosteiro de Lot

As ruínas de um grande complexo monástico, que já foi um exemplo da arquitetura bizantina local, cercam esta caverna sagrada. Os mosaicos da basílica, datados do século VII, juntamente com inscrições gregas que mencionam Lot, atestam a antiga veneração cristã do local.

A descoberta de casas, de uma pousada de peregrinos e até de uma antiga cisterna convertida em câmara mortuária oferece uma imagem viva de como era a vida monástica na região.

O santuário de Agios Lot, também conhecido como Deir 'Ain' Abata, tem um significado especial tanto nas escrituras quanto na arqueologia. Está representado no famoso Mapa Mosaico de Madaba da Jordânia, do século VI, como o "Santuário de Santo Lot".Floriano G. | CC POR 2.0

Hoje, este antigo santuário, cuidadosamente preservado pelo Conselho de Turismo da Jordânia , convida os viajantes a se reconectarem com o passado sagrado. Numa terra partilhada por judeus, cristãos e muçulmanos, os visitantes encontram um fio ininterrupto de adoração que une o passado e o presente: um santuário escavado na terra, mas que se estende até aos céus.

O Santuário de Agios Lot oferece aos peregrinos não só uma viagem pela história, mas também um encontro profundo com o património espiritual comum da Terra Santa.

Fonte> https://es.aleteia.org/2024/11/06/la-cueva-de-lot-un-lugar-de-peregrinacion-biblica

Arquidiocese de Brasília ganha cadeira usada por papa são João Paulo II

O GDF doou a cadeira usada pelo papa são João Paulo II em sua visita à Brasília para a arquidiocese da capital | Renato Alves/ Agência Brasília

Arquidiocese de Brasília ganha cadeira usada por papa são João Paulo II em visita à capital em 1980

Por Monasa Narjara*

6 de nov de 2024

O governo do Distrito Federal (GDF), por meio da secretaria de administração penitenciária do Distrito Federal (Seape), doou hoje (6) à arquidiocese de Brasília uma cadeira usada pelo papa são João Paulo II em sua visita à capital do país, em julho de 1980.

Segundo o GDF, a doação desta relíquia acontece em meio aos preparativos dos 65 anos da arquidiocese de Brasília em julho de 2025 e também em vista dos 60 anos da catedral, que será celebrado em maio de 2030.

A cadeira estava à disposição do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) que faz parte do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, local onde são João Paulo II se encontrou com os detentos em 1980 e disse palavras de encorajamento a eles. Agora com a doação à arquidiocese, a relíquia ficará exposta na catedral de Brasília.

“Doar uma cadeira com tanta história é um gesto carinhoso e significativo do governo do Distrito Federal. Nós pretendemos colocá-la na nossa catedral, de forma que ela possa ficar exposta à visitação. Que as pessoas possam ver a beleza desse gesto do governo para o povo e, principalmente, para comunidade católica”, disse o arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa. Ele destacou que “ano que vem vamos jubilar”. “Então, é um ano que a catedral será visitada pelas pessoas de toda a arquidiocese, além dos turistas que já visitam. As pessoas vão poder ver a beleza deste monumento”, disse.

Em outubro passado, o cardeal Paulo Cezar Costa levou consigo para o Sínodo da Sinodalidade, em Roma, três cartas convite ao papa Francisco para que ele esteja presente na comemoração de 65 anos da fundação da cidade e da arquidiocese de Brasília em julho de 2025. Uma das cartas foi assinada pelo arcebispo de Brasília e as outras duas pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF).

*Monasa Narjara é jornalista da ACI Digital desde 2022 e foi jornalista na Arquidiocese de Brasília entre 2014 a 2015.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/59965/arquidiocese-de-brasilia-ganha-cadeira-usada-por-papa-sao-joao-paulo-ii-em-visita-a-capital-em-1980

São Vilibrardo (ou Vilibrordo)

São Vilibrardo (A12)
07 de novembro
Localização: Inglaterra
São Vilibrardo ou Vilibrordo

Vilibrordo nasceu na Inglaterra em 658. A família deste jovem missionário ofereceu muitos santos para a vida da Igreja na Inglaterra.

Aos cinco anos seu pai o entregou aos beneditinos do mosteiro de York, onde foi educado. Ainda jovem demonstrou realmente vocação religiosa e aos vinte anos seguiu para a Irlanda para aperfeiçoar seus conhecimentos teológicos. Pouco antes de completar trinta anos de idade recebeu a ordenação sacerdotal.

Em 690, Vilibrordo e 11 companheiros seguiram para a Holanda, na região da Frígia, com a missão de evangelizar este povo bárbaro e muito hostil ao Evangelho. O Papa Sérgio I o abençoou e animou, e o presenteou com relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas.

Ele foi um grande organizador, era um excelente líder e logo fez muitos progressos. Cinco anos depois, ele entregou ao Papa um relatório dos resultados que conseguira, e em agradecimento recebeu a sagração episcopal e um acréscimo latino ao seu nome: Clemente. Na sua diocese, em Utrecht, ele construiu a Catedral do Santíssimo Redentor.

Morreu no mosteiro de Echternach, no dia 7 de novembro de 739, aos 80 anos de idade, alquebrado pela gigantesca atividade apostólica, que incluiu também a região da Turíngia e a Dinamarca. É considerado patrono dos que sofrem com epilepsia e convulsões.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR;
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A vocação da Igreja é essencialmente missionária. Hoje celebramos a festa de São Vilibrordo, um grande missionário das regiões do norte da Europa, junto a São Columbano, São Vilibraldo e São Bonifácio. Sua coragem e fé o levou enfrentar os desafios da evangelização nas regiões marcadas pelo paganismo bárbaro. Que Deus nos conceda espírito missionário para continuar espalhando a fé no Reino dos Céus.

Oração:

Deus Pai de misericórdia, que no Seu projeto de amor pela humanidade, escolhestes São Vilibrordo para proclamar as maravilhas da fé, concedei-nos, por sua intercessão, conservar em nós o espírito missionário que nos leva à união com Cristo, que vive e reina para sempre. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF