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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

São Vicelino, Bispo de Oldenburg

São Vicelino (A12)
12 de dezembro
Localização: Alemanha (Saxônia)
São Vicelino

São Vicelino nasceu no início do século XII, na região da Saxônia, Alemanha. Desde jovem, dedicou-se à vida religiosa, recebendo formação em teologia e espiritualidade. Com um coração missionário, ele sentiu-se chamado a evangelizar povos pagãos e dedicou-se a essa missão com grande fervor.

Como bispo de Oldenburg, na atual Alemanha, São Vicelino enfrentou grandes desafios. Ele evangelizou na região da Holsácia, onde a resistência ao cristianismo era intensa. Mesmo com perseguições e ameaças, ele continuou sua missão com coragem e zelo, sempre levando o Evangelho aos que ainda não conheciam Cristo.

Vicelino fundou igrejas e escolas para promover a fé e a educação dos novos cristãos. Ele acreditava que a formação religiosa e intelectual era fundamental para o crescimento espiritual e social das comunidades.

Sua dedicação fez com que muitos se convertessem ao cristianismo, e ele conseguiu estabelecer uma forte base para a Igreja na região. Sua humildade e paciência conquistaram o respeito e a admiração de muitos, até mesmo de adversários que reconheceram sua dedicação.

No final de sua vida, São Vicelino enfrentou problemas de saúde, mas isso não o impediu de continuar servindo a Deus e ao povo. Ele faleceu em 1154, deixando um exemplo de dedicação missionária e fé inabalável.

Vicelino é lembrado como um apóstolo incansável da fé, que deu sua vida para levar a mensagem de Cristo a terras distantes.

Reflexão:

A vida de São Vicelino nos inspira a ter um coração missionário e a enfrentar as dificuldades com coragem. Ele nos mostra que, com amor e dedicação, podemos transformar vidas e levar a esperança do Evangelho a quem precisa. Sua espiritualidade é marcada pela paciência e pelo zelo pastoral. Que possamos aprender com ele a perseverar em nossa fé e a ter um espírito de serviço, sempre prontos a ajudar aqueles que estão longe de Deus.

Oração:

São Vicelino, apóstolo dedicado, ajuda-nos a ter o mesmo fervor missionário e a levar a palavra de Deus aos que precisam. Amém. Intercede por nós para que sejamos instrumentos de paz e amor, construindo o Reino de Deus com fé e humildade. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

LIVROS: Santos com estrelas

Giulio Cerchietti, O rosto dos amigos. Testemunhas militares de Cristo , San Paolo, Cinisello Balsamo (Milão) 2007, 408 pp.

Santos com estrelas

Arquivo 30Giorni da edição nº. 12 - 2007

Padre Cerchietti, oficial da Congregação para os Bispos, fala das figuras dos soldados que ao longo dos séculos foram elevados à honra dos altares.

por Gaetano Bonicelli

Em 1999, a Congregação para os Bispos, através do seu Gabinete de Coordenação Pastoral dos Ordinariatos Militares, organizou em Roma o IV Congresso Internacional dos Ordinários Militares: «Os militares chamados à perfeição da caridade». Não faltaram reações de espanto a um tema que parecia verdadeiramente fora de sintonia ou puramente acadêmico. Ok, em 1999 completaram-se trinta e cinco anos desde a constituição do Concílio Vaticano I: a Lumen gentium dedicou um capítulo inteiro para ilustrar o chamado universal à santidade. E se esta vocação está simplesmente ligada ao batismo, não poderíamos excluir aqueles que foram batizados e se viram vestindo uniforme militar.

Do ponto de vista dos princípios, já não pode existir dúvida: «Nas várias espécies de vida e nos vários ofícios, uma única santidade é cultivada por aqueles que são movidos pelo Espírito de Deus e, obedientes à voz do Pai , sigam Cristo pobre, humilde e sobrecarregado com a cruz para merecerem ser participantes da sua glória. Cada um, segundo os seus dons e ofícios, deve avançar sem demora pelo caminho da fé viva, que acende a esperança e opera pela caridade» ( Lg , n. 40). O que parece causar dificuldade são os fatos. De que valem os mais nobres e santos princípios se não encontram aplicação concreta? O Padre Giulio Cerchietti, franciscano, que acompanha de perto a pastoral militar há muitos anos, quis questionar a história e o resultado foi um pequeno volume encantador com um título convidativo: O Rosto dos Amigos. Testemunhas militares de Cristo .

Padre Giulio não ignora os princípios da fé, sem os quais mover-se seria gritar. Mas ele prefere a pesquisa de campo sobre os acontecimentos: houve soldados sagrados? E os santos por que são militares? Vejamos um pouco aqueles que são a personificação dos princípios mais elevados. As coordenadas são muito amplas, para não falar originais. Isto é, leva em conta todos os períodos de experiência eclesial e, o que é ainda mais característico, todas as confissões cristãs. Há o milénio da Igreja indivisa, mas também os séculos do segundo milénio. Direi, com efeito, que se existe uma lacuna, é provavelmente intencional para criar a expectativa dos testemunhos mais recentes e mais próximos de nós: o Papa João XXIII, os capelães das tropas alpinas, o Beato Secondo Pollo e Dom Carlo Gnocchi, Salvo d'Acquisto e outros que realmente merecem a atenção daqueles que buscam o reino de Deus por todos os caminhos possíveis.

Paremos por enquanto na primeira edição do volume. Não é brincadeira pela abundância de dados e pela forma como o assunto é apresentado. Se bem contei, são mencionados 131 assuntos, alguns dos quais se referem a grupos de mártires militares, como os membros da famosa Legião Tebana ou os seis irmãos de Satala (Armênia), emuladores dos Macabeus. A disposição é alfabética, começando por Agácio de Bizâncio até Witikindo de Enger. A principal característica da pesquisa do Padre Cerchietti é, como já mencionado, sua atenção ecumênica ante litram . Não creio que algo semelhante possa ser encontrado no mercado de livros. Tendo feito há pouco tempo uma viagem à Síria para descobrir monumentos cristãos, não é sem emoção que lemos algumas notícias sobre os mártires Sérgio e Baco, santos mais distantes de nós, mas que têm um culto difundido em muitos lugares do Oriente. Sabe-se que muitas “histórias” também são compiladas com imaginação e a partir de pistas mal mencionadas. O mérito do estudo é que examinou criticamente toda a literatura existente, tanto eclesiástica como civil, para obter dados mais confiáveis.

O título escolhido é sugestivo: A cara dos amigos . Quem é melhor amigo do que os santos? Torna-se quase instintivo pensar que durante boa parte do ano, a leitura de uma das biografias oferecidas, além de enriquecer a mente com um panorama pouco conhecido, reserva a surpresa de encontrar nomes conhecidos sob aparências talvez insuspeitadas. Há também um papa, o Beato Inocêncio XI, que diante da batina branca vestiu o uniforme de comandante da milícia urbana de Como. Não falamos de outros papas guerreiros, talvez porque lhes faltasse o carisma da santidade. Mas é bonito ver em São João Maria Vianney a prova da sua aprendizagem no exército napoleónico que lhe abriu o caminho para o seminário e o sacerdócio. Reis, soldados e santos são abundantes. Pode ser interessante notar os nomes, talvez discutidos, de Constantino e Carlos Magno juntamente com Luís IX de França.

Papas, imperadores e reis, altos funcionários e simples soldados, capelães militares aos quais se pode dedicar um capítulo inteiro no plano da obra. Mas o Padre Cerchietti também quis incluir na sua lista um general algo especial, nomeadamente o arcanjo Miguel, cuja vocação “militar” está perfeitamente ligada à Bíblia. Em muitos países orientais, até à Etiópia, ele é um dos santos padroeiros mais invocados para a defesa de cada país. Na Sérvia foi reconhecido como "grande voivoda e arquiestrategista".

A sensibilidade do nosso tempo talvez possa fazer-nos desaprovar figuras famosas mas controversas. Mas esta teoria dos guerreiros sagrados tem sugestões. Verdadeiramente, em Deus tudo adquire um valor novo que, à imitação do Senhor Jesus, é o amor. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 13). Desejo um segundo volume em que se possa criar um capítulo separado para os capelães militares, cuja tarefa principal é precisamente propor e promover o plano de Deus, que quer que todos sejam santos. No volume de Cerchietti destaca-se São João de Capestrano, padroeiro dos capelães em todo o mundo. Será prestada cordial atenção ao Beato Marco d'Aviano, intrépido líder da defesa de Viena. Mais perto de nós, os queridos rostos do Beato Secondo Pollo e do Padre Carlo Gnocchi, capelães das tropas alpinas na última guerra mundial, devem ser considerados forasteiros do Reino e a sua glorificação torna-se uma sempre nova lembrança de santidade.

Fonte: https://www.30giorni.it/

'Fui trocar lâmpada e fiquei' (II)

Rodrigo relata sofrimento ao ter acompanhado os últimos dias de vida de Carlos e conta que procurou ajuda para lidar com sintomas como ansiedade e depressão (Crédito: Getty Images)

A crescente demanda por cuidadores de idosos em um Brasil cada vez mais velho: 'Fui trocar lâmpada e fiquei'

Por Mônica Vasconcelos

Da BBC News Brasil em Londres

9 dezembro 2024

'Você vai demorar para voltar?'

Rodrigo conta como a relação com Carlos, além de se tornar cada vez mais íntima, também ficava cada vez mais intensa e ganhava novos contornos conforme o idoso requisitava cada vez mais sua presença.

“Às vezes, eu tinha de ir à farmácia, e ele falava, ‘você não vai demorar não, né?’ Às vezes, eu levava ele e ele ficava dentro do carro, pra ficar me olhando. Ele queria ficar próximo. E quando eu ia embora, ele perguntava: ‘você vai demorar pra voltar?’”

“Mais especial foi nos últimos dias da vida dele. Deixa eu dar uma respirada. (Pausa) Ele falava que me tinha como um filho. É que ele teve só filhas mulheres. Quando ele estava internado, as meninas (vendo que eu estava sofrendo), arrumaram enfermeiras para ficar com ele. Eu não me sinto muito bem em hospital, e vendo a forma como ele estava, eu sofria muito. Então eu só ia nas visitas. Eu chegava lá, ele sentia muita falta. Ele falava, ‘por que você me abandonou?’”

“O dia que ficou mais marcado foi o dia que eu levei ele para o hospital. Ele tava em casa, tava passando mal. Eu perguntei, ‘seu Carlos, tá tudo bem? O que o senhor tá sentindo?’ Ele falou, ‘ah, minha vista está diferente’. Eu falei, ‘a gente vai para o hospital’. Ele falou, ‘não, não precisa. O filme está acabando’. ‘Mas que filme?’ 'O filme tá acabando. O filme acabando, acaba tudo.' Foi onde começou", relata Rodrigo, em meio às lágrimas.

"Ele foi pro hospital, ficou internado. Pouco depois, veio a falecer."

Ao lembrar dos seus últimos momentos juntos, Rodrigo explica emocionado que teve de procurar um médico para lidar com ansiedade e depressão.

É preciso pensar no envelhecimento precoce do profissional cuidador, sobretudo quando a pessoa de quem ela está cuidando morre, diz o gerontólogo Jorge Félix.

Ele vai além: “Isso deveria ser pensado inclusive em termos da previdência social [do cuidador]”.

Félix compara o desgaste do cuidador ao de uma enfermeira, por exemplo.

“A enfermeira tem um amplo preparo, inclusive psicológico, para lidar com essas situações. Ela tem um treinamento para tratar de forma humana, mas não ter um envolvimento”, diz o pesquisador.

Sem esse escudo psicológico, o luto do cuidador acelera seu envelhecimento, diz Félix.

“É como se ele tivesse perdido a razão de viver. São situações com as quais eles deveriam aprender a lidar no curso de formação.”

Formação profissional

Nesse sentido, uma formação profissional adequada seria fundamental para a proteção e benefício tanto do cuidador quanto da pessoa cuidada, segundo os especialistas.

Por iniciativa de ONGs como a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer e Outras Demências), um curso técnico profissionalizante de Cuidadores de Pessoas Idosas foi inserido no catálogo nacional do Ministério da Educação.

No entanto, sem uma regulamentação da profissão e sem uma padronização no tipo de formação necessária para o exercício da atividade, o relato é de que a demanda por cursos desse tipo acaba sendo baixa.

O professor e pesquisador Daniel Groisman, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), diz que a entidade oferecia um curso de qualificação profissional (com menos horas do que o curso técnico) para cuidadores, mas hoje opta por oferecer cursos de formação para formadores de cuidadores.

Ainda assim, uma pesquisa longitudinal da Fiocruz com ex-alunas do curso de qualificação trouxe resultados bastante encorajadores, comenta Groisman, coordenador do projeto Cuidando de Quem Cuida.

“Um primeiro resultado foi que o acesso à formação teve um impacto positivo para a empregabilidade”, diz Groisman.

“Comparando o que as pessoas estavam fazendo na época em que procuraram o curso e o que estavam fazendo quando foram entrevistadas, houve um aumento significativo no número de pessoas atuando como cuidadoras e uma diminuição no número de pessoas que estavam desempregadas.”

As ex-alunas também falaram da melhoria na qualidade do seu trabalho como cuidadoras, prossegue Groisman.

“É um resultado importante, elas saberem trabalhar com melhor qualidade tanto em relação às práticas do cuidado como também com uma consciência para se protegerem de situações de sobrecarga de trabalho e violações de direitos.”

O estudo também concluiu que as cuidadoras com formação são mais aptas a prevenir acidentes domésticos com idosos, já que entendem como criar um ambiente mais seguro para a pessoa idosa em casa.

Finalmente, lembra Groisman, em uma profissão que pode ser tão solitária, as cuidadoras e cuidadores que fazem o curso podem encontrar solidariedade no convívio com outros profissionais.

Com ou sem qualificação profissional, Rodrigo parece estar certo de que cuidar é sua verdadeira vocação e conta como a profissão o transformou.

"Eu trabalhava no condomínio [como vigia]. Você vê muito ódio e você acaba mudando a sua personalidade. Um exemplo pra você: Eu ia atender uma ocorrência. Chegava em uma casa, o vizinho tinha ligado na portaria para reclamar do barulho. Você ia conversar, explicar a lei, a pessoa muitas vezes te humilhava. 'Você não é nada, eu sou tal coisa.'

"Então você vai mudando a sua personalidade. Tem de ser mais grosso, mais rígido. Mas quando eu vim trabalhar com eles, vi que é mais amor. Voltei a ter um sentimento novamente. Percebi que aquele trabalho não era bom pra mim, porque eu não sou uma pessoa daquele jeito. Eu sou uma pessoa atenciosa, uma pessoa carinhosa. Foi muito bom para eu entender que estava na área errada."

Semanas depois da entrevista à BBC News Brasil, Rodrigo contou que foi desligado do trabalho por corte de custos e passou a trabalhar como cuidador de outro idoso: "Mas não quero me apegar muito, porque a gente sofre".

Profissão do futuro?

Em um Brasil que envelhece, uma atividade tão antiga pode também ser uma profissão do futuro.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), entre 2019 e 2023 houve um aumento de 15% no número de cuidadores remunerados no Brasil. A pesquisa estima que eles somavam, em 2023, cerca de 840 mil.

Para compreender o tamanho do mercado em potencial, é importante olhar para o cuidado não remunerado feito no país hoje.

O número de familiares que se dedicavam a cuidados de pessoas de 60 anos ou mais saltou de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019, segundo o IBGE.

São pessoas — na maioria, mulheres — que trabalham muitas vezes na invisibilidade, sem remuneração, fazendo grandes sacrifícios pessoais (por exemplo, abandonando suas profissões, colocando em risco sua saúde e sua própria sobrevivência financeira na velhice), segundo especialistas.

Olhando para essa realidade, Groisman e Félix respondem que cuidar já é uma profissão crítica para o Brasil do presente.

Se vai ser uma profissão do futuro, isso vai depender, em grande parte, do governo brasileiro, diz Jorge Félix.

Ele cita o projeto de lei que estabelece a Política Nacional de Cuidado, enviado pelo governo federal ao Congresso.

“Primeiro, o Congresso vai discutir essa política. E isso vai formar a base para depois você definir e regulamentar a profissão de cuidadora”, diz Félix.

“É a primeira vez que o Executivo tenta tomar uma iniciativa sobre a questão do cuidado, principalmente, estabelecendo o direito ao cuidado.”

Félix considera que se trata de um avanço muito grande, mas diz que, por enquanto, o que existe são promessas.

“Durante a campanha presidencial, Lula faz essa promessa de criar um serviço de cuidadora de idosos domiciliar. No meu entendimento, seria um serviço semelhante ao dos agentes comunitários de saúde que já existe no SUS", diz o pesquisador.

"Então, você teria uma pessoa do serviço público que vai à sua casa, te dá banho, ajuda sua família a fazer a gestão dos medicamentos, verifica se a pessoa está bem cuidada com visitas periódicas. São promessas, não é? Promessas.”

Félix acompanha atento os desdobramentos no Congresso. Ele diz que “a profissão de cuidador pode ser uma profissão do futuro caso o Estado ofereça, abrace esse serviço, como ocorre em alguns países ricos”.

Mas, se a promessa não for cumprida, o cenário pintado é preocupante, diz o especialista.

Se o custo do cuidado recair somente sobre a família, o envelhecimento populacional trará um aumento na demanda, mas essas famílias não terão como pagar, diz.

“Somente 20% da população brasileira paga por esse serviço”, diz.

“Se continuar assim, você continua a ter muitas pessoas sem cuidado. Que ficam sozinhas em casa, e morrem em casa sem ninguém saber.”

Procurado pela BBC News Brasil em outubro, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) não ofereceu previsão para a conclusão da tramitação da Política Nacional de Cuidado, mas informou que além de avançar na garantia do direito ao cuidado, a política deve “diminuir a sobrecarga de trabalho de cuidados que hoje recai sobre as famílias e dentro delas sobre as mulheres”.

O ministério disse ainda reconhecer a importância da regulamentação da profissão de cuidador e cuidadora.

Enquanto ela é debatida no Legislativo, a pasta disse trabalhar para “atender às demandas das(os) profissionais que atuam neste setor, tais como oferta de formação profissional, elevação de escolaridade da categoria, promoção de trabalho decente (acesso a direitos trabalhistas, fiscalização do trabalho, adequação às normas de segurança e saúde), entre outras”.

Em 2019, o Congresso Nacional manteve veto do então presidente Jair Bolsonaro a um projeto de lei que regulamentava a profissão de cuidador. Na ocasião, o governo justificou o veto dizendo que o texto criava regulamentações “com a imposição de requisitos e condicionantes, ofendendo o direito fundamental de livre exercício profissional”.

Na resposta à BBC Brasil, ao mencionar esse veto, o ministério disse que ele “indica que os termos da regulamentação ainda estão sendo debatidos e disputados no âmbito do legislativo nacional”.

Também em resposta à BBC News Brasil, o Ministério da Saúde informou que, além do atendimento oferecido pelos agentes comunitários de saúde (mencionados por Félix), a pasta oferece “atendimento multiprofissional e domiciliar por meio das equipes de Estratégia de Saúde da Família, voltado para demandas de saúde de rotina, especialmente para idosos”.

O Ministério da Saúde não mencionou quantas pessoas recebem atendimento por meio desse serviço.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/ckg0l28v8d3o

O Papa: o cristão deve irradiar esperança, ser semeador de esperança

Audiência Geral - 11 de dezembro de 2024 - Papa Francisco (Vatican News)

O cristão não pode contentar-se em ter esperança; deve também irradiar esperança, ser semeador de esperança. É o dom mais belo que a Igreja pode dar a toda a humanidade, sobretudo nos momentos em que tudo parece levar-nos a baixar as velas: disse o Papa na audiência geral desta quarta-feira (11/04), em que concluiu a série de catequeses sobre o Espírito Santo e a Igreja. Francisco pediu ao Espírito que nos ajude sempre a “abundar em esperança pela virtude do Espírito Santo”!

Raimundo de Lima – Vatican News

Na audiência geral desta quarta-feira (11/12), o Santo Padre encerrou a série de catequeses sobre o Espírito Santo e a Igreja, dedicando a última reflexão ao título dado a todo o ciclo: “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo guia o Povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”.

O Pontífice explicou que este título refere-se a um dos últimos versículos da Bíblia, no livro do Apocalipse, que diz: “O Espírito e a Esposa dizem: Vem!” (Ap 22,17). A quem se dirige esta invocação? – perguntou. Ao Cristo ressuscitado. Com efeito, tanto São Paulo (1Cor 16,22) como a Didaqué, um escrito dos tempos apostólicos, atestam que nas reuniões litúrgicas dos primeiros cristãos ressoava em voz alta o grito “Maranata!”, que significa “Senhor, vem!” em aramaico. Uma oração a Cristo para que venha, acrescentou Francisco:

Naquela fase mais antiga a invocação tinha um fundo a que hoje diríamos escatológico. Com efeito, exprimia a ardente expetativa do regresso glorioso do Senhor. E este grito e a expetativa que ele exprime nunca morreram na Igreja. Ainda hoje, na Missa, imediatamente após a consagração, ela proclama a morte e ressurreição de Cristo “Vinde, Senhor Jesus!”. A Igreja está à espera da vinda do Senhor.

O Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira (11/12) na Sala Paulo Vi, no Vaticano (Vatican Media)

Cristo e o Espírito são inseparáveis

Mas a expectativa da vinda final de Cristo, observou o Papa, não permaneceu a única. A ela juntou-se também a expetativa da sua vinda contínua na situação presente e peregrinante da Igreja. E é nesta vinda que a Igreja pensa sobretudo quando, animada pelo Espírito Santo, clama a Jesus: “Vinde!”

Ocorreu uma mudança – ou melhor, digamos, um desenvolvimento – pleno de significado em relação ao grito “Vinde!”, “Vinde Senhor!” Geralmente não é dirigido apenas a Cristo, mas também ao próprio Espírito Santo! Aquele que grita agora é também Aquele a quem se grita. “Vinde!” é a invocação com que começam quase todos os hinos e orações da Igreja dirigidos ao Espírito Santo:

“Vinde, Espírito Santo”, dizemos no Veni Creator, e “Vinde, Santo Espírito”, “Veni Sancte Spiritus”, na sequência do Pentecostes; e assim em muitas outras orações. É certo que assim seja, porque, depois da Ressurreição, o Espírito Santo é o verdadeiro “alter ego” de Cristo, Aquele que toma o seu lugar, que o torna presente e atuante na Igreja. É Ele que “anunciar-vos-á as coisas que virão” (ver Jo 16,13) e nos faz desejá-las e esperá-las. É por isso que Cristo e o Espírito são inseparáveis, mesmo na economia da salvação.

O Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira (11/12) na Sala Paulo Vi, no Vaticano (Vatican Media)

A esperança não é uma palavra vã

O Papa acrescentou que o Espírito Santo é a fonte sempre jorrante da esperança cristã. São Paulo deixou-nos estas preciosas palavras, assim diz São Paulo: “O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!”. Se a Igreja é um barco, o Espírito Santo é a vela que o empurra e o faz avançar no mar da história, hoje como no passado!

A esperança não é uma palavra vã, nem o nosso vago desejo de que tudo corra bem: a esperança é uma certeza, porque assenta na fidelidade de Deus às suas promessas. E por isso se chama virtude teologal: porque é infundida por Deus e tem Deus como garante. Não é uma virtude passiva, que simplesmente espera que as coisas aconteçam. É uma virtude supremamente ativa que ajuda a fazê-las acontecer. Alguém que lutou pela libertação dos pobres escreveu estas palavras: “O Espírito Santo está na origem do grito dos pobres. É a força dada àqueles que não têm forças. Ele lidera a luta pela emancipação e pela plena realização do povo dos oprimidos”.

Papa Francisco: audiência geral desta quarta-feira (11/12) na Sala Paulo VI, no Vaticano (Vatican Media)

Esperança, dom mais belo que a Igreja pode dar à humanidade

O cristão não pode contentar-se em ter esperança; deve também irradiar esperança, ser semeador de esperança. É o dom mais belo que a Igreja pode dar a toda a humanidade, sobretudo nos momentos em que tudo parece levar-nos a baixar as velas.

Queridos irmãos e irmãs, concluiu o Pontífice, o Espírito ajude-nos sempre a “abundar em esperança pela virtude do Espírito Santo”!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Hoje é dia de São Dámaso I, que introduziu a oração do “Glória” na liturgia

São Dámaso I. | ACI Digital

Por Redação central

11 de dez de 2024

Hoje (11) é dia de são Dámaso I, trigésimo sétimo papa da Igreja Católica. Seu pontificado durou 18 anos, de 1º de outubro de 366 a 11 de dezembro de 384. É conhecido por ter sido um defensor assíduo da Igreja, particularmente da instituição papal.

Foi um promotor do culto aos mártires e foi quem introduziu a doxologia trinitária ou oração do “Glória” (“Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre pelos séculos dos séculos. Amém) na liturgia.

O papa são Dámaso nasceu por volta do ano 304, na Gallaecia (Hispânia), Idanha-a-Velha (atual Portugal). Desde pequeno viveu em Roma, cidade onde cresceu e onde descobriu a sua vocação eclesiástica. Foi diácono e depois padre da igreja de São Lourenço Mártir. Foi secretário de dois papas, são Libério e são Félix.

Eleição

Dámaso foi escolhido sucessor de são Pedro no ano 366, em meio a um clima de tensão dentro da Igreja. Paradoxalmente, a sua eleição foi inicialmente rejeitada pelos seguidores do papa Libério, a quem serviu com devoção.

Seus oponentes, influenciados pelo arianismo, escolheram e nomearam o diácono Ursinus como papa, mas o fizeram de forma irregular.

Em 367, o imperador Valentiniano exilou Ursinus em Colônia e reconheceu Dámaso como o verdadeiro papa. No entanto, seus oponentes não pararam de assediá-lo. Em 378, Dámaso foi falsamente acusado perante o imperador Graciano, mas as acusações foram rejeitadas por ele e, pouco depois, pelo sínodo dos bispos.

A tarefa mais importante de todas

Dámaso também foi um vigoroso defensor da fé católica. Durante os sínodos romanos de 368 e 369, ele condenou o apolinarismo e o macedonianismo, duas heresias contra a natureza de Cristo e a divindade do Espírito Santo, respectivamente

Ele se preocupou em ajudar a Igreja no Oriente, que também travava uma batalha contra o arianismo. Por outro lado, na ordem civil, apoiou o pedido dos senadores cristãos para a retirada do altar à deusa Vitória, que ficava no Senado.

Foi também testemunha da assunção ao trono imperial de Constantino I - que deteve a perseguição aos cristãos - e da proclamação do decreto “De fide Católica” de Teodósio I, em 27 de fevereiro de 380, pelo qual o catolicismo se tornou a religião oficial do Império Romano.

São Dámaso participou das obras da igreja de São Lourenço Extramuros e ordenou a construção da Basílica de São Sebastião na Via Ápia.

O papa Dámaso teve como secretário são Jerônimo, a quem encarregou de traduzir a Bíblia para o latim, cujo resultado é a famosa versão conhecida como "A Vulgata", referência canônica até hoje.

Simplicidade comprovada

Ele morreu em 11 de dezembro de 384, aos 80 anos. Foi sepultado no túmulo que ele mesmo preparou, longe dos mausoléus imperiais, dentro de uma das catacumbas de Roma. A famosa basílica romana que hoje leva o seu nome foi construída sobre o seu túmulo. Seu legado para o cristianismo, em todos os sentidos, é inestimável.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/56897/hoje-e-dia-de-sao-damaso-que-introduziu-a-oracao-do-gloria-na-liturgia

O perene presépio do Sacrário (I)

Foto: Böhringer Friedrich | Opus Dei

O perene presépio do Sacrário

Este é um texto sobre o Natal. Nele recordamos que os Magos levaram ouro, incenso e mirra. E nós, o que levamos para o Menino Jesus? O trabalho de todas as atividades humanas.

27/12/2017

“Dias de Natal, princípios de 1939. Renascer e continuar, começar e seguir. No campo material, inércia é não mudar: não mexer no que está quieto, não parar o que se move. Porém, no espiritual, seguir e continuar nunca é inércia. Voltemos ao mesmo, sempre ao mesmo: Deus conosco, Jesus menino: e nós, guiados pelos Anjos, indo adorar o Menino Deus, que Maria e José nos mostram. Por todos os séculos, de todos os confins do orbe, carregados e animados pelo trabalho de todas as atividades humanas, irão chegando magos ao perene presépio do Sacrário. Cuida e trabalha, preparando tua oferenda – teu labor, teu dever – para esta Epifania de todos os dias"[1].

A adoração dos Magos, o Batismo do Senhor, as bodas de Caná: três manifestações da divindade do Verbo encarnado, três epifanias que estão localizadas no tempo mas têm sabor de eternidade, porque Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre[2].

Na bela carta que inicia uma seção de Notícias, do mês de dezembro de 1938, pouco mais de dez anos após a fundação do Opus Dei, nosso Fundador contempla o Menino Deus em Belém. Depois de reafirmar a definição da vida interior que tantas vezes temos atualizado em nosso itinerário de aproximação ao Senhor,– começar e recomeçar –, São Josemaria une o mistério da adoração dos Magos ao nosso trabalho profissional. Relaciona o alcance eterno daquela oferenda com a dimensão divina que podem adquirir nossas ocupações cotidianas.

Nós somos, também, de algum modo, aqueles magos que, guiados pela estrela da vocação, nos aproximamos de Belém, nos tempos atuais, desde todos os confins do orbe. Os Magos, que não são membros do povo hebreu, mas gentios, anunciam essa grande convocação que será a Igreja, Povo de Deus. Vinham do Oriente, de além do Jordão. Herodes perguntava onde estava o Rei dos judeus. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas sabiam que o Messias devia nascer em Belém[3], mas não se deram ao trabalho de ir saudá-lo. Herodes se inquieta e toda a Jerusalém com ele[4]; entretanto, somente esses estrangeiros fazem a viagem. Amar é mais que conhecer, o saber não basta para chegar a Jesus.

Crédito> Opus Dei

Quarenta dias depois do nascimento, quando o divino Menino havia sido apresentado no Templo, o velho Simeão proclamava a Salvação dos povos e profetizava sobre quem ia ser luz para iluminar os gentios e glória de Israel[5]. Luz divina para todas as nações e, por isso mesmo, glória de Israel.

Os pastores – hebreus – e os Magos – pagãos – são os primeiros de uma multidão onde já não haverá mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e livre, entre homem e mulher[6]. Com os Magos, começa a se cumprir a profecia de Simeão para os gentios. Nós, séculos depois, formamos também parte desse Povo convocado na Nova Aliança. “Um povo, formado por judeus e gentios, que se reunira em unidade, não segundo a carne, mas no Espírito, e constituísse um novo Povo de Deus"[7]. O pão das ovelhas perdidas da casa de Israel se faz pão para todos[8].

Os Magos levam ouro, incenso e mirra. E nós, o que levamos para o Menino Jesus? Nós vamos a Belém carregados e animados pelo trabalho de todas as atividades humanas.

Carregados

Carregados, porque o trabalho duro, contínuo, exigente é, para nós, peso. O trabalho, sempre vocação do homem, com o pecado, tornou-se esforço, luta e dor. Com a desobediência, veio a morte; morte que Cristo quis também padecer. Nós, como os Magos, trazemos mirra. Como Nicodemos, levaremos uma mistura de mirra e de aloés aos pés da Cruz, tomaremos seu Corpo e o envolveremos em lençóis, com os melhores aromas que possamos encontrar[9]: mirra da abnegação por amor a Cristo e às almas, de amor à Cruz no trabalho de cada dia, ainda que custe e porque custa. Nosso trabalho, participação nos sofrimentos de Cristo, é também bálsamo para curar, para limpar e aliviar as tremendas feridas que abrimos com nossos pecados em sua Santíssima Humanidade. Nada faltou à Paixão de Jesus para nos salvar, mas, para que seus méritos nos sejam aplicados, devemos completar em nossa carne aquilo que falta aos sofrimentos de Cristo em favor de seu Corpo que é a Igreja[10]. Alegria de participar nos sofrimentos da Cruz para que Cristo se forme em cada membro de seu Corpo Místico: afã de almas, amor redentor do cristão. Nossas fadigas servem para a salvação de muitas almas.

Crédito> Opus Dei

Onde está o Rei dos judeus? –perguntava Herodes. Aonde iremos, carregados com nosso trabalho? Iremos ao perene presépio do Sacrário. Ali, como fruto da Missa – trabalho de Deus –, como fruto da Cruz, Ele está substancialmente presente.

O Pão da Vida, Pão descido do Céu, Pão para a vida do mundo[11], está nos esperando agora no presépio do Sacrário, onde há mais humildade, mais aniquilamento do que na manjedoura e do que no Calvário. Os Reis Magos encontraram Jesus em Bêt-lehem, que significa casa do pão. O grão de trigo, que morrendo dará muito fruto, jaz sobre um pouco de palha[12]. Vamos a Belém com o ouro do desprendimento dos êxitos e dos fracassos, com o incenso dos desejos de servir e de compreender – caridade, pureza: bom odor de Cristo – e a mirra do sacrifício de cada dia[13].

Animados

Vamos animados pelo trabalho, porque o trabalho é para nós caminho para chegar a Jesus; é, de algum modo, caminho para Belém: ali, onde nasce o Verbo encarnado, onde Céus e terra se unem, no seio de Maria e, depois, naquele humilde berço de Belém. Até ali vamos nós que procuramos unir trabalho e oração, oração e trabalho: o mundo com Deus.

Vamos com bom ânimo, com passo alegre. O trabalho é, com efeito, e apesar das dificuldades que sempre traz consigo – e que algumas vezes tanto nos fazem sofrer –, vida, tarefa, dom, crescimento, serviço a Deus e aos demais. Por isso tratamos de amá-lo, fazê-lo com alegria, com entusiasmo: com paixão profissional. O trabalho é, neste sentido, motor que impulsiona. É bom sair de casa com desejos de cumprir aquela tarefa humana que constitui nossa vocação profissional e, ao mesmo tempo, nos posiciona na sociedade.

Crédito> Opus Dei

Ele é o artesão, o filho do artesão[14], aquele que trabalhou trinta anos em Nazaré. É o Filho de Deus que transformou o pão em seu Corpo. Quanto lhe custou o trabalho da Cruz! Abbá, não se faça a minha vontade, mas a tua[15]; e esta submissão da vontade nós a atualizamos cada dia, quando o sacerdote, emprestando sua voz e toda sua pessoa ao Senhor, agindo in Persona Christi Capitis, repete as palavras da Instituição da Eucaristia: Isto é meu Corpo que será entregue por vós. Assim vamos, carregados e animados, seguindo as pegadas de quem subiu a Jerusalém com o peso de nossos pecados, animado por desejos de salvação, por desejos de entrega.

Quam dilecta tabernacula tua, Domine virtutum![16]. Vamos, animados pelo trabalho, ao Sacrário, ao Tabernáculo, à casa do Senhor dos Exércitos, força de nossas lutas de paz para alcançar as virtudes. Oferecemos essa luta a Ele, porque não há nada de bom que tenhamos feito que não venha d'Ele. Que tens que não tenhas recebido? – dizia São Paulo[17]. Essas virtudes que nos esforçamos por exercer no trabalho são de Deus: a laboriosidade – meu Pai não deixa de trabalhar, e eu também trabalho[18] –, a paciência, a responsabilidade, o cuidado das coisas pequenas, o esforço por dar acabamento, o afã por ajudar os demais a crescerem e a humildade que permite valorizar seu trabalho, a alegria, o serviço. No “começar e recomeçar" está a luta para adquirir essas virtudes, hábitos operativos que forjam nossa personalidade e, pouco a pouco, nos identificam com Cristo.

Guillaume Derville

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[1] Cfr. São Josemaria Escrivá de Balaguer, Caminho, edição crítico-histórica, preparada por Pedro Rodríguez, 3ª ed. Rialp, Madrid 2004, pág. 1051 (comentário ao ponto 998).

[2] Cfr. Hb 13, 8.

[3] Cfr. Mi 5, 1-3.

[4] Cfr. Mt 2, 4-6.

[5] Lc 2, 34.

[6] Cfr. Gal 3, 28.

[7] Concílio Vaticano II, Const. dogm. Lumen Gentium, n. 9.

[8] Cfr. Mt 15, 24-28.

[9] Cfr. Jo 19, 39.

[10] Cfr. Cl 1, 24.

[11] Cfr. Jo 6, 35,41,51.

[12] Cfr. João Paulo II, Mensagem do Santo Padre para a XX Jornada Mundial da Juventude (Colônia, agosto 2005), 26-VIII-2004, n. 3

[13] Cfr. É Cristo que passa, nn. 35-37.

[14] Cfr. Mt 13, 55; Mc 6,3.

[15] Cfr. Mc 14, 36.

[16] Sl 84 [83], 2.

[17] Cfr. 1 Co 4, 7.

[18] Jo 5, 17.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/o-perene-presepio-do-sacrario/

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Papa Francisco: a mulher não é um ser humano de segunda categoria

Papa Francisco em encontro com o Comitê Católico "Manos Unidas" (Vatican Media)

Nós estamos acostumados a essa cultura machista, a ver a mulher, não digo como o cachorrinho ou o gato de casa, mas como um ser humano de segunda categoria", afirmou o Pontífice a voluntários de "Manos Unidas". Francisco enalteceu a figura da mulher, que tanto ajudou na criação da ONG da Igreja Católica há 65 anos, uma associação espanhola que trabalha no combate à fome, ao subdesenvolvimento e à falta de instrução nos países da América, África e Ásia.

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira (09/12), no Vaticano, uma delegação do Comitê Católico da Campanha contra a Fome Mundial de "Manos Unidas", uma Organização Não Governamental da Espanha que há 65 anos contribui para a promoção e o progresso dos países em desenvolvimento. Segundo dados da própria ONG do início de dezembro, mais de 1 milhão de pessoas na América, na África e na Ásia já conseguiram mudar de vida com a generosidade e a dedicação de uma rede solidária de 6.500 voluntários, mas a campanha, segundo contou Francisco em discurso em espanhol, alcança "somente 15% daqueles que sofrem a fome do mundo. É muito difícil, muito difícil".

A ONG espanhola atua também na América, África e Ásia (Vatican Media)

A mulher leva o mundo adiante

O Pontífice recordou que a associação nasceu como "resposta das mulheres da Ação Católica da Espanha ao apelo da FAO, que denunciava a 'fome de pão, fome de cultura e fome de Deus que aflige grande parte da humanidade'". Uma pequena rede de mulheres formada em 1959 que hoje cresceu e se converteu em ONG devido à "sensibilidade e força próprias do gênio feminino", comentou o Papa, fazendo ligação "à figura da Mãe de Deus, que celebramos na sua Imaculada Conceição. Pois a Virgem Maria é a Mulher por excelência". 

"Nós estamos acostumados a essa cultura machista, a ver a mulher, não digo como o cachorrinho ou o gato de casa, mas como um ser humano de segunda categoria. E não vamos nos esquecer que são as mulheres a levar o mundo adiante e - como alguns dizem - são elas que comandam. Mas tudo bem. Mas é a mulher que leva adiante a família, que leva adiante os povos, que se aproxima das necessidades, aquela sensibilidade tão rica da mulher."

Maria, continuou Francisco, que é "atenta às necessidades dos seus filhos", serve de "modelo plenamente realizado" para a humanidade. Assim como têm feito as mães, filhas, esposas e sogras da associação pública de fiéis da Igreja Católica "Manos Unidas" que seguem a missão de "combater a fome, o subdesenvolvimento e a falta de instrução". E o Papa dividiu uma anedota:

Ursula Von der Layen, a presidente do Conselho da Europa, é médica e mãe de 7 filhos. Um dia eu lhe disse - após ter resolvido um problema muito difícil com a Bélgica, a Holanda e muito dinheiro, e ela o resolveu bem - e eu lhe disse: 'senhora - estávamos sentados ali - como fez para resolvê-lo?' E ela começou a fazer assim com as mãos (no sentido de equilibrar tudo). 'Como fazemos nós, mães'. A mulher tem talento, o gênio feminino.

A dignidade de ser filho de Deus

E o Papa Francisco finalizou o discurso, encorajando a prosseguir com o trabalho voluntário e de assistência "na construção da civilização do amor":

"Ao nos aproximarmos do Jubileu de 2025, convido-os a serem peregrinos de esperança e a reorientar a vida para Jesus, também por meio da contribuição de vocês para a melhoria material, o progresso moral e o desenvolvimento espiritual dos mais frágeis e necessitados, para ajudá-los a obter uma vida que corresponda à dignidade deles de filhos de Deus."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nossa Senhora de Loreto: Croácia terá um dos maiores monumentos do mundo

Općina Primošten - Facebook - Reprodução

Aleteia Brasil - publicado em 13/03/17

Região nutre devoção toda especial pela Santíssima Virgem Maria! Os habitantes de Primosten, na Croácia, nutrem uma devoção toda especial a Nossa Senhora de Loreto.

É em honra a ela que, todos os anos, eles realizam uma celebração especial nos dias 9 e 10 de maio. E é em honra a ela, também, que eles estão agora levantando um dos maiores monumentos do mundo dedicados à Virgem Maria: uma imagem de Nossa Senhora de Loreto com 17 metros de altura!

O projeto vem despertando grande interesse não apenas localmente: de acordo com o site Total Croatia News, a prefeitura da cidade informou que “a Santa Sé e o Papa Francisco nos deram a sua bênção”.

Graças à sua altura, a imagem da Virgem poderá ser vista nos dias de céu claro a partir da costa italiana, que se estende a alguns quilômetros dessa parte do território croata.

A construção da imagem conta com a colaboração da Via Lauretana, uma iniciativa que integra os santuários marianos da Europa e promove um turismo religioso sustentável.

Nossa Senhora de Loreto é uma devoção mariana que surgiu a partir do relato do milagroso traslado da casa em que viveu a Virgem Maria em Nazaré. Casinha pequena feita de pedras, ela se tornou uma relíquia protegida pelos católicos na Terra Santa. Sob aquele teto, afinal, “o anjo do Senhor tinha anunciado a Maria e ela concebera do Espírito Santo“. Tinha sido lá que São José ensinou a Jesus o seu ofício de carpinteiro; era lá que Jesus “crescia em estatura, sabedoria e graça diante do Senhor“; era lá que a Família de Nazaré vivia em amor e felicidade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2017/03/13/nossa-senhora-de-loreto-croacia-tera-um-dos-maiores-monumentos-do-mundo

Folheto Litúrgico “O Povo de Deus” completa 60 anos

Folheto "O Povo de Deus" - Arquidiocese de Brasília (arqbrasilia)

Folheto Litúrgico da Arquidiocese de Brasília “O Povo de Deus” completa 60 anos e recebe novo layout

Pensando em uma reformulação no layout do folheto Arquidiocesano O Povo de Deus, a Arquidiocese de Brasília trouxe mudanças na edição deste domingo (08/12), que já foram apreciadas pelos fiéis na Solenidade da Imaculada Conceição.

  • dezembro 9, 2024

O folheto arquidiocesano surgiu no início da década de 60, com o incentivo de Dom José Newton de Almeida Baptista, primeiro Arcebispo de Brasília, fruto da inspiração no Concílio Vaticano II, que desejava favorecer uma participação mais ativa e frutuosa das pessoas na Liturgia da Missa.

Ao longo de todos estes anos, o folheto litúrgico foi ampliando ainda mais a sua presença nas paróquias, sendo suspenso apenas no período da Pandemia, entre 2020 e 2021.

“Este importante subsídio Litúrgico, que acompanha os fiéis todos os domingos nas Celebrações Eucarísticas nas paróquias do Distrito Federal, quer ser um instrumento de ajuda e facilitação na participação da Santa Missa, além de ser um canal de comunicação com os informes dos eventos que acontecem em nossa Arquidiocese e também apresenta uma reflexão do evangelho dominical do Arcebispo Metropolitano para todos os fiéis, através da Palavra do Pastor,  para que possam se aprofundar no conhecimento bíblico, teológico e espiritual”, explica o Padre Paulo Alves, editor geral do folheto litúrgico arquidiocesano.

Padre Paulo destaca que o nome do folheto vem da expressão bíblica e Conciliar “Povo de Deus”, para identificar a Igreja, com ela não nos referimos a um determinado grupo de fiéis em contraposição a um outro grupo da hierarquia.

“O conceito designa a Igreja como uma grande unidade. E é justamente isso que acontece na Celebração da Missa, existe o sacerdote que preside e a comunidade que reza junto com ele, de modo que se forma uma Assembleia celebrante”, salienta.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

São Gregório III, Papa

São Gregório III (A12)
10 de dezembro
Localização: Síria
São Gregório III, Papa

São Gregório III, natural da Síria, tornou-se Papa em 731, sucedendo Gregório II. Ele assumiu o papado em um tempo de grande dificuldade, enfrentando as controvérsias e perseguições do imperador bizantino Leão III, que ordenou a proibição das imagens sagradas em Constantinopla.

Defensor da fé, Gregório III condenou a iconoclastia e reafirmou a importância das imagens na vida cristã, sustentando que elas são formas de levar os fiéis a contemplarem o mistério de Deus. Ele convocou um sínodo para defender a veneração das imagens, atitude que provocou grande tensão com o império, mas revelou sua firmeza em proteger a tradição da Igreja.

Além disso, Gregório III acolheu muitos cristãos perseguidos pelo movimento iconoclasta, oferecendo-lhes proteção em Roma. Ele era um pastor compassivo, que cuidava dos necessitados e refugiados, criando oportunidades para que os fiéis pudessem viver e praticar a fé em paz.

O papa também incentivou a construção de igrejas e mosteiros, promovendo o crescimento da fé na Europa. Sua atuação foi fundamental para a expansão do cristianismo em terras distantes, enviando missionários e fortalecendo as comunidades cristãs.

Ele buscou preservar a unidade e manter a paz em meio a conflitos, mostrando um exemplo de liderança firme e espiritualidade profunda. São Gregório III faleceu em 741, deixando um legado de coragem e fidelidade ao Evangelho.

Sua vida é recordada como a de um verdadeiro pastor e defensor da fé, que nunca se afastou dos princípios cristãos, mesmo diante das pressões externas.

Reflexão:

São Gregório III nos mostra o valor da coragem e da fidelidade à nossa fé, mesmo quando somos desafiados. Seu exemplo nos encoraja a manter firme nossa devoção e a cuidar das tradições que nos aproximam de Deus. Como ele, somos chamados a defender nossa fé com firmeza e amor. A espiritualidade de São Gregório III é também um convite à caridade e ao cuidado com os necessitados. Sua vida nos ensina a acolher e proteger nossos irmãos em situações difíceis, sendo sinais do amor de Cristo no mundo.

Oração:

Ó Deus, que concedestes a São Gregório III a força para defender a fé e a tradição da Igreja, dá-nos a graça de viver com fidelidade nossa fé. Amém. São Gregório III, ajuda-nos a sermos sinais de caridade e compaixão, acolhendo com amor os que mais precisam de cuidado. Amém!

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF