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sábado, 21 de dezembro de 2024

CRISTANDADE: A oração, os milagres, a virgindade de Maria, a humanidade de Jesus (V)

Menino Jesus, detalhe da Natividade , Andrea Pisano, púlpito da Catedral de Siena

Arquivo 30Giorni nº. 12 - 2011

A oração, os milagres, a virgindade de Maria, a humanidade de Jesus

Bento XVI no Advento e no Natal

Audiência geral
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A manjedoura de Belém

Quando ouvimos ou pronunciamos, nas celebrações litúrgicas, este “hoje nasceu para nós o Salvador”, não estamos usando uma expressão convencional vazia, mas queremos dizer que Deus nos oferece “hoje”, agora, a mim, a cada um de nós a possibilidade de reconhecê-lo e acolhê-lo, como fizeram os pastores em Belém, para que também Ele nasça na nossa vida e a renove, ilumine, transforme com a sua Graça, com a sua Presença.

E, ainda São Leão Magno, noutra das suas homilias de Natal, afirmou: «Hoje o autor do mundo foi gerado do ventre de uma virgem: aquele que fez todas as coisas tornou-se filho de uma mulher dele mesmo criado. Hoje a Palavra de Deus apareceu revestida de carne e, embora nunca tivesse sido visível ao olho humano, tornou-se também visivelmente palpável. Hoje os pastores aprenderam pela voz dos anjos que o Salvador nasceu na substância do nosso corpo e da nossa alma” ( Sermo 26, In Nativitate Domini 6, 1: PL 54, 213).

O Natal e a Páscoa são celebrações de redenção. A Páscoa celebra-a como uma vitória sobre o pecado e a morte: marca o momento final, quando a glória do Homem-Deus brilha como a luz do dia; O Natal celebra-o como a entrada de Deus na história, tornando-se homem para reconduzir o homem a Deus: marca, por assim dizer, o momento inicial, quando se vislumbra a luz da aurora. Mas assim como a aurora precede e já anuncia a luz do dia, assim o Natal já anuncia a Cruz e a glória da Ressurreição.

Olhemos para a gruta de Belém: Deus abaixa-se até ser colocado numa manjedoura, o que já é um prelúdio à humilhação na hora da sua paixão. O ápice da história de amor entre Deus e o homem passa pela manjedoura de Belém e pelo túmulo de Jerusalém.

Vivamos o Natal do Senhor contemplando o caminho do imenso amor de Deus que nos elevou a Si através do mistério da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do seu Filho, pois - como afirma Santo Agostinho - «em Cristo a divindade do Unigênito, ela participou de nossa mortalidade, para que pudéssemos participar de sua imortalidade" ( Epístola 187, 6, 20: PL 33, 839-840).

Fonte: https://www.30giorni.it/

Na fragilidade do “Menino” está a força do amor de Deus

Um Menino é a resposta de Deus...(Colégio Antônio Vieira)

NA FRAGILIDADE DO “MENINO” ESTÁ A FORÇA DO AMOR DE DEUS

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Faltam poucos dias para celebrarmos o Santo Natal, e gostaria imensamente de poder apresentar Jesus a vocês, para que vocês pudessem conhecê-lo, acolhê-lo no coração, na vida, na caminhada de fé, na família e na comunidade. Gostaria de apresentar a vocês o príncipe da paz, que traz consigo o poder, a força e o mistério de Deus; mas também o amor, a ternura, a compaixão e a misericórdia do Pai. Alguém dotado dos poderes divinos, porque Filho de Deus, mas que por amor a nós assumiu a condição humana, com toda a sua fragilidade. 

Na fragilidade humana, Jesus experimentou a exclusão, precisou nascer numa gruta porque não tinha lugar para seus pais na hospedaria. Foi colocado numa manjedoura, recém-nascido, porque não tinha um berço para acolhê-lo. E vivendo a experiência da fragilidade humana, pode sentir e valorizar o amor, o carinho e a ternura de uma família. Uma família em condições muito limitadas, do ponto de vista econômico, mas enriquecida pela graça de Deus, porque na simplicidade não deixou faltar o amor, soube acolher e proteger a vida, mesmo em condições difíceis.   

O tempo que antecede o Natal é marcado por uma espera, que acaba contagiando as crianças e também aqueles que já foram crianças um dia. Mas quem não se comove, diante da fragilidade e do olhar de uma criança? Talvez por isso, Deus na sua infinita sabedoria escolheu manifestar-se ao mundo de um jeito tão frágil, para poder tocar os corações endurecidos pela indiferença, a violência e a carência do amor solidário, que é capaz de olhar para um horizonte muito mais amplo, que vai além dos próprios pés.   

O que pode nos manter vigilantes, a não ser a espera e o desejo de ver algo que julgamos importante para a nossa vida? Talvez na imaginação de uma criança não exista nada de mais bonito ou mais difícil, e ao mesmo tempo mais excitante e angustiante que esperar. Quantos pequeninos fazem neste tempo a pergunta aos seus pais e avós: Quando é o Natal? 

Nós, adultos, temos ainda a capacidade de alimentar o sonho da espera e da esperança das nossas crianças? Ou nos esvaziamos completamente do mistério e daquela “magia” contagiosa do Natal? E quem sabe tenhamos deixado morrer dentro de nós a capacidade de nos encantar, de sonhar e nos alegrar com a mensagem do Natal. Corremos o risco de negar às crianças o direito de conhecerem a beleza e a força do amor, presente na mensagem da Festa do Natal. Nos contentamos em dar alguns brinquedos aos pequeninos, como costumamos fazer quase que rotineiramente, mas esquecemos que o Natal é uma mensagem de amor, de esperança e de compromisso com a vida, através do gesto de amor do Pai. 

Desejo a você e a sua família, um feliz e abençoado Natal. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Padre Edvino Sicuro: A luz do Natal é você, quando sua vida ilumina

Natal - presépio (Vatican News)

“A fraternidade em vez de egoísmo, a simplicidade em vez de orgulho, a paz em vez de violência, o acolhimento em vez da exclusão, amor que vence o ódio, o poder que sabe servir, a ternura de um Deus apaixonado, que deseja refazer em nós a sua imagem e semelhança, para renovar a face da terra”.

Padre Edvino Sicuro

Celebraremos novamente o Natal e, mais uma vez, sentimos que a mensagem dos anjos, na Noite, aos pastores não foi compreendia ainda pela humanidade. A paz ainda não reina entre os homens de boa vontade, pois a cada dia uma nova guerra eclode em nosso planeta. Todavia, nós cristãos somos “gente da esperança” e acreditamos que um dia a paz reinará.

Para isso continuaremos a rezar e começar a espalhar o amor onde estivermos porque o Natal nos convida a celebrar: “A fraternidade em vez de egoísmo, a simplicidade em vez de orgulho, a paz em vez de violência, o acolhimento em vez da exclusão, amor que vence o ódio, o poder que sabe servir, a ternura de um Deus apaixonado, que deseja refazer em nós a sua imagem e semelhança, para renovar a face da terra”.

Talvez estejamos cansados das ideologias e teorias que não constroem o mundo novo como propagam. Chegou o momento de passarmos à prática, como nos diz a Carta de Tiago: “Sejam praticantes da Palavranão apenas ouvintes” (Tg 1, 22).

Viver no dia-a-dia o Evangelho do Amor, semear a paz e ver Jesus sobretudo nos mais necessitados, partilhando com eles o que somos e temos. E como bem disse a mensagem distribuída no Colégio Sagrada Família:  o Natal será você quando decide nascer de novo, deixando Deus penetrar sua vida; Os enfeites de Natal são você quando embeleza o mundo com seus gestos de amor! A luz do Natal é você, quando sua vida ilumina e dissipa as trevas da violência, maldade e agressividade humanas! Os anjos do Natal são você, quando se propõe a cantar a grandeza e a beleza de Deus! A estrela de Natal é você, quando a bondade estiver escrita em seu coração! A noite de Natal é você, quando humilde e consciente recebe o Salvador, no silêncio! O presépio de Natal é você, quando perdoa, acolhe e devolve a paz, quando sacia a fome dos empobrecidos. Quando estende a mão para acolher e proteger!”

Repasso essa mensagem porque ela marcou muito minha vida e tenho procurado viver seguindo essas sugestões. Espero que seja útil também para todos.

Que Deus nos abençoe e façamos de cada dia do Ano Novo um eterno Natal.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Das Homilias em louvor da Virgem Mãe, de São Bernardo, abade

Anunciação (Portal Divina Misericórdia)

Das Homilias em louvor da Virgem Mãe, de São Bernardo, abade

(Hom. 4,8-9: Opera omnia, Edit. Cisterc. 4, [1966], 53-54)

(Séc. XII)

O mundo inteiro espera a resposta de Maria

Ouviste, ó Virgem, que vais conceber e dar à luz um filho, não por obra de homem – tu ouviste – mas do Espírito Santo. O Anjo espera tua resposta: já é tempo de voltar para Deus que o enviou. Também nós, Senhora, miseravelmente esmagados por uma sentença de condenação, esperamos tua palavra de misericórdia.

Eis que te é oferecido o preço de nossa salvação; se consentes, seremos livres. Todos fomos criados pelo Verbo eterno, mas caímos na morte; com uma breve resposta tua seremos recriados e novamente chamados à vida.

Ó Virgem cheia de bondade, o pobre Adão, expulso do paraíso com a sua mísera descendência, implora a tua resposta; Abraão a implora, Davi a implora. Os outros patriarcas, teus antepassados, que também habitam a região da sombra da morte, suplicam esta resposta. O mundo inteiro a espera, prostrado a teus pés.

E não é sem razão, pois de tua palavra depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a liberdade dos condenados, enfim, a salvação de todos os filhos de Adão, de toda a tua raça.

Apressa-te, ó Virgem, em dar a tua resposta; responde sem demora ao Anjo, ou melhor, responde ao Senhor por meio do Anjo. Pronuncia uma palavra e recebe a Palavra; profere a tua palavra e concebe a Palavra de Deus; dize uma palavra passageira e abraça a Palavra eterna.

Por que demoras? Por que hesitas? Crê, consente, recebe. Que tua humildade se encha de coragem, tua modéstia de confiança. De modo algum convém que tua simplicidade virginal esqueça a prudência. Neste encontro único, porém, Virgem prudente, não temas a presunção. Pois, se tua modéstia no silêncio foi agradável a Deus, mais necessário é agora mostrar tua piedade pela palavra.

Abre, ó Virgem santa, teu coração à fé, teus lábios ao consentimento, teu seio ao Criador. Eis que o Desejado de todas as nações bate à tua porta. Ah! se tardas e ele passa, começarás novamente a procurar com lágrimas aquele que teu coração ama! Levanta-te, corre, abre. Levanta-te pela fé, corre pela entrega a Deus, abre pelo consentimento. Eis aqui, diz a Virgem, a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38).

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Presidência da CNBB divulga mensagem de Natal: “Tempo de Renovar a Esperança”

O Presépio (CNBB)

Presidência da CNBB divulga mensagem de Natal: “Tempo de Renovar a Esperança”

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou sua Mensagem de Natal com o convite a “renovar a esperança”. Olhando o contexto atual, “marcado por conflito, injustiça e morte”, os bispos veem o Natal como inspiração para reafirmar valores evangélicos fundamentais: a conversão, a paz, a justiça e a solidariedade.

Com o Natal, afirmam os bispos, Deus ensina “que, mesmo em meio às dores e desafios, há sempre uma luz que aponta o caminho: “Nasceu-nos um menino, um filho nos foi dado” (Is 9,5). Ele é nosso Salvador e Redentor; é a Paz oferecida aos homens e mulheres de boa vontade (Lc 2,14)”.

No texto, são recordados alguns temas importantes na atuação da Conferência Episcopal, como o respeito à vida e a dignidade da pessoa humana desde a concepção até seu fim natural; os clamores dos povos indígenas e tradicionais; e a proteção da vida de lideranças comunitárias e de mulheres, jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade. Os bispos também lançam o olhar para os desafios climáticos, para a necessidade de reafirmar o valor da democracia e do Estado Democrático de Direito e para o mundo do trabalho.

Na mensagem, há o convite é à solidariedade:

“O Natal expressa a solidariedade de Deus para com a humanidade. Esta solidariedade nos inspira a olhar com amor para os idosos, doentes, encarcerados, crianças sem lar, migrantes e pobres. Cada gesto de amor e cuidado é uma semente de esperança e uma oportunidade para construir um Brasil mais justo e fraterno, completamente livre da fome”, afirmam os bispos.

Às vésperas da abertura do Jubileu Ordinário de 2025, os bispos ressaltam a esperança, escolhida pelo Papa Francisco como tema do Ano Santo:

“A estrela do Natal e o Papa Francisco nos convidam a “esperançar” nosso povo, de forma dinâmica e não passiva, promovendo a vida em todas as suas formas e dimensões. A simplicidade do presépio nos recorda nossa vocação e missão: cuidar uns dos outros, como guardiães, e colaborar na construção de um mundo onde a paz seja o fundamento das relações e o diálogo amoroso ilumine as escolhas e decisões”.

Os bispos motivam iniciar o Jubileu de 2025, “como cultivadores diligentes das sementes do Evangelho, para que fermente na humanidade a espera confiante de novos céus e nova terra”.

Confira a mensagem na íntegra [baixe em PDF]:

É Natal! Tempo de renovar a esperança!

Deus assumiu rosto humano, deixando-se envolver pelos panos da fragilidade e nos convidando a contemplar a grandeza do amor na simplicidade da manjedoura. Ele nos ensina que, mesmo em meio às dores e desafios, há sempre uma luz que aponta o caminho: “Nasceu-nos um menino, um filho nos foi dado” (Is 9,5). Ele é nosso Salvador e Redentor; é a Paz oferecida aos homens e mulheres de boa vontade (Lc 2,14).

Neste tempo marcado por conflito, injustiça e morte, o Natal nos inspira a reafirmar valores evangélicos fundamentais: a conversão, a paz, a justiça e a solidariedade. Natal é festa da vida e da família. Por isso, é tempo de trabalhar por um mundo em que cada pessoa tenha sua vida e dignidade respeitadas, e suas necessidades atendidas, desde sua concepção até seu fim natural.

No Brasil, os clamores de muitos povos chegam aos céus. Os povos indígenas e tradicionais nos lembram da importância de cuidar da terra e de honrar nossa dívida histórica. Precisamos construir um futuro sustentável, solidário e que garanta o bem viver a todos. A convivência no campo deve ser pautada pela fraternidade, e não por conflitos. Proteger a vida de lideranças comunitárias, mulheres, jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade é essencial para construir um país que valorize e promova a dignidade humana.

Os desafios climáticos e sociais nos chamam à ação. A Casa Comum, nosso lar, pede cuidado urgente. Cada gesto de proteção ao meio ambiente e aos nossos irmãos e irmãs mais necessitados é um testemunho concreto do amor de Deus que habita em nosso meio.

É fundamental reafirmar o valor da democracia e do Estado de Direito. Os episódios recentes, que tentaram desestabilizar nossas instituições, são inaceitáveis. Eles nos alertam para o compromisso com a justiça, o diálogo e a paz social. Defender a democracia é defender o amor ao Brasil e aos valores que sustentam uma convivência harmoniosa e plural, mas sempre pautada na Constituição Federal. O verdadeiro patriotismo está em proteger os direitos de todos, especialmente dos mais vulneráveis, construindo juntos um futuro de esperança.

O mundo do trabalho, base para a dignidade humana, precisa de atenção especial. Que possamos buscar um modelo de economia que valorize e inclua, onde cada pessoa tenha oportunidades dignas de sustento e realização.

O Natal expressa a solidariedade de Deus para com a humanidade. Esta solidariedade nos inspira a olhar com amor para os idosos, doentes, encarcerados, crianças sem lar, migrantes e pobres. Cada gesto de amor e cuidado é uma semente de esperança e uma oportunidade para construir um Brasil mais justo e fraterno, completamente livre da fome.

A estrela do Natal e o Papa Francisco nos convidam a “esperançar” nosso povo, de forma dinâmica e não passiva, promovendo a vida em todas as suas formas e dimensões. A simplicidade do presépio nos recorda nossa vocação e missão: cuidar uns dos outros, como guardiães, e colaborar na construção de um mundo onde a paz seja o fundamento das relações e o diálogo amoroso ilumine as escolhas e decisões.

Como “Peregrinos de Esperança”, iniciemos o Jubileu da Encarnação de Nosso Senhor, como cultivadores diligentes das sementes do Evangelho, para que fermente na humanidade a espera confiante de novos céus e nova terra.

Que Nossa Senhora Aparecida reavive em nós a chama da caridade e prepare o nosso coração para acolher seu Filho, Jesus Cristo, Luz das nações e Príncipe da paz!

Feliz Natal e um Ano Novo pleno de esperança, paz e fraternidade!

Cardeal Jaime Spengler
Arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre – RS
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo da Arquidiocese de Goiânia – GO
1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife – PE
2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Números da verdade: este é o bem que a Igreja Católica faz na Espanha

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Números da verdade: este é o bem que a Igreja Católica faz na Espanha (missas, educação, caridade e poupança para o governo)

A Igreja Católica poupa ao Estado 4,6 mil milhões de euros e cria quase 90 mil empregos. Quase 4 milhões de pessoas são atendidas nos centros sociais e assistenciais da Igreja Católica.

17 DE DEZEMBRO DE 2024 22:43 ZENIT IGREJA LOCAL EDITORIAL

(ZENIT News / Madrid, 17/12/2024).- A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) apresentou o Relatório Anual das atividades da Igreja Católica na Espanha correspondente ao ano de 2023. Documento elaborado pelo Escritório de Transparência para dar conta do destino dos 382.437.998 euros que os contribuintes atribuíram à Igreja Católica ao assinalarem o 2023).

Fiéis ao seu compromisso com estes colaboradores e com toda a sociedade, estas páginas mostram também o verdadeiro rosto da Igreja, dando a conhecer a sua estrutura e a atividade que desenvolve no âmbito dos seus próprios propósitos: anunciar, celebrar e viver a fé. .

O avanço na recolha de dados – 330 indicadores – é agora viável graças aos avanços ocorridos nos últimos anos nos sistemas de contabilidade e prestação de contas das entidades eclesiais, no desenvolvimento de códigos de boa governação ou na aplicação de novas tecnologias na gestão diocesana.

Como habitualmente, o Relatório é publicado com o aval de um processo de revisão externa assinado pela PWC.

A estrutura

O Relatório de Atividades da Igreja está dividido em cinco partes: Introdução; A Igreja Católica na Espanha; Alocação e distribuição de impostos; A economia diocesana; e Anexos (está detalhado todo o processo de elaboração da informação contida neste Relatório).

Os dados

Que pessoas constituem a Igreja Católica? O capítulo dedicado à Igreja Católica abre respondendo a esta pergunta. Esta secção recolhe também dados quantitativos sobre a atividade da Igreja dividida em três blocos: anunciar a fé, celebrar a fé e viver a fé.

Em relação a esses dados, pode-se dizer que são todos os que existem, mas não são todos os que existem. Porque, como deixa claro o documento, “apresentar numa publicação a contribuição total da Igreja em favor da sociedade é uma tarefa praticamente impossível”. Com estas páginas “a atividade da Igreja e a sua contribuição social não se esgotam”.

Este Relatório apresenta informações sobre as quais existem dados certos e verificáveis. 330 indicadores que nos permitem fazer uma radiografia da Igreja em Espanha, articulada e presente em 69 dioceses territoriais e na diocese militar.

Quem constitui a Igreja na Espanha?

–  Milhões de leigos. 80 associações e movimentos leigos estão registrados com 407.563 associados leigos; 81.080 catequistas; 36.686 professores de religião.

–  Na vida religiosa existem 32.531 religiosos. Além disso, 7.664 monges e freiras de clausura estão enclausurados;

–  9.932 missionários;

–  957 seminaristas;

–  587 diáconos permanentes;

–  15.285 sacerdotes e 119 bispos.

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Anuncie a fé:

– Os padres dedicaram mais de 26.962.740 horas ao seu trabalho nas paróquias. Através da atividade pastoral, são responsáveis ​​por acompanhar os fiéis nos momentos essenciais da sua vida. Um trabalho que se intensifica nas zonas rurais, onde se situa a maioria das freguesias do nosso país (11.437 freguesias rurais).

– Trabalho educativo: 

1.498.182 alunos estudam nos 2.536 centros educativos católicos, que contam com 135.311 trabalhadores. Estes centros representam uma poupança de 4.604 milhões de euros para o Estado.

2.940.793 alunos estão matriculados na disciplina de Religião. No ano letivo 2023-2024, houve um aumento de 8.503 alunos de graduação em relação ao ano anterior (122.701 no total) nas 17 universidades de orientação católica, onde estudam 58% dos alunos de graduação de universidades privadas presenciais. .

–  Missões :

9.932 missionários e 537 famílias em missão anunciam a fé nos 1.123 territórios em missão nos cinco continentes. Destaca-se que 56% são mulheres e 57% são consagrados e consagradas. Em 2023, o Fundo “Nova Evangelização” aumentou o número de projetos financiados, 258 no valor de 2.521.856 euros.

–  Património cultural :

Além da sua finalidade litúrgica, evangelizadora e pastoral, a atividade que gera tem um impacto total no PIB espanhol de 22,62 mil milhões de euros. 3.161 Bens de Interesse Cultural (BIC) pertencem à Igreja e existem 283 museus diocesanos. Em 2023, as dioceses espanholas destinaram 66.773.094 euros a 573 projetos de construção, conservação e reabilitação.

Celebre a fé:

–   Em 2023,  8,2 milhões assistiram regularmente à missa  e 9,5 milhões de eucaristias foram celebradas   nas  22.921 paróquias ,  87 catedrais  ou  639 santuários .

– Sacerdotes, consagrados e leigos dedicaram  45.555.429 horas à atividade celebrativa da Igreja .

–  Os sacramentos :  o número de batismos  com 152.426;  confirmações , 107.153;  casamentos , 33.500; e  unções dos enfermos , 26.120

418  Celebrações e festas religiosas em Espanha:  (Semana Santa, peregrinações, Corpus Christi, etc.) foram declaradas de interesse turístico nacional e internacional

97 Festas religiosas de interesse turístico nacional:  (Semana Santa em Ponferrada, Granada, Almería...).

46 Festas religiosas de interesse turístico internacional:  (Semana Santa em Cieza, Valladolid, Zamora, Romería del Rocío...)

167  festividades da Semana Santa  declaradas de interesse turístico  

Outros dados:  14.576 entidades religiosas católicas  e  5.332 irmandades com mais de um milhão de irmãos .

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Viva a fé:

A Igreja lidera iniciativas em áreas fundamentais como a promoção do emprego, a defesa da vida e da família e o apoio às mulheres em situação de exclusão.

Em 2023, a Igreja Católica geriu 162 centros de promoção da mulher e de apoio às vítimas de violência, prestando assistência a mais de 38 mil beneficiários.

Com 874 capelães e 18.581 voluntários ativos, o ministério da saúde acompanhou 98.447 pacientes em hospitais e 65.516 em domicílios todos os meses. Na esfera penitenciária, a Igreja geriu 1.069 programas dentro e fora da prisão, promovendo a reintegração social e económica dos beneficiários. Neste sentido, a rede de 230 centros dedicados à defesa da vida e da família serviu cerca de 85 mil beneficiários, oferecendo apoio integral a mães em situação de vulnerabilidade, famílias em crise e menores em risco.

Em termos de imigração, a Igreja Católica em Espanha continua a ser um apoio essencial para pessoas em situação de vulnerabilidade. Durante 2023, mais de 120 mil pessoas foram atendidas em 132 centros dedicados à recepção e acompanhamento de migrantes e refugiados. Estes espaços prestavam serviços essenciais como orientação social, acesso ao mercado de trabalho e habitação, assistência jurídica e apoio em centros de detenção para estrangeiros.

O compromisso

O Relatório de Atividades nasceu após a assinatura, em 2006, do atual sistema de repartição de impostos entre a nunciatura apostólica e o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. A partir desse momento, a Igreja recebe para seu sustento apenas o que os contribuintes decidirem destinar anualmente na sua Declaração de Imposto de Renda, através de 0,7% da sua cota integral.

Desde então, a CEE cumpre o compromisso que adquiriu com o Estado de melhorar o relatório de suporte que já era realizado com o anterior sistema de financiamento. Mas, além disso, quer que este compromisso se estenda a cada um dos contribuintes que todos os anos depositam a sua confiança na Igreja, colocando o X na sua Declaração.

Por esta razão, desde a apresentação do primeiro Relatório em 2009 (correspondente ao exercício de 2007), a informação contida nestas páginas aumentou de 77 indicadores ou dados para mais de 300.

A Igreja Católica ajuda cerca de 4 milhões de pessoas por ano com as suas atividades sociais e assistenciais.

– Este trabalho inclui a atividade da Cáritas e das Mãos Unidas através de cozinhas comunitárias, lares de idosos, centros para vítimas de violência, assistência a imigrantes ou, mais recentemente, a ajuda prestada por ocasião da DANA em Valência .

– Cada euro investido através da dotação fiscal é multiplicado por quatro em valor social, atingindo 1.428 milhões de euros anuais . A Igreja Católica é um dos principais pilares do tecido social espanhol. Isto reflete-se no Relatório Anual de Atividades apresentado pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE), que destaca que, em 2023 (últimos dados publicados), mais de 8.800 centros sociais e assistenciais, geridos por dioceses, paróquias e organizações como Cáritas e Manos Unidas, ofereceram apoio a mais de  3,8 milhões de pessoas  (90 mil em relação ao ano anterior).

Este trabalho inclui a atividade da Cáritas e das Mãos Unidas através de cozinhas comunitárias, lares de idosos, centros para vítimas de violência, assistência aos imigrantes ou, mais recentemente, a ajuda prestada por ocasião da DANA em Valência, onde a Igreja mobilizou cerca de 600 voluntários acompanhar e atender às necessidades imediatas de alimentação, higiene e limpeza, além de canalizar a ajuda que chegava de diversos lugares e meios; no total 42.809.752 milhões de euros com os quais espera servir mais de 20.000 pessoas.

CADA EURO DA ALOCAÇÃO DE IMPOSTO É MULTIPLICADO POR QUATRO

No documento, elaborado pelo Gabinete de Transparência da CEE, a Igreja dá conta do destino, entre outras rubricas, dos 382 milhões de euros que os mais de 8,5 milhões de contribuintes destinaram à Igreja Católica ao assinalar o Rendimento de 2024 Declaração Fiscal (ano fiscal de 2023) que estima que, por cada euro investido através da  dotação fiscal, é multiplicado por quatro em valor social , atingindo 1.428 milhões euros anualmente.

A Igreja lidera iniciativas em áreas fundamentais como a promoção do emprego, a defesa da vida e da família e o apoio às mulheres em situação de exclusão. Em 2023, a Igreja Católica geriu 646 centros de  promoção da mulher e de apoio às vítimas de violência , prestando assistência a mais de 38 mil beneficiários. Além disso, mais de 2.800 programas ajudaram pessoas em risco de exclusão, incluindo acompanhamento espiritual e humano através de 96 abrigos.

Relatório Anual De Atividades Da Igreja Católica Na Espanha Correspondente Ao Ano De 2023 Foto: Conferência Episcopal Espanhola

Com 874 capelães e 18.581 voluntários ativos, o ministério da saúde atendeu  98.447 pacientes em hospitais  e 65.516 em domicílios todos os meses. No âmbito penitenciário, a Igreja geriu 1.064 programas que beneficiaram mais de 10.000 pessoas, promovendo a sua reinserção social e económica.  Neste sentido, a rede de 230 centros dedicados à defesa da vida e da família serviu cerca de 85 mil beneficiários, oferecendo apoio integral a mães em situação de vulnerabilidade, famílias em crise e menores em risco.

Em termos de imigração, a Igreja Católica em Espanha continua a ser um apoio essencial para pessoas em situação de vulnerabilidade. Durante 2023, mais de 120 mil pessoas foram atendidas em 132 centros dedicados à recepção e acompanhamento de migrantes e refugiados. Estes espaços prestavam serviços essenciais como orientação social, acesso ao mercado de trabalho e habitação, assistência jurídica e apoio em centros de detenção para estrangeiros.

No âmbito pastoral, os sacerdotes dedicaram mais de 27 milhões de horas ao acompanhamento espiritual dos fiéis, especialmente nas 11.437 paróquias rurais, “onde se encontra a maioria das paróquias do nosso país e onde o acompanhamento de sacerdotes e agentes de pastoral se torna ainda mais necessário”. .”

UMA ECONOMIA PARA O ESTADO DE 4.604 MILHÕES DE EUROS

O documento destaca também o impacto económico gerado pela Igreja em Espanha e estima que  impacta diretamente a geração de 2.375 milhões de euros de PIB  e que, por cada euro de despesa da Igreja, para cumprir a sua missão pastoral, social e cultural , 1,65 euros são gerados na economia espanhola.

A avaliação do impacto socioeconómico da Igreja em Espanha elaborada pela Deloitte e apresentada no documento, destaca ao mesmo tempo o seu papel como motor de criação de emprego, contribuindo diretamente para a criação de mais de  52.000 empregos e mais de 34.000 empregos indiretos. aqueles . Uma figura que vai desde pessoal educativo e de saúde até trabalhadores de iniciativas sociais e culturais.

A atividade desenvolvida pela Igreja no campo educativo também impacta a economia do nosso país. O documento calcula que o sistema católico, com mais de 1,4 milhões de estudantes e 2.536 centros, gera uma  poupança estimada de 4.604 milhões de euros ao Estado  (mais 9% face ao mesmo período do ano anterior) devido à eficiência na gestão de despesas nos centros e a baixa dotação dos concertos em comparação com a educação pública.

Igreja Católica poupa ao Estado 4,6 mil milhões de euros e cria quase 90 mil empregos

– Os dados do Relatório Anual de Atividades confirmam o papel da Igreja Católica como criadora de riqueza

– Por cada euro gasto nas suas atividades, são gerados 1,65€ na economia espanhola .

– O gasto da atividade da igreja diocesana é de 1.428 milhões de euros, 4 vezes mais em relação ao que é contribuído pela dotação fiscal .

A  atividade da Igreja Católica em Espanha vai muito além do espiritual. Isto reflete-se no último Relatório Anual de Atividades, publicado hoje pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE), que estima, segundo os dados mais recentes, que  impacta diretamente a geração de 2.375 milhões de euros de PIB  e que, por cada euro de despesa pela Igreja, para cumprir a sua missão pastoral, social e cultural, são gerados 1,65€ na economia espanhola.

Além do impacto económico da Igreja em Espanha, a avaliação do impacto socioeconómico da Igreja em Espanha elaborada pela Deloitte incluída no documento, destaca o seu papel como motor de geração de emprego, contribuindo diretamente para a criação de mais de  52.000 empregos e mais 34 mil indiretos . Uma figura que vai desde pessoal educativo e de saúde até trabalhadores de iniciativas sociais e culturais.

UMA ECONOMIA PARA O ESTADO DE 4.604 MILHÕES DE EUROS

A atividade desenvolvida pela Igreja no campo educativo também impacta a economia do nosso país. O documento calcula que o sistema católico, com mais de 1,4 milhões de estudantes e 2.536 centros, gera uma  poupança estimada de 4.604 milhões de euros ao Estado  (mais 9% face ao mesmo período do ano anterior) devido à eficiência na gestão de despesas nos centros e a baixa dotação dos concertos em comparação com a educação pública.

Fonte: https://es.zenit.org/2024/12/17/numeros-de-la-verdad-este-es-el-bien-que-hace-la-iglesia-catolica-en-espana-misas-educacion-caridad-y-ahorro-al-gobierno/

Dioceses nos EUA diminuem idade mínima do crisma para fortalecer fé de jovens

Missa de crisma na paróquia de St. Mary em Franklin, no Estado de Massachussets, EUA, em 21 de setembro de 2024. | Paróquia de St. Mary

Por Kate Quiñones*

19 de dez de 2024

A diocese de Baton Rouge, Louisiana, EUA, anunciou que vai diminuir a idade para crisma.

Tim Glemkowski, que lidera a Amazing Parish , ministério criado para apoiar sacerdotes católicos e ajudar paróquias a florescer, falou sobre os desafios que jovens adultos enfrentam na cultura atual para permanecerem católicos.

“As pressões da cultura estão longe, não em direção, à crença e prática religiosas. É justo dizer que nossa cultura, falando de modo geral, não se presta a pré-condições”, disse Glemkowski à CNA, agência em inglês da EWTN News.

Conforme a Igreja se esforça para abordar a maneira adequada de formar os jovens em tal cultura, nos últimos anos muitas dioceses nos EUA diminuíram a idade de crisma do ensino médio para o ensino fundamental ou até mesmo mais cedo, como a arquidiocese de Seattle, para o oitavo ano; a arquidiocese de Boston para o nono ano; e a arquidiocese de Denver para o segundo ano antes que os jovens recebam a comunhão.

O crisma antes da primeira comunhão é chamado de “a ordem restaurada”, uma celebração dos sacramentos de iniciação como a Igreja teria originalmente estabelecido: batismo, crisma e então primeira comunhão. A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) permite a recepção do crisma para jovens entre sete e 17 anos.

Segundo um estudo feito pelo jornal católico americano St. Mary's Press e pelo Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado (CARA, na sigla em inglês), da Universidade de Georgetown, EUA, divulgado em 2018, a idade média dos que deixaram a Igreja era de 13 anos de idade. O estudo diz que muitos ex-católicos que dizem que saíram da Igreja, geralmente entre dez e 20 anos, disseram que tinham dúvidas sobre a fé quando crianças, mas nunca discutiram suas dúvidas ou perguntas com seus pais ou líderes da Igreja.

“Precisamos garantir que os jovens aprendam a rezar com o coração, tenham suas perguntas sobre a fé respondidas de maneira robusta e tenham muitas oportunidades de ouvir o Evangelho e responder a Deus entregando suas vidas a ele”, disse Glemkowski.

“Os jovens santos devem nos mostrar que a santidade e a missão heroica são possíveis para os jovens; não devemos subestimar do que as crianças são capazes”.

Lidando com uma cultura hostil

A diocese de Baton Rouge, Louisiana, diminuiu recentemente a idade de crisma para o oitavo ano, citando os desafios que os jovens enfrentam hoje.

“Nossos filhos estão vivenciando uma cultura que, às vezes, é hostil à nossa fé”, escreveu o bispo de Baton Rouge, dom Michael Duca, em carta publicada em 8 de dezembro.

“Por meio das mídias sociais de todas as formas, os jovens são confrontados, em uma idade surpreendentemente mais jovem, com desafios à sua fé e moral católicas”, disse dom Duca. “Dada essa nova realidade, acredito que é hora de diminuir a idade da confirmação para dar às nossas crianças a graça plena do Sacramento da Confirmação em uma idade mais precoce para enfrentar esses desafios.

O bispo anunciou que vai iniciar um plano de transição para diminuir gradualmente a idade do 10º ano (1º ano do ensino médio) para o 7º ano.

“Esse dom do Espírito é dado a todos nós de uma maneira especial no sacramento da confirmação, que nos inicia plenamente na Igreja e nos enche com esses dons e o entusiasmo para assumir a missão de Cristo de renovar o mundo”, escreveu dom Duca.

“Muitos católicos mais velhos lembram que a idade do crisma era menor quando fomos confirmados”, continuou o bispo. “Depois do concílio Vaticano II, em muitos lugares, a idade aumentou para o ensino médio, já que muitos líderes sentiram que o sacramento seria melhor compreendido em uma idade mais avançada. Essa prática funcionou bem, mas os tempos mudaram”. 

Fortalecendo a formação

A diocese de Salt Lake City também está desenvolvendo seu programa de catequese para jovens convertidos que são velhos demais para o batismo infantil, citando a necessidade de fortalecer a catequese dentro da diocese.

A diocese anunciou no mês passado que crianças acima de sete anos que se filiarem à Igreja não receberão os três sacramentos de iniciação na vigília pascal, depois da diocese suspender temporariamente a prática padrão.

Depois do batismo, as crianças que se juntam à Igreja na diocese devem frequentar uma aula de formação de fé em sua faixa etária, em vez de receber vários sacramentos de uma vez, segundo o anúncio da diocese. A pausa é temporária, pois a diocese está desenvolvendo seus planos de formação de fé.

A Igreja diz que crianças com mais de sete anos estão na “idade da razão” e são capazes de tomar algumas decisões de fé por si mesmas, então os jovens não batizados geralmente são matriculados na Ordem de Iniciação Cristã para Adultos (OCIA) adaptada para crianças, um programa de preparação de um ano para se tornarem católicos.

A Igreja  exige  amplamente que, para a iniciação sacramental depois da idade da razão, os destinatários devem receber os três sacramentos da iniciação ao mesmo tempo, exceto em caso de motivo grave.

No entanto, a diocese de Salt Lake City cita “muitos desafios e nossa capacidade limitada de superá-los em uma diocese missionária” como o motivo da pausa temporária do OCIA para crianças. 

Por meio da pausa, a diocese espera garantir que a catequese seja adequada e que as crianças entendam os sacramentos dos quais participam; a diocese também busca desenvolver seus programas para permitir que crianças não batizadas se assimilem totalmente à fé, segundo o anúncio.

Essa pausa vai terminar depois da diocese desenvolver um “plano abrangente de formação da fé”, segundo Lorena Needham, diretora do Escritório de Culto da diocese.

Needham disse que a OCIA geralmente traz muitos desafios entre as dioceses.

“Ainda existe uma mentalidade de ano letivo em sala de aula na qual tanto o catecúmeno quanto os diretores tentam trabalhar dentro de um cronograma de um ano ou menos, em vez de permitir que cada pessoa possa discernir sua jornada (junto com o discernimento do catequista de iniciação)”, disse Needham à CNA.

Tanto os pais quanto a criança devem consentir em se juntar à Igreja — mas as crianças “não podem dar [consentimento] adequadamente se não souberem e não entenderem o que são os sacramentos da iniciação”, disse ela em anúncio diocesano no jornal católico Intermountain Catholic.

“Há pouco treinamento nos seminários sobre o OCIA — muitas vezes é só uma aula opcional”, disse ela, ao acrescentar que outros grupos como LTP,  TeamInitiation e a  Association for Catechumenal Ministry  (Associação para o Ministério Catecumenal) dão treinamento contínuo.

Para resolver essa situação, a diocese de Salt Lake City espera dar maior ênfase ao treinamento para a iniciação cristã.

“Alguns bispos levaram a iniciação cristã a sério e fizeram dela um foco para o desenvolvimento profissional de seus padres e central para seus planos pastorais”, disse Needham. 

A maior mudança sob a pausa temporária determina que os jovens batizados depois dos sete anos de idade receberão os sacramentos um de cada vez, em vez de todos de uma vez. Isso implicará frequentar aulas de primeira comunhão e crisma dentro de suas faixas etárias.

Sob a pausa, os requisitos para obter o batismo para jovens com mais de sete anos não foram alterados. As atuais diretrizes pastorais da diocese exigem uma entrevista com os pais pelo menos 60 dias antes do batismo e o discernimento da prontidão dos pais para ajudar a criança a viver uma vida cristã. Os pais também devem ser registrados na paróquia ou morar dentro de seus limites, e a paróquia deve dar preparação batismal para a criança, pais e padrinhos.

“A esperança para nossos jovens, nossas famílias e, de fato, para todos nós nessa diocese, é que tenhamos as melhores oportunidades possíveis para aprender e viver nossa fé, independentemente de quando o Espírito Santo nos move ou aos nossos pais para dar o próximo passo de fé”, disse Needham no anúncio.

*Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal, para o Denver Catholic Register e para o CatholicVote, e se formou pelo Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/60581/dioceses-nos-eua-diminuem-idade-minima-do-crisma-para-fortalecer-fe-de-jovens

O Papa aos peregrinos de Santiago: no caminho, cuidado com os necessitados

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na terra da Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera: com essas palavras, o Papa acolheu os peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela, recebidos por Francisco na manhã desta quinta-feira na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Raimundo de Lima – Vatican News

Encorajo-vos nesse apostolado de evangelização e cuidado. Os antigos peregrinos nos ensinam que das peregrinações cristãs se retorna como apóstolo! Foi a exortação com a qual o Santo Padre acolheu na manhã desta quinta-feira (19/12), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, um expressivo grupo de peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (cerca de 5 mil), cuja peregrinação é organizada pela Obra Padre Guanella.

Francisco expressou sua alegria em dar as boas-vindas, junto ao Túmulo de São Pedro, aos peregrinos do Caminho de Santiago, saudando, entre outros, o superior geral dos Padres Guanellianos e os membros da Família Guanelliana, que há quase quinze anos trabalham naquela Igreja da Galícia, tanto em Santiago como em Finisterra, para dar acolhida espiritual aos peregrinos. “E vós, peregrinos, sois a prova viva do compromisso apostólico deles”, ressaltou o Pontífice.

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

O caminho vivido em silêncio permite escutar

Francisco observou ser interessante ver como cresceu o número dos peregrinos a Santiago nestes últimos trinta anos. “Esse crescimento numérico é muito positivo e, ao mesmo tempo, levanta uma séria questão: as pessoas que fazem o Caminho de Santiago estão fazendo uma verdadeira peregrinação? Essa é a pergunta, devemos responder. Ou se trata de outra coisa? Ou obviamente, há experiências diferentes, mas a pergunta nos faz refletir”, frisou o Papa.

“A peregrinação cristã aos Túmulos dos Apóstolos pode ser reconhecida por três sinais. O primeiro é o silêncio, o primeiro sinal. O caminho vivido em silêncio permite escutar, escutar com o coração e, assim, encontrar, enquanto se caminha, através do cansaço, as respostas que o coração procura, porque o coração faz perguntas.”

Francisco ressaltou que Deus fala no silêncio, como uma brisa suave, convidando a lembrarmos a história de Elias (cf. 1Rs 19,9-13).

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Ter sempre consigo um Evangelho de bolso

Em segundo lugar, o Evangelho - silêncio, Evangelho -: ter sempre no bolso o Evangelho, frisou o Santo Padre recomendando aos peregrinos ter sempre consigo um Evangelho pequeno, de bolso.

“A peregrinação é feita relendo o caminho que Jesus fez, até o extremo dom de Si mesmo. O caminho é tanto mais verdadeiro, tanto mais cristão, quanto mais leva a sair de si mesmo e a se doar livremente, a serviço do próximo. E é isso que o Espírito Santo faz quando lemos o Evangelho todos os dias.”

A esse ponto, Francisco explicou como se dá essa presença do Espírito Santo. “Podemos ler um romance, bonito, talvez nos faça bem, ler as notícias diárias, algumas nos fazem chorar, mas podemos ler; mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. Quando lemos as notícias, não. Mas quando lemos o Evangelho, há alguém ao nosso lado. É o Espírito Santo. É Ele que nos faz entender bem isso que o Evangelho faz. E Ele faz isso, o Espírito Santo”.

Audiência na Basílica de São Pedro aos peregrinos italianos do Caminho de Santiago de Compostela (Vatican Media)

Ao longo do caminho, estar atentos aos outros

“O terceiro elemento, silêncio, Evangelho, e o terceiro, “protocolo de Mateus 25”: “O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40). Silêncio, Evangelho e fazer o bem, mesmo às pessoas mais pequeninas, às pessoas mais desfavorecidas. Fazer sempre o bem. Ao longo do caminho, estar atentos aos outros, especialmente àqueles que mais lutam, aos que caíram, aos necessitados... São Luís Guanella dizia que o objetivo da vida de um crente é fazer com que ninguém seja deixado para trás.”

Francisco concluiu desejando que a Sagrada Família de Nazaré, peregrina na Palestina, nos seja um exemplo neste tempo de espera.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Filogônio, Bispo de Antioquia

São Filogônio (A12)
20 de dezembro
Localização: Síria (Antioquia)
São Filogônio

São Filogônio foi um advogado e bispo da Igreja primitiva, nascido em Antioquia, Síria, no século III. Ele começou sua carreira defendendo os cristãos perseguidos e, com o tempo, tornou-se conhecido por sua integridade e justiça. Sua dedicação à defesa dos oprimidos o fez ser notado pelos líderes da Igreja.

Em meio às perseguições aos cristãos, Filogônio foi escolhido para ser bispo de Antioquia, assumindo uma das principais sedes da cristandade oriental. Ele serviu à Igreja com coragem, fortalecendo os fiéis em um tempo de grande oposição.

Durante seu episcopado, enfrentou desafios tanto internos quanto externos. Os cristãos eram perseguidos pelo Império Romano, e as heresias começavam a surgir. Filogônio dedicou-se a combater essas falsas doutrinas e a promover a fé verdadeira entre o povo.

Como bispo, ele se destacou pela defesa do cristianismo ortodoxo, especialmente na época em que o arianismo começava a ganhar força. Sua firmeza na doutrina inspirou muitos fiéis e reforçou a unidade da Igreja em um tempo de grandes dificuldades.

São Filogônio também era conhecido por seu coração misericordioso e pelo cuidado com os necessitados, tratando de questões espirituais e materiais do seu rebanho. Ele buscava sempre a justiça e a caridade, valores que estavam enraizados em sua fé cristã.

Após anos de serviço dedicado, São Filogônio faleceu em paz, por volta de 324 d.C. Ele foi lembrado como um exemplo de fidelidade à fé e ao chamado de Deus, sendo reverenciado como santo pela Igreja tanto no Oriente quanto no Ocidente.

Reflexão:

A espiritualidade de São Filogônio nos ensina a importância de uma fé sólida e de uma vida coerente com o Evangelho. Ele nos convida a defender a verdade com coragem, mesmo em meio às adversidades, e a cuidar dos que mais necessitam de auxílio. Que seu exemplo nos inspire a sermos defensores da fé e da justiça, confiantes na presença de Deus que nos fortalece em todas as situações.

Oração:

São Filogônio, intercede por nós para que possamos manter uma fé firme e uma vida dedicada ao serviço de Deus e do próximo. Amém. Que teu exemplo de justiça e coragem nos inspire a sermos fiéis ao Evangelho e a viver com compaixão para com os necessitados. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

O Advento segundo Guardini

Advento - tempo de espera e anseio (Opus Angelorum)

O ADVENTO SEGUNDO GUARDINI

Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)

Nestes dias que nos preparam para o Natal li novamente um texto do grande teólogo ítalo-germânico Romano Guardini sobre o Advento. Entendo ser tão atual este texto que nem parece ter sido escrito há décadas. Reparto neste artigo a beleza dessa mensagem para este tempo. 

Ele inicia afirmando que as festas da Igreja recordam certamente acontecimentos passados, mas são também presentes, uma realização viva; visto que o que aconteceu uma vez na história deve ocorrer continuamente na vida daquele que crê. No caso do Advento e Natal, Guardini recorda que Jesus já veio para todos, mas Ele deve sempre voltar para cada um. Cada um de nós deve experimentar a espera, cada um de nós a chegada, para que a salvação surja. 

O escritor nos recorda que o Salvador veio da liberdade de Deus: num povo pequeno, que certamente nenhum conselho de nações teria escolhido; numa época que ninguém conseguia provar ser a certa. E o tempo de Advento nos faz rezar e  meditar sobre o milagre desta vinda. O Redentor não vem apenas à humanidade como um todo, mas também a cada ser humano em particular: nas suas alegrias e nas suas ansiedades, no seu conhecimento claro, nas suas perplexidades e nas suas tentações, em tudo o que constitui sua natureza e sua vida.  

O Advento é o tempo que nos adverte a perguntar-nos, no fundo da consciência: Ele veio até mim? Tenho notícias Dele? Existe confiança entre Ele e eu? Ele é médico e professor para mim? Mas então surge imediatamente a outra questão: a porta está aberta para Ele nas minhas profundezas? E a decisão: quero abrir bem. 

Guardini alerta, porém, que não basta apenas refletir sobre a vinda do Natal, pois é preciso rezar orar. Devemos orar para que o Espírito Santo, o único que tem conhecimento do Cristo vivo, trabalhe para que a figura sagrada do Senhor se torne luminosamente evidente para nós. Que aconteça conosco o que João quer dizer quando diz: “Vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14). 

Enfim, Romano Guardini alerta que não se pode conhecer Cristo como se conhece qualquer pessoa na história, mas apenas a partir daquela profundidade interior que se desperta no amor. São João diz: “Quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). Assim, é preciso exercer o amor, para que os nossos olhos se abram para ver Cristo. Queremos fazê-lo onde estamos, em relação às pessoas com quem convivemos: dar-lhes o direito de serem como são; acolhê-los continuamente e viver com eles em amizade. 

Com Guardini, precisamos compreender que o verdadeiro Advento surge de dentro. Da profundidade do coração humano crente e sobretudo da profundidade do amor de Deus. Mas devemos preparar o caminho para o seu amor. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF