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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

O Papa: os Jubileus, momentos preciosos de reflexão e balanço da vida

Ingresso para a Porta Santa na Basílica de São Pedro (Vatican Media)

Post de Francisco na conta @Pontifex do "X", na véspera do início do Ano Santo que terá por tema a esperança. No dia 24 de dezembro, às 19h, a abertura da Porta Santa de São Pedro; no dia 26, da prisão de Rebibbia. Segue a abertura das Portas Santas nas Basílicas Papais de Roma, peregrinações e eventos com a esperada participação de milhares de pessoas.

Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano

Os Jubileus são momentos preciosos para fazer um balanço da nossa vida, tanto em nível individual como comunitário. São também ocasiões de reflexão, recolhimento e escuta do que o Espírito Santo nos diz hoje (cf. Ap 2, 7). #Jubileu2025

A espera acabou e dentro de pouco mais de vinte e quatro horas o Papa Francisco abrirá a Porta Santa da Basílica de São Pedro, dando início ao Ano Santo, o Jubileu 2025 que quis dedicar ao tema da esperança. Aquela que “não engana”, como afirma o título da Bula de Proclamação Spes non confundit; a esperança necessária em uma época do mundo que, entre guerras, divisões, pobreza, crises climáticas, parece oferecer apenas angústia e aflição.

Com um post em sua conta @Pontifex, canal privilegiado para alcançar milhões de pessoas em nove línguas, o Papa chama a atenção para o evento, mas sobretudo para a natureza íntima deste grande acontecimento eclesial, mas que envolve o mundo, e a reviravolta que ele pode representar para a vida de cada um.

Uma ocasião de “reflexão” e “recolhimento”, sublinha de fato o Pontífice na mensagem, reiterando assim em modo implícito o desejo – já expresso várias vezes nos últimos meses – de que o Jubileu possa ser um tempo principalmente de espiritualidade, renascimento, perdão e libertação social. Já o dizia na oração de 8 de dezembro, na Solenidade da Imaculada Conceição, alertando para o risco de "sufocar" a graça pela organização, das muitas coisas para fazer ou das 'reclamações' sobre os canteiros de obras e as muitas mudanças que a cidade de Roma enfrenta e enfrentará.

Os muitos “jubileus”

De fato, são muitos os eventos programados desde a terça-feira, 24 de dezembro, véspera de Natal com a abertura da Porta Santa, até ao encerramento do Jubileu, em 6 de janeiro de 2025.

Estima-se que mais de 30 milhões de pessoas participem nos vários ‘jubileus’ dedicados a diferentes categorias: do mundo da comunicação aos artistas, das forças armadas aos voluntários, dos doentes e trabalhadores da saúde à vida consagrada, os diáconos, as irmandades, dos trabalhadores aos empresários, dos governantes aos jovens e adolescentes.

Neste último evento em particular, previsto para 25 e 27 de abril, espera-se a maior afluência também devido à canonização do jovem Beato Carlo Acutis.

A abertura da Porta Santa em São Pedro

Assim, amanhã, às 19 horas, o início do Jubileu com o rito sempre sugestivo da abertura da Porta Santa, antes da Missa da Vigília de Nata. Estima-se qie cerca de 30 mil fiéis estarão reunidos na Praça de São Pedro para assistir à cerimônia pelos telões; outro grupo estará dentro da Basílica.

Francisco, vinte e cinco anos depois de São João Paulo II, nove anos depois do Jubileu extraordinário da Misericórdia (aberto com uma comovente cerimônia na Catedral de Bangui) pronunciará a fórmula: Haec porta Domini (Esta é a porta do Senhor), ao qual os fiéis responderão: Iusti intrabunt in eam (Através dele entram os justos).

Fiéis de todos os continentes

O alcance global deste Ano Santo refletir-se-á, antes de tudo, na homenagem com flores que dez crianças de diferentes nações (Áustria, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Índia, México, Nigéria, Samoa, Eslováquia, Venezuela) oferecerão ao Papa.

Cinquenta e quatro fiéis dos cinco continentes serão os primeiros a cruzar a Porta Santa aberta pelo Papa para suplicar a Indulgência jubilar e professar a sua fé. Entre os países de origem, também China, Congo, Coreia do Sul, Eritreia, Irã, Papua Nova Guiné, Samoa, Estados Unidos, Vietnã.

Um “símbolo de esperança” para os presos de Rebibbia

Em um Ano Santo que o Papa, como escreveu na Bula, quer que seja dedicado não só aos sinais jubilares, mas também aos gestos de cuidado e de misericórdia para com os vulneráveis ​​da sociedade, insere-se um momento inédito que será a abertura do Porta Santa em uma prisão.

Francisco o havia anunciado na Spes non confundit. Posteriormente o arcebispo Rino Fisichella, encarregado da organização do Jubileu, fez saber que a penitenciária escolhida foi a de Rebibbia Nuovo Complesso, que o Pontífice já havia visitado em 2015 para a Missa in Coena Domini de Quinta-feira Santa.

Jorge Mario Bergoglio abrirá a Porta Santa de Rebibbia na manhã do dia 26 de dezembro, festa de Santo Estêvão, na presença de alguns presos. A eles, como escreveu, quer oferecer “um sinal concreto de proximidade” por meio deste gesto que pode ser “um símbolo que convida a olhar para o futuro com esperança e com um renovado compromisso de vida”.

O rito nas Basílicas papais de Roma

A abertura das Portas Santas da Basílica de São Pedro e de Rebibbia será seguida por aquela das Portas Santas das três basílicas papais de Roma: São João de Latrão, em 29 de dezembro; Santa Maria Maior em 1º de janeiro; São Paulo fora-dos-muros em 5 de janeiro. Os arciprestes das respectivas Basílicas realizarão o rito. Todas as portas permanecerão muradas para torná-las um local de peregrinação durante todo o ano. Serão fechadas no domingo, 28 de dezembro de 2025.

Por outro lado, no dia 29 de dezembro de 2024, em todas as catedrais e co-catedrais, os bispos deverão celebrar a Eucaristia como abertura solene do Ano Jubilar. Tal como já em 2015-16, para o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco convidou todos os bispos de todos os países do mundo a indicarem a entrada principal da sua catedral ou de um local de culto igualmente significativo, como a Porta Santa, para facilitar a peregrinação para aqueles que que, por diversas razões, não poderão viajar para Roma.

Por fim, vários itinerários de fé estarão presentes no próximo ano em Roma, além dos tradicionais das catacumbas e das Sete Igrejas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Vigília do Natal: Maria dará à luz um filho e tu darás o nome de Jesus!

Jesus é o Emanuel, o Deus sempre conosco (Viver Evangelizando)

VIGÍLIA DO NATAL: MARIA DARÁ À LUZ UM FILHO E TU DARÁS O NOME DE JESUS! 

Dom Anuar Battisti
Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

Amados irmãos e irmãs em Cristo, 

Estamos reunidos neste entardecer santo para celebrar o mistério que transforma a história da humanidade: o nascimento de Jesus Cristo, nosso Salvador. A liturgia desta Vigília nos convida a contemplar a realização das promessas de Deus, a luz que brilha nas trevas e a alegria que nasce da certeza de que Deus está conosco. 

No Evangelho de Mateus proclamado nesta celebração – Mt 1,1-25, somos introduzidos à genealogia de Jesus e ao anúncio de Seu nascimento. Este relato nos mostra que a vinda de Cristo não foi um evento isolado, mas o cumprimento de um plano divino, que atravessa gerações e se realiza na simplicidade de uma família em Belém. 

A genealogia de Jesus nos recorda que Deus é fiel. Ele prometeu a Abraão que todas as nações seriam abençoadas por meio de sua descendência. Ele prometeu a Davi que seu reino não teria fim. E, nesta noite, contemplamos o cumprimento dessas promessas. Jesus, o Emanuel, nasce para trazer a salvação a todos os povos. 

Essa fidelidade de Deus nos convida a confiar n’Ele em todas as circunstâncias. Mesmo quando enfrentamos dificuldades ou não entendemos os desígnios divinos, somos chamados a recordar que Deus é fiel e nunca abandona Seu povo. 

A maneira como Deus escolheu vir ao mundo é surpreendente. Ele não nasceu em um palácio, mas em uma manjedoura. Ele não veio cercado de poder humano, mas na simplicidade de uma família humilde. Essa escolha nos ensina que a verdadeira grandeza está na humildade e no serviço. 

Nesta noite, somos convidados a imitar a humildade de Jesus. Ele se fez pequeno para nos elevar, se fez pobre para nos enriquecer, se fez servo para nos salvar. Como podemos, em nossas vidas, refletir essa humildade no cuidado com os outros, especialmente com os mais necessitados? 

O Natal é tempo de alegria, porque Deus veio ao nosso encontro. Ele se fez um de nós para nos redimir. Essa alegria não é superficial ou passageira, mas uma alegria profunda, que brota da certeza de que somos amados por Deus. 

Essa alegria deve ser partilhada. Assim como os pastores anunciaram a boa nova do nascimento de Jesus, também somos chamados a ser testemunhas dessa alegria no mundo. Em um tempo marcado por tantas divisões e sofrimentos, o Natal nos lembra que somos portadores da paz e do amor de Deus. 

Nesta noite, ao nos aproximarmos do presépio, deixemos que o mistério do Natal toque nossos corações. Que possamos acolher Jesus, como Maria e José o acolheram, com fé, amor e disponibilidade. Que Ele encontre em nós um coração aberto e pronto para viver o Evangelho. 

Alegremo-nos, pois o Salvador nasceu! Ele é a luz que dissipa as trevas, a esperança que renova o mundo, o amor que transforma nossas vidas. 

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade! 

Amém. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Depois do Natal tem início a restauração da Gruta de Belém

Papa Francisco visita a Gruta de Belém em 2014 (Vatican Media)

“Embora o espaço seja bastante limitado, com apenas 35 metros quadrados, o trabalho será bastante exigente". Este será o último Natal celebrado na Gruta de Belém, onde a tradição situa o nascimento de Jesus, como a conhecemos há centenas de anos.

de Belém, Roberto Cetera

Este será o último Natal celebrado na Gruta de Belém, onde a tradição situa o nascimento de Jesus, como a conhecemos há centenas de anos. Imediatamente após o fim das festividades natalinas (o último “Natal” é o dos armênios, que ocorre em 18 de janeiro), um importante trabalho de restauração será iniciado na gruta, cobrindo todo o espaço que envolve o local do nascimento e a manjedoura que fica em frente a ele. Esse trabalho concluirá um projeto maior, chamado “Bethlem Reborn” (Belém Renascida), que começou em 2013 e levou, em quase dez anos, à reforma de toda a Basílica. 

Trabalho que também teve um importante significado arqueológico, devido à descoberta de importantes achados da Basílica cristã primitiva e reconstruções subsequentes, incluindo as bizantinas e as cruzadas. Nesse sentido, se recorda a descoberta de uma pia batismal da Basílica helênica e o conhecido mosaico do anjo desaparecido na abóbada, uma redescoberta que teve repercussão mundial.  Uma prévia de todo o projeto de renovação do local pode ser vista na exposição, com curadoria do arquiteto Taisir Hasbun, que esteve em exibição na Sala Paulo VI, no Vaticano, nos últimos dias. A Gruta da Natividade tinha ficado fora da conclusão de todo o projeto. 

Agora, com base nos acordos assinados entre as igrejas latina, ortodoxa e armênia, a “Bethlem Development Foundation” e o Ministério do Patrimônio Cultural do estado palestino, o trabalho pode finalmente começar, no máximo no início de fevereiro. Como no caso da Basílica superior, o trabalho foi confiado à empresa italiana Piacenti, líder mundial na restauração de igrejas e locais religiosos, que também empregará trabalhadores locais, além de centenas de técnicos, restauradores e arqueólogos da Itália.  

“Embora o espaço seja bastante limitado, com apenas 35 metros quadrados, o trabalho será bastante exigente. Em primeiro lugar, o trabalho será feito no teto, que está em grande parte enegrecido, tanto pela fumaça das lâmpadas a óleo que queimam ali, há séculos, quanto pelo incêndio que ocorreu em maio de 2014.  O resultado provavelmente será a restauração de um cinza mais claro, que dará mais luz a toda a gruta. Também no teto, teremos que trabalhar na verificação da estabilidade da rocha, que em alguns lugares apresenta rachaduras provavelmente criadas por terremotos nos séculos passados. O piso de mármore também será desmontado, limpo e reparado onde estiver marcado pelo desgaste, nos contornos, e depois remontado”. 

O mesmo se aplica às duas escadas de entrada e saída da gruta. Todas as decorações e tecidos serão substituídos por novos materiais à prova de fogo. “A prioridade, continua Piacenti, será restaurar o local não apenas em sua beleza antiga, mas também para garantir que os milhões de peregrinos que o acessam todos os anos possam visitá-lo com segurança.  Por exemplo, o projeto prevê que a pequena porta de acesso franciscana na parte inferior do local possa ser equipada como uma saída de emergência adicional. A restauração propriamente dita será feita nos dois altares da manjedoura e da natividade e no esplêndido mosaico acima deles.

Como já ocorreu com a Basílica, também serão realizadas escavações arqueológicas: “o principal objetivo será entender qual era a entrada original da gruta, que provavelmente deve ter sido larga o suficiente para permitir a entrada de animais.  Acreditamos que ela deveria estar do lado esquerdo da porta franciscana, mas teremos que escavar seguindo a rocha para confirmar isso”.

Serão feitos todos os esforços para manter o acesso dos peregrinos à gruta durante o período de trabalho, isolando espaços de trabalho individuais e planejando turnos noturnos intensos, mas também limitando o acesso dos visitantes a um intervalo de duas ou três horas pela manhã.

A projeção da obra concluída promete uma visão de maravilha, que entrará nos corações das pessoas de todo o mundo que vêm aqui para buscar as origens da salvação.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 22 de dezembro de 2024

Estas pequenas coisas fazem a luz da verdade brilhar na escuridão

Antonio Guillem | Shutterstock

Theresa Civantos Barber - publicado em 14/11/23 - atualizado em 12/12/24

Aqui estão algumas ideias para fazer brilhar a luz da verdade, da beleza e da bondade sempre que as notícias forem particularmente tristes e sombrias.

Há momentos em que o mundo parece particularmente sombrio. A escuridão do mal está sempre presente, mas ela se torna mais óbvia para nós em momentos diferentes. Já em 1845, o poeta e abolicionista americano James Russell Lowell descreveu como o mal muitas vezes parecia estar em vantagem.

O grande vingador parece descuidado.
As páginas da história apenas registram
Uma luta até a morte na escuridão
Entre os velhos sistemas e a Palavra;
A verdade está sempre no cadafalso
O mal para sempre no trono;
No entanto, o cadafalso influencia o futuro,
E por trás do incerto,
Deus está presente
E cuida de seu povo.

Sim, Deus está sempre presente e, imitando aquele que é a luz do mundo, todos podem encontrar maneiras de fazer a luz brilhar na escuridão. Como podemos combater o mal com o bem em nossas vidas comuns? Como podemos mergulhar no amor quando nosso coração está pesado? Aqui estão algumas ideias para ajudá-lo a escolher sempre a bondade, a beleza e a verdade:

1. ORAR

A3pfamily | Shutterstock

Rezar o terço ou juntar-se a outras pessoas para participar da missa é particularmente necessário neste momento. Continuar invocando o céu por meio da oração é uma das maneiras mais diretas de ajudar.

2. ORGANIZE UM JANTAR AMIGÁVEL

Oferecer hospitalidade convidando um membro da família, um amigo, um vizinho solteiro ou um padre para jantar ou tomar chá é uma excelente maneira de espalhar bondade e alegria no mundo.

3. LENDO AS ESCRITURAS JUNTOS

Os fiéis podem encontrar conforto na leitura da Bíblia. Ler versículos todos os dias em família pode trazer muita paz, esperança e incentivo para sempre confiar no Senhor.

4. LIGAR PARA UM ENTE QUERIDO QUE MORA LONGE

Receber notícias de alguém que você ama, apesar da distância, reafirma os laços de amor que os unem, mesmo que você não possa estar fisicamente ao lado dessa pessoa.

5. ENVIE UMA CARTA PARA ALGUÉM QUE VOCÊ AMA

Receber uma carta escrito à mão sempre deixa o destinatário feliz. Portanto, é uma maneira doce de espalhar alegria e amor.

6. ENVIE UMA MENSAGEM DE AGRADECIMENTO A ALGUÉM QUE VOCÊ AMA POR ESTAR EM SUA VIDA

Um texto rápido dizendo "Estou tão feliz por sermos amigos" pode ajudar muito a aquecer o coração de alguém.

7. LEVE UMA REFEIÇÃO A ALGUÉM

É sempre bom levar uma refeição reconfortante para um idoso, alguém que esteja doente, uma mãe que acabou de dar à luz ou um amigo que esteja no meio de um esgotamento, para que ele possa desfrutar de uma noite sem cozinhar. Talvez haja alguém que você conheça que apreciaria sua comida caseira!

8. OUVIR MÚSICA

Prostock-studio - Shutterstock

Está comprovado que a música eleva o ânimo e aquece o coração, portanto, é um remédio ideal para dias difíceis.

9. CANTE

Aqueles que cantam rezam duas vezes, não é mesmo? Belos hinos ou louvores cristãos trazem alegria ao coração e proclamam o apego do coração a Deus, que é Amor.

10. SEGURE UM BEBÊ

Seja o seu bebê ou o de uma irmã ou amiga, a proximidade dele sempre traz muita alegria. Pode ser muito relaxante em sua maneira de simplesmente apreciar tudo o que há de bom neste mundo.

11. BRINQUE COM SEUS FILHOS

Dê a seus filhos um presente e mergulhe no mundo imaginário deles. Vocês darão muitas risadas e passarão momentos inesquecíveis.

12. OFEREÇA-SE PARA SER BABÁ

Ofereça-se para cuidar dos filhos de um casal que você conhece ou de um membro da família, ou de uma mulher solteira. Isso dará aos pais ou à mãe a chance de descansar ou de passar algum tempo de qualidade juntos como um casal, sozinhos ou com um de seus filhos.

13. FAÇA UMA CAMINHADA

A natureza cura a alma. Sair pode elevar seu espírito quando seu coração está abatido pelas notícias ou pelos problemas da vida. Louve o Senhor por ter criado um mundo tão belo e encha seus olhos com a beleza da Criação.

14. ARRUME UMA BELA MESA

Mesmo que seja um simples jantar em um dia de semana, reserve um minuto para escolher uma toalha de mesa bonita ou colocar flores na mesa. Arrumar uma mesa bonita é uma maneira agradável de honrar e valorizar esse tempo passado com sua família.

15. ACENDA ALGUMAS VELAS

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Acender uma vela, especialmente ao orar com seus entes queridos, é muito reconfortante e é um símbolo visível de afastar a escuridão.

16. FAÇA ALGO ÚTIL OU BONITO

Fazer artesanato ou pintar pode acalmar e reorientar sua mente e seu coração.

17. LEVE FLORES PARA UM VIZINHO OU AMIGO

Um buquê de flores frescas é sempre apreciado, especialmente se vierem direto do seu jardim!

Esses pequenos gestos podem não parecer muito, mas ao escolher sempre a bondade, a beleza e a verdade, vocês serão pequenas luzes neste mundo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2023/11/14/estas-pequenas-coisas-fazem-a-luz-da-verdade-brilhar-na-escuridao

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

Madonna do Parto (Liturgia das Horas Online)

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 185: PL 38, 997-999)            (Séc. V)

A verdade brotou da terra e a justiça olhou do alto do céu

Desperta, ó homem: por tua causa Deus se fez homem. Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Ef 5,14). Por tua causa, repito, Deus se fez homem.

Estarias morto para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Jamais te libertarias da carne do pecado, se ele não tivesse assumido uma carne semelhante à do pecado. Estarias condenado a uma eterna miséria, se não fosse a sua misericórdia. Não voltarias à vida, se ele não tivesse vindo ao encontro da tua morte. Terias perecido, se ele não te socorresse. Estarias perdido, se ele não viesse salvar-te.

Celebremos com alegria a vinda da nossa salvação e redenção. Celebremos este dia de festa, em que o grande e eterno Dia, gerado pelo Dia grande e eterno, veio a este nosso dia temporal e tão breve. 

Ele se tornou para nós justiça, santificação e libertação, para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor” (1Cor 1,30-31).

A verdade brotará da terra (Sl 84,12), o Cristo que disse: eu sou a verdade (Jo 14,6), nasceu da Virgem. E a justiça olhou do alto do céu (cf. Sl 84,12), porque o homem, crendo naquele que nasceu, é justificado não por si mesmo, mas por Deus.

A verdade brotou da terra porque o Verbo se fez carne (Jo 1,14). E a justiça olhou do alto do céu porque todo o dom precioso e toda a dádiva perfeita vêm do alto (Tg 1,17).

A verdade brotou da terra, isto é, da carne de Maria. E a justiça olhou do alto do céu porque o homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu (Jo 3,27).

Justificados pela fé, estamos em paz com Deus (Rm 5,1) porque a justiça e a paz se beijaram (cf. Sl 84,11) por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo, pois a verdade brotou da terra. Por ele tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus (Rm 5,2). Não disse “de nossa glória”, mas da glória de Deus, porque a justiça não procede de nós, mas olha do alto do céu. Portanto, quem se gloria não se glorie em si mesmo, mas no Senhor. 

Eis por que, quando o Senhor nasceu da Virgem, os anjos cantaram: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14 Vulgata).

Como veio a paz à terra senão por ter a verdade brotado da terra, isto é, Cristo ter nascido em carne humana? Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14), para que fôssemos homens de boa vontade, unidos uns aos outros pelo suave vínculo da caridade.

Alegremo-nos com esta graça, para que nossa glória seja o testemunho da nossa consciência, e assim nos gloriaremos, não em nós mesmos, mas no Senhor. Por isso disse o  SalmistaVós sois a minha glória que levanta a minha cabeça (Sl 3,4). Na verdade, que graça maior Deus poderia nos conceder do que, tendo um único Filho, fazê-lo Filho do homem e reciprocamente fazer os filhos dos homens serem filhos de Deus?

Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Papa: devemos nos maravilhar com o mistério da vida: “nenhuma criança é um erro”

Angelus, 22 de dezembro de 2024 - Papa Francisco (Vatican News)

Devido ao frio intenso, unido aos sintomas de um resfriado que se manifestaram nos últimos dias neste domingo, 22 de dezembro, o Papa Francisco conduziu a oração do Angelus na capela da Casa Santa Marta. Abençoou os "Bambinelli".

Silvonei José – Vatican News

“Sinto muito não estar na Praça com vocês, mas é preciso tomar precauções”. Foi o que disse o Papa Francisco, dirigindo-se aos fiéis presentes na Praça São Pedro, em relação ao seu estado de saúde, no início da alocução que precedeu a oração mariana do Angelus. “Estou melhorando”, garantiu o pontífice.

Papa Francisco - Angelus  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Devido ao frio intenso, unido aos sintomas de um resfriado que se manifestaram nos últimos dias neste domingo, 22 de dezembro, o Papa Francisco conduziu a oração do Angelus na capela da Casa Santa Marta, também em vista dos compromissos da próxima semana, destacou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em um comunicado divulgado na tarde deste sábado através do canal Telegram.

Francisco em seguida recordou que o Evangelho deste 4º domingo do Advento nos apresenta Maria que, após o anúncio do Anjo, visita Isabel, sua parente idosa, que também está esperando um filho. Trata-se, portanto, do encontro de duas mulheres felizes pelo extraordinário dom da maternidade: Maria acaba de conceber Jesus, o Salvador do mundo, e Isabel, apesar de sua idade avançada, carrega no ventre João, que preparará o caminho para o Messias

Papa na Capela da Casa Santa Marta (Vatican Media)

Francisco sublinhou que ambas as mulheres “têm muito com o que se alegrar, e talvez possamos senti-las distantes, protagonistas de milagres tão grandes, que normalmente não ocorrem em nossa experiência”. No entanto, a mensagem que o evangelista quer nos transmitir, poucos dias antes do Natal, é diferente. De fato, contemplar os sinais prodigiosos da ação salvífica de Deus não deve nos fazer sentir distantes d’Ele, mas nos ajudar a reconhecer a sua presença e o seu amor perto de nós, por exemplo, no dom de cada vida, de cada criança carregada no ventre pela sua mãe.

“Nenhuma criança é um erro” enfatizou o Papa, dizendo que leu isso no programa “A Sua imagem”. “Nenhuma criança é um erro, o dom da vida”.

O Santo Padre, olhando para a Praça disse que ali havia certamente mães com seus filhos, e talvez houvessem algumas que estejam “grávidas”.

“Por favor, não fiquemos indiferentes à presença delas, aprendamos a nos maravilhar com sua beleza e, como fizeram Isabel e Maria, a beleza das mulheres grávidas. Abençoemos as mães e louvemos a Deus pelo milagre da vida!”

https://youtu.be/2FlNlpwuWbk

“Eu gosto - disse Francisco, eu gostava, porque agora não posso fazer isso - quando, na outra diocese, eu costumava pegar o ônibus, quando uma mulher que estava esperando entrava no ônibus, imediatamente lhe davam um lugar para sentar: é um gesto de esperança e respeito!”

Nestes dias gostamos de criar uma atmosfera festiva com luzes, decorações e músicas natalinas. Lembremo-nos, porém, - continuou o Papa - de expressar sentimentos de alegria toda vez que encontrarmos uma mãe que leva seu filho nos braços ou no ventre. E quando isso acontecer, rezemos em nossos corações e também digamos, como Isabel: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre!”; cantemos como Maria: “A minha alma engrandece o Senhor”, para que toda maternidade seja abençoada, e em cada mãe do mundo seja agradecido e exaltado o nome de Deus, que confia aos homens e às mulheres o poder de dar vida às crianças!

Bambinelli (Vatican Media)

Em seguida o Papa disse que iria abençoar os “Bambinelli” (imagens do Menino Jesus) que as crianças trouxeram. “Eu trouxe o meu, afirmou o Papa apontando para a imagem de um Menino Jesus sobre a mesa. Este – confidenciou -, foi-me dado pelo arcebispo de Santa Fé; foi feito pelos aborígenes equatorianos”.

Podemos nos perguntar, então, continuou Francisco: agradeço ao Senhor porque Ele se tornou homem como nós, para compartilhar em tudo, exceto o pecado, a nossa existência? Eu O louvo e O abençoo por cada criança que nasce? Quando encontro uma mamãe grávida sou gentil? Apoio e defendo o valor sagrado da vida dos pequeninos desde sua concepção no ventre materno?

O Santo Padre concluiu pedindo que Maria, a Bendita entre todas as mulheres, nos torne capazes de sentir admiração e gratidão diante do mistério da vida que nasce.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A felicidade e a alegria do Natal

Presépio (Mundo Educação - UOL)

A FELICIDADE E A ALEGRIA DO NATAL 

Dom Itacir Brassiani
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Aproxima-se o Natal, e o clima é de alegria. Não cansamos de repetir: “Feliz Natal!” Por razões diferentes, também aquele Natal do ano zero da era cristã está cercado de alegria. A quem duvida disso, recomendo que dê uma olhada, mesmo que seja rápida e superficial, nos dois primeiros capítulos do evangelho segundo Lucas. A alegria é a moldura na qual o evangelista insere, com mãos de artista, uma a uma as cenas do anúncio, da espera e do nascimento de Jesus. O cenário é simples, camponês e doméstico, e não o apelativo e artificial espaço das vitrines e dos shoppings centers. 

Esta alegria vem da realização de uma promessa que manteve um povo de cabeça erguida e peregrinando na esperança por muitos séculos. Depois de cada fracasso ou frustração, uma esperança insistente, antiga e repaginada erguia os derrotados, fortalecia os fracos, reunia os dispersos, consolava quem caíra prisioneiro da desolação. E suscitava iniciativas que antecipavam no tempo aquilo que esperavam para o futuro. Aquele povo não precisou do mito comercial do “bom velhinho” do “ho-ho-ho”. 

A Igreja escolhe como um dos textos que iluminam a festa do Natal o capítulo 9 do profeta Isaías (v. 1-6). Num tempo em que o povo vivia oprimido, ameaçado e em risco de vida, Isaías fala do surgimento de uma luz para quem anda nas trevas, de uma dupla dose de felicidade e de multiplicação da alegria; uma alegria como aquela que vem de uma colheita abundante, de uma luta vitoriosa, da superação de grandes dificuldades. 

E qual é o motivo dessa alegria? É o nascimento de um bebê, um “filho pequenino, cujos pais não são nomeados. É a teimosa esperança, que se torna certeza inquebrantável, de que da humanidade nascerá um líder que a todos maravilhará com sua bondade, que a todos ajudará com seu conselho, que estenderá seu braço forte aos fracos, que será o primeiro na pacificação das relações, que resgatará o direito e a justiça para os pobres. Maria entendeu bem isso, e expressou claramente no seu cântico (cf. Lc 1,46-55). 

Mesmo que a criança se pareça a um broto frágil que surge das raízes de uma árvore decepada (cf. Is 11,1), este nascimento quebra os instrumentos de opressão e a destrói os fardamentos ensanguentados dos militares numa grande fogueira. A paz duradoura será verdade quando as armas são transformadas em ferramentas para produzir alimentos! “Das suas espadas, forjarão arados, e das suas lanças, podadeiras” (Is 2,4). Eis a glória de Deus nas alturas e a paz para as criaturas que ele ama (cf. Lc 2,14). 

Os questionamentos não pedem licença e são inevitáveis. Isso não é apenas romantismo vazio e fuga da realidade? Não temos aqui mais uma dessas detestáveis leituras ideológicas das sagradas escrituras? Que possibilidades tem de realizar isso alguém que nasceu numa estrebaria e acabou executado na cruz? Olhando o presépio e a cruz, Jesus não parece mais um perdedor que um salvador, um excluído que um unificador? 

Creio que o Natal de Jesus, mistério e promessa, desafia a nossa fé, assim como sua morte e ressurreição. O recém-nascido “envolto em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12) continua sendo um sinal e um apelo capaz de despertar em nós a humanidade adormecida, a bondade entorpecida e a solidariedade enrijecida. Não seria esse o jeito de Jesus de salvar a humanidade? Não seria pela sua fragilidade que ele dá força aos fracos? Não seria pela sua proximidade que ele reestabelece a paz? Não seria fazendo-se pequeno que ele revela a grandeza do ser humano? 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Reflexão para o 4º Domingo do Advento (C)

Evangelho do domingo (Vatican News)

Ser pobre é abrir mão de desejos particulares, egocêntricos em favor dos companheiros de caminhada. Ser pobre é abrir mão de ser sábio aos olhos do mundo e acatar a Palavra de Deus como verdade que salva.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

A primeira leitura, extraída de Miquéias, nos fala que o poder será popular e não mais aristocrático Deus manterá sua fidelidade à Casa de Davi quando escolheu o caçula de Jessé para ser um grande rei de Israel. Davi, não só venceu o opressor ao derrotar Golias apenas com uma pedrada, mas utilizou sua capacidade de pastor para reorganizar e salvar o povo.

Miquéias, tendo em mente o advento do rei Davi,  fala que Belém, a cidade davídica,  no momento uma aldeia desprezível para os habitantes da capital, será o berço daquele que governará Israel, de um modo mais grandioso que o realizado pelo filho de Jessé..

Isso irá acontecer quando uma mulher der à luz e os compatriotas voltarem do exílio. Será a formação da nova sociedade de que falamos no domingo passado. Novo rei, segundo o coração de Deus e, consequentemente, nova sociedade.

O versículo 3, do capítulo diz que o novo rei será a paz. Ele se refere ao triunfo da paz em todo o orbe e o domínio da justiça em todos os setores. Não será apenas Israel o beneficiário desta paz, mas o mundo todo.

No Evangelho, Lucas ao falar da visita de Maria a Isabel e, naturalmente, de Jesus a João Batista, revela Deus visitando os pobres e marginalizados. Jesus, o Salvador, é levado por Maria, a escolhida a visitar aqueles que outrora eram desprezados por não terem filhos. É uma visita que celebra a misericórdia do Senhor. Isabel a saúda bendizendo-O pois tem consciência de que a visita que recebe é a de Deus que salva.

Tanto a 1ª leitura quanto o Evangelho nos mostram que o lugar social onde Deus assume posição é no meio dos pobres. O Senhor se identificou com eles e se fez um deles. Para eles veio a plenitude da vida, a Salvação. Quem desejar ser salvo deverá observar que desde o início da História da Salvação, o Senhor escolheu os pobres e eles souberam receber os mandamentos do Senhor como dom de Deus. Ser pobre é mais que fazer parte de uma categoria social. Ser pobre é também uma opção de vida que coloca no Senhor a sua confiança e não nos bens e nos poderes deste mundo.. Ser pobre é abrir mão de desejos particulares, egocêntricos em favor dos companheiros de caminhada. Ser pobre é abrir mão de ser sábio aos olhos do mundo e acatar a Palavra de Deus como verdade que salva. Ser pobre é abrir mão dos bens deste mundo, de seus privilégios se tais riquezas se contrapõem à vontade de Deus; ser pobre, enfim é buscar a simplicidade de vida porque ela não só foi vivida pela família de Nazaré, mas foi a escolha livre de Jesus. Ser pobre é ser filho e ser irmão!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 21 de dezembro de 2024

Maior presépio a céu aberto do mundo está em Grão Mogol, Minas Gerais

Imagens de Nossa Senhora e do Menino Jesus no Presépio Natural Mãos de Deus | Paulo Henrique Silva | ACI Digital

Maior presépio a céu aberto do mundo está em Grão Mogol, Minas Gerais

Por Natalia Zimbrão*

19 de dez de 2024

Na Serra do Espinhaço, no Norte de Minas Gerais, está a cidade de Grão Mogol, que tem o maior presépio permanente a céu aberto do mundo. É o Presépio Natural Mãos de Deus, de 3,6 mil m², idealizado pelo empresário Lúcio Marcos Bemquerer, que morreu em 2021, e doado à arquidiocese de Montes Claros (MG).

Grão Mogol é conhecida como a cidade das pedras, com seu calçamento e construções em pedras, como a igreja de Santo Antônio. A paisagem natural é um atrativo turístico. Foi observando esse cenário que o empresário Lúcio Bemquerer teve a ideia de construir o presépio.

“Ele é um filho de Grão Mogol que ficou mais ou menos 20 anos ausente da cidade. E passou um tempo e retornou à sua cidade natal”, contou à ACI Digital o condutor de turismo de Grão Mogol, Paulo Henrique Silva.

Segundo Silva, Bemquerer comprou “uma casa centenária”, da qual ele tinha “uma visão muito bonita da Cordilheira do Espinhaço”, de “um amontoado rochoso, com as pedras aflorando na serra”. “Ele sentou um belo dia e, olhando para lá, pensou: ‘nossa, como dá um belo presépio’. Aí, eu acho que ele refletiu um pouco mais e falou assim: ‘não, não dá um belo presépio, já é um belo presépio e, se já é um belo presépio, só pode ter sido feito por mãos poderosas’”, por isso, “Mãos de Deus”.

Bemquerer adquiriu um terreno para construir o presépio. “Ele comprou quatro lotes lá. Depois, viu que não ia dar e comprou mais dois”, disse Silva.

O complexo do presépio tem “72 metros de frente, 50 metros de fundo e 30 metros de altura”, disse o condutor de turismo. É o “maior presépio permanente a céu aberto do mundo”, garante.

Presépio Natural Mãos de Deus. Paulo Henrique Silva | ACI Digital

O presépio tem 15 imagens “em tamanho natural”, algumas foram feitas em pedra-sabão e outras moldadas em cimento. Cada imagem em pedra-sabão pesa “aproximadamente de 700 a 800 kg”, disse Paulo Henrique Silva.

Ele contou que Bemquerer costumava dizer que o cenário já estava pronto e que ele só fez o acesso, colocou o gradil, o piso. As imagens são obras dos artistas mineiros Edson Novaes e Antônio da Silva Reis.

A obra custou “quase um milhão de reais” e foi inaugurada em 9 de dezembro de 2011. O presépio foi doado à arquidiocese de Montes Claros em 2018.

O condutor de turismo Paulo Silva contou que, no local, “em um primeiro ponto, você vai ver o palco”. Mais à frente, “há as estações”. “O primeiro ponto é onde tem o anjo de Gabriel, em cima da rocha, anunciando à Virgem Maria. Um pouco mais à frente, você vai ver os três reis magos, em pedra-sabão”, disse.

“À esquerda, tem uma sala ecumênica, onde tem água benta, onde as pessoas gostam muito de meditar. À direita, você vai ver a gruta da manjedoura, que é uma lapa mesmo, uma gruta que já existia ali, onde está o menino Jesus”, contou. Próximo à gruta, “também tem outras imagens, como o pastorzinho, o burro”.

Silva disse que “um pouco mais adiante”, há “uma sala de prece, que é a sala de Nossa Senhora das Graças”. E, “mais acima”, há o mirante, com uma “bela vista” da região.

O presépio conta também com a imagem de são Francisco de Assis, o santo que em 1223 montou o primeiro presépio da história, em Greccio, Itália.

Presépio Natural Mãos de Deus iluminado à noite. Marina Froes | ACI Digital

O condutor de turismo contou que Lúcio Bemquerer “recebeu uma carta do papa Francisco abençoando-o e a todas as pessoas que visitaram e que vão visitar ainda” o local. “Eu falo, para você ver, que chegou até o Vaticano. Então, olha a importância dessa obra de Grão Mogol”, disse.

Para Paulo Henrique Silva, o Presépio Natural Mãos de Deus “tem um significado muito especial” para Grão Mogol. “Porque quando falamos de Natal, principalmente, a primeira coisa que vem à cabeça é o presépio”, disse.

“Então, quando as pessoas vêm aqui e veem aquela obra magnífica e tão grande, ficam impressionadas”, disse. “Tem pessoas que choram, que se sentem muito bem por estar em um local muito calmo”, disse Silva, para quem o presépio é um “monumento de fé e de natureza”.

“Nascido e criado em Grão Mogol”, Paulo Henrique Silva disse se sentir “muito privilegiado” por poder trabalhar e levar as pessoas “para conhecer um pouco mais dessa grande obra”.

*Natalia Zimbrão é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É jornalista da ACI Digital desde 2015. Tem experiência anterior em revista, rádio e jornalismo on-line.

Fonte:https://www.acidigital.com/noticia/60577/maior-presepio-a-ceu-aberto-do-mundo-esta-em-grao-mogol-minas-gerais

Antonin: “Em Notre-Dame, eu realmente trabalhei para Deus”

Antonin, trabalhando no canteiro de obras da Igrja Notre-Dame (Opus Dei)

Antonin: “Em Notre-Dame, eu realmente trabalhei para Deus”.

Por ocasião da reabertura da Notre-Dame de Paris no domingo, 8 de dezembro de 2024, oferecemos o testemunho de Antonin, que teve a sorte de trabalhar nesse canteiro de obras único.

10/12/2024

Antonin, você é canteiro de pedras. O que seu trabalho envolve em termos práticos?

Como canteiro especializado em monumentos históricos, trabalho principalmente na restauração de pedras antigas e em projetos de design artístico. Meus clientes geralmente são representantes de monumentos históricos ou galerias que desejam implementar o projeto de um artista, como um brasão de armas.

Você é um dos cerca de 2.000 artesãos que tiveram a chance de trabalhar na reconstrução de Notre-Dame. Como você chegou a participar dessa aventura?

Em janeiro de 2024, eu deveria estar treinando para me tornar um técnico de acesso por corda, mas o curso acabou sendo cancelado. Com uma agenda mais leve, decidi avisar às pessoas que estava disponível, pois já me haviam chamado três vezes para trabalhar no local da Notre-Dame. Por três vezes, tive que recusar, com pesar, é claro, justamente por falta de disponibilidade. Felizmente, houve uma quarta vez, e me convidaram para colaborar na obra. Esse foi o início de uma aventura incrível! Foram dois meses excepcionais, apesar das restrições de segurança muito rigorosas. A atmosfera era fantástica, e conheci pessoas realmente incríveis de diferentes profissões. Às vezes, havia até 400 de nós no local ao mesmo tempo. Além disso, eu nunca tinha visto um lugar tão limpo e bem organizado: parecia uma clínica!

Antonin, trabalhando no canteiro de obras da Igrja Notre-Dame (Opus Dei)

Qual é a diferença entre essa obra e as outras? Qual foi a sensação de contribuir para a construção?

A Notre-Dame é um lugar único para os cristãos de todo o mundo, mas também é um local mítico para nós, artesãos. Poder contemplar o pôr do sol do alto da torre de Notre-Dame, no coração de Paris, é realmente incrível. A emoção que senti ao trabalhar lá foi ainda maior porque, quando cheguei ao local, eu havia sido batizado apenas 6 meses antes - fui batizado na missa de Páscoa de 2023! Assim que comecei a trabalhar em Notre-Dame, fiquei impressionado. Fiquei particularmente impressionado com a enorme estátua de Cristo, abençoando a cidade com suas mãos feridas pelos estigmas, que domina a fachada sul e sob a qual eu estava trabalhando. Realmente me senti como se estivesse ajudando a construir um edifício para Deus, aos pés de Deus.

Pode nos dar uma descrição concreta do seu trabalho em Notre-Dame?

Trabalhei na fachada sul, acima da grande rosácea. Nossa tarefa era reconstruir completamente duas torres de 8 metros de altura em cada lado da pequena rosácea. Para isso, elas tiveram que ser desmontadas, reconstruídas e pré-cortadas no tamanho certo. Em seguida, cada peça foi remontada com o uso de um guindaste, ajustada milimetricamente, antes que eu, como canteiro, fosse recortá-las no local. Foi um trabalho de precisão e paixão, pois cada pedra tinha que ser perfeita.

Antonin, trabalhando no canteiro de obras da Igrja Notre-Dame (Opus Dei)

Como a sua conversão afetou sua forma de trabalhar e os relacionamentos com seus colegas de trabalho?

No canteiro de obras, um católico malgaxe começou a me chamar de “o padre” porque, quando estávamos esperando os guindastes colocarem uma nova pedra, às vezes eu pegava o meu terço. Afinal de contas, estávamos trabalhando para Nossa Senhora! Algumas pessoas às vezes zombavam de mim, mas os malgaxes sempre vinham em minha defesa, dizendo: “Deixem o padre em paz, ele está rezando por nós!” Rezar o terço naquela torre sul, seguindo o caminho do sol ao longo do dia, era incrível!

Minha conversão teve um impacto enorme em meu trabalho. Todas as manhãs, por exemplo, eu peço ajuda a São José, o santo padroeiro dos artesãos. Se eu não rezar, realmente sinto que meu trabalho fica prejudicado. Minha fé também influencia a maneira como trabalho com meus colegas, a quem digo que sou católico e com quem tento compartilhar minha alegria. Explico a eles que saber que não estou sozinho diante da adversidade, mas que sou apoiado por Alguém que está sempre ao meu lado, me ajuda a seguir em frente.

Ouvi dizer que você descobriu recentemente o livro Caminho de São Josemaria. Houve alguma coisa em particular que o tenha impressionado?

Caminho é perfeito para quem trabalha em obras! Ao contrário das longas homilias, que às vezes podem ser difíceis de ler, aqui você encontra frases curtas, francas e diretas que falam ao nosso coração e às vezes nos colocam em nosso lugar. Eu devorei esse livro. Ele me impressionou tanto que decidi comprar outro exemplar e dar de presente a um amigo da obra. Alguns de nós, embora nem todos católicos, ficamos impressionados, logo na primeira página de Caminho, com o ponto em que São Josemaria escreve: Sê homem - esto vir! Isso “devastou” mais de um de nós no canteiro de obras.

Não digas: “Eu sou assim…, são coisas do meu caráter”. São coisas da tua falta de caráter. Sê homem - esto vir. Os pontos sobre o trabalho têm uma ressonância especial em nosso mundo de artesãos: fazer bem a tarefa e encontrar a perfeição na beleza. Para mim, que sou canteiro e, portanto, uma pessoa bastante solitária, descobrir essa dimensão cristã é uma verdadeira vantagem: agora sei que o Senhor está ao meu lado, levando-me ao longo do caminho.

São Josemaria gostava de levar os estudantes ao topo da Catedral de Burgos para lhes mostrar a beleza do trabalho realizado para a glória de Deus. O que isso inspira em você?

Quando você trabalha em igrejas, vê coisas magníficas que são invisíveis para as pessoas na rua. O que fizemos na torre sul é realmente muito bonito, mas não o fizemos para as pessoas, fizemos para Deus. Há realmente algo de graça nisso. Eu também já tive a forte sensação de que estava fazendo meu trabalho com Deus e para Deus: um dia, estava esculpindo o altar-mor na igreja do mosteiro de Saint-Wandrille, enquanto eu trabalhava, os monges estavam cantando a liturgia das horas. Meu trabalho se tornou oração! Eu estava realmente feliz.

Um trabalho humano com raízes divinas

Gostava de subir a uma torre, para que contemplassem os lavores cimeiros, um autêntico rendilhado de pedra, fruto de um trabalho paciente, custoso. Nessas conversas, fazia-os notar que aquela maravilha não se via lá de baixo. E, para materializar o que com repetida frequência lhes havia explicado, comentava-lhes: Assim é o trabalho de Deus, a obra de Deus!: acabar as tarefas pessoais com perfeição, com beleza, com o primor destas delicadas rendas de pedra. Diante dessa realidade que entrava pelos olhos dentro, compreendiam que tudo isso era oração, um diálogo belíssimo com o Senhor. Os que haviam consumido as suas energias nessa tarefa sabiam perfeitamente que das ruas da cidade ninguém apreciaria o seu esforço: era só para Deus. Entendes agora como é que a vocação profissional pode aproximar de Deus? Faze tu o mesmo que aqueles canteiros, e o teu trabalho será também operatio Dei, um trabalho humano com raízes e perfis divinos.

Amigos de Deus, n. 65.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/antonin-em-notre-dame-eu-realmente-trabalhei-para-deus/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF