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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Presidência da CNBB divulga mensagem de Natal: “Tempo de Renovar a Esperança”

O Presépio (CNBB)

Presidência da CNBB divulga mensagem de Natal: “Tempo de Renovar a Esperança”

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou sua Mensagem de Natal com o convite a “renovar a esperança”. Olhando o contexto atual, “marcado por conflito, injustiça e morte”, os bispos veem o Natal como inspiração para reafirmar valores evangélicos fundamentais: a conversão, a paz, a justiça e a solidariedade.

Com o Natal, afirmam os bispos, Deus ensina “que, mesmo em meio às dores e desafios, há sempre uma luz que aponta o caminho: “Nasceu-nos um menino, um filho nos foi dado” (Is 9,5). Ele é nosso Salvador e Redentor; é a Paz oferecida aos homens e mulheres de boa vontade (Lc 2,14)”.

No texto, são recordados alguns temas importantes na atuação da Conferência Episcopal, como o respeito à vida e a dignidade da pessoa humana desde a concepção até seu fim natural; os clamores dos povos indígenas e tradicionais; e a proteção da vida de lideranças comunitárias e de mulheres, jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade. Os bispos também lançam o olhar para os desafios climáticos, para a necessidade de reafirmar o valor da democracia e do Estado Democrático de Direito e para o mundo do trabalho.

Na mensagem, há o convite é à solidariedade:

“O Natal expressa a solidariedade de Deus para com a humanidade. Esta solidariedade nos inspira a olhar com amor para os idosos, doentes, encarcerados, crianças sem lar, migrantes e pobres. Cada gesto de amor e cuidado é uma semente de esperança e uma oportunidade para construir um Brasil mais justo e fraterno, completamente livre da fome”, afirmam os bispos.

Às vésperas da abertura do Jubileu Ordinário de 2025, os bispos ressaltam a esperança, escolhida pelo Papa Francisco como tema do Ano Santo:

“A estrela do Natal e o Papa Francisco nos convidam a “esperançar” nosso povo, de forma dinâmica e não passiva, promovendo a vida em todas as suas formas e dimensões. A simplicidade do presépio nos recorda nossa vocação e missão: cuidar uns dos outros, como guardiães, e colaborar na construção de um mundo onde a paz seja o fundamento das relações e o diálogo amoroso ilumine as escolhas e decisões”.

Os bispos motivam iniciar o Jubileu de 2025, “como cultivadores diligentes das sementes do Evangelho, para que fermente na humanidade a espera confiante de novos céus e nova terra”.

Confira a mensagem na íntegra [baixe em PDF]:

É Natal! Tempo de renovar a esperança!

Deus assumiu rosto humano, deixando-se envolver pelos panos da fragilidade e nos convidando a contemplar a grandeza do amor na simplicidade da manjedoura. Ele nos ensina que, mesmo em meio às dores e desafios, há sempre uma luz que aponta o caminho: “Nasceu-nos um menino, um filho nos foi dado” (Is 9,5). Ele é nosso Salvador e Redentor; é a Paz oferecida aos homens e mulheres de boa vontade (Lc 2,14).

Neste tempo marcado por conflito, injustiça e morte, o Natal nos inspira a reafirmar valores evangélicos fundamentais: a conversão, a paz, a justiça e a solidariedade. Natal é festa da vida e da família. Por isso, é tempo de trabalhar por um mundo em que cada pessoa tenha sua vida e dignidade respeitadas, e suas necessidades atendidas, desde sua concepção até seu fim natural.

No Brasil, os clamores de muitos povos chegam aos céus. Os povos indígenas e tradicionais nos lembram da importância de cuidar da terra e de honrar nossa dívida histórica. Precisamos construir um futuro sustentável, solidário e que garanta o bem viver a todos. A convivência no campo deve ser pautada pela fraternidade, e não por conflitos. Proteger a vida de lideranças comunitárias, mulheres, jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade é essencial para construir um país que valorize e promova a dignidade humana.

Os desafios climáticos e sociais nos chamam à ação. A Casa Comum, nosso lar, pede cuidado urgente. Cada gesto de proteção ao meio ambiente e aos nossos irmãos e irmãs mais necessitados é um testemunho concreto do amor de Deus que habita em nosso meio.

É fundamental reafirmar o valor da democracia e do Estado de Direito. Os episódios recentes, que tentaram desestabilizar nossas instituições, são inaceitáveis. Eles nos alertam para o compromisso com a justiça, o diálogo e a paz social. Defender a democracia é defender o amor ao Brasil e aos valores que sustentam uma convivência harmoniosa e plural, mas sempre pautada na Constituição Federal. O verdadeiro patriotismo está em proteger os direitos de todos, especialmente dos mais vulneráveis, construindo juntos um futuro de esperança.

O mundo do trabalho, base para a dignidade humana, precisa de atenção especial. Que possamos buscar um modelo de economia que valorize e inclua, onde cada pessoa tenha oportunidades dignas de sustento e realização.

O Natal expressa a solidariedade de Deus para com a humanidade. Esta solidariedade nos inspira a olhar com amor para os idosos, doentes, encarcerados, crianças sem lar, migrantes e pobres. Cada gesto de amor e cuidado é uma semente de esperança e uma oportunidade para construir um Brasil mais justo e fraterno, completamente livre da fome.

A estrela do Natal e o Papa Francisco nos convidam a “esperançar” nosso povo, de forma dinâmica e não passiva, promovendo a vida em todas as suas formas e dimensões. A simplicidade do presépio nos recorda nossa vocação e missão: cuidar uns dos outros, como guardiães, e colaborar na construção de um mundo onde a paz seja o fundamento das relações e o diálogo amoroso ilumine as escolhas e decisões.

Como “Peregrinos de Esperança”, iniciemos o Jubileu da Encarnação de Nosso Senhor, como cultivadores diligentes das sementes do Evangelho, para que fermente na humanidade a espera confiante de novos céus e nova terra.

Que Nossa Senhora Aparecida reavive em nós a chama da caridade e prepare o nosso coração para acolher seu Filho, Jesus Cristo, Luz das nações e Príncipe da paz!

Feliz Natal e um Ano Novo pleno de esperança, paz e fraternidade!

Cardeal Jaime Spengler
Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO
1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Números da verdade: este é o bem que a Igreja Católica faz na Espanha

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Números da verdade: este é o bem que a Igreja Católica faz na Espanha (missas, educação, caridade e poupança para o governo)

A Igreja Católica poupa ao Estado 4,6 mil milhões de euros e cria quase 90 mil empregos. Quase 4 milhões de pessoas são atendidas nos centros sociais e assistenciais da Igreja Católica.

17 DE DEZEMBRO DE 2024 22:43 ZENIT IGREJA LOCAL EDITORIAL

(ZENIT News / Madrid, 17/12/2024).- A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) apresentou o Relatório Anual das atividades da Igreja Católica na Espanha correspondente ao ano de 2023. Documento elaborado pelo Escritório de Transparência para dar conta do destino dos 382.437.998 euros que os contribuintes atribuíram à Igreja Católica ao assinalarem o 2023).

Fiéis ao seu compromisso com estes colaboradores e com toda a sociedade, estas páginas mostram também o verdadeiro rosto da Igreja, dando a conhecer a sua estrutura e a atividade que desenvolve no âmbito dos seus próprios propósitos: anunciar, celebrar e viver a fé. .

O avanço na recolha de dados – 330 indicadores – é agora viável graças aos avanços ocorridos nos últimos anos nos sistemas de contabilidade e prestação de contas das entidades eclesiais, no desenvolvimento de códigos de boa governação ou na aplicação de novas tecnologias na gestão diocesana.

Como habitualmente, o Relatório é publicado com o aval de um processo de revisão externa assinado pela PWC.

A estrutura

O Relatório de Atividades da Igreja está dividido em cinco partes: Introdução; A Igreja Católica na Espanha; Alocação e distribuição de impostos; A economia diocesana; e Anexos (está detalhado todo o processo de elaboração da informação contida neste Relatório).

Os dados

Que pessoas constituem a Igreja Católica? O capítulo dedicado à Igreja Católica abre respondendo a esta pergunta. Esta secção recolhe também dados quantitativos sobre a atividade da Igreja dividida em três blocos: anunciar a fé, celebrar a fé e viver a fé.

Em relação a esses dados, pode-se dizer que são todos os que existem, mas não são todos os que existem. Porque, como deixa claro o documento, “apresentar numa publicação a contribuição total da Igreja em favor da sociedade é uma tarefa praticamente impossível”. Com estas páginas “a atividade da Igreja e a sua contribuição social não se esgotam”.

Este Relatório apresenta informações sobre as quais existem dados certos e verificáveis. 330 indicadores que nos permitem fazer uma radiografia da Igreja em Espanha, articulada e presente em 69 dioceses territoriais e na diocese militar.

Quem constitui a Igreja na Espanha?

–  Milhões de leigos. 80 associações e movimentos leigos estão registrados com 407.563 associados leigos; 81.080 catequistas; 36.686 professores de religião.

–  Na vida religiosa existem 32.531 religiosos. Além disso, 7.664 monges e freiras de clausura estão enclausurados;

–  9.932 missionários;

–  957 seminaristas;

–  587 diáconos permanentes;

–  15.285 sacerdotes e 119 bispos.

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Anuncie a fé:

– Os padres dedicaram mais de 26.962.740 horas ao seu trabalho nas paróquias. Através da atividade pastoral, são responsáveis ​​por acompanhar os fiéis nos momentos essenciais da sua vida. Um trabalho que se intensifica nas zonas rurais, onde se situa a maioria das freguesias do nosso país (11.437 freguesias rurais).

– Trabalho educativo: 

1.498.182 alunos estudam nos 2.536 centros educativos católicos, que contam com 135.311 trabalhadores. Estes centros representam uma poupança de 4.604 milhões de euros para o Estado.

2.940.793 alunos estão matriculados na disciplina de Religião. No ano letivo 2023-2024, houve um aumento de 8.503 alunos de graduação em relação ao ano anterior (122.701 no total) nas 17 universidades de orientação católica, onde estudam 58% dos alunos de graduação de universidades privadas presenciais. .

–  Missões :

9.932 missionários e 537 famílias em missão anunciam a fé nos 1.123 territórios em missão nos cinco continentes. Destaca-se que 56% são mulheres e 57% são consagrados e consagradas. Em 2023, o Fundo “Nova Evangelização” aumentou o número de projetos financiados, 258 no valor de 2.521.856 euros.

–  Património cultural :

Além da sua finalidade litúrgica, evangelizadora e pastoral, a atividade que gera tem um impacto total no PIB espanhol de 22,62 mil milhões de euros. 3.161 Bens de Interesse Cultural (BIC) pertencem à Igreja e existem 283 museus diocesanos. Em 2023, as dioceses espanholas destinaram 66.773.094 euros a 573 projetos de construção, conservação e reabilitação.

Celebre a fé:

–   Em 2023,  8,2 milhões assistiram regularmente à missa  e 9,5 milhões de eucaristias foram celebradas   nas  22.921 paróquias ,  87 catedrais  ou  639 santuários .

– Sacerdotes, consagrados e leigos dedicaram  45.555.429 horas à atividade celebrativa da Igreja .

–  Os sacramentos :  o número de batismos  com 152.426;  confirmações , 107.153;  casamentos , 33.500; e  unções dos enfermos , 26.120

418  Celebrações e festas religiosas em Espanha:  (Semana Santa, peregrinações, Corpus Christi, etc.) foram declaradas de interesse turístico nacional e internacional

97 Festas religiosas de interesse turístico nacional:  (Semana Santa em Ponferrada, Granada, Almería...).

46 Festas religiosas de interesse turístico internacional:  (Semana Santa em Cieza, Valladolid, Zamora, Romería del Rocío...)

167  festividades da Semana Santa  declaradas de interesse turístico  

Outros dados:  14.576 entidades religiosas católicas  e  5.332 irmandades com mais de um milhão de irmãos .

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Viva a fé:

A Igreja lidera iniciativas em áreas fundamentais como a promoção do emprego, a defesa da vida e da família e o apoio às mulheres em situação de exclusão.

Em 2023, a Igreja Católica geriu 162 centros de promoção da mulher e de apoio às vítimas de violência, prestando assistência a mais de 38 mil beneficiários.

Com 874 capelães e 18.581 voluntários ativos, o ministério da saúde acompanhou 98.447 pacientes em hospitais e 65.516 em domicílios todos os meses. Na esfera penitenciária, a Igreja geriu 1.069 programas dentro e fora da prisão, promovendo a reintegração social e económica dos beneficiários. Neste sentido, a rede de 230 centros dedicados à defesa da vida e da família serviu cerca de 85 mil beneficiários, oferecendo apoio integral a mães em situação de vulnerabilidade, famílias em crise e menores em risco.

Em termos de imigração, a Igreja Católica em Espanha continua a ser um apoio essencial para pessoas em situação de vulnerabilidade. Durante 2023, mais de 120 mil pessoas foram atendidas em 132 centros dedicados à recepção e acompanhamento de migrantes e refugiados. Estes espaços prestavam serviços essenciais como orientação social, acesso ao mercado de trabalho e habitação, assistência jurídica e apoio em centros de detenção para estrangeiros.

O compromisso

O Relatório de Atividades nasceu após a assinatura, em 2006, do atual sistema de repartição de impostos entre a nunciatura apostólica e o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. A partir desse momento, a Igreja recebe para seu sustento apenas o que os contribuintes decidirem destinar anualmente na sua Declaração de Imposto de Renda, através de 0,7% da sua cota integral.

Desde então, a CEE cumpre o compromisso que adquiriu com o Estado de melhorar o relatório de suporte que já era realizado com o anterior sistema de financiamento. Mas, além disso, quer que este compromisso se estenda a cada um dos contribuintes que todos os anos depositam a sua confiança na Igreja, colocando o X na sua Declaração.

Por esta razão, desde a apresentação do primeiro Relatório em 2009 (correspondente ao exercício de 2007), a informação contida nestas páginas aumentou de 77 indicadores ou dados para mais de 300.

A Igreja Católica ajuda cerca de 4 milhões de pessoas por ano com as suas atividades sociais e assistenciais.

– Este trabalho inclui a atividade da Cáritas e das Mãos Unidas através de cozinhas comunitárias, lares de idosos, centros para vítimas de violência, assistência a imigrantes ou, mais recentemente, a ajuda prestada por ocasião da DANA em Valência .

– Cada euro investido através da dotação fiscal é multiplicado por quatro em valor social, atingindo 1.428 milhões de euros anuais . A Igreja Católica é um dos principais pilares do tecido social espanhol. Isto reflete-se no Relatório Anual de Atividades apresentado pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE), que destaca que, em 2023 (últimos dados publicados), mais de 8.800 centros sociais e assistenciais, geridos por dioceses, paróquias e organizações como Cáritas e Manos Unidas, ofereceram apoio a mais de  3,8 milhões de pessoas  (90 mil em relação ao ano anterior).

Este trabalho inclui a atividade da Cáritas e das Mãos Unidas através de cozinhas comunitárias, lares de idosos, centros para vítimas de violência, assistência aos imigrantes ou, mais recentemente, a ajuda prestada por ocasião da DANA em Valência, onde a Igreja mobilizou cerca de 600 voluntários acompanhar e atender às necessidades imediatas de alimentação, higiene e limpeza, além de canalizar a ajuda que chegava de diversos lugares e meios; no total 42.809.752 milhões de euros com os quais espera servir mais de 20.000 pessoas.

CADA EURO DA ALOCAÇÃO DE IMPOSTO É MULTIPLICADO POR QUATRO

No documento, elaborado pelo Gabinete de Transparência da CEE, a Igreja dá conta do destino, entre outras rubricas, dos 382 milhões de euros que os mais de 8,5 milhões de contribuintes destinaram à Igreja Católica ao assinalar o Rendimento de 2024 Declaração Fiscal (ano fiscal de 2023) que estima que, por cada euro investido através da  dotação fiscal, é multiplicado por quatro em valor social , atingindo 1.428 milhões euros anualmente.

A Igreja lidera iniciativas em áreas fundamentais como a promoção do emprego, a defesa da vida e da família e o apoio às mulheres em situação de exclusão. Em 2023, a Igreja Católica geriu 646 centros de  promoção da mulher e de apoio às vítimas de violência , prestando assistência a mais de 38 mil beneficiários. Além disso, mais de 2.800 programas ajudaram pessoas em risco de exclusão, incluindo acompanhamento espiritual e humano através de 96 abrigos.

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Com 874 capelães e 18.581 voluntários ativos, o ministério da saúde atendeu  98.447 pacientes em hospitais  e 65.516 em domicílios todos os meses. No âmbito penitenciário, a Igreja geriu 1.064 programas que beneficiaram mais de 10.000 pessoas, promovendo a sua reinserção social e económica.  Neste sentido, a rede de 230 centros dedicados à defesa da vida e da família serviu cerca de 85 mil beneficiários, oferecendo apoio integral a mães em situação de vulnerabilidade, famílias em crise e menores em risco.

Em termos de imigração, a Igreja Católica em Espanha continua a ser um apoio essencial para pessoas em situação de vulnerabilidade. Durante 2023, mais de 120 mil pessoas foram atendidas em 132 centros dedicados à recepção e acompanhamento de migrantes e refugiados. Estes espaços prestavam serviços essenciais como orientação social, acesso ao mercado de trabalho e habitação, assistência jurídica e apoio em centros de detenção para estrangeiros.

No âmbito pastoral, os sacerdotes dedicaram mais de 27 milhões de horas ao acompanhamento espiritual dos fiéis, especialmente nas 11.437 paróquias rurais, “onde se encontra a maioria das paróquias do nosso país e onde o acompanhamento de sacerdotes e agentes de pastoral se torna ainda mais necessário”. .”

UMA ECONOMIA PARA O ESTADO DE 4.604 MILHÕES DE EUROS

O documento destaca também o impacto económico gerado pela Igreja em Espanha e estima que  impacta diretamente a geração de 2.375 milhões de euros de PIB  e que, por cada euro de despesa da Igreja, para cumprir a sua missão pastoral, social e cultural , 1,65 euros são gerados na economia espanhola.

A avaliação do impacto socioeconómico da Igreja em Espanha elaborada pela Deloitte e apresentada no documento, destaca ao mesmo tempo o seu papel como motor de criação de emprego, contribuindo diretamente para a criação de mais de  52.000 empregos e mais de 34.000 empregos indiretos. aqueles . Uma figura que vai desde pessoal educativo e de saúde até trabalhadores de iniciativas sociais e culturais.

A atividade desenvolvida pela Igreja no campo educativo também impacta a economia do nosso país. O documento calcula que o sistema católico, com mais de 1,4 milhões de estudantes e 2.536 centros, gera uma  poupança estimada de 4.604 milhões de euros ao Estado  (mais 9% face ao mesmo período do ano anterior) devido à eficiência na gestão de despesas nos centros e a baixa dotação dos concertos em comparação com a educação pública.

Igreja Católica poupa ao Estado 4,6 mil milhões de euros e cria quase 90 mil empregos

– Os dados do Relatório Anual de Atividades confirmam o papel da Igreja Católica como criadora de riqueza

– Por cada euro gasto nas suas atividades, são gerados 1,65€ na economia espanhola .

– O gasto da atividade da igreja diocesana é de 1.428 milhões de euros, 4 vezes mais em relação ao que é contribuído pela dotação fiscal .

A  atividade da Igreja Católica em Espanha vai muito além do espiritual. Isto reflete-se no último Relatório Anual de Atividades, publicado hoje pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE), que estima, segundo os dados mais recentes, que  impacta diretamente a geração de 2.375 milhões de euros de PIB  e que, por cada euro de despesa pela Igreja, para cumprir a sua missão pastoral, social e cultural, são gerados 1,65€ na economia espanhola.

Além do impacto económico da Igreja em Espanha, a avaliação do impacto socioeconómico da Igreja em Espanha elaborada pela Deloitte incluída no documento, destaca o seu papel como motor de geração de emprego, contribuindo diretamente para a criação de mais de  52.000 empregos e mais 34 mil indiretos . Uma figura que vai desde pessoal educativo e de saúde até trabalhadores de iniciativas sociais e culturais.

UMA ECONOMIA PARA O ESTADO DE 4.604 MILHÕES DE EUROS

A atividade desenvolvida pela Igreja no campo educativo também impacta a economia do nosso país. O documento calcula que o sistema católico, com mais de 1,4 milhões de estudantes e 2.536 centros, gera uma  poupança estimada de 4.604 milhões de euros ao Estado  (mais 9% face ao mesmo período do ano anterior) devido à eficiência na gestão de despesas nos centros e a baixa dotação dos concertos em comparação com a educação pública.

Fonte: https://es.zenit.org/2024/12/17/numeros-de-la-verdad-este-es-el-bien-que-hace-la-iglesia-catolica-en-espana-misas-educacion-caridad-y-ahorro-al-gobierno/

Dioceses nos EUA diminuem idade mínima do crisma para fortalecer fé de jovens

Missa de crisma na paróquia de St. Mary em Franklin, no Estado de Massachussets, EUA, em 21 de setembro de 2024. | Paróquia de St. Mary

Por Kate Quiñones*

19 de dez de 2024

A diocese de Baton Rouge, Louisiana, EUA, anunciou que vai diminuir a idade para crisma.

Tim Glemkowski, que lidera a Amazing Parish , ministério criado para apoiar sacerdotes católicos e ajudar paróquias a florescer, falou sobre os desafios que jovens adultos enfrentam na cultura atual para permanecerem católicos.

“As pressões da cultura estão longe, não em direção, à crença e prática religiosas. É justo dizer que nossa cultura, falando de modo geral, não se presta a pré-condições”, disse Glemkowski à CNA, agência em inglês da EWTN News.

Conforme a Igreja se esforça para abordar a maneira adequada de formar os jovens em tal cultura, nos últimos anos muitas dioceses nos EUA diminuíram a idade de crisma do ensino médio para o ensino fundamental ou até mesmo mais cedo, como a arquidiocese de Seattle, para o oitavo ano; a arquidiocese de Boston para o nono ano; e a arquidiocese de Denver para o segundo ano antes que os jovens recebam a comunhão.

O crisma antes da primeira comunhão é chamado de “a ordem restaurada”, uma celebração dos sacramentos de iniciação como a Igreja teria originalmente estabelecido: batismo, crisma e então primeira comunhão. A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) permite a recepção do crisma para jovens entre sete e 17 anos.

Segundo um estudo feito pelo jornal católico americano St. Mary's Press e pelo Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado (CARA, na sigla em inglês), da Universidade de Georgetown, EUA, divulgado em 2018, a idade média dos que deixaram a Igreja era de 13 anos de idade. O estudo diz que muitos ex-católicos que dizem que saíram da Igreja, geralmente entre dez e 20 anos, disseram que tinham dúvidas sobre a fé quando crianças, mas nunca discutiram suas dúvidas ou perguntas com seus pais ou líderes da Igreja.

“Precisamos garantir que os jovens aprendam a rezar com o coração, tenham suas perguntas sobre a fé respondidas de maneira robusta e tenham muitas oportunidades de ouvir o Evangelho e responder a Deus entregando suas vidas a ele”, disse Glemkowski.

“Os jovens santos devem nos mostrar que a santidade e a missão heroica são possíveis para os jovens; não devemos subestimar do que as crianças são capazes”.

Lidando com uma cultura hostil

A diocese de Baton Rouge, Louisiana, diminuiu recentemente a idade de crisma para o oitavo ano, citando os desafios que os jovens enfrentam hoje.

“Nossos filhos estão vivenciando uma cultura que, às vezes, é hostil à nossa fé”, escreveu o bispo de Baton Rouge, dom Michael Duca, em carta publicada em 8 de dezembro.

“Por meio das mídias sociais de todas as formas, os jovens são confrontados, em uma idade surpreendentemente mais jovem, com desafios à sua fé e moral católicas”, disse dom Duca. “Dada essa nova realidade, acredito que é hora de diminuir a idade da confirmação para dar às nossas crianças a graça plena do Sacramento da Confirmação em uma idade mais precoce para enfrentar esses desafios.

O bispo anunciou que vai iniciar um plano de transição para diminuir gradualmente a idade do 10º ano (1º ano do ensino médio) para o 7º ano.

“Esse dom do Espírito é dado a todos nós de uma maneira especial no sacramento da confirmação, que nos inicia plenamente na Igreja e nos enche com esses dons e o entusiasmo para assumir a missão de Cristo de renovar o mundo”, escreveu dom Duca.

“Muitos católicos mais velhos lembram que a idade do crisma era menor quando fomos confirmados”, continuou o bispo. “Depois do concílio Vaticano II, em muitos lugares, a idade aumentou para o ensino médio, já que muitos líderes sentiram que o sacramento seria melhor compreendido em uma idade mais avançada. Essa prática funcionou bem, mas os tempos mudaram”. 

Fortalecendo a formação

A diocese de Salt Lake City também está desenvolvendo seu programa de catequese para jovens convertidos que são velhos demais para o batismo infantil, citando a necessidade de fortalecer a catequese dentro da diocese.

A diocese anunciou no mês passado que crianças acima de sete anos que se filiarem à Igreja não receberão os três sacramentos de iniciação na vigília pascal, depois da diocese suspender temporariamente a prática padrão.

Depois do batismo, as crianças que se juntam à Igreja na diocese devem frequentar uma aula de formação de fé em sua faixa etária, em vez de receber vários sacramentos de uma vez, segundo o anúncio da diocese. A pausa é temporária, pois a diocese está desenvolvendo seus planos de formação de fé.

A Igreja diz que crianças com mais de sete anos estão na “idade da razão” e são capazes de tomar algumas decisões de fé por si mesmas, então os jovens não batizados geralmente são matriculados na Ordem de Iniciação Cristã para Adultos (OCIA) adaptada para crianças, um programa de preparação de um ano para se tornarem católicos.

A Igreja  exige  amplamente que, para a iniciação sacramental depois da idade da razão, os destinatários devem receber os três sacramentos da iniciação ao mesmo tempo, exceto em caso de motivo grave.

No entanto, a diocese de Salt Lake City cita “muitos desafios e nossa capacidade limitada de superá-los em uma diocese missionária” como o motivo da pausa temporária do OCIA para crianças. 

Por meio da pausa, a diocese espera garantir que a catequese seja adequada e que as crianças entendam os sacramentos dos quais participam; a diocese também busca desenvolver seus programas para permitir que crianças não batizadas se assimilem totalmente à fé, segundo o anúncio.

Essa pausa vai terminar depois da diocese desenvolver um “plano abrangente de formação da fé”, segundo Lorena Needham, diretora do Escritório de Culto da diocese.

Needham disse que a OCIA geralmente traz muitos desafios entre as dioceses.

“Ainda existe uma mentalidade de ano letivo em sala de aula na qual tanto o catecúmeno quanto os diretores tentam trabalhar dentro de um cronograma de um ano ou menos, em vez de permitir que cada pessoa possa discernir sua jornada (junto com o discernimento do catequista de iniciação)”, disse Needham à CNA.

Tanto os pais quanto a criança devem consentir em se juntar à Igreja — mas as crianças “não podem dar [consentimento] adequadamente se não souberem e não entenderem o que são os sacramentos da iniciação”, disse ela em anúncio diocesano no jornal católico Intermountain Catholic.

“Há pouco treinamento nos seminários sobre o OCIA — muitas vezes é só uma aula opcional”, disse ela, ao acrescentar que outros grupos como LTP,  TeamInitiation e a  Association for Catechumenal Ministry  (Associação para o Ministério Catecumenal) dão treinamento contínuo.

Para resolver essa situação, a diocese de Salt Lake City espera dar maior ênfase ao treinamento para a iniciação cristã.

“Alguns bispos levaram a iniciação cristã a sério e fizeram dela um foco para o desenvolvimento profissional de seus padres e central para seus planos pastorais”, disse Needham. 

A maior mudança sob a pausa temporária determina que os jovens batizados depois dos sete anos de idade receberão os sacramentos um de cada vez, em vez de todos de uma vez. Isso implicará frequentar aulas de primeira comunhão e crisma dentro de suas faixas etárias.

Sob a pausa, os requisitos para obter o batismo para jovens com mais de sete anos não foram alterados. As atuais diretrizes pastorais da diocese exigem uma entrevista com os pais pelo menos 60 dias antes do batismo e o discernimento da prontidão dos pais para ajudar a criança a viver uma vida cristã. Os pais também devem ser registrados na paróquia ou morar dentro de seus limites, e a paróquia deve dar preparação batismal para a criança, pais e padrinhos.

“A esperança para nossos jovens, nossas famílias e, de fato, para todos nós nessa diocese, é que tenhamos as melhores oportunidades possíveis para aprender e viver nossa fé, independentemente de quando o Espírito Santo nos move ou aos nossos pais para dar o próximo passo de fé”, disse Needham no anúncio.

*Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal, para o Denver Catholic Register e para o CatholicVote, e se formou pelo Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/60581/dioceses-nos-eua-diminuem-idade-minima-do-crisma-para-fortalecer-fe-de-jovens

O Papa aos peregrinos de Santiago: no caminho, cuidado com os necessitados

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na terra da Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera: com essas palavras, o Papa acolheu os peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela, recebidos por Francisco na manhã desta quinta-feira na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Raimundo de Lima – Vatican News

Encorajo-vos nesse apostolado de evangelização e cuidado. Os antigos peregrinos nos ensinam que das peregrinações cristãs se retorna como apóstolo! Foi a exortação com a qual o Santo Padre acolheu na manhã desta quinta-feira (19/12), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, um expressivo grupo de peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (cerca de 5 mil), cuja peregrinação é organizada pela Obra Padre Guanella.

Francisco expressou sua alegria em dar as boas-vindas, junto ao Túmulo de São Pedro, aos peregrinos do Caminho de Santiago, saudando, entre outros, o superior geral dos Padres Guanellianos e os membros da Família Guanelliana, que há quase quinze anos trabalham naquela Igreja da Galícia, tanto em Santiago como em Finisterra, para dar acolhida espiritual aos peregrinos. “E vós, peregrinos, sois a prova viva do compromisso apostólico deles”, ressaltou o Pontífice.

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

O caminho vivido em silêncio permite escutar

Francisco observou ser interessante ver como cresceu o número dos peregrinos a Santiago nestes últimos trinta anos. “Esse crescimento numérico é muito positivo e, ao mesmo tempo, levanta uma séria questão: as pessoas que fazem o Caminho de Santiago estão fazendo uma verdadeira peregrinação? Essa é a pergunta, devemos responder. Ou se trata de outra coisa? Ou obviamente, há experiências diferentes, mas a pergunta nos faz refletir”, frisou o Papa.

“A peregrinação cristã aos Túmulos dos Apóstolos pode ser reconhecida por três sinais. O primeiro é o silêncio, o primeiro sinal. O caminho vivido em silêncio permite escutar, escutar com o coração e, assim, encontrar, enquanto se caminha, através do cansaço, as respostas que o coração procura, porque o coração faz perguntas.”

Francisco ressaltou que Deus fala no silêncio, como uma brisa suave, convidando a lembrarmos a história de Elias (cf. 1Rs 19,9-13).

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Ter sempre consigo um Evangelho de bolso

Em segundo lugar, o Evangelho - silêncio, Evangelho -: ter sempre no bolso o Evangelho, frisou o Santo Padre recomendando aos peregrinos ter sempre consigo um Evangelho pequeno, de bolso.

“A peregrinação é feita relendo o caminho que Jesus fez, até o extremo dom de Si mesmo. O caminho é tanto mais verdadeiro, tanto mais cristão, quanto mais leva a sair de si mesmo e a se doar livremente, a serviço do próximo. E é isso que o Espírito Santo faz quando lemos o Evangelho todos os dias.”

A esse ponto, Francisco explicou como se dá essa presença do Espírito Santo. “Podemos ler um romance, bonito, talvez nos faça bem, ler as notícias diárias, algumas nos fazem chorar, mas podemos ler; mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. Quando lemos as notícias, não. Mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. É o Espírito Santo. É Ele que nos faz entender bem isso que o Evangelho faz. E Ele faz isso, o Espírito Santo”.

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Ao longo do caminho, estar atentos aos outros

“O terceiro elemento, silêncio, Evangelho, e o terceiro, “protocolo de Mateus 25”: “O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40). Silêncio, Evangelho e fazer o bem, mesmo às pessoas mais pequeninas, às pessoas mais desfavorecidas. Fazer sempre o bem. Ao longo do caminho, estar atentos aos outros, especialmente àqueles que mais lutam, aos que caíram, aos necessitados... São Luís Guanella dizia que o objetivo da vida de um crente é fazer com que ninguém seja deixado para trás.”

Francisco concluiu desejando que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Filogônio, Bispo de Antioquia

São Filogônio (A12)
20 de dezembro
Localização: Síria (Antioquia)
São Filogônio

São Filogônio foi um advogado e bispo da Igreja primitiva, nascido em Antioquia, Síria, no século III. Ele começou sua carreira defendendo os cristãos perseguidos e, com o tempo, tornou-se conhecido por sua integridade e justiça. Sua dedicação à defesa dos oprimidos o fez ser notado pelos líderes da Igreja.

Em meio às perseguições aos cristãos, Filogônio foi escolhido para ser bispo de Antioquia, assumindo uma das principais sedes da cristandade oriental. Ele serviu à Igreja com coragem, fortalecendo os fiéis em um tempo de grande oposição.

Durante seu episcopado, enfrentou desafios tanto internos quanto externos. Os cristãos eram perseguidos pelo Império Romano, e as heresias começavam a surgir. Filogônio dedicou-se a combater essas falsas doutrinas e a promover a fé verdadeira entre o povo.

Como bispo, ele se destacou pela defesa do cristianismo ortodoxo, especialmente na época em que o arianismo começava a ganhar força. Sua firmeza na doutrina inspirou muitos fiéis e reforçou a unidade da Igreja em um tempo de grandes dificuldades.

São Filogônio também era conhecido por seu coração misericordioso e pelo cuidado com os necessitados, tratando de questões espirituais e materiais do seu rebanho. Ele buscava sempre a justiça e a caridade, valores que estavam enraizados em sua fé cristã.

Após anos de serviço dedicado, São Filogônio faleceu em paz, por volta de 324 d.C. Ele foi lembrado como um exemplo de fidelidade à fé e ao chamado de Deus, sendo reverenciado como santo pela Igreja tanto no Oriente quanto no Ocidente.

Reflexão:

A espiritualidade de São Filogônio nos ensina a importância de uma fé sólida e de uma vida coerente com o Evangelho. Ele nos convida a defender a verdade com coragem, mesmo em meio às adversidades, e a cuidar dos que mais necessitam de auxílio. Que seu exemplo nos inspire a sermos defensores da fé e da justiça, confiantes na presença de Deus que nos fortalece em todas as situações.

Oração:

São Filogônio, intercede por nós para que possamos manter uma fé firme e uma vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo. Amém. Que teu exemplo de justiça e coragem nos inspire a sermos fiéis ao Evangelho e a viver com compaixão para com os necessitados. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

O Advento segundo Guardini

Advento - tempo de espera e anseio (Opus Angelorum)

O ADVENTO SEGUNDO GUARDINI

Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Nestes dias que nos preparam para o Natal li novamente um texto do grande teólogo ítalo-germânico Romano Guardini sobre o Advento. Entendo ser tão atual este texto que nem parece ter sido escrito há décadas. Reparto neste artigo a beleza dessa mensagem para este tempo. 

Ele inicia afirmando que as festas da Igreja recordam certamente acontecimentos passados, mas são também presentes, uma realização viva; visto que o que aconteceu uma vez na história deve ocorrer continuamente na vida daquele que crê. No caso do Advento e Natal, Guardini recorda que Jesus já veio para todos, mas Ele deve sempre voltar para cada um. Cada um de nós deve experimentar a espera, cada um de nós a chegada, para que a salvação surja. 

O escritor nos recorda que o Salvador veio da liberdade de Deus: num povo pequeno, que certamente nenhum conselho de nações teria escolhido; numa época que ninguém conseguia provar ser a certa. E o tempo de Advento nos faz rezar e  meditar sobre o milagre desta vinda. O Redentor não vem apenas à humanidade como um todo, mas também a cada ser humano em particular: nas suas alegrias e nas suas ansiedades, no seu conhecimento claro, nas suas perplexidades e nas suas tentações, em tudo o que constitui sua natureza e sua vida.  

O Advento é o tempo que nos adverte a perguntar-nos, no fundo da consciência: Ele veio até mim? Tenho notícias Dele? Existe confiança entre Ele e eu? Ele é médico e professor para mim? Mas então surge imediatamente a outra questão: a porta está aberta para Ele nas minhas profundezas? E a decisão: quero abrir bem. 

Guardini alerta, porém, que não basta apenas refletir sobre a vinda do Natal, pois é preciso rezar orar. Devemos orar para que o Espírito Santo, o único que tem conhecimento do Cristo vivo, trabalhe para que a figura sagrada do Senhor se torne luminosamente evidente para nós. Que aconteça conosco o que João quer dizer quando diz: “Vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14). 

Enfim, Romano Guardini alerta que não se pode conhecer Cristo como se conhece qualquer pessoa na história, mas apenas a partir daquela profundidade interior que se desperta no amor. São João diz: “Quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). Assim, é preciso exercer o amor, para que os nossos olhos se abram para ver Cristo. Queremos fazê-lo onde estamos, em relação às pessoas com quem convivemos: dar-lhes o direito de serem como são; acolhê-los continuamente e viver com eles em amizade. 

Com Guardini, precisamos compreender que o verdadeiro Advento surge de dentro. Da profundidade do coração humano crente e sobretudo da profundidade do amor de Deus. Mas devemos preparar o caminho para o seu amor. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

São santas as religiosas carmelitas descalças de Compiègne, guilhotinadas em 1794, em Paris

As religiosas carmelitas descalças de Compiègne guilhotinadas em Paris, em 1794 (Vatican News)

Com procedimento de canonização equipolente, o Papa Francisco decidiu estender à Igreja inteira o culto das 16 carmelitas descalças de Compiègne guilhotinadas durante a Revolução Francesa. Serão beatos dois mártires: um do comunismo, o arcebispo Eduardo Profittlich, e um do nazismo, o sacerdote Elia Comini. Tornam-se veneráveis os servos de Deus Áron Márton, bispo, Giuseppe Maria Leone, sacerdote, e Pietro Goursat, leigo francês.

Vatican News

Durante a audiência concedida, nesta quarta-feira (18/12), ao prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, o Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos, Membros do Dicastério, e decidiu estender a toda a Igreja o culto à Beata Teresa de Santo Agostinho, no século, Maria Madalena Claudia Lidoine, e 15 companheiras da Ordem das Carmelitas Descalças de Compiègne, mártires, mortas por ódio à fé durante a Revolução Francesa, em 17 de julho de 1794, em Paris, França, inscrevendo-as no catálogo dos Santos, Canonização Equipolente, uma prática iniciada por Bento XIV com a qual o Papa estende o culto de um servo de Deus ainda não canonizado a toda a Igreja por meio de um decreto. A Beata Teresa de Santo Agostinho e suas companheiras são agora santas.

A Comunidade de Compiègne foi a quinquagésima terceira fundação da ordem na França, que ocorreu após a chegada ao país da Beata Ana de Jesus, discípula de Santa Teresa de Ávila. Com a eclosão da Revolução, membros do Comitê de Saúde Pública local foram ao convento para induzir as religiosas a abandonar a vida religiosa. Elas se recusaram e, quando - entre junho e setembro de 1792 - os episódios de violência aumentaram, seguindo a inspiração da priora, irmã Teresa de Santo Agostinho, todas se ofereceram ao Senhor como um sacrifício para que a Igreja e o Estado pudessem encontrar a paz.

Expulsas do mosteiro, separadas e vestidas com roupas civis, elas continuaram sua vida de oração e penitência, embora divididas em quatro grupos em várias partes de Compiègne, mas unidas por correspondência, sob a direção da superiora. Descobertas e denunciadas, em 24 de junho de 1794, foram transferidas para Paris e encarceradas na prisão Conciergerie, onde também estavam detidos muitos sacerdotes, religiosos e religiosas condenados à morte.

As religiosas carmelitas também foram exemplares em sua prisão. Em 17 de julho, no dia seguinte à festa de Nossa Senhora do Carmo, que elas tinham celebrado na prisão entoando hinos de júbilo, as dezesseis foram condenadas à morte pelo tribunal revolucionário por, entre outros motivos, “fanatismo” relacionado à sua fervorosa devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

Distribuídas em duas carroças, enquanto eram conduzidas para a execução, cantaram os Salmos e, quando chegaram ao pé da guilhotina, entoavam o Veni creator, renovando seus votos uma após a outra. Seus corpos foram enterrados numa vala comum, junto com os de outros condenados, no local que se tornou o atual cemitério de Picpus, onde uma placa recorda seu martírio. Elas foram beatificadas na Basílica de São Pedro por São Pio X em 27 de maio de 1906.

Beato Eduardo Profittlich, mártir durante o comunismo

Durante a mesma audiência, Francisco também autorizou o Dicastério a promulgar o decreto relativo ao martírio do servo de Deus Eduardo Profittlich, da Companhia de Jesus, arcebispo titular de Adrianópolis e administrador apostólico da Estônia. Nascido em 11 de setembro de 1890 em Birresdorf, Alemanha, faleceu em 22 de fevereiro de 1942 ex aerumnis ordinis (devido ao sofrimento sofrido na prisão) em Kirov (Rússia).

Criado no seio de uma numerosa família camponesa, depois de concluir os estudos clássicos, em 1912, ingressou no seminário de Trier, mas no ano seguinte, atraído pela espiritualidade dos jesuítas, foi aceito no noviciado em Heerenberg, na Holanda. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, ele foi chamado de volta ao exército alemão e designado para o serviço de saúde. Depois da guerra, retomou os estudos de Filosofia e Teologia, tornando-se sacerdote em 27 de agosto de 1922. Enviado para a Polônia, obteve o doutorado em filosofia e o doutorado em Teologia na Universidade Jaguelônica de Cracóvia; mais tarde foi enviado para a Estônia como parte da Missão Oriental da Companhia de Jesus e a paróquia dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo em Tallinn foi confiada aos seus cuidados pastorais. Em 11 de maio de 1931, Pio XI nomeou-o administrador apostólico da Estônia, onde Profittlich apoiou significativamente o desenvolvimento da comunidade cristã local com seu trabalho. Em novembro de 1936, foi nomeado arcebispo titular de Adrianópolis por Pio XI e recebeu a consagração em dezembro seguinte. Após a invasão soviética da Estônia, em 17 de junho de 1940, quase todos os sacerdotes foram presos: Profittlich poderia ter regressado a casa, mas optou por permanecer na Estônia, com os seus fiéis. Em 27 de junho de 1941 foi preso e deportado para Kirpov, na Rússia, onde foi submetido a várias torturas, às quais respondeu declarando que a sua única missão tinha sido destinada à educação religiosa dos fiéis que lhe foram confiados. Condenado à morte, faleceu antes da execução da pena devido ao sofrimento da prisão.

Beato Elia Comini, mártir do nazismo

Outro decreto relativo a um mártir é o do servo de Deus Elia Comini, sacerdote salesiano nascido em Calvenzano di Vergato (Itália) em 7 de maio de 1910 e assassinado in odium fidei, em 1º de outubro de 1944, em Pioppe di Salvaro (Itália).

Nascido numa família modesta, Comini frequentou a escola dos herdeiros de Dom Bosco em Finale Emilia, onde se amadureceu a sua vocação. Em 1926, depois do noviciado, fez a primeira profissão e foi enviado para completar os estudos em Turim Valsalice e na Universidade Estadual de Milão. Em 16 de março de 1935 foi ordenado sacerdote e dedicou-se à educação dos jovens nas escolas salesianas de Chiari e Treviglio, onde também se tornou diretor.

Todos os anos passava um período de férias com a sua mãe idosa e ajudava o pároco de Salvaro, onde vivia a sua família de origem, no serviço pastoral da aldeia. Mesmo no verão de 1944, o servo de Deus foi para lá, embora aquela área estivesse no centro dos combates envolvendo soldados alemães, aliados e grupos de guerrilheiros.

Naquele contexto de guerra, pe. Elia, juntamente com o pároco, organizou o acolhimento de várias famílias deslocadas que encontraram refúgio na paróquia de San Michele in Salvaro. Colaborou com eles um jovem sacerdote dehoniano, padre Martino Capelli, com quem pe. Elia estabeleceu um bom entendimento.

Quando os soldados nazistas se espalharam pela zona de Monte Sole, pe. Comini prestou ajuda à população, enterrando os mortos e escondendo cerca de setenta pessoas numa sala adjacente à sacristia. A pedido de um grupo de guerrilheiros, ele celebrou uma missa em memória de alguns de seus caídos em batalha. No dia 29 de setembro de 1944, depois do massacre perpetrado pelos nazistas na cidade vizinha chamada “Creda”, o servo de Deus, junto com o padre Cappelli, correu para levar conforto aos moribundos. Ao chegar, acusado por um informante de ser espião dos guerrilheiros, foi preso e obrigado a transportar munições. Foi levado com o padre Cappelli e mais cem presos, incluindo outros três sacerdotes, para um estábulo em Pioppe di Salvaro, onde testemunhou os numerosos atos de violência perpetrados pelos invasores, sempre pronto a confortar, ajudar e proporcionar o ministério da Confissão.

Fracassadas as tentativas de mediação com que várias partes tentaram salvá-lo, na noite de 1° de outubro de 1944 o servo de Deus foi assassinado junto com o padre Cappelli e um grupo de outras pessoas consideradas “inaptas para o trabalho”, apesar de gozarem de boa forma física. Durante a execução de cerca de quarenta pessoas metralhadas, o corpo do pe. Comini protegeu um dos três sobreviventes do que ficou conhecido como massacre de Pioppe di Salvaro. O sobrevivente, testemunha decisiva destes fatos, contribuiu para dar a conhecer o martírio do servo de Deus, cujo corpo, como o das outras vítimas, se tinha perdido nas águas do Rio Reno.

Os veneráveis ​​Áron Márton, Giuseppe Maria Leone e Pietro Goursat

Quanto aos servos de Deus que se tornam veneráveis, são Áron Márton, bispo de Alba Julia, nascido em 28 de agosto de 1896, em Csíkszentdomokos (atual Romênia) e falecido em 29 de setembro de 1980 em Alba Iulia (Romênia); Giuseppe Maria Leone, sacerdote professo da Congregação do Santíssimo Redentor, nascido em 23 de maio de 1829 em Casaltrinità (atual Trinitapoli, Itália) e falecido em Angri (Itália) em 9 de agosto de 1902; e Pietro Goursat, fiel leigo, nascido em 15 de agosto de 1914 em Paris (França) e ali falecido em 25 de março de 1991.

Áron Márton lutou na Primeira Guerra Mundial antes de se tornar sacerdote, dedicando-se também ao ensino. Como bispo de Alba Julia, dedicou-se a fortalecer os laços entre o clero, dividido pela guerra e pelo ódio racial. Durante os anos da Segunda Guerra Mundial, ele se posicionou abertamente contra as leis raciais nazistas e cuidou de refugiados, exilados e judeus. No pós-guerra, a sua ação pastoral visava salvaguardar a fé contra o ataque dos comunistas romenos que oprimiam a minoria húngara na Transilvânia. Preso em 1949, foi julgado e condenado a duras prisões e trabalhos forçados. Ele também sofreu muito fisicamente e, depois de deixar a liderança de sua diocese, em 2 de abril de 1980, por estar doente com câncer, morreu poucos meses depois.

Giuseppe Maria Leone estudou no seminário apesar da oposição do pai e, após o noviciado com os Redentoristas, fez a profissão religiosa em 1851. Depois de ter estado em Vallo della Lucania e Angri, quando, em 1860, as ordens religiosas foram suprimidas, regressou à sua cidade natal realizando um fecundo apostolado em colaboração com o clero local. Tornou-se pregador e confessor, mantendo-se próximo das famílias afetadas pela epidemia de cólera que se espalhou pela população em 1867. Em 1880, quando foi possível retomar a vida religiosa, regressou na comunidade redentorista de Angri e assumiu diversas funções, dedicando-se também à publicação e reedição de algumas das suas obras de caráter ascético e espiritual. Distinguiu-se como confessor, diretor espiritual e pregador de exercícios espirituais a sacerdotes, seminaristas e religiosas, contribuindo significativamente para a renovação da vida religiosa e também para o crescimento espiritual dos fiéis leigos. De saúde muito debilitada, seu estado piorou no início de 1902 e ele faleceu poucos meses depois.

Pietro Goursat viveu uma infância difícil devido a um pai com problemas mentais que abandonou a família. Leigo consagrado, desenvolveu intensa atividade no meio cultural francês e, ao se reaproximar do pai, desenvolveu um interesse crescente pelos pobres e pelas pessoas com dificuldades físicas e mentais, dedicando-se sobretudo aos jovens ameaçados pelas drogas e pela delinquência, tanto que acolheu alguns deles na casa-barco Péniche. Iniciou alguns grupos de oração que chamou de “Emanuel”, organizando sessões de formação para eles no Santuário do Sagrado Coração de Jesus em Paray-Le-Monial. O bispo local confiou o cuidado deste santuário à Comunidade Emanuel, que o tornou um importante centro de espiritualidade. Depois de sofrer um infarto, em 1985, decidiu retirar-se do governo da Comunidade, passando a última parte de sua vida escondido e em oração, numa atitude de confiante abandono a Deus.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro (cancaonova)

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo
(Lib. 3,20, 2-3: SCh 34, 342-344)       (Sec. II)

A economia da Encarnação redentora

A glória do homem é Deus; mas quem se beneficia das obras de Deus e de toda a sua sabedoria e poder é o homem.

Semelhante ao médico que demonstra sua competência no doente, assim Deus se manifesta nos homens. Eis por que o Apóstolo Paulo diz: Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos (Rm 11,32). Referia-se ao homem que, por ter desobedecido a Deus, perdeu a imortalidade, mas depois obteve misericórdia, recebendo a adoção por intermédio do Filho de Deus.

Se o homem acolhe, sem orgulho nem presunção, a verdadeira glória que procede das criaturas e do criador, isto é, de Deus todo-poderoso que dá a tudo a existência, e se permanece em seu amor, na obediência e na ação de graças, receberá dele uma glória ainda maior, progredindo sempre mais, até se tornar semelhante àquele que morreu por ele.

Com efeito, Cristo se revestiu de uma carne semelhante à do pecado (Rm 8,3) para condenar o pecado e, depois de o condenar, expulsá-lo da carne. Tudo isso para incentivar o homem a tornar-se semelhante a ele, destinando-o a ser imitador de Deus, colocando-o sob a obediência paterna, a fim de que visse a Deus e tivesse acesso ao Pai. O Verbo de Deus habitou no homem e se fez filho do homem, para acostumar o homem a compreender a Deus e Deus a habitar no homem, segundo a vontade do Pai.

Por esse motivo, o sinal de nossa salvação, o Emanuel nascido da Virgem (cf. Is 7,11.14), foi dado pelo próprio Senhor; pois seria ele quem salvaria os homens, já que não poderiam salvar-se por si mesmos. Por isso São Paulo proclama a fraqueza do homem, dizendo: Estou ciente de que o bem não habita em mim (Rm 7,18), indicando que o bem de nossa salvação não vem de nós, mas de Deus. E ainda: Infeliz que sou! Quem me libertará deste corpo de morte? (Rm 7,24). E logo mostra quem o liberta: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Rm 7,25).

Também Isaías diz: Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para nos salvar” (cf. Is 35,3-4). Na verdade, nossa salvação não poderia vir de nós mesmos, mas unicamente do socorro de Deus.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Santo Urbano V

Santo Urbano V (A12)
19 de dezembro
Localização: França
Santo Urbano V

Guilherme Grinoald, francês, de família nobre, formado em Direito, professor, estudioso renomado e monge e depois abade beneditino, desempenhava delicadas missões diplomáticas para o Papa Inocêncio IV, quando por sua morte foi eleito Papa em 1362, mesmo não fazendo parte do Colégio Cardinalício. Assumiu com o nome de Urbano V, numa época conturbada para a Igreja, cuja sede havia sido exilada de Roma para Avignon na França, por causa de intrigas e perseguições políticas.

Em apenas oito anos de papado, desenvolveu enorme atividade. Pastoralmente, reformou a disciplina eclesiástica, reorganizou a corte pontifícia acabando com abusos e reduzindo a burocracia; instituiu norma de residência para os pastores da Igreja, foi severo com os simoníacos, elegeu pessoas dignas e competentes para os cargos eclesiásticos; opôs-se com energia contra o poder temporal nas atividades da Igreja. Para o povo promoveu o desenvolvimento cultural, criando centros de estudo e valorizando a Ciência, ajudando pessoalmente estudantes necessitados. (Nas universidades, exigiu roupa igual para os estudantes, a fim de se poupar humilhação aos pobres). Preocupou-se com atividades missionárias em regiões carentes de evangelização, como a Bulgária, a Romênia e os mongóis na Ásia. E de novo levou a sede papal para Roma em 1367, embora três anos mais tarde voltasse desgostoso a Avignon, por conta de novas intrigas políticas. Aí faleceu em 19 de dezembro de 1370.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A Igreja sempre valorizou e desenvolveu a Fé, a Ciência, a Cultura, ordenadas na honestidade e competência, e apoiando-se mutuamente, pois todas são dádivas do próprio Deus. Mesmo em tempos de crise, como prova o frutuoso pontificado de São Urbano V. As desordens deste mundo não são motivo para desespero ou inatividade, mas circunstâncias que o Pai permite para que os Seus filhos mais se empenhem e humildemente reconheçam a necessidade do Seu auxílio, em todas as atividades: “...sem Mim, nada podeis fazer”, afirmou Jesus (Jo 15,5).

Oração:

Deus Pai de infinita sabedoria, que desejais para os Vossos filhos não as trevas da ignorância, mas a luz do verdadeiro conhecimento, concedei-nos pela intercessão de São Urbano V, exemplo de estudo e caridade, a diligência na nossa formação espiritual e cultural, necessária para enfrentar os desafios do nosso tempo, e sobretudo na ciência plena da caridade, no amor à Igreja e ao próximo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Papa e o Ciclo de Catequeses "O Espírito e a Esposa"

Papa Francisco na Audiência Geral na Praça São Pedro. (Photo by AFP/Filippo MONTEFORTE)  (AFP or licensors)

De 29 de maio a 11 de dezembro de 2024, o Papa Francisco dedicou 17 reflexões ao Ciclo de Catequeses "O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo conduz o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança", tendo a primeira por tema "O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas" e a última "O Espírito e a Esposa dizem: "Vem!". O Espírito Santo e a esperança cristã".

https://youtu.be/jR5ZYpTwRxs

Vatican News

Após concluir em 22 de maio de 2024 o ciclo de catequeses dedicado aos “Vícios e às virtudes”, na Audiência Geral de 29 de maio o Papa Francisco deu início à série de catequeses sobre “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo conduz o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”:

1. O Espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas - https://shorturl.at/6TCJk

2. “O vento sopra onde quer”. Onde há o Espírito de Deus há liberdade - https://shorturl.at/tvtaJ

3. “Toda a Escritura é inspirada por Deus”. Conhecer o amor de Deus nas palavras de Deus - https://shorturl.at/dzbBI

4. O Espírito ensina a Noiva a orar. Os Salmos, sinfonia de oração na Bíblia - https://shorturl.at/2UtAk

5. “Encarnado por obra do Espírito Santo pela virgem Maria”. Como conceber e dar à luz Jesus - https://shorturl.at/ABo1t

6. “O Espírito do Senhor está sobre mim.” O Espírito Santo no Batismo de Jesus - https://t.ly/Iw3wo

7.  Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto. O Espírito Santo é o nosso aliado na luta contra o espírito do mal - https://t.ly/vOcf5

8. “Todos ficaram cheios do Espírito Santo”. O Espírito Santo nos Actos dos Apóstolos - https://t.ly/Yb1XP

9. "Eu acredito no Espírito Santo". O Espírito Santo na fé da Igreja https://t.ly/oXn1M

10. "O Espírito, dom de Deus". O Espírito Santo e o sacramento do matrimónio - https://t.ly/0qRnO

11. "Ele consagrou-nos e marcou-nos com o seu selo". O Crisma, sacramento do Espírito Santo - https://rb.gy/hb6ktl

12. "O Espírito intercede por nós". O Espírito Santo e a oração cristã - https://rb.gy/01z5gd

13. Uma carta escrita com o Espírito de Deus vivo: Maria e o Espírito Santo - https://rb.gy/vhsgvn

14. Os dons da Esposa. Os carismas, dons do Espírito para o bem comum - https://rb.gy/hv2vm0

15. Os frutos do Espírito Santo. A Alegria - https://shorturl.at/ef78a

16. Anunciar o Evangelho no Espírito Santo. O Espírito Santo e a evangelização - urly.it/313ja_

17. O Espírito e a Esposa dizem: "Vem!". O Espírito Santo e a esperança cristã - http://tiny.cc/t9w1001

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF