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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Será Santo Dr. José Gregorio Hernández Cisneros, "médico dos pobres"

Igreja do Colégio La Salle em Caracas (Vatican News)

Além do “médico dos pobres”, o venezuelano José Gregorio Hernández Cisneros, os Decretos que o Papa autorizou a serem promulgados acolhem o pedido de canonização do Beato Bartolo Longo, fundador do Santuário de Pompeia. Entre os novos veneráveis ​​está também Salvo D'Acquisto, o carabineiro que ofereceu a sua vida para salvar um grupo de pessoas de uma represália nazista.

Alessandro De Carolis - Cidade do Vaticano

São histórias de excelência humana antes de serem puramente cristãs, muitas vezes de puro heroísmo, aquelas que emergem dos documentos das novas canonizações e beatificações. Também nos Decretos assinados na segunda-feira por Francisco — que recebeu no Policlínico Gemelli, onde está internado há dias, o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin e o substituto arcebispo Edgar Peña Parra — brilham as figuras de dois futuros santos, um italiano e um venezuelano, muito queridos em seus respectivos países.

O Apóstolo do Rosário de Pompeia

Bartolo Longo é sinônimo internacional de Nossa Senhora de Pompeia. Tendo vivido entre meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX, em Latiano, na Puglia, aquele que viria a se tornar um apóstolo do Rosário viveu uma fase inicial de sua vida com um problema interior muito agudo. Durante seus estudos de Direito em Nápoles, por algum tempo aproximou-se do espiritismo, para depois redescobrir sua fé graças à ajuda de alguns sacerdotes.

Desperta nele o desejo de promover obras de caridade e, tendo se tornado administrador dos bens da condessa Marianna Farnararo, uma viúva com cinco filhos pequenos, trabalhou para garantir que as pessoas pobres que viviam nas terras da nobreza no Vale de Pompeia tivessem uma existência mais digna.

Em 1875 leva a Pompeia uma imagem de Nossa Senhora e em 1876 inicia a construção do santuário destinado a se tornar um local de culto mundial, consagrado a Nossa Senhora do Rosário em 7 de maio de 1891. Bartolo Longo se com a condessa e juntos doam a propriedade do santuário a Leão XIII, que deixa sua a administração ao casal. Para o futuro beato é o início de uma nova vida de total devoção à Virgem, que ele exerce também com um intenso trabalho de escrita e distribuição de livros, folhetos e revistas. Ele faleceu em 1926 e João Paulo II o elevou aos altares em 1980.

Precisamente essa enorme difusão da devoção mariana surgida no Santuário de Pompeia que levou o arcebispo prelado e delegado pontifício do Santuário, Tommaso Caputo, juntamente com o bispo de Acerra Antonio Di Donna, presidente dos prelados da Campânia, a pedir ao Papa a canonização do Beato Bartolo Longo em 2024.

Pedido semelhante foi feito a Francisco pelo cardeal arcebispo de Caracas Baltazar Enrique Cardozo – apoiado por bispos de vários países latino-americanos, mas também dos EUA e da Espanha – para José Gregorio Hernández Cisneros, um médico venezuelano que viveu entre 1864 e 1919, cuja fama como “médico dos pobres” se consolidou internacionalmente por muitos anos. Ao aceitar esses pedidos, o Papa, informa o Dicastério para as Causas dos Santos, “decidiu convocar um Consistório que tratará das próximas canonizações”.

Avental branco, franciscano de coração

Para quem o conheceu, ele já era um santo em vida. José Gregorio Hernández Cisneros, natural de Isnotú, no Estado de Trujillo, na Venezuela, depois de estudos regulares decide matricular-se em Medicina na Universidade de Caracas.

Ele também estudou em Paris e Berlim e se especializou em Microbiologia e Bacteriologia, Histologia Normal e Patológica e Fisiologia Experimental. Tem um forte desejo de se tornar sacerdote, mas se por um lado se prepara para curar os outros, por outro ele próprio tem um ponto fraco em sua saúde.

No entanto, ingressou na Ordem Franciscana Secular e, com a dedicação de uma pessoa consagrada, aproximou-se da profissão médica, preferindo aqueles que não tinham condições. Logo o chamam de “o médico dos pobres”, de quem ele não só não recebe nenhuma compensação, como muitas vezes paga pelos remédios. E foi justamente ao sair de uma farmácia em Caracas, em junho de 1919, onde havia comprado alguns remédios para um paciente idoso, que foi atropelado, vindo a falecer no hospital. Ele foi proclamado beato em 2021 e seus restos mortais são venerados na igreja de Nossa Senhora da Candelária, em Caracas.

Salvo D'Acquisto torna-se Venerável

Nos Decretos que Francisco autorizou a promulgação há outras duas figuras unidas pelo mesmo destino que entrelaça heroísmo, drama e fé. A primeira história diz respeito a Salvo d’Acquisto, um jovem carabiniere napolitano, nascido em 1920, que ingressou na força policial aos 18 anos. Entre 1940 e 1942 foi enviado à Líbia, onde demonstrou com afinco suas convicções quer pela retidão moral como pelos gestos com os quais a acompanhava, a saber: o sinal da cruz em público ou a recitação do Rosário.

Depois de se tornar vice-brigadeiro, foi designado para a estação de Torrimpietra. Após o armistício de 8 de setembro de 1943, em 22 de setembro, uma unidade nazista - agora inimiga em solo italiano - chegou à Torre di Palidoro, localizada na região sob jurisdição da casernal. Alguns soldados localizam e forçam imprudentemente a abertura de caixas contendo dispositivos explosivos, causando uma explosão que mata um soldado e fere outros dois. O comandante suspeita de um atentado e manda prender Salvo D’Acquisto, que, devido à ausência do seu superior, está no comando da estação dos Carabinieri naquele momento. O vice-brigadeiro explica várias vezes que foi um trágico acidente, mas os nazistas decidem por uma represália e reúnem 22 pessoas, obrigam-nas a cavar um grande fosso e preparam-se para fuzilá-las quando Salvo D'Acquisto se acusa de ser o único responsável pelo ocorrido, oferecendo-se em troca da libertação de todos os outros. O carabineiro de 23 anos foi baleado no local enquanto os reféns conseguiram salvar suas vidas. Uma decisão, reconheceu-se, não ditada por "um simples ato de solidariedade cívica e filantropia secular" do novo Venerável, mas sim inserida "num estilo de vida consciente e coerentemente cristão".

A outra história também se passa em um contexto de guerra. Emilio Giuseppe Kapaun é um estadunidense do Kansas, onde nasceu em 1916 em uma família muito religiosa de origem boêmia. Amadurece nele a vocação ao sacerdócio, estuda no seminário e em 1941, após a entrada dos Estados Unidos na guerra, alistou-se como capelão militar. Em 1944, foi enviado para a região indo-birmanesa e então, com a eclosão do conflito na Coreia, Emilio ali desembarca com sua unidade militar.

Durante a Batalha de Unsan, em 1º de novembro de 1950, perto da fronteira com a Coreia do Norte, o capelão se recusou a fugir e permaneceu na zona de batalha para ajudar os feridos. Capturado, foi enviado para o campo de Pyokton, onde realizou trabalho apostólico em meio ao sofrimento e à privação de outros 3.500 prisioneiros. A falta de alimentos e roupas e alguns problemas físicos induzidos pela precariedade de sua prisão o enfraqueceram até que, na semana após a Páscoa de 1951, cai no chão e os carcereiros chineses, que haviam tomado o campo dos coreanos, o enviaram para a “Casa da Morte”, uma estrutura onde os prisioneiros eram deixados sem água, comida e cuidados e onde o Servo de Deus, agora “venerável”, veio a falecer em 23 de maio de 1951.

Nos Decretos fala-se também das virtudes heróicas de três novos veneráveis. Trata-se do espanhol Michele Maura Montaner, nascido em 1843 e falecido em 1915 em Palma de Maiorca, sacerdote diocesano e fundador da Congregación de las Hermanas Celadoras del Culto Eucarístico. Pregador incansável de missões populares, funda também o jornal El Áncora para enfrentar o ateísmo, escolha que o leva a ser perseguido pelo regime da época. Ele dedica seu tempo à formação de sacerdotes e ao apostolado dos trabalhadores.

Contemporâneo a ele é outro sacerdote diocesano, o italiano Didaco Bessi, fundador da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Maria do Rosário, nascido e vivido em Iolo entre 1856 e 1919. Seu estilo pastoral tem como pilares o cuidado das famílias, a promoção humana e a educação. Ele dirige-se principalmente às meninas que não eram enviadas à escola e que desde cedo eram obrigadas a tecer palha para fazer chapéus. A escola para as meninas pobres é um dos seus primeiros empenhos, inspirado por uma visão muito moderna, segundo a qual educar não significa simplesmente transmitir informação, mas ajudar os jovens a alcançar a plenitude humana e espiritual.

Com ele figura também a leiga polonesa Cunegonda Siwiec, nascida e vivida entre 1876 e 1955 em Stryszawa – Siwcówka, que aos 20 anos - com um casamento em vista - decide doar-se a Deus, ingressando mais tarde na Ordem Terceira Franciscana e colocando suas energias em várias formas de apostolado. Ela oferece um terreno herdado para a construção de um centro pedagógico-educacional para jovens e adultos, essencialmente uma escola regular, do tipo que ela, uma menina sem oportunidade de estudar, não pôde frequentar.

Muito devota da Eucaristia, “Kundusia”, como era familiarmente chamada, começou a sentir, sobretudo depois da comunhão, “locuções interiores”, revelações de Jesus, de Nossa Senhora e dos santos que confiou ao seu confessor em 1942, que transcreveu as mensagens até à morte da futura venerável. Com sua saúde se deteriorando gradualmente, Kundusia decide oferecer sua vida pela reparação dos pecados e rapidamente se torna um ponto de referência espiritual para muitas pessoas.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Catequese Papa: “farejar” a presença de Deus na pequenez

Sala Paulo VI durante uma Audiência Geral  (Vatican Media)

Impossibilitado de conduzir a Audiência Geral devido à internação hospitalar, o Papa Francisco disponibilizou o texto da catequese desta quarta-feira, 26 de fevereiro. No texto, o Pontífice desenvolve uma reflexão sobre a Apresentação de Jesus no Templo e convida a ser como Simeão e Ana, “peregrinos da esperança”, com olhos límpidos, capazes de ver além das aparências.

Vatican News

A catequese do Papa Francisco preparada para a Audiência Geral que estava prevista para esta quarta-feira, 26 de fevereiro, na Sala Paulo VI, mas cancelada por causa da internação do Pontífice no Hospital Agostino Gemelli, foi publicada pela Sala de Imprensa da Santa Sé. 

O texto dá continuidade ao ciclo de catequeses jubilar sobre "Jesus Cristo, nossa esperança: A infância de Jesus" com ênfase na Apresentação de Jesus no Templo.

Queridos irmãos e irmãs!

Hoje contemplamos a beleza de “Jesus Cristo, nossa esperança” (1 Tm 1,1) no mistério de sua apresentação no Templo.

Nos relatos da infância de Jesus, o evangelista Lucas nos mostra a obediência de Maria e José à Lei do Senhor e a todas as suas prescrições. Na realidade, em Israel não havia a obrigação de apresentar a criança no Templo, mas quem vivia da escuta da Palavra do Senhor e desejava conformar-se a ela, considerava essa prática preciosa. Foi o que fez Ana, mãe do profeta Samuel, que era estéril; Deus ouviu sua oração e, tendo tido seu filho, o levou ao templo e o ofereceu para sempre ao Senhor (cf. 1Sm 1,24-28).

Lucas narra, portanto, o primeiro ato de adoração de Jesus, um ato celebrado na cidade santa, Jerusalém, que será a meta de todo o seu ministério itinerante a partir do momento em que tomará a firme decisão de ir até lá (cf. Lucas 9,51), rumo ao cumprimento da sua missão.

Maria e José não se limitam a inserir Jesus numa história de família, de povo, de aliança com o Senhor Deus. Eles cuidam da sua proteção e do seu crescimento, e o introduzem na atmosfera da fé e do culto. E eles mesmos crescem gradualmente na compreensão de uma vocação que os supera em grande medida.

No Templo, que é “casa de oração” (Lc 19,46), o Espírito Santo fala ao coração de um homem idoso: Simeão, membro do povo santo de Deus, preparado para a espera e a esperança, que alimenta o desejo do cumprimento das promessas feitas por Deus a Israel por meio dos profetas. Simeão sente a presença do Ungido do Senhor no Templo, vê a luz que brilha no meio dos povos imersos “nas trevas” (cf. Is 9,1) e vai ao encontro daquele menino que, como profetiza Isaías, “nasceu para nós”, é o filho que “nos foi dado”, o “Príncipe da Paz” (Is 9,5). Simeão abraça aquele menino que, pequeno e indefeso, repousa em seus braços; mas é ele, na realidade, que encontra o consolo e a plenitude de sua existência ao abraçá-lo. Ele expressa isso num canto cheio de comovente gratidão, que na Igreja se tornou a oração do fim do dia:

«Agora, Senhor, deixai o vosso servo

ir em paz, segundo a vossa palavra,

porque os meus olhos viram a vossa salvação

que preparastes diante de todos os povos:

como luz para iluminar as nações

e para a glória do vosso povo de Israel» (Lc 2,29-32).

Simeão canta a alegria de quem viu, de quem reconheceu e pode transmitir aos outros o encontro com o Salvador de Israel e dos gentios. Ele é testemunha da fé, que recebe como dom e comunica aos outros; ele é testemunha da esperança que não desilude; é testemunha do amor de Deus, que enche o coração do homem de alegria e paz. Cheio desta consolação espiritual, o idoso Simeão vê a morte não como o fim, mas como realização, como plenitude, ele a espera como uma “irmã” que não aniquila, mas introduz na verdadeira vida que ele já anteviu e na qual acredita.

Naquele dia, Simeão não é o único que vê a salvação que se fez carne no menino Jesus. O mesmo acontece com Ana, mulher com mais de oitenta anos, viúva, totalmente dedicada ao serviço no Templo e consagrada à oração. Com efeito, ao ver o menino Ana celebra o Deus de Israel, que redimiu o seu povo precisamente naquele menino, e conta-o aos outros, propagando generosamente a palavra profética. Assim, o cântico da redenção de dois anciãos liberta o anúncio do Jubileu para todo o povo e para o mundo. No Templo de Jerusalém reacende-se a esperança nos corações, porque nele entrou Cristo, nossa esperança!

Queridos irmãos e irmãs, imitemos também nós Simeão e Ana, “peregrinos da esperança” que têm olhos límpidos capazes de ver além das aparências, que sabem “farejar” a presença de Deus na pequenez, que conseguem receber com alegria a visita de Deus e reacender a esperança no coração dos irmãos e irmãs.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Do Comentário sobre o Eclesiastes, de São Jerônimo, presbítero

Buscai as coisas do alto (Comunidade Bethânia)

Do Comentário sobre o Eclesiastes, de São Jerônimo, presbítero

(PL23,1057-1059)                                              (Séc. V)

Procurai as coisas do alto

        Recebeu alguém de Deus riquezas e bens e a possibilidade de gozar deles, de tomar sua porção e de alegrar-se em seu trabalho, também isso é dom de Deus. Não terá muito que pensar nos dias de sua vida, visto que Deus o ocupa com a alegria do coração. Em comparação daquele que se sacia de suas posses nas trevas das preocupações e, com grande tédio da vida, acumula as coisas perecíveis, declara ser preferível aquele que desfruta coisas presentes. Este, pelo menos, sente-se feliz em usá-las; para aquele, porém, apenas o peso das inquietações. E diz por que é um dom de Deus poder gozar das riquezas. É porque não terá muito que pensar nos dias de sua vida.

        Com efeito, Deus o ocupa com a alegria de seu coração: não terá tristeza, não se afligirá com pensamentos, levado pela alegria e o prazer das coisas diante de si. Contudo, melhor ainda é entender, com o Apóstolo, o alimento e a bebida espirituais, dados por Deus, e ver a bondade de todo seu esforço, porque com enorme trabalho e desejo vamos poder contemplar os bens verdadeiros. É esta a nossa porção, alegrarmo-nos em nosso desejo e fadiga. Que é um bem, sem dúvida, mas até que Cristo, nossa vida, se manifeste, ainda não é a plenitude do bem. Todo o trabalho do homem é para sua boca e, no entanto, seu espírito não se sacia. Qual é a vantagem do sábio sobre o insensato? Qual a do pobre, se não de saber como caminhar em face da vida?

        O fruto de todo trabalho dos homens neste mundo é consumido pela boca, mastigado e desce ao estômago para ser digerido. E por muito pouco tempo deleita o paladar, pois dá prazer somente enquanto está na boca.

        Além disto, não se sacia a alma de quem comeu. Primeiro, porque deseja comer, de novo, pois quer o sábio, quer o tolo, não pode viver sem alimento, e a preocupação do pobre é sustentar seu mirrado corpo para não morrer à míngua. Segundo, porque a alma não encontra utilidade alguma na refeição do corpo, o alimento é comum ao sábio e ao ignorante, e o pobre vai aonde percebe haver recursos.

        Todavia é preferível entender a expressão do autor do Eclesiástico que, instruído nas Escrituras celestes, concentra todo o trabalho em sua boca, e sua alma não se sacia por desejar sempre aprender. Nisso tem mais o sábio do que o insensato; porque, embora se sinta pobre (aquele pobre que o Evangelho declara feliz), caminha para alcançar a vida, seguindo pela estrada apertada e difícil que a ela conduz. É pobre de obras más, porém, sabe onde mora Cristo, a vida.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Papa descansou bem durante a noite. Vaticano desmente fake news

Antoine Mekary | ALETEIA

Cibele Battistini - publicado em 25/02/25

“O estado clínico do Santo Padre, em sua fase crítica, teve leve melhoramento”, informou o Vaticano em um boletim médico transmitido na noite de 24 de fevereiro de 2025.

“Nenhum episódio de crise respiratória asmática ocorreu hoje; alguns exames de laboratório tiveram melhora”, acrescenta o comunicado. O papa até retomou algumas atividades e ligou para a paróquia de Gaza.

Embora o estado “crítico” de saúde do papa persista, o comunicado de hoje à noite teve um tom menos dramático do que os anteriores. “A vigilância da leve insuficiência renal não é preocupante”, é especificado no boletim divulgado por volta das 18h40. “A oxigenoterapia continua, mas com um fluxo e uma porcentagem de oxigênio menores”. Fontes vaticanas mencionam que o papa se alimenta normalmente, incluindo alimentos sólidos, e consegue se movimentar.

No entanto, “os médicos, considerando a complexidade do quadro clínico, são cautelosos e ainda não se pronunciam sobre o prognóstico”, é indicado no boletim médico.

Uma comunicação médica mais detalhada pode ser fornecida nos próximos dias durante uma nova coletiva de imprensa dos médicos no hospital Gemelli, assim como ocorreu em 21 de fevereiro.

Papa retomou atividades em modo "leve"

“Esta manhã, ele recebeu a eucaristia e à tarde retomou suas atividades profissionais”. Fontes especificam que o papa conseguiu assumir um “trabalho leve”, que consiste na leitura e assinatura de documentos, por exemplo, para validar nomeações, mas ele não recebeu visitas externas. O papa não recebeu nenhum responsável da Cúria romana, com seus secretários privados, afirma o Vaticano.

“À noite, ele ligou para o pároco da paróquia de Gaza para expressar sua proximidade paternal”. O papa assim pôde expressar sua gratidão por um vídeo de paroquianos de Gaza que lhe foi enviado. É a primeira vez que o Vaticano se pronuncia oficialmente sobre essas ligações do papa a Gaza desde o hospital, embora alguns meios de comunicação tenham mencionado outras ligações no início de sua internação.

“O papa Francisco agradece a todo o povo de Deus que se reuniu para orar por sua saúde nos últimos dias”, é finalmente especificado no comunicado.

O oração da Igreja pelo Papa

Esta noite, os cardeais presentes em Roma, os membros da Cúria romana e todos os romanos e peregrinos que desejarem estão convidados a se reunir na Praça de São Pedro para a oração do terço, que será presidida pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé. A oração será feita pela recuperação do papa Francisco, mas também em intenção de todas as pessoas doentes.

O Vaticano não se pronuncia, por enquanto, sobre os resultados das terapias implementadas para enfrentar a pneumonia do papa Francisco, que já resulta na sua internação mais longa de seu papado; esse 24 de fevereiro é o 11º dia.

Rumores que mencionavam uma carta endereçada aos cardeais do mundo inteiro, convidando-os a se preparar para se dirigir a Roma na perspectiva de um eventual conclave foram categoricamente desmentidas pelo Vaticano.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/02/25/o-papa-descansou-bem-a-noite-toda-afirma-o-vaticano

Uma ferida no jardim

Jardim do Éden (Escola Educação)

UMA FERIDA NO JARDIM

Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo de Teófilo Otoni (MG) 

Todos nós gostamos de visitar, passear e descansar no jardim. Existe um grande jardim nascido do Coração de Deus. Foi ele, o Santo jardineiro quem plantou o jardim do Éden. Ele cuidou de tudo, todos os detalhes foram bem pensados e amados. No meio do jardim ele pôs  uma grande preciosidade:  o homem e a mulher criados a sua imagem e semelhança. Tudo era belo e “Deus viu que tudo era muito bom “ (Gn 1,31). Essa beleza criada gerou poemas que enchem de alegria à vida. O cântico das Criaturas, de São Francisco testemunha esse gênero literário permeado pela fé.  

Lamentavelmente existe uma má inclinação no ser humano, e essa presente no tentador entranhou-se na vida humana. Uma ferida foi aberta na criação. O jardim estava ferido. Essa má inclinação levou ao desordenamento da vida pessoal, familiar e comunitária. Mas, não parou por aí, pois o próprio jardim começou a ser explorado e maltratado. Tudo parecia muito sutil e por isso gastou longo tempo para se perceber que aquele mal destruidor estava presente,  o jardim estava  sendo tomado por uma grande metástase. Gemidos e gritos já vinham sendo ouvidos há muito tempo. Nos últimos tempo da Igreja fez ecoar o planto de Deus,  que olha para o que ele criou e que era muito bom, mas atualmente está sendo descuidado. Por isso  o grande grito agora é para que se cuide da casa comum e da vida que  nela habita, isto é: praticar a ecologia integral. Não há como pensar essa dimensão sem pensar na vida, na natureza que a  envolve e lhe  dá sustento. Não há também como cuidar da natureza sem pensar  no criador que deseja santificação e salvação da obra criada. Quando se pensa em ecologia integral une-se a terra ao céu. Tudo está interligado assim nos disse o Papa Francisco na encíclica Laudato Si.  

A ferida tem se tornado cada dia maior gerando uma crise socioambiental. A exploração do meio ambiente é muito grande e poucos se beneficiam do resultado. A natureza e a vida que nela habita está sendo dia por dia intoxicada e envenenada. Os impactos negativos diante das mudanças climáticas tem dado sinais de que é preciso fazer algo. Os pequenos vão sendo educados dia por dia para cuidarem melhor da casa comum, mas os poderosos aqueles que têm nas mãos a chave do crescimento industrial e da exploração do meio ambiente,  não estão preocupados com essa crescente ferida. 

É verdade que em alguns  ambientes já houve avanços, conscientização e busca de um  desenvolvimento sustentável sem degradar o meio ambiente. Mas,  vale dizer que as cicatrizes da ferida também estão aí bem visíveis e é preciso fazer algo para que elas não avancem. 

Com a campanha da Fraternidade trazendo o tema da ecologia integral a Igreja quer chamar a responsabilidade para se ter um intenso cuidado do resto do jardim que ainda existe. Quando o jardim não mais existir a  vida também não existirá, por isso a Igreja clama por uma conversão integral. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O Papa: em Jesus Cristo somos conservados na esperança que não engana

Audiência Geral de 4 de dezembro de 2024  (Vatican Media)

Na mensagem para a Quaresma deste ano intitulada "Caminhemos juntos na esperança", Francisco recorda que "caminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja. Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários. O Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos".

Vatican News

Foi divulgada, nesta terça-feira (25/02), a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2025 intitulada "Caminhemos juntos na esperança".

"Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma", escreve Francisco, reiterando o convite da Igreja, mãe e mestra, a "preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte". "Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna".

Quaresma enriquecida pela graça do Ano Jubilar

"Nesta Quaresma, enriquecida pela graça do Ano Jubilar", o Papa oferece algumas reflexões sobre "o que significa caminhar juntos na esperança" e evidencia "os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades".

Em primeiro lugarcaminhar. "O lema do Jubileu – “Peregrinos de Esperança” – traz à mente a longa travessia do povo de Israel em direção à Terra Prometida, narrada no livro do Êxodo: a difícil passagem da escravidão para a liberdade, desejada e guiada pelo Senhor, que ama o seu povo e sempre lhe é fiel. Não podemos recordar o êxodo bíblico sem pensar em tantos irmãos e irmãs que, hoje, fogem de situações de miséria e violência e vão à procura de uma vida melhor para si e para seus entes queridos".

De acordo com Francisco, "aqui, surge um primeiro apelo à conversão, porque todos nós somos peregrinos na vida, mas cada um pode perguntar-se: como me deixo interpelar por esta condição? Estou realmente a caminho ou estou paralisado, estático, com medo e sem esperança, acomodado na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação das situações de pecado e falta de dignidade? Seria um bom exercício quaresmal confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes rumo à casa do Pai. Esse é um bom “exame” para o viandante".

Caminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja

"Em segundo lugar, façamos esta viagem juntosCaminhar juntos, ser sinodal, é esta a vocação da Igreja. Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários. O Espírito Santo impele-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro de Deus e dos nossos irmãos, e nunca a fechar-nos em nós mesmos", ressalta o Pontífice. "Caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus; significa caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído. Sigamos na mesma direção, rumo a uma única meta, ouvindo-nos uns aos outros com amor e paciência", escreve o Papa no texto.

De acordo com Francisco, "nesta Quaresma, Deus nos pede que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros, de ouvir, de vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades".

O Papa nos convida a perguntar "diante do Senhor se somos capazes de trabalhar juntos a serviço do Reino de Deus, como bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos; se, com gestos concretos, temos uma atitude acolhedora em relação àqueles que se aproximam de nós e a quantos se encontram distantes; se fazemos com que as pessoas se sintam parte da comunidade ou se as mantemos à margem. Este é o segundo apelo: a conversão à sinodalidade".

Horizonte do caminho quaresmal rumo à vitória pascal

Em terceiro lugar, Francisco nos convida a fazer "este caminho juntos na esperança de uma promessa. esperança que não engana, mensagem central do Jubileu, seja para nós o horizonte do caminho quaresmal rumo à vitória pascal. Como o Papa Bento XVI nos ensinou na Encíclica Spe salvi, «o ser humano necessita do amor incondicionado. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”». Jesus, nosso amor e nossa esperança, ressuscitou e, vivo, reina glorioso. A morte foi transformada em vitória e aqui reside a fé e a grande esperança dos cristãos: na ressurreição de Cristo!"

"Eis o terceiro apelo à conversão: o da esperança, da confiança em Deus e na sua grande promessa, a vida eterna", escreve o Papa, convidando a nos perguntar: "Estou convicto de que Deus me perdoa os pecados? Ou comporto-me como se me pudesse salvar sozinho? Aspiro à salvação e peço a ajuda de Deus para a receber? Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impele a um compromisso com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás?"

Francisco conclui a mensagem, afirmando que "graças ao amor de Deus em Jesus Cristo, somos conservados na esperança que não engana. A esperança é “a âncora da alma”, inabalável e segura. Nela, a Igreja reza para que «todos os homens sejam salvos» e anseia estar na glória do céu, unida a Cristo, seu esposo. Que a Virgem Maria, Mãe da Esperança, interceda por nós e nos acompanhe no caminho quaresmal".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Brasil se une em oração pela saúde do Papa Francisco

Papa Francisco e Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, em 2013  (Vatican News)

De Norte a Sul do país, orações pela recuperação do pontífice, diagnosticado com pneumonia. Os Bispos expressam solidariedade e comunhão com o Santo Padre.

Victor Hugo Barros - Cidade do Vaticano

Internado desde a última sexta-feira (14/02) no Hospital Gemelli, em Roma, o Papa Francisco é acompanhado por católicos de todo o mundo. No Brasil, em diversas regiões do país, iniciativas individuais ou organizadas rezam pela saúde do pontífice.

Sul: a confiança na oração

“Assim como quando Pedro estava na prisão, em Jerusalém, a Igreja se reuniu e rezou por ele e Deus o libertou daquela prisão, daquela cadeia, penso que este momento seja um momento de oração importante pelo Santo Padre, pedindo pela sua recuperação, para que ele possa superar este momento tão difícil, tão complicado da sua vida”, reflete o bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS), Dom Antônio Keller.

Em sua Diocese, localizada no Sul do Brasil, os fiéis acompanham de perto o quadro clínico do Santo Padre. “O sentimento é este sentimento dos filhos quando veem o seu pai doente. Sentimento de angústia, de tristeza, mas de confiança em Deus. Pedimos a Deus que estenda sua mão sobre o Papa”, comenta.

Esta confiança é manifestada também por meio da oração. Diariamente, tanto nas celebrações quanto nas orações pessoais, a saúde de Francisco é sempre recordada.

“As paróquias têm promovido alguns momentos de oração, especialmente nas missas de cada dia. Nós temos aqui o costume das missas de cada dia e o nosso povo tem rezado pelo Papa. Nossas paróquias são pequenas, são paróquias de interior mesmo. Os padres têm um contato direto com o povo e sei que todos eles têm pedido muito para que o povo reze”, assegura Dom Keller.

Diante do Hospital Gemelli, preces pelo Papa Francisco (Vatican News)

Centro-Oeste: uma única intenção

Preces diárias também no coração do Brasil. Na Diocese de Três Lagoas (MS), a preocupação pela saúde do pontífice se transforma em orações pela sua recuperação.

“As pessoas têm procurado sempre, preocupadas com o estado de saúde do Papa. Mas também todos garantindo estar unidos a ele nas preces, nas orações. É um momento bonito da nossa Igreja em que todos, fiéis e pastores, estamos unidos numa única intenção, pedindo para que nosso querido Papa tenha o mais breve e pleno restabelecimento de sua saúde”, contextualiza o bispo de Três Lagoas, Dom Luiz Knupp.

A movimentação espontânea de orações é reforçada pelo bispo. Ele garante que fiéis e sacerdotes estão unidos.

“Tenho pedido que os padres, leigos, que nas suas atividades diárias rezem e coloquem a intenção da recuperação da saúde do Papa Francisco neste momento tão delicado de sua saúde. E certos e confiantes em Deus que Ele fará toda a obra”, afirma o prelado.

Indígena do povo Arapium, em Santarém (PA) (Vatican News)

Norte: comunhão e unidade

A comunhão por meio das orações também está presente no Norte do Brasil. No local, a internet é aliada na hora de pedir para que mais pessoas se unam em oração pelo pontífice.

“Nós estamos unidos em oração, em preces, nas comunidades, nas igrejas situadas nas nossas paróquias, áreas pastorais e comunidades em favor da saúde do Papa Francisco. Também há muita divulgação, neste sentido, nas redes sociais, através dos meios de comunicação também. Há uma união, uma comunhão muito grande em torno do Papa, pela saúde dele”, afirma o Arcebispo de Santarém (PA), Dom Irineu Roman.

De acordo com o religioso, as orações pelo pontífice acontecem em toda a região, demonstrando o amor dos brasileiros ao Santo Padre. “Graças a Deus estamos percebendo também muita comunhão, muita unidade, muita oração pelo Papa Francisco. E vamos continuar rezando, porque o Papa sempre pede ‘reze por mim’. Posso garantir que nós estamos rezando por ele”, sustenta Dom Irineu.

Papa Francisco com os bispos do Ceará, em 12 de maio de 2022 (Vatican News)

Nordeste: preces também de não católicos

Orações feitas também no Nordeste brasileiro. A região, que concentra o maior número de católicos do país - 72,2% segundo o censo do IBGE de 2010 - está unida ao Santo Padre, rezando pela sua saúde.

“Em todas as missas essa intenção tem aparecido. Em todas as celebrações eucarísticas, no momento das preces, esta prece tem sido feita. Nós sentimos como o povo ama o Papa Francisco e assim como Pedro, quando estava preso, o povo orava por ele, assim também o nosso povo do Nordeste, do Brasil, reza hoje pelo Papa Francisco”, analisa o bispo da Diocese de Sobral (CE), Dom José Vasconcelos.

Na última quarta-feira (19), todas as paróquias da Diocese de Sobral rezaram missas pela saúde do Papa Francisco. Dom Vasconcelos afirma, entretanto, que as preces em favor da recuperação do pontífice não se restringem apenas à Igreja.

“Mesmo os não católicos, todos se sentem preocupados porque o Santo Padre é uma referência de bondade, de misericórdia, de amor especialmente para com os pobres, para com os necessitados. E, por isso, o povo brasileiro reza intensamente pela breve recuperação do Santo Padre”, garante o bispo de Sobral.

Papa Francisco reunido com os bispos do estado do Rio de Janeiro, em 03 de outubro de 2022 (Vatican News)

Sudeste: conforto e fortaleza

A intenção também está presente nas preces dos fiéis da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, (RJ) no Sudeste brasileiro. Os moradores da região manifestam seu carinho pelo Papa Francisco rezando pela sua saúde.

“A nossa Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda tem rezado continuamente pela recuperação da saúde do Santo Padre. Colocamos em nossas redes sociais uma oração especial pedindo pela sua pronta recuperação. Nosso povo tem um grande carinho pelo Santo Padre e, com certeza, tem rezado continuamente pelo Santo Padre, para que o Santo Padre, o Papa Francisco, possa retomar as suas atividades”, explica o bispo da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Luiz Henrique Brito.

No coração do povo, confortado pela oração, a apreensão dá lugar à esperança. “O nosso carinho pelo Papa deseja que ele fique muito bem, que ele se recupere prontamente e continue a exercer o seu ministério tão fundamental para a vida de nossa Igreja. E, por isso, desejamos que o Santo Padre se sinta confortado e fortalecido com nossa proximidade e orações e reforçar o quanto o amamos e o queremos bem e disposto para cumprir a sua missão tão fundamental para a vida de nossa Igreja”, atesta Dom Luiz.

CNBB: tempo de oração

Além das iniciativas que acontecem em diversas localidades, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), propôs na última quarta-feira (19), um tempo especial de oração pela saúde do Papa Francisco. Entre as propostas está a inserção de uma prece pelo pontífice nas celebrações.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

São Sérgio

São Sérgio (A12)
24 de fevereiro
Localização: Turquia (Capadócia)
São Sérgio

Este Sérgio, um dos vários santos com o mesmo nome, foi monge e mártir no século IV, e tinha por profissão o trabalho de magistrado antes de se consagrar somente a Deus, num eremitério. Na cidade de Cesaréia da Capadócia (hoje Turquia), o governador Saprício executava as ordens de perseguição à Igreja do cruel imperador Dioclesiano, em 304.

Ordenou então que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens anuais a Júpiter; se não comparecessem e fossem denunciados, seriam presos e condenados à morte. Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado.

 Não houve lembrança de Sérgio, por viver afastado, mas um chamado interior o convidava a ir à cidade. Ali chegando, encontrou um sacerdote pagão invocando as divindades tutelares de Cesaréia diante do templo. Sérgio compreendeu que havia sido chamado por Deus para dar testemunho da Verdade, e diante do povo denunciou a mentira, condenando a crença em falsos deuses, a inutilidade dos sacrifícios a eles direcionados, e a falsidade dos sacerdotes pagãos, passando a anunciar a Boa Novo do Evangelho.

A sua presença fez com que os fogos preparados para os sacrifícios se apagassem; os pagãos atribuíram imediatamente a causa do fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais os “deuses”. Sérgio foi então agarrado pelos soldados e ali mesmo decapitado.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

São Sérgio buscou a verdadeira Justiça, tanto na vida leiga quanto na religiosa, e por isso, na oração e intimidade com Deus, soube apagar os fogos das tentações mundanas que, a ele como a nós, pedem o sacrifício do nosso amor a Deus e o das nossas almas, para que queimem no inferno. Não adianta servirmos aos deuses deste mundo, o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ganância, tendo um brilho fugaz como o dos fogos de artifício, que logo se apaga para sempre, na escuridão infinita onde não estará Deus. Na comunhão pessoal com Deus, o anúncio da Boa Nova é um dever de alegria, que possibilita aos irmãos a firmeza e/ou a conversão à Fé: não há nada melhor que possamos dar ao próximo, se o amamos por amor a Deus.

Oração:

Senhor, Justo e Bom, concedei-nos pela intercessão de São Sérgio jamais resistirmos aos Vossos chamados no interior dos nossos corações, para que cortando radicalmente, como que por uma espada, o pecado das nossas vidas, não fiquemos presos aos templos do mundanismo, e sejamos por Vós agarrados para o Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Antonio Cardoso na Canção e a Prece: "Pra que eu saiba perdoar"

Perdão (Vatican News)

O cantor, compositor e catequista está presente no Programa Brasileiro da Rádio Vaticano todos os domingos com o espaço especial intitulado "A Canção e a Prece". No programa de hoje: “Amai vossos inimigos…”

Vatican News

“Amai vossos inimigos, fazei o bem a quem vos odeia, a todos aqueles que vos odeiam.  Bendizei os que vos amaldiçoam… e agora preste atenção: rezai, rezai muito por aqueles que vos caluniam. A gente sabe o desafio que é viver em família, mas por uma razão muito simples, porque a gente se conhece, sabe a limitação de um, de outro. E quando a gente quer atingir, a gente vai exatamente pelo ponto mais fraco. Mas tem uma coisa que acontece dentro de uma família que a gente precisa aprender e levar para o mundo: a gente se perdoa… pelo menos na maioria das vezes a gente se perdoa…

A CANÇÃO: “Para que eu saiba perdoar" / Autor: Padre Zezinho, SCJ

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2025/02/21/11/138548325_F138548325.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A Cátedra de São Pedro

Papa Francisco (Opus Dei)

A Cátedra de São Pedro

Através de dois mil anos de história, conserva-se na Igreja a sucessão apostólica. E, dentre os Apóstolos, o próprio Cristo tornou Simão objeto duma escolha especial: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Pedro muda-se para Roma e fixa ali a sede do primado, do Vigário de Cristo.

22/02/2025

Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

Mt 16, 17-19

Roma, sede apostólica

Através de dois mil anos de história, conserva-se na Igreja a sucessão apostólicaOs bispos, declara o Concílio de Trento, sucederam no lugar dos Apóstolos e, como diz o próprio Apóstolo (Paulo), estão colocados, pelo Espírito Santo para reger a Igreja de Deus (Act. XX, 28). E, dentre os Apóstolos, o próprio Cristo tornou Simão objeto de uma escolha especial: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Mt XVI, 18). Eu roguei por ti, acrescenta também, para que a tua fé não pereça; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos (Lc XXII, 32). Pedro muda-se para Roma e fixa ali a sede do primado, do Vigário de Cristo. Por isso, é em Roma que melhor se observa a sucessão apostólica, e por isso é chamada a Sé apostólica por antonomásia.

Amar a Igreja, 12

Uma formosa paixão

Contribuímos para tornar mais evidente essa apostolicidade, aos olhos de todos, manifestando com delicada fidelidade a união com o Papa, que é união com Pedro. O amor ao Romano Pontífice há de ser em nós uma formosa paixão, porque nele vemos Cristo. Se cultivarmos a intimidade com o Senhor por meio da oração, caminharemos com um olhar desanuviado que nos permitirá distinguir, mesmo nos acontecimentos que às vezes não compreendemos ou que nos causam pranto ou dor, a ação do Espírito Santo.

Amar a Igreja, 13

Sempre mais ‘romanos’

Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano, porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a amar carinhosamente o Papa, il dolce Cristo in terra, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima.

Amar a igreja, 11

Tens de crescer de dia para dia em lealdade à Igreja, ao Papa, à Santa Sé... Com um amor cada vez mais teológico!

Sulco,353

A todos os povos

Maria edifica continuamente a Igreja, reúne-a, mantém-na coesa. É difícil ter uma devoção autêntica à Virgem e não sentir-se mais vinculado aos outros membros do Corpo Místico e mais unido à sua cabeça visível, o Papa. Por isso gosto de repetir: Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam!, todos, com Pedro, a Jesus por Maria! E, ao reconhecermo-nos parte da Igreja e convidados a sentir-nos irmãos na fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une a toda a humanidade: porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os povos.

É Cristo que passa, 139

Para mim, depois da Trindade Beatíssima e da nossa Mãe a Virgem, vem logo o Papa, na hierarquia do amor. Não posso esquecer que foi o S.S. Pio XII quem aprovou o Opus Dei quando, para mais de uma pessoa, este caminho de espiritualidade soava a heresia: como também não esqueço que as primeiras palavras de carinho e afeto que recebi em Roma, em 1946, me foram ditas pelo então Mons. Montini. Tenho também muito gravado o encanto afável e paternal de João XXIII, de todas as vezes que tive ocasião de visitá-lo. Uma vez lhe disse: "Em nossa Obra todos os homens, católicos ou não, têm encontrado sempre um lugar amável: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade..." E o Santo Padre João ria, emocionado. Que quer que eu diga? Sempre os Romano Pontífices, todos, manifestaram compreensão e carinho para com o Opus Dei.

Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 46

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/cadeira-de-sao-pedro/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF