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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Vaticano concede o “Nobel” de teologia: missa nas criptas papais e audiência com o Papa Francisco primeiro

Com A Edição De 2024, São Ao Todo 30 Personalidades Galardoadas Com O Prémio Ratzinger. Foto De : Fondazione Vaticana Joseph Ratzinger

Vaticano concede o “Nobel” de teologia: missa nas criptas papais e audiência com o Papa Francisco primeiro

O dia 22 de novembro começou com uma missa em memória de Bento XVI celebrada nas Grutas do Vaticano, perto do seu túmulo, presidida por Dom Georg Gänswein, núncio apostólico na Lituânia, Estônia e Letônia.

24 DE NOVEMBRO DE 2024

(ZENIT Notícias / Cidade do Vaticano, 24/11/2024).- “Hoje, diante da iminente abertura do Jubileu, que o Papa Francisco colocou sob o sinal da esperança, gostaria de recordar que a voz de Bento XVI é uma das fortes vozes da esperança que nos deve acompanhar. (…) Nos tempos sombrios que atravessamos, Bento XVI é um professor que, apesar de conhecer a presença do mal e as tragédias dos acontecimentos históricos, ajuda-nos a elevar o olhar e a encontrar bases sólidas para continuar a olhar para a frente, para a unidade, para a verdade. , beleza, amor. É o trecho central do discurso proferido pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin na tarde de sexta-feira, 22 de novembro, na Sala Régia do Palácio Apostólico, no Vaticano, por ocasião da cerimônia de entrega do Prêmio Ratzinger a Prof. Cyril O'Regan, professor de Teologia na Universidade de Notre Dame (EUA), e Mestre Etsurō Sotoo, escultor (Japão/Espanha).

Ao apresentar a cerimônia, o Padre Federico Lombardi, presidente da Fundação Vaticano Joseph Ratzinger-Bento XVI, destacou que o prof. O'Regan e Maestro Sotoo “nasceram respectivamente na Irlanda e no Japão: com eles, as origens dos vencedores estendem-se por 18 países diferentes, espalhados pelos cinco continentes”. O Padre Lombardi acrescentou que “a agradável presença hoje de um bom número de vencedores das edições anteriores (professores Beré, Blanco Sarto, Chrostowski, Rowland, Schaller e Schlosser) mostra que, em certo sentido, constituem uma ‘comunidade’. Uma comunidade global do ponto de vista geográfico e ecumênica do ponto de vista religioso, que é reconhecida nos grandes ideais de Ratzinger-Benedetto: cultivar uma "razão aberta", uma inteligência na pesquisa e no diálogo, abrangendo disciplinas e artes, tornando-nos ‘cooperadores da verdade’, para que ela possa alimentar a mente, o coração e a vida”.

Monsenhor Rino Fisichella e o Cardeal Gianfranco Ravasi, membros do Comitê Científico da Fundação, apresentaram a seguir os perfis dos dois vencedores da edição de 2024, Prof. Cyril O'Regan e Mestre Etsurō Sotoo, que tiveram a oportunidade de proferir um discurso aos presentes.

Depois de rever as diversas atividades que a Fundação promove, também em colaboração com diversas universidades do mundo, o Padre Lombardi recordou como “com o passar do tempo não sentimos realmente que a nossa missão está a chegar ao fim, mas sim que vai longe." confirmou. De diferentes países e continentes recebemos muitas vezes notícias de novas iniciativas culturais e académicas, institutos, cátedras, projetos de investigação, etc., que fazem referência a Joseph Ratzinger-Bento XVI, ao seu pensamento e à sua obra, e que surgem e se desenvolvem através sua própria vitalidade, mas desejam e procuram estabelecer relações entre si para enriquecer e apoiar-se mutuamente, na convicção da relevância e da fecundidade da inspiração deste grande Papa, olhando não tanto para o passado, mas para o futuro de a missão da Igreja e as questões da humanidade.

No discurso não lido proferido aos presentes, o Cardeal Parolin destaca que “podemos reconhecer na já longa série de figuras dos vencedores uma unidade e uma coerência que não são superficiais. Num certo sentido, poderíamos falar de “consonância” com o pensamento, a sensibilidade e o testemunho humano e cristão de Joseph Ratzinger-Bento XVI. Podemos e devemos também ler esta ‘consonância’ na atribuição deste prémio.” “A reflexão e o ensinamento de Ratzinger-Benedict – continua o Cardeal Parolin – cobriram uma gama muito ampla de problemas e temas teológicos e culturais, e podemos dizer também sociais e políticos, mas ele nunca perdeu a capacidade de vê-los e realçar a sua relacionamento com Deus através da busca da verdade. Nisto demonstrou a sua ideia de que a razão humana deve permanecer sempre “aberta”, que cada disciplina não deve ser encerrada num positivismo estéril, que as questões sobre o sentido da vida, da história, do mundo, permanecem sempre atuais, necessárias, ser fecunda, necessária para pessoas de todos os tempos, culturas e situações. E mesmo se estais convencidos de que a resposta última a estas questões se encontra na verdade revelada em Cristo, a busca desta verdade e a sua compreensão mais profunda permanece sempre uma tarefa aberta e surpreendente, sem a qual a dignidade da pessoa e do "humano" a natureza se degrada e perde o rumo."

Centrando-nos nos perfis dos dois vencedores, o Cardeal Secretário de Estado salienta que “tal como o prof. O'Regan em vários dos seus perfis profundos de Joseph Ratzinger-Bento XVI, a sua voz sempre foi caracterizada por uma profunda humildade, por um desejo claro de ser a voz não de si mesmo, mas da tradição da Igreja, ao serviço de a voz do Senhor Jesus; “A sua visão sempre esteve centrada em Deus, que se revela dando-nos todas as coisas boas em Jesus Cristo”.

A respeito do Maestro Sotoo, o cardeal destaca que “todas as vozes da criação e da história, naturalmente em particular as vozes da história da salvação, são aquelas que a arte também nos ajuda a ouvir e a ver. A verdadeira arte torna a matéria transparente ao espírito. Vivenciámo-lo de forma fascinante na imensa tarefa de construir a Sagrada Família em todos os seus detalhes, incluindo as obras do mestre Sotoo. Ouvimos falar de seu significado e inspiração de seus próprios lábios. A pedra, aparentemente dura e inerte, graças ao trabalho criativo do arquiteto e do escultor, ao esforço do artesão e do trabalhador, torna-se voz viva da criação de Deus e manifestação da sua beleza e amor, um espaço onde a assembleia de a Igreja, ela própria composta de pedras vivas construídas sobre a pedra que é Cristo, encontra Deus na oração e na celebração dos sacramentos.

O cardeal Parolin recordou então o lema escolhido pelo bispo e pelo Papa Bento XVI: “Cooperatores Veritatis”. “Este continua a ser o lema de quem dedica a vida a fazer resplandecer a verdade em todas as suas formas, com a inteligência, a investigação e o ensino, com o génio e o esforço da expressão artística, com o testemunho do seu serviço humano e eclesial. Este é, portanto, o lema que caracteriza também a vida e a obra dos vencedores, e que hoje lhes confiamos para que continuem a ser testemunhas eficazes.

Finalmente, recordando “a sua inesquecível encíclica Spe salvi”, que “é inteiramente dedicada à esperança, às esperanças humanas e à esperança cristã”, o cardeal observou que Bento XVI “com coragem e paixão, consegue falar-nos do mistério da julgamento do mundo e da história à luz da justiça e da misericórdia, encorajando-nos a suportar com fé e esperança o peso terrível do ódio furioso e do mal, que oprimem o nosso tempo e esmagam inúmeras vidas humanas que nos rodeiam todos os dias. A visão já evocada de Cristo Pantocrator, que ele contemplou na reflexão e na oração até aos últimos dias da sua vida e na qual se confiou, é uma visão de grande esperança, para todos e cada um. Quando o glorioso Cristo abre a boca, ele diz: “Não tema! Eu sou o Primeiro, o Último e o Vivo. Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho poder sobre a morte e o inferno” (Ap 1, 17-18).

“O Papa Bento – conclui o cardeal – continua a acompanhar-nos para que também nós possamos participar, em sintonia com ele, na sua visão de fé, caridade e esperança”.

Missa na Cripta (ZENIT)

Missa no cemitério papal e audiência privada com o Papa

O dia 22 de novembro começou com uma missa em memória de Bento XVI celebrada nas Grutas do Vaticano, perto do seu túmulo, presidida por Dom Georg Gänswein, núncio apostólico na Lituânia, Estônia e Letônia. Um momento vivido “em profunda união espiritual com Bento XVI – observou o Padre Lombardi – para que ele possa continuar a acompanhar-nos e a inspirar-nos no nosso caminho de fé e de compromisso cristão”.

Posteriormente, os dois vencedores foram recebidos em audiência pelo Papa Francisco, "para receber - como explicou o Padre Lombardi, que os acompanhou - a sua bênção e para lhe testemunhar mais uma vez a proximidade e a vontade da nossa Fundação e de todos nós de inserir-se plenamente no caminho da Igreja por ele guiada e contribuir segundo a nossa vocação e capacidade.

Além dos membros do Comitê Científico da Fundação, estiveram presentes na cerimônia os Cardeais Kurt Koch, Luis Francisco Ladaria e Gianfranco Ravasi e o Arcebispo Rino Fisichella, entre outros, o Decano do Colégio Cardinalício Giovanni Battista Re, Cardeais Baldisseri , Fernández Artime, Marchetto, Müller, Roche, Vegliò e Bispo Stagliano.

A cerimónia foi animada por alguns interlúdios musicais do Falconieri Ensemble (Música Antiga).

Com a edição de 2024, são ao todo 30 personalidades galardoadas com o Prémio Ratzinger.

Trata-se sobretudo de personalidades eminentes nos estudos da teologia dogmática ou fundamental, da Sagrada Escritura, da Patrologia, da Filosofia, do Direito, da Sociologia, ou na atividade artística, na música, na arquitetura e agora também na escultura.

Confirmando o horizonte cultural global do Prémio, as personalidades premiadas vêm de 18 países diferentes, em cinco continentes: Alemanha (7), França (4), Espanha (3), Itália (2), Austrália, Brasil, Burkina Faso , Canadá. , Estónia, Japão, Grã-Bretanha, Grécia, Irlanda, Líbano, Polónia, Estados Unidos, África do Sul, Suíça.

Os vencedores não são apenas católicos, mas também membros de outras denominações cristãs (uma anglicana, uma luterana, duas ortodoxas) e uma da religião judaica.

A tecnologia que está salvando a herança cristã em todo o mundo

Antoine Mekary | ALETEIA

Hugues Lefèvre - Isabella H. de Carvalho - publicado em 22/11/24

Fundada em 2013, a Iconem é especializada na digitalização 3D de sítios históricos na França e em todo o mundo. Seu último projeto é a digitalização da Basílica de São Pedro em Roma, “um dos monumentos mais complexos que digitalizamos”, diz Yves Ubelmann, diretor geral da Iconem.

A quase 40 metros de altura, no sótão da Basílica de São Pedro, em Roma, os visitantes poderão em breve mergulhar numa fascinante exposição que traça a história e o significado da basílica construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro. Este prodigioso passeio, à sombra da cúpula desenhada por Michelangelo, foi possível graças ao trabalho de uma pequena empresa francesa aliada à gigante americana Microsoft.

Fundada em 2013, a Iconem é especializada na digitalização 3D de locais excepcionais. Da cidade de Palmyra, na Síria, às pirâmides do Egito e a um templo de Angkor, no Camboja, a start-up francesa voou os seus drones em África, na Ásia, na Europa e nas Américas para preservar e partilhar um património notável. “Trabalhamos muito em zonas de conflito, no Afeganistão, na Síria, no Iraque e na Líbia, onde o património está ameaçado”, explica Yves Ubelmann, presidente e fundador da Iconem, à Aleteia.

Mas se olharmos para a lista de projetos empreendidos por esta empresa de cerca de dez funcionários, a herança cristã figura com destaque.

Na França, por exemplo, a duplicata digital do Mont-Saint-Michel foi feita pela Iconem, assim como a Catedral de Reims, a Basílica do Sacré-Coeur e a Igreja Saint-Germain-des-Prés, em Paris. Na Arménia, vários mosteiros foram preservados digitalmente, como o de Gherart, perto de Yerevan.

https://youtu.be/eajawgk3Fd8

Os milhões de dados recolhidos permitem aos cientistas estudar os locais, compreender melhor a sua história e protegê-los de forma mais eficaz. A digitalização da abadia troglodita de Saint-Roman, em França, por exemplo, pretendia apoiar os trabalhos de estabilização e melhoria do local.

https://youtu.be/BALYb8gUuW8

“Examinamos muitos locais cristãos na Europa, no Oriente Médio e nos Estados Unidos. Você tem uma ideia da diversidade da arquitetura cristã”, diz Yves Ubelmann.

“Na Arménia, por exemplo, existem mosteiros fortificados que serviam para proteger toda a comunidade e os seus tesouros. O mosteiro servia como local de culto, como castelo defensivo e também como banco”, explica.

400 mil fotos para San Pedro

Na Basílica de São Pedro, em Roma, foram tiradas 400 mil fotos para capturar cada canto do edifício. Drones entraram e saíram da basílica para coletar imagens de alta resolução. Os especialistas também utilizaram lasers para reproduzir perfeitamente o monumento em três dimensões.

“É um dos monumentos mais complexos que escaneamos. Dentro da própria basílica existe uma rede labiríntica de salas escondidas dos visitantes, corredores e escadas”, explica o arquiteto formado. A representação 3D mostra como o edifício foi construído – e reconstruído – ao longo dos séculos.

“É uma verdadeira lição descobrir a criatividade de arquitetos que responderam a questões espirituais e muito pragmáticas”, afirma Yves Ubelmann.

Para mostrar a engenhosidade dos construtores da época, Iconem ajudou a projetar a exposição imersiva que em breve será aberta ao público em geral sob o teto da Basílica de São Pedro.

https://youtu.be/5dQI_TXYJbU

O choque do incêndio em Notre-Dame

A digitalização deste património excecional tem um papel de salvaguarda cada vez mais evidente para o responsável pela start-up.

“Visitei a Notre-Dame de Paris alguns meses antes do incêndio com o objetivo de digitalizá-la”, confessa. Mas operações de digitalização mais urgentes adiaram o projeto de Paris. "Foi um choque. Percebi que as prioridades nem sempre são o que se pensa e que é preciso digitalizar rapidamente quando se tem acesso a um local", explica.

Com a sua equipa, Yves Ubelmann gostaria de poder trabalhar noutras catedrais em França, edifícios excepcionais que não recebem a mesma publicidade que a de Paris, mas que também contêm muitos tesouros.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/11/22/la-tecnologia-que-esta-salvando-el-patrimonio-cristiano-en-todo-el-mundo

Santa Catarina de Alexandria

Santa Catarina de Alexandria (A12)
25 de novembro
Localização: Egito (Alexandria)
Santa Catarina de Alexandria

A vida e o martírio de Catarina de Alexandria (Egito) estão de tal modo mesclados às tradições cristãs, que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos. Segundo documentos gregos, seu nome original era Ecatarina, mártir durante a perseguição do imperador Dioclesiano, por volta do ano 305.

Descrita como uma jovem muito bela e muito culta, foi denunciada como cristã ao imperador pagão Maximiano, a quem teria censurado pela perseguição aos fiéis, e, por seu profundo conhecimento filosófico, demonstrado a falsidade dos deuses e a veracidade do Cristianismo. Impressionado, o imperador convocou alguns filósofos que deveriam refutá-la, mas que, ao contrário, foram por ela convertidos. Foram então condenados à morte junto com Catarina, cujo suplício deveria ser o dilaceramento corporal através de lâminas presas a uma roda. Esta roda, porém, ao passar sobre o seu corpo, partiu-se ao meio. Após várias outras torturas, Catarina foi decapitada.

 Por volta do ano 1000, parte das suas relíquias foi levada para um mosteiro beneditino próximo a Roen, na França, tornando-se famoso o seu poder milagroso.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Ainda que certos detalhes possam ser fantasiosos, e que nem todos os dados históricos tenham sido perfeitamente estabelecidos, é certo que Santa Catarina foi mártir em Alexandria no século IV, pela perseguição aos cristãos no Império Romano. Por sua sabedoria, ela é invocada como protetora pelos estudantes, intelectuais e filósofos. A Universidade de Paris escolheu-a como padroeira. E o Brasil honra-se em tê-la protetora de um Estado, que leva o seu nome. Importante é a cultura e o conhecimento, especialmente das coisas de Deus, mas também das ciências e das ideias. A boa formação intelectual dá sólidos subsídios para a Fé esclarecida, o que evita aos fiéis serem enganados por doutrinas e conceitos estranhos ao Evangelho. Embora a santidade não dependa exclusivamente de uma grande formação cultural, seria negligência e omissão culposas a falta de empenho em conhecer mais profundamente a mensagem de Cristo e da Sua Igreja, para aqueles a quem isto é minimamente possível.

Oração:

Ó Santa Catarina, sábia e firme na fé, rogai a Deus para que nós tenhamos a coragem de buscar conhecer sempre melhor os ensinamentos de Cristo na Sua Igreja, e de testemunhá-los pelas nossas palavras e ações em qualquer ocasião, de forma a merecermos o prêmio do Paraíso e a edificar os irmãos. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 24 de novembro de 2024

Papa no Angelus: Jesus é o "Rei" do perdão, da paz e da justiça

Angelus 24 de novembro 2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Jesus é o meu Rei ou tenho outros "reis"? Foi a pergunta que Francisco fez aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para o Angelus na Solenidade de Cristo Rei do Universo.

https://youtu.be/S-vNWx5dEOc

Vatican News

Já com a árvore de Natal na Praça São Pedro, o Papa rezou com os fiéis o Angelus dominical na Solenidade de Cristo Rei, que encerra o ano litúrgico. Em sua alocução, Francisco comentou o trecho do Evangelho narrado em João (18,33-37), que apresenta Jesus diante de Pôncio Pilatos. Entre os dois, tem início um breve diálogo e o Pontífice se deteve em duas palavras que, entre as perguntas e respostas, adquirem um novo significado: “rei” e “mundo”.

Num primeiro momento, Pilatos pergunta a Jesus: “És tu o rei dos judeus?”. Raciocinando como funcionário do império, quer perceber se o homem que tem diante de si constitui uma ameaça, e um rei para ele é a autoridade que governa todos os seus súbditos. Em resposta, Jesus afirma que é rei, sim, mas de uma forma muito diferente! Jesus é rei porque é testemunha: é Aquele que diz a verdade. O poder real de Jesus, Verbo encarnado, reside na sua palavra verdadeira e eficaz, que transforma o mundo.

Mundo: eis o segundo momento. O “mundo” de Pôncio Pilatos é aquele onde o forte triunfa sobre o fraco, o rico sobre o pobre, o violento sobre o manso. "Um mundo que, infelizmente, conhecemos bem", constatou Francisco. Jesus é Rei, mas o seu reino não é deste mundo. De fato, o mundo de Jesus é o mundo novo, o mundo eterno, que Deus prepara para todos, dando a sua vida para a nossa salvação. É o reino dos céus, que Cristo traz à terra, derramando graça e verdade.

“O mundo do qual Jesus é Rei redime a criação arruinada pelo mal com a força do amor divino, que liberta e perdoa, que doa paz e justiça.”

“Mas é verdade isto, padre?”. Sim, como é a sua alma? Há algo de pesado ali dentro? Alguma culpa antiga? Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar. Este é o Reino de Jesus. Se há algo ruim dentro de você, peça perdão. E Ele perdoa sempre.

O diálogo entre eles, prosseguiu o Papa, não se transforma em entendimento, Pilatos não se abre à verdade, apesar de estar perante ela. Manda crucificar Jesus e ordena que se escreva na cruz: “O Rei dos Judeus”, mas sem compreender o significado dessas palavras. No entanto, Cristo veio ao mundo, a este nosso mundo: quem é da verdade, ouve a sua voz. É a voz do Rei do universo, que se fez servo de todos. Francisco então se dirigiu aos fiéis com as seguintes perguntas:

"Posso dizer que Jesus é o meu “rei”? Ou dentro do coração tenho outros 'reis'? Em que sentido? A sua Palavra é o meu guia, a minha certeza? Vejo Nele a face misericordiosa de Deus que sempre perdoa, que está nos esperando para nos dar o perdão? Rezemos juntos a Maria, serva do Senhor, enquanto esperamos com esperança o Reino de Deus."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Como prevenir a depressão em seus filhos adolescentes

phM2019 | Obturador

Guillermo Dellamary – publicado em 22/11/24

A depressão em adolescentes é um fator de risco que preocupa os pais. Aqui estão algumas dicas para ajudar seus filhos a crescerem felizes.

A depressão em crianças adolescentes é uma questão relevante. Segundo a Organização Mundial da Saúde ( OMS ), a depressão é uma das principais causas de incapacidade em adolescentes e jovens.

Fatores de depressão

Obturador

A pressão escolar de esperar boas notas pode ser um estresse avassalador para alguns adolescentes. Além disso, as dificuldades de relacionamento com colegas e amigos ou familiares podem ser uma fonte constante de estresse e depressão.

A pressão para atender aos padrões de beleza e ter o corpo ideal, em constante comparação com os demais, também pode ser um fator negativo para a autoestima e a imagem.

Consideremos também que o bullying e o assédio persistentes podem ser muito prejudiciais à saúde mental e contribuir para a depressão e a ansiedade.

Por outro lado, durante a puberdade podem surgir mudanças significativas no corpo e na mente, o que pode gerar mais estresse em alguns adolescentes.

Experiências traumáticas vivenciadas na infância emergem com mais força e podem contribuir para a depressão; Podem ser abuso sexual, violência física e/ou emocional, histórico de punição ou perda de um ente querido.

Medo do fracasso

Como se não bastasse, a pressão para atender às expectativas dos pais, professores ou da sociedade pode ser desequilibrada para alguns adolescentes.

É muito oportuno ajudá-los a superar o medo do fracasso, pois é um sentimento universal que nos paralisa e nos impede de atingir o nosso potencial máximo. A sociedade, com seus constantes julgamentos e expectativas, intensifica esse medo, fazendo-nos acreditar que errar é sinal de fraqueza. No entanto, a realidade é que o fracasso é uma parte inevitável da vida e uma oportunidade valiosa para aprender e crescer.

Por que temos medo do fracasso?

Obturador

Este é o medo do julgamento. Preocupamo-nos com o que os outros vão pensar de nós se falharmos, o que diminui a nossa autoestima e nos faz pensar que não somos capazes de superar obstáculos.

Eles nos fizeram acreditar que tudo deve ser perfeito na primeira vez, o que nos faz temer as consequências e, principalmente, o castigo.

Em vez de exigi-los, vamos ajudar a transformar os seus medos em oportunidade, mudando a sua visão das coisas. Em vez de ver o fracasso como o fim, considere-o como mais um passo no seu caminho para o sucesso. Erros são sinais de trânsito que indicam onde você deve ajustar seu curso. Portanto, promovamos uma atitude positiva e resiliente diante de falhas e erros.

Comemore com eles os pequenos triunfos e reconheça o esforço, e não o resultado. Isso os ajudará a permanecer motivados e a acreditar em si mesmos.

Soluções concretas

Sejamos mais gentis com eles quando cometem erros. Todos cometemos erros e isso não nos torna menos valiosos. Fazer uma análise dos seus erros para identificar as causas e encontrar soluções ajudará mais do que o sentimento de angústia que pode paralisar. Procure na hora o apoio de um psicólogo para te ajudar nesse processo.

Também é muito importante que você aprenda a cuidar da saúde, dormir o suficiente, alimentar-se bem e praticar exercícios regularmente.

A nossa tarefa como pais é ouvir e compreender, criando um ambiente familiar num lar onde se sintam seguros e cheios de carinho e ajuda; um lar com uma rica vida espiritual e harmonia.

Fonte: https://es.aleteia.org/2024/11/22/como-prevenir-una-depresion-en-tus-hijos-adolescentes

Estudo Completo sobre o Livro de Gênesis

Livro do Gênesis (Costumes Bíblicos)

Estudo Completo sobre o Livro de Gênesis

Por Joao S. Atualizado em: 9 de setembro de 2024

Livro de Gênesis é um dos textos mais fascinantes e impactantes da Bíblia. Além de ser o primeiro livro das Escrituras, ele narra a criação do universo, a origem da humanidade e a jornada de grandes patriarcas como Abraão, Isaque, Jacó e José. Este artigo vai te guiar por um estudo no livro de Gênesis, explorando seus personagens, suas histórias e seu significado bíblico.

Introdução ao Livro de Gênesis

livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia, e sua importância não pode ser subestimada. Nele, encontramos o relato da criação do universo, a queda do homem, o dilúvio, e o início da história do povo de Israel. Este estudo é fundamental para entender todo o restante da Bíblia e compreender os planos de Deus para a humanidade.

Por que ler este artigo sobre os capítulos de gênesis?

Este artigo é para você que quer ir além de uma simples leitura. Nele, você vai encontrar respostas para questões intrigantes sobre os personagens de Gênesis, como AbraãoIsaqueJacó e José, e também sobre eventos cruciais como o dilúvio e a Torre de Babel. Aqui você encontra uma análise profunda dos acontecimentos e personagens que moldaram a história bíblica, com uma linguagem simples e direta.

Quem é o Autor de Gênesis?

Muitos acreditam que Moisés é o autor do livro de Gênesis, seguindo a tradição judaica que atribui a ele os primeiros cinco livros da Bíblia, conhecidos como o Pentateuco. Embora o nome de Moisés não seja mencionado como o autor direto de Gênesis, o livro de Gênesis faz parte dessa coleção de livros que foram escritos por ele durante o êxodo do povo de Israel.

Atribuir a autoria a Moisés faz sentido, já que Gênesis é uma introdução à história do povo de Israel, preparando o cenário para os acontecimentos que ocorreram no Êxodo. Esse relato sobre o início da humanidade e o plano de Deus oferece as bases espirituais para o restante das Escrituras.

O Relato da Criação em Gênesis

relato da criação é uma das passagens mais conhecidas da Bíblia. Em apenas seis dias, Deus cria toda a existência, desde o universo até o homem, sendo o sétimo dia reservado para o descanso. Gênesis é o primeiro livro a tratar dessa visão grandiosa e poética da criação.

O primeiro capítulo de Gênesis nos fala de como Deus trouxe à existência a luz, os céus, a terra, os mares, as plantas, os animais e, finalmente, o ser humano, feito à Sua imagem. É uma narração que mistura ciência e espiritualidade, oferecendo a base para a fé cristã e judaica sobre a criação do universo.

A Queda de Adão e Eva

Outro ponto chave de Gênesis é o momento em que ocorre a queda do homem, representada por Adão e Eva no Jardim do Éden. Eles são enganados pela serpente e comem o fruto proibido, desobedecendo a Deus e trazendo o pecado ao mundo.

A história de Adão e Eva é uma das narrativas mais interpretadas ao longo da história. Ela fala sobre tentação, desobediência e as consequências dos nossos atos. A partir desse momento, a relação entre Deus e a humanidade muda, e o plano de redenção de Deus começa a se desenrolar.

Noé e o Dilúvio: Um Juízo de Deus

Noé é outro personagem icônico do livro de Gênesis. Deus decide purificar a terra através de um grande dilúvio, poupando apenas Noé e sua família, que seguem Suas instruções e constroem a arca. Após o dilúvio, Deus faz uma aliança com Noé, prometendo nunca mais destruir a terra daquela maneira.

Esse evento mostra tanto o juízo de Deus sobre a corrupção humana quanto a Sua misericórdia em preservar um remanescente fiel. A história de Noé também introduz o conceito de aliança divina, algo que será retomado mais tarde com Abraão e os outros patriarcas.

Abraão: O Pai de uma Grande Nação

Abraão é, sem dúvida, uma das figuras centrais do livro de Gênesis. Originalmente chamado de Abrão, ele foi escolhido por Deus para ser o pai de uma grande nação. Abraão é o exemplo de fé inabalável, ao deixar sua terra e seguir para a terra prometida, confiando no plano de Deus.

Além disso, o relacionamento de Abraão com Deus foi marcado por promessas. Deus prometeu abençoar Abraão, multiplicar sua descendência e dar-lhe a terra de Canaã. Abraão é o patriarca de onde surgem tanto o povo de Israel quanto outras nações, reforçando sua importância na história bíblica.

Isaque: A Promessa Cumprida

Isaque, filho de Abraão e Sara, é a personificação do cumprimento da promessa divina. Ele nasceu quando Abraão já estava avançado em idade, e sua chegada foi um sinal claro de que Deus cumpriria Suas promessas, mesmo que parecessem impossíveis aos olhos humanos.

O teste de fé de Abraão, quando Deus pediu que ele sacrificasse Isaque, é um dos momentos mais dramáticos de Gênesis. Porém, no último momento, Deus providencia um carneiro para o sacrifício, demonstrando Sua provisão e reafirmando a promessa de que, através de Isaque, viria uma descendência numerosa.

Jacó: O Homem que Lutou com Deus

Jacó, filho de Isaque e Rebeca, é um dos personagens mais intrigantes de Gênesis. Desde o ventre de sua mãe, Jacó já se mostrava diferente, nascendo agarrado ao calcanhar de seu irmão gêmeo, Esaú. Ele se tornou conhecido por ter enganado seu pai para receber a primogenitura e a bênção que, por direito, seria de Esaú.

Mais tarde, Jacó tem um encontro transformador com Deus, no qual ele literalmente luta com um anjo e recebe o novo nome de “Israel”. Essa história é central para a identidade do povo de Israel, que descende de Jacó e seus doze filhos.

A História de José no Egito

A última parte do livro de Gênesis se concentra na história de José, um dos filhos de Jacó. Vendido como escravo por seus irmãos, José acabou no Egito, onde passou por muitas provações antes de se tornar o segundo homem mais poderoso do país, após o Faraó.

A trajetória de José é marcada pela perseverança e pela fé em Deus, que sempre o abençoou, mesmo nas situações mais difíceis. No final, José é capaz de salvar sua família da fome, trazendo-os para viver com ele no Egito. Sua história é uma clara demonstração de como Deus pode transformar o mal em bem.

Qual é o Propósito do Livro de Gênesis?

livro de Gênesis é uma introdução a todos os outros livros da Bíblia. Ele estabelece os fundamentos da fé, mostrando a soberania de Deus na criação, o início do pecado e a promessa de redenção. Cada personagem e evento tem um propósito claro no plano de Deus, que culmina na formação do povo de Israel e, mais tarde, na vinda de Jesus no Novo Testamento.

Estudar Gênesis nos ajuda a entender melhor não só o passado, mas também o futuro do povo de Deus, e como Sua graça opera desde o início dos tempos.

A Torre de Babel: O Orgulho que Separou as Nações

A história da Torre de Babel, contada em Gênesis, mostra o poder do orgulho humano e as consequências de desafiar a autoridade de Deus. Após o dilúvio, os descendentes de Noé começaram a se espalhar pela terra, mas em determinado momento decidiram construir uma torre que alcançasse os céus. A intenção deles era concentrar toda a humanidade em um só lugar, contrariando a ordem de Deus para “se multiplicarem e encherem a terra”.

Como juízo pelo orgulho dos homens, Deus confundiu suas línguas, tornando impossível que se entendessem e continuassem a obra. Assim, as nações foram dispersas e a construção da torre foi abandonada. A Torre de Babel marca um momento de divisão, que impacta até hoje a forma como as culturas e línguas se desenvolveram pelo mundo.

Esaú e Jacó: Rivalidade entre Irmãos

A relação entre Esaú e Jacó é uma das mais intensas e dramáticas do livro de Gênesis. Esses dois irmãos gêmeos, filhos de Isaque e Rebeca, passaram a vida competindo pelo afeto e pela bênção do pai. Jacó, com a ajuda de sua mãe, enganou seu pai para obter a bênção que, por direito, era de Esaú. Esse ato de traição gerou uma inimizade profunda entre os irmãos.

Porém, com o passar do tempo e depois de muitas reviravoltas, os dois acabam se reconciliando, mostrando que, mesmo nas situações mais complexas e dolorosas, o perdão é possível. A narrativa de Esaú e Jacó serve de lição sobre a importância de lidar com nossos conflitos familiares e buscar a paz.

Lia e Raquel: As Esposas de Jacó

A história de Lia e Raquel também aparece no contexto da vida de Jacó. Ele se apaixonou por Raquel, mas foi enganado por seu tio Labão e acabou se casando primeiro com Lia, a irmã mais velha de Raquel. Essa situação gerou muitos problemas no casamento de Jacó, que acabou com duas esposas e uma vida familiar marcada por ciúmes e rivalidades.

Apesar dessas dificuldades, Lia e Raquel deram a Jacó doze filhos, que se tornaram os patriarcas das doze tribos de Israel. Esse episódio do livro de Gênesis mostra que, mesmo em meio a erros e confusões humanas, o plano de Deus continua a se desenrolar, guiando a história do Seu povo.

Caim e Abel: O Primeiro Homicídio da História

Logo após a queda de Adão e Eva, Gênesis nos apresenta a trágica história de Caim e Abel. Caim, movido por ciúmes, assassinou seu irmão Abel porque a oferta deste foi aceita por Deus, enquanto a sua não. Esse é o primeiro homicídio registrado na Bíblia, e mostra como o pecado já havia se instalado profundamente no coração humano após a desobediência de Adão e Eva no Éden.

Deus confronta Caim após o crime, mas, em vez de puni-lo com a morte, o Senhor faz de Caim um errante, marcando-o para que ninguém o matasse. Essa história nos ensina sobre as consequências do pecado e a justiça de Deus, que é severa, mas também misericordiosa.

Potifar e José: A Provação no Egito

Outro personagem relevante na vida de José foi Potifar, o oficial do Faraó. Quando José foi vendido como escravo no Egito, acabou na casa de Potifar e rapidamente se destacou pela sua habilidade e integridade. No entanto, foi falsamente acusado pela esposa de Potifar e preso injustamente. Mesmo na prisão, José continuou a confiar em Deus, que o elevou a uma posição de destaque no governo egípcio.

Essa parte do livro de Gênesis demonstra a importância da fé e da resiliência diante das adversidades. José é um exemplo de alguém que, mesmo traído e injustiçado, continuou a confiar nos planos de Deus e, eventualmente, foi recompensado.

Moisés é o Autor de Gênesis na visão Bíblico?

Atribuir a autoria de Gênesis a Moisés é comum dentro da tradição judaico-cristã. Moisés é o autor dos cinco primeiros livros da Bíblia, também conhecidos como o Pentateuco, que inclui Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Embora o nome de Moisés não apareça diretamente em Gênesis, a tradição judaica o reconhece como o autor que transcreveu esses relatos para preservar a história do povo de Deus.

Além de ser o líder que guiou os israelitas para fora do Egito, Moisés desempenha um papel fundamental na formação da identidade israelita, e sua obra escrita continua a impactar tanto judeus quanto cristãos ao redor do mundo.

A Transcrição do Livro de Gênesis mais Completo do Livro

livro de Gênesis é parte de uma longa tradição oral que foi transcrita para garantir que os acontecimentos fossem preservados para as futuras gerações. Essa transcrição ocorreu provavelmente durante a época de Moisés, quando o povo de Israel já estava estabelecido como uma nação. Embora o texto original tenha sido passado de forma oral por muito tempo, a transcrição garante a precisão e continuidade dos relatos.

O processo de transcrição é importante porque permitiu que os textos sagrados se tornassem acessíveis a todas as gerações seguintes, garantindo que o relato da criação, os feitos de Noé, Abraão, Jacó e José fossem compartilhados e estudados até os dias de hoje.

Resumo deste estudo para o próximo destinatário

  • Gênesis é o primeiro livro da Bíblia, que narra desde a criação do universo até a história dos patriarcas de Israel.
  • A história da Torre de Babel mostra as consequências do orgulho humano.
  • Esaú e Jacó viveram uma intensa rivalidade, mas se reconciliaram no final.
  • Lia e Raquel, as esposas de Jacó, deram origem às doze tribos de Israel.
  • Caim e Abel protagonizam o primeiro homicídio da Bíblia, ilustrando o avanço do pecado.
  • A fidelidade de José mesmo diante das adversidades no Egito é um exemplo de confiança em Deus.
  • Moisés é o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia, incluindo Gênesis.
  • transcrição dos relatos orais garantiu a preservação dessas histórias para as gerações futuras.
Fonte: https://oremos.com.br/estudo-no-livro-de-genesis/

SS. André Dũng Lạc, presbítero e Companheiros, mártires

Mártires do Vietname  (Missions étrangères de Paris)
24 de novembro
Localização: Vietinã
Santo André Dung Lac e Companheiros

O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI por obra do Padre Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonkin, Annam e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz.

Tran batizado com o nome de André

Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote, em 1823: tornou-se vice-pároco, em Dong-Chuoi, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo. Em 1833, após a celebração da Missa, foi preso, pela primeira vez, pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, para chamar menos a atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.

Prisão e martírio

No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação. Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, se ajoelharam e a beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia da cidade, no portão de Cau-Giay.

Vietnã banhado com o sangue dos mártires

De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a morte de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita determinou a sua dispersão e confisco dos bens. O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X beatificou outros três grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por fim, Pio XII beatificou o quinto grupo, em 1951. Com um Decreto, datado de 1986, a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto de 117 mártires - entre sacerdotes, religiosos e leigos –que foram canonizados por São João Paulo II, em 1990. O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o mais conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11 espanhóis da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A realeza de Cristo (B)

Cardeal Dom Paulo Cezae Costa (arqbrasilia)

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Cardeal Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo Metropolitano de Brasília

  • novembro 23, 2024

Estamos concluindo o ano litúrgico com a celebração da Solenidade de Cristo Rei do Universo. Talvez falar de realeza soe estranho aos nossos ouvidos. Vive-se uma época em que se exalta a liberdade, onde a liberdade se tornou o grande valor da vida humana.

O que mais causa indignação ao ser humano são as formas de autoritarismo que minam de forma sutil a liberdade humana, agridem a dignidade humana e desfiguram o exercício do poder. Não existe sociedade sem o exercício do poder. O poder, quando bem exercido, dignifica a vida das pessoas e torna-se um grande instrumento na edificação do bem comum e na construção da paz social. O verdadeiro sentido do poder é ser serviço.

A realeza de Cristo manifesta o verdadeiro sentido do poder-serviço, pois é diante do poder Romano na Palestina, com Pilatos, e depois na cruz que sua realeza é afirmada. À pergunta de Pilatos: “Então tu és rei?” (Jo 18, 37), Jesus responde: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isso: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (Jo 18, 37).  A resposta de Jesus mostra a origem do seu poder, pois o advérbio grego usado, enteuthen, indica a origem e, então, a natureza da sua realeza. Jesus nega ser “aquele determinado rei”, submetido aos jogos do poder humano (M. Grilli, In Ascolto della Voce, 262).

A realeza de Cristo provém do Pai, que, em confronto com o poder dos grandes deste mundo, é morto, tornando-se o Rei crucificado, humilhado, pois a sua realeza é a do amor. Aqui se manifesta a oposição entre o poder do amor e o poder autoritário; entre verdade e poder. A humilhação de Cristo manifesta a força de Deus, a força do amor que se submete, mas a sua própria morte é protesto calado e subversivo, pois é a morte do inocente que não se submete à lógica e às tramas do poder humano. É a morte do Rei livre, que, entre as tramas humanas e a vontade do Pai, vive até o extremo a vontade do Pai.

Ao contrário, o poder do mundo, quando mal exercido, quando perde o seu verdadeiro sentido de serviço à verdade e ao ser humano, mata, humilha, desfigura o humano, a natureza e a sociedade. O poder, quando assim exercido, é deturpação do poder.

Jesus mostra a ligação profunda entre a sua realeza e a verdade. A verdade, para o Evangelho de São João, é o plano de salvação de Deus. Jesus é a Verdade. Quem olha para Jesus, para os seus ensinamentos, procura a verdade, busca a verdade. Mas as palavras de Jesus denunciam, também, a desvinculação entre poder e verdade. O poder, quando desvinculado da verdade, da realidade da vida do povo, torna-se poder autoritário, alienante.

Hoje, na sociedade da narrativa, não se pode perder o sentido da verdade. A verdade nos coloca diante da realidade. “A realidade”, nas palavras de Papa Francisco, “é superior à ideia”. Sem verdade, perde-se a realidade e perde-se a dimensão do sonho de Deus para a humanidade. Que a realeza de Cristo torne-se critério, torne-se, assim, profecia para julgar o exercício do poder seja na Igreja, seja na sociedade.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Jovens coreanos, agora é com vocês!

Passagens dos ícones da JMJ (Vatican Media)

Na missa celebrada por ocasião da JMJ em nível diocesano, se realizou na Basílica de São Pedro a passagem dos ícones da Jornada entre os jovens portugueses e os coreanos, que sediarão o evento em 2027.

Vatican News

A missa celebrada na Solenidade de Cristo Rei, na Basílica Vaticana, se conclui com um momento tocante sob as notas de “Há Pressa no Ar”, hino da Jornada de Lisboa em 2023: os jovens portugueses entregaram aos coreanos os símbolos da Jornada Mundial da Juventude: a Cruz e o Ícone de Maria Salus Popoli Romani. Seul acolherá a próxima edição da JMJ em 2027.

“Também isto é um sinal: um convite, para todos nós, a viver e a levar o Evangelho a todas as partes da terra, sem parar e sem desanimar”, disse o Papa ainda na homilia.

Antes da passagem dos símbolos, Francisco saudou os jovens presentes na Basílica e os jovens do mundo inteiro e afirmou: "Queridos jovens coreanos, agora é com vocês! Levando a Cruz à Ásia vocês anunciarão a todos o amor de Cristo. Tenham coragem! Tenham a coragem de testemunhar a esperança de que precisamos mais do que nunca hoje. Lá onde passarão esses símbolos, possam crescer a certeza do amor invencível de Deus e a fraternidade entre os povos. E para todas os jovens vítimas de conflitos e guerras, a Cruz do Senhor e o ícone de Maria Santíssima sejam amparo e consolação".

Momento de confraternização antes da missa (Vatican Media)

Delegações

Estavam presentes na Basílica cerca de cem jovens de Portugal, acompanhados pelo Patriarca de Lisboa, dom Rui Manuel Sousa Valério, e pelo cardeal Américo Manuel Alves Aguiar, que foi coordenador geral da JMJ de Lisboa, e cem jovens provenientes da Coreia, acompanhados pelo arcebispo de Seul, dom Peter Chung Soon-taek, e pelo bispo coordenador geral da JMJ da edição de 2027, dom Paul Kyung Sang Lee.

Os ícones agora passarão por vários países asiáticos.  “Esta peregrinação é particularmente significativa – explica o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida – porque se realizará em países predominantemente não cristãos. A esperança é que muitos jovens se tornem ‘missionários incansáveis ​​da alegria, para que mesmo aqueles que nunca participaram de uma JMJ, percorram nos próximos três anos um caminho, sobretudo interior, para chegar a dar um testemunho corajoso de Cristo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 23 de novembro de 2024

O que é a liberdade? A pessoa é realmente livre?

Foto: Matt Collamer (Unsplash)

O que é a liberdade? A pessoa é realmente livre?

«Deus quis ‘deixar nas mãos do homem as suas próprias decisões’» (Si 15,14.). Que significa que a pessoa é livre? Que é a liberdade?

05/09/2019

1.Diferentes dimensões da liberdade: liberdade de coação e liberdade de escolha

A liberdade humana tem diversas dimensões. A liberdade de coação é aquela que a pessoa pode realizar externamente o que decidiu fazer, sem imposição ou impedimentos de agentes externos; é assim que se fala de liberdade de expressão, de liberdade de reunião, etc. A liberdade de escolha ou liberdade psicológica significa a ausência de necessidade interna para escolher uma coisa ou outra; não se refere já à possibilidade de fazer, mas à de decidir autonomamente, sem se estar sujeito a um determinismo interior. Em sentido moral, a liberdade refere-se, sim, à capacidade de afirmar e amar o bem, que é o objeto da vontade livre, sem se sentir escravizado pelas paixões desordenadas e pelo pecado. Neste texto referir-nos-emos especificamente a esta última dimensão da liberdade.

O Catecismo define a liberdade como «o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas. Pelo livre arbítrio, cada qual dispõe de si. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de amadurecimento na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa felicidade completa».

Catecismo da Igreja Católica, 1731

Meditar com São Josemaria

«Por que me deixaste, Senhor, este privilégio, que me torna capaz de seguir os teus passos, mas também de te ofender?
Chegamos assim a calibrar o reto uso da liberdade, se a encaminhamos para o bem; e a sua errônea orientação quando, com essa faculdade, o homem se esquece e se afasta do Amor dos amores. A liberdade pessoal - que defendo e defenderei sempre com todas as minhas forças - leva-me a perguntar com convicta segurança e também com a consciência da minha própria fraqueza: Que esperas de mim, Senhor, para que eu voluntariamente o cumpra?
Responde-nos o próprio Cristo: Veritas liberabit vos, a verdade vos fará livres. Que verdade é essa, que inicia e consuma em toda a nossa vida o caminho da liberdade? Eu vo-la resumirei, com a alegria e com a certeza que procedem da relação entre Deus e as suas criaturas: saber que saímos das mãos de Deus, que somos objeto da predileção da Trindade Beatíssima, que somos filhos de tão grande Pai.
Eu peço ao meu Senhor que nos decidamos a tomar consciência disso, a saboreá-lo dia a dia. Assim nos conduziremos como pessoas livres. Não o esqueçamos: aquele que não se sabe filho de Deus desconhece a sua verdade mais íntima e, na sua atuação, não possui o domínio e o senhorio próprios dos que amam o Senhor acima de todas as coisas.» Amigos de Deus, 26

«Temos obrigação de defender a liberdade pessoal de todos, sabendo que foi Jesus Cristo quem nos adquiriu essa liberdade; se não agimos assim, com que direito podemos reclamar a nossa? Devemos difundir também a verdade, porque veritas liberabit vos, a verdade nos liberta, ao passo que a ignorância escraviza.» Amigos de Deus, 171

«Gosto desse lema: “Cada caminhante siga o seu caminho” - aquele que Deus lhe traçou -, com fidelidade, com amor, ainda que custe.» Sulco, 231

2. Liberdade e responsabilidade

A liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal e, por conseguinte, de crescer na perfeição ou fraquejar e pecar. A liberdade é caraterística dos atos propriamente humanos. Converte-se em fonte de aprovação ou de censura, de mérito ou demérito.

Na medida em que a pessoa pratica mais o bem, vai-se tornando mais livre. Não há verdadeira liberdade se não está ao serviço do bem e da justiça. A escolha da desobediência e do mal é um abuso da liberdade e leva à escravidão do pecado: «Mas graças a Deus, vós, que fostes escravos do pecado, obedecestes de coração ao modelo de doutrina ao qual fostes confiados, e libertados do pecado, vos fizestes escravos da justiça». (Rm 6,17-18)

A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos na medida em que estes são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese ampliam o domínio da vontade sobre os próprios atos.

A imputabilidade e a responsabilidade de uma ação podem ficar diminuídas e até suprimidas quando há ignorância, inadvertência, violência, temor, hábitos, afetos desordenados e outros fatores psíquicos ou sociais.

Qualquer ato voluntário é atribuível ao seu autor. Uma ação pode ser indiretamente voluntária quando é consequência de uma negligência em relação ao que se devia conhecer ou fazer, por exemplo, um acidente provocado pela ignorância do código da estrada.

Um efeito pode ser tolerado sem ser desejado por aquele que atua, por exemplo, o esgotamento de uma mãe junto à cabeceira do filho doente. O efeito mau não é imputável se não foi voluntário nem como fim nem como meio da ação, assim como a morte que aconteceu ao tentar auxiliar uma pessoa em perigo. Para que o efeito mau seja imputável, é necessário que seja previsível e que aquele que atua tenha possibilidade de o evitar, por exemplo, no caso de um homicídio cometido por um condutor em estado de embriaguez.

A liberdade exercita-se nas relações entre os seres humanos. Toda a pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável. Todos os homens devem prestar a qualquer um o respeito a que tem direito. O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa humana, especialmente em matérias morais e religiosas e concretiza-se em que não se pode obrigar ninguém a atuar contra a sua própria consciência, nem se pode impedir ninguém que atue em privado ou em público, só ou associado com outros, dentro limites devidos. O direito à liberdade religiosa está realmente fundado na própria dignidade da pessoa humana. (Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1732-1738Declaração Dignitatis Humanae, n.2)

Meditar com São Josemaria

«Que coisa triste é ter uma mentalidade cesarista, e não compreender a liberdade dos demais cidadãos, nas coisas que Deus deixou ao juízo dos homens.» Sulco, 313

«Eu defendo com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que denota não ser lícito a ninguém impedir que a criatura preste culto a Deus. É preciso respeitar as legítimas ânsias de verdade; o homem tem obrigação grave de procurar o Senhor, de conhecê-lo e adorá-lo, mas ninguém na terra deve permitir-se impor ao próximo a prática de uma fé que este não possui; assim como ninguém pode arrogar-se o direito de maltratar quem a recebeu de Deus.» Amigos de Deus, 32

«Precisas de formação, porque deves ter um profundo senso de responsabilidade, que promova e anime a atuação dos católicos na vida pública, com o respeito devido à liberdade de cada um, e recordando a todos que têm de ser coerentes com a sua fé». Forja, n. 712.

«Deus fez o homem desde o princípio e o deixou nas mãos do seu livre arbítrio (Ecclo XV, 14). Isto não aconteceria se não tivesse o poder de optar livremente. Somos responsáveis perante Deus por todas as ações que praticamos livremente. Não são possíveis aqui os anonimatos; o homem encontra-se diante do seu Senhor, e depende da sua vontade resolver-se a viver como amigo ou como inimigo. Assim começa o caminho da luta interior, que é tarefa para toda a vida, porque, enquanto durar a nossa passagem pela terra, ninguém terá alcançado a plenitude da sua liberdade.
A nossa fé cristã, além disso, leva-nos a assegurar a todos um clima de liberdade, começando por afastar qualquer tipo de enganosas coações na apresentação da fé». Amigos de Deus, 36

3. Liberdade humana e salvação

A Sagrada Escritura considera a liberdade humana segundo a perspectiva da história da salvação. Por causa da primeira queda, a liberdade que o homem tinha recebido de Deus ficou submetida à escravidão do pecado, embora não se tenha corrompido por completo.

Pela sua Cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação para todos os homens. Resgatou-os do pecado que os tinha submetidos à escravidão. Por isso, podemos gozar da “liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8, 21)

A graça de Cristo, isto é, a sua própria vida em nós, ajuda-nos a viver plenamente livres, segundo o sentido da verdade e do bem que Deus pôs no coração do homem.

«Deus eterno e misericordioso, afastai de nós toda a adversidade, para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito, possamos livremente cumprir a vossa vontade» (XXXII do Tempo Comum, Coleta: Missal Romano)

Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1739-1742

Meditar com São Josemaria

«Repito e repetirei sem cessar que o Senhor nos concedeu gratuitamente um grande dom sobrenatural, que é a graça divina; e outra maravilhosa dádiva humana, a liberdade pessoal, que - para não se corromper, convertendo-se em libertinagem - exige de nós integridade, empenho eficaz em desenvolver a conduta dentro da lei divina, pois onde se encontra o Espírito de Deus, lá se encontra a liberdade.
O Reino de Cristo é reino de liberdade: não existem nele outros servos além dos que livremente se deixam aprisionar, por amor a Deus. Bendita escravidão de amor, que nos torna livres! Sem liberdade, não podemos corresponder à graça; sem liberdade, não nos podemos entregar livremente ao Senhor, pelo motivo mais sobrenatural de todos: porque nos apetece». É Cristo que passa, 184

«Ante a pressão e o impacto de um mundo materializado, hedonista, sem fé..., como é possível exigir e justificar a liberdade de não pensar como “eles”, de não agir como “eles?... - Um filho de Deus não tem necessidade de pedir essa liberdade, porque Cristo já no-la ganhou de uma vez para sempre; mas deve defendê-la e demonstrá-la em qualquer ambiente. Só assim é que “eles” entenderão que a nossa liberdade não está aferrolhada pelo ambiente». Sulco, 423

«Ato de identificação com a Vontade de Deus:
- Tu o queres, Senhor?... Eu também o quero!» (Caminho, 762)

«Temos de repelir o equívoco dos que se conformam com uma triste gritaria: Liberdade! liberdade! Muitas vezes, nesse mesmo clamor se esconde uma trágica servidão, porque a opção que prefere o erro não liberta; só Cristo é que liberta, porque só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida». Amigos de Deus, 26

«Quem não escolhe - com plena liberdade! - uma norma reta de conduta, cedo ou tarde se verá manipulado pelos outros, viverá na indolência - como um parasita -, sujeito ao que os outros determinem. Prestar-se-á a ser agitado por qualquer vento, e outros resolverão sempre por ele. São nuvens sem água, que os ventos levam de uma parte para outraárvores outonais, sem fruto, duas vezes mortas, sem raízes, ainda que se escondam por trás de um contínuo palavrório, de paliativos com que tentam esfumar a ausência de caráter, de valentia e de honradez.
Mas ninguém me coage!, repetem obstinadamente. Ninguém? Todos coagem essa liberdade ilusória que não se arrisca a aceitar responsavelmente as consequências das atuações livres e pessoais. Onde não há amor de Deus, produz-se um vazio de exercício individual e responsável da liberdade: apesar das aparências, tudo aí é coação. O indeciso, o irresoluto, é como uma matéria plástica à mercê das circunstâncias; qualquer um o molda a seu bel-prazer e, antes de mais nada, as paixões e as piores tendências da natureza ferida pelo pecado». Amigos de Deus, 29

«Para perseverar no seguimento dos passos de Jesus, é precisa uma liberdade contínua, um querer contínuo, um exercício contínuo da própria liberdade». Forja, 819

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/o-que-e-a-liberdade-a-pessoa-e-realmente-livre/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF