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quarta-feira, 5 de março de 2025

O que fazer quando você se sentir desiludido(a) com seu casamento

La experiencia de la fé en el matrimonio ha de encajar para bien de los dos.
KieferPix - Shutterstock

Tom Hoopes - publicado em 07/11/22

Procurar aconselhamento é o primeiro passo, mas não o único.

Sentir-se desiludido(a) com o casamento acontece com todos os casais em menor ou maior grau. Um dia você olha do outro lado da mesa para seu cônjuge (ou para o lugar em que seu cônjuge deveria estar, mas não está) e percebe que “o amor se foi”.

 Você é tentado a dizer: “Estamos levando vidas separadas”, “Eu não te conheço mais” ou ainda “Eu acho te amo, mas não gosto mais de você”. 

O que fazer nestas situações? Com certeza você dever procurar aconselhamento. Mas também há outras atitudes a tomar.

1 - Agradeça a Deus pela desilusão

Nós tendemos a pensar que estar “desiludido” é uma coisa ruim. Não é. Pense no significado da palavra "desilusão". Ela nos leva a remover uma ilusão, um erro, uma mentira sobre alguém e, finalmente, nos faz enxergar a realidade.

Isso é exatamente o que os mestres entendem como uma parte natural do amadurecimento e do aprofundamento na vida espiritual. Você começa amando sua ideia de Deus, depois você acaba tendo que aprender a amar o verdadeiro Deus. Você começa amando sua ideia de seu cônjuge. No final, você tem que amar seu verdadeiro cônjuge.

2 - Cumpra seus votos

O primeiro lugar para buscar forças é o sacramento, que nos garante a graça. Comece pedindo a Jesus para te ajudar a cumprir teus votos. Ore: “Jesus, eu tomei (nome) para ser meu/minha (esposo/esposa). Prometi ser fiel nos bons e maus momentos, na doença e na saúde, amar (nome) e honrar (nome) todos os dias da minha vida. Dai-me a graça de dizer 'sim' todos os dias.”

Seu voto é a rocha em que você deve se firmar. Viva-o fielmente, apesar de seus sentimentos - e isso te sustentará.

3 - Fortaleça as coisas que permanecem

O que restou do seu casamento? Viva isso ao máximo. Dedicação aos filhos? Então agradeça ao seu cônjuge pelo que ele faz e ofereça-se para ajudar. Intimidade conjugal? Então viva isso de uma maneira mais centrada no outro. Talvez um pequeno interesse compartilhado por política, esportes, música ou caminhadas? Valorize isso.

É importante lembrar a si mesmo e ao seu cônjuge todas as razões pelas quais você se apaixonou por ele.

4 - Reze

Eu já dei meu testemunho sobre como meu casamento mudou depois que minha esposa e eu começamos a rezar juntos. No nosso caso, fazemos juntos a Liturgia das Horas, mas no final acrescentamos nossas próprias petições. Você pode fazer o mesmo com o Rosário, um terço ou uma pequena oração com seu cônjuge na hora das refeições. 

Mas e se seu cônjuge não rezar com você? Então ore por seu cônjuge e, talvez, no lugar de seu cônjuge. Diga: “Senhor Jesus, fizeste (nome) e eu uma só carne, mas somente eu posso orar a ti agora. Eu oro em nome (dele, dela). Amém."

5 - Descubra a cruz

Os santos místicos chamam isso de “a noite escura da alma”. Já os maratonistas chamam de “bater no muro”. Ou seja: em algum momento, você chega a um ponto de sua vida em que sente que está tentando arrastar um trem morro acima e só pode continuar com muita força de vontade.

Essa é a cruz, e ninguém pode evitá-la!

Ao carregar a cruz e continuar a luta, você descobrirá que ali, uma vez que todas as ilusões se dissipam, você encontra os alicerces da realidade que são a humildade e a obediência de Jesus Cristo. Do outro lado está a ressurreição e a alegria.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2022/11/07/o-que-fazer-quando-voce-se-sentir-desiludidoa-com-seu-casamento

IGREJA: “Só o fato do perdão permite o reconhecimento do pecado”

Um momento da conferência de imprensa, realizada em 7 de março | 30Giorni

Arquivo 30Giorni n. 03 - 2000

“Só o fato do perdão permite o reconhecimento do pecado”

Respostas do Cardeal Joseph Ratzinger às perguntas dos jornalistas durante a conferência de imprensa

No ambiente eclesiástico há dúvidas sobre a eficácia da mensagem que está sendo lançada. Dizem que o nosso é o tempo da superficialidade e da pressa. Muitos crentes não sabem nada sobre teologia. O nosso também é o tempo das simplificações jornalísticas por vários motivos. Os fiéis dizem: «Se a Igreja de hoje se arrepende dos erros da Igreja do passado, a Igreja de amanhã poderá arrepender-se dos erros da Igreja de hoje. Então, que credibilidade devemos dar à Igreja hoje?
JOSEPH RATZINGER: A Igreja de hoje, com este documento, não condena a Igreja do passado; ela reconhece as raízes das suas próprias deficiências do passado, e o faz precisamente para lançar luz sobre a situação atual, sobre a necessidade de se arrepender, de se converter.

A Igreja tem plena consciência de que o pecado se encontra dentro dela e sempre lutou contra a ideia de uma Igreja somente de santos. Sabemos das grandes lutas contra os donatistas, os cátaros, etc. Justamente para nos fazer reconhecer isso, o Senhor está no barco com os pecadores desde o início.
Os Evangelhos também recordam o pecado da queda de Pedro. Esta é uma confissão de pecado repetido, o que deve ter feito Pedro corar. Nós o encontramos no Evangelho de Marcos, que foi inspirado pelo próprio São Pedro, e é a confissão mais dura desse pecado.

Portanto, a Igreja de hoje, com este ato de arrependimento, não diz que o pecado ficou no passado e que somos puros, e depois espera até amanhã que nossos pecados sejam descobertos, mas diz: no coração da Igreja, e sobretudo em mim, encontra-se o pecado, e para que a Igreja seja penetrável pela graça divina, eu mesmo devo abrir-me a esta graça e confessar publicamente que os pecados, já enraizados no passado, constituem o meu presente. Contudo, o Senhor sabe agir e faz o bem, por meio da Igreja. Este pequeno navio sempre será seu, e até mesmo o campo com as ervas daninhas continuará sendo seu. Mesmo que as ervas daninhas sejam muitas, mesmo que a rede contenha peixes ruins e inferiores, ela continua sendo sua. Reconhecer o pecado é um ato de sinceridade por meio do qual podemos fazer as pessoas entenderem que o Senhor é mais forte que nossos pecados.

Vem à mente uma anedota contada sobre o Cardeal Consalvi, Secretário de Estado de Pio VII. Foi-lhe dito: "Napoleão pretende destruir a Igreja". O cardeal responde: "Não conseguirá, nem mesmo nós conseguimos destruí-lo."

Como pode esta grande cerimónia, esta confissão de mea culpa, ajudar também o impulso de ré-evangelização com que se abre o terceiro milénio?
O primeiro dos pecados é a divisão entre os cristãos, por isso, há poucos dias, no Sinai, o Papa reiterou com força a necessidade deste diálogo com os chefes de outras Igrejas e com os teólogos de outras Igrejas para reestudar as formas do ministério papal. Depois de Ut unum sint, o que foi feito em termos concretos para esse diálogo, ou o que será feito para garantir que haja esse diálogo com os chefes de outras Igrejas cristãs, para rever as formas de exercício do ministério papal?

RATZINGER: Provavelmente não sou a pessoa mais competente para responder à segunda pergunta, mas refiro-me imediatamente ao primeiro ponto.

Penso que este ato de purificação da memória, de autopurificação, de abertura à graça do Senhor, que nos impele a agir bem, serve também para nos tornar credíveis diante do mundo.
Todos veem e sabem, mesmo sem a nossa confissão, que fizemos o mal e que somos pecadores, mas também veem que existe o dom do perdão e, portanto, existe uma força de reconciliação que vai além das deficiências permanentes da humanidade.

Penso que a sinceridade desta confissão, a sinceridade em nos apresentarmos não como se fôssemos os grandes heróis do mundo, mas como pessoas de boa vontade, ainda que pecadoras, com a mensagem que não é feita por nós, mas que vem do Outro, pode provocar mais eficazmente as forças de reconciliação de que o mundo, em toda a parte, tanto necessita. Parece-me, portanto, que a dimensão do perdão e da reconciliação, a capacidade de renovação depois de cada pecado, brilha intensamente neste ato. Certamente será um elemento importante da evangelização, que é sempre reconciliação com Deus e entre os homens. Quando os homens se reconciliam com Deus, eles também encontram paz entre si. São Paulo, na segunda carta aos Coríntios, exorta-nos, com o grito do evangelista: «Reconciliai-vos com Deus!»; «Reconciliai-vos com Deus!» ( 2 Cor 5, 20). Este é o sinal de reconciliação oferecido a todos nós. Quanto ao diálogo ecumênico, vimos no Sinai os dois aspectos da situação atual: por um lado, a grande e comovente hospitalidade e amizade dos monges, que nos faz entender que são verdadeiramente pessoas que vivem no espírito de Cristo, e por outro lado, a barreira que, por enquanto, não nos permite rezar juntos com o Papa. Vimos, portanto, a situação atual em seu drama e em suas esperanças.

Posso dizer que tanto o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos como cada uma das conferências episcopais, com os seus instrumentos, fazem todo o possível para manter vivo o diálogo com os irmãos separados e para favorecer o encontro mútuo, onde, juntamente com as memórias do passado, surge o espírito de reconciliação, de que todas as partes têm necessidade; a purificação da memória; a necessidade de um novo começo. Somente com a disposição de nos purificarmos desse passado, daquilo que dissemos uns contra os outros, poderemos nos abrir para uma renovação da reconciliação à qual todos aspiramos.

Penso, portanto, que tanto do ponto de vista institucional como do ponto de vista das pessoas envolvidas, fazemos todo o possível para aderir ao gesto do Senhor de convidar todos para uma mesa comum.

A Tempestade (1633), Rembrandt, Museu Isabella Stewart Gardner, Boston | 30Giorni

Você acha que este documento é mais amplo do que aquele intitulado Nós Lembramos: Uma Reflexão sobre a Shoah ? Aquele documento falava dos pecados dos irmãos e irmãs da Igreja, mas não da Igreja. Você acha que este documento é uma confissão mais ampla? Ratzinger: São dois documentos muito diferentes, tanto em termos de autoridade (era um documento da Santa Sé) quanto em termos de assunto (era voltado para o problema deste passado recente). O documento da Comissão Teológica Internacional, como foi dito, é um documento de teólogos, não do Magistério. Sua finalidade é acompanhar e aprofundar com uma reflexão teológica o fato deste ato de penitência do Santo Padre. Parece-me que é um serviço da comunidade teológica aos cristãos, para que possam ler e interpretar melhor a profundidade e a extensão deste gesto, sem qualquer pretensão de ser completo. Muito mais poderia ser dito, mas ele oferece uma chave para entender melhor as necessidades pastorais da Igreja hoje. 

O temporalismo da Igreja nas formas do passado constitui uma falha? Ratzinger: Falando do chamado temporalismo, eu havia mencionado Dante, que vê de Constantino a Filipe, o Belo, uma cadeia de pecados na aliança com o poder. Geralmente sabemos bem que a relação entre a Igreja que vive no mundo e o poder temporal apresenta problemas e, portanto, sempre implica a possibilidade de posições errôneas, mas, ao mesmo tempo, devemos confessar que a Igreja (e este para mim é o sinal decisivo) sempre permaneceu a Igreja dos mártires (os mártires são, portanto, a verdadeira apologia da Igreja), apesar dos pecados que todos nós conhecemos. A Igreja permaneceu unida ao Senhor crucificado e não se opõe fundamentalmente ao Estado, mas reconhece o Estado. Hoje lemos no Evangelho: “Dai a César o que é de César” ( Mt 22,21). A Igreja sempre reconheceu o Estado como uma ordem necessária a ser respeitada. Ao mesmo tempo, porém, ele também reconheceu que há um limite para o poder imperial mundano, contra o qual a Igreja deve se opor ao testemunho do martírio. Apesar de todas as deficiências ocorridas, a Igreja, por um lado, sempre soube reconhecer os direitos do Estado, mas também sempre teve, com a graça do Senhor, a força para o martírio. Essa dinâmica de pedir perdão, de reconhecer pecados, deve ser acompanhada de perdão. Então, como podemos saber que a Igreja recebe perdão dessa confissão?

RATZINGER: Está na consciência fundamental da Igreja que o Misereator responde ao rito litúrgico do Confiteor . É uma oração que contém a certeza de que se a nossa confissão for sincera o Senhor nos aceita. É a certeza do perdão que permite a franqueza da confissão. Se não há perdão, o que resta? Até o pecado não tem mais explicação e talvez possamos encontrar refúgio na psicanálise para devolver a paz à nossa alma abatida. Parece-me, ao contrário, que só o perdão, o fato do perdão, permite a franqueza de reconhecer o pecado. Além disso, a certeza de que Deus nos perdoa, nos renova, é parte essencial do Evangelho.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa: o melhor remédio para curar a dor de uma família ferida é o perdão

O Vídeo do Papa (Vatican News)

Na mensagem de vídeo com a intenção de oração para o mês de março, dedicada às famílias em crise, o Papa Francisco diz que "na família, cada pessoa é valiosa porque é diferente das outras, cada pessoa é única. Mas as diferenças também podem causar conflitos e feridas dolorosas". Francisco afirma também que "perdoar significa dar uma nova oportunidade. Deus faz isto conosco o tempo todo".

https://youtu.be/0HzEvkQfPgc

Vatican News

Foi divulgada, nesta terça-feira (04/03), a mensagem de vídeo do Papa Francisco com a intenção de oração para o mês de março dedicada às famílias em crise, um tema cada vez mais importante na sociedade atual, na qual, em muitos países, o número de separações e divórcios ultrapassa o de casamentos.

Não existem famílias perfeitas

Portas batendo, gritos em casa diante dos filhos, discussões fortes entre pais e filhos, conflitos entre irmãos e irmãs: O Vídeo do Papa, que acompanha as palavras de Francisco, mostra cenas da vida quotidiana que quase todos nós conhecemos de perto. De fato, todas as famílias têm as suas tristezas e alegrias, os seus momentos de crise:

Todos sonhamos com uma família linda, perfeita. Mas não existem famílias perfeitas. Cada família tem os seus problemas e também as suas grandes alegrias.

Cada pessoa é valiosa

Com frequência, os conflitos têm a sua origem nas diferenças entre os membros da família. Por isso, importa saber respeitar e valorizar cada um, com a certeza de que todos têm alguma contribuição a dar para a união da família.

Na família, cada pessoa é valiosa porque é diferente das outras, cada pessoa é única. Mas as diferenças também podem causar conflitos e feridas dolorosas.

O perdão renova sempre a família

Francisco afirma também que, quando os conflitos provocam feridas profundas, "o melhor remédio para curar a dor de uma família ferida é o perdão".

Perdoar significa dar uma nova oportunidade. Deus faz isto conosco o tempo todo. A paciência de Deus é infinita: Ele perdoa-nos, levanta-nos, faz-nos começar de novo.

Ao dar aos outros uma nova oportunidade, como Deus faz conosco, "o perdão renova sempre a família, permite olhar para o futuro com esperança".

Mesmo quando não é possível o “final feliz” que gostaríamos, a graça de Deus nos dá força para perdoar e traz paz, porque liberta da tristeza e, sobretudo, do ressentimento.

Redescobrir as riquezas de cada um

No entanto, como explica o Papa Francisco na sua Exortação Apostólica Amoris laetitia, "a experiência mostra que, com uma ajuda adequada e com a ação de reconciliação da graça, uma grande percentagem de crises matrimoniais é superada de forma satisfatória. Saber perdoar e sentir-se perdoado é uma experiência fundamental na vida familiar". Quando se ultrapassa uma crise aprende-se "a ser feliz de maneira nova, a partir das possibilidades que abre uma nova etapa".

Rezemos para que as famílias divididas encontrem no perdão a cura das suas feridas, redescobrindo, até nas suas diferenças, as riquezas de cada um.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 4 de março de 2025

Papa Francisco: um olhar sobre a vida do líder religioso através de 6 fatos

Na foto, o Papa Francisco cumprimenta milhares de fiéis reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, enquanto é levado por seu papamóvel para presidir a Via Sacra como parte das Jornadas Mundiais da Juventude realizada em julho de 2013.
Foto de PABLO CUARTEROLO/Secretaria de Cultura da Argentina (CC BY-SA 2.0)

Papa Francisco: um olhar sobre a vida do líder religioso através de 6 fatos

O padre Jorge Bergoglio, nascido na Argentina, adotou o nome Francisco em 2013, após ser eleito pontífice supremo em um conclave da Igreja Católica. Conheça sua trajetória.

Por Redação National Geographic Brasil

Publicado 26 de fev. de 2025, 11:08 BRT

O dia 13 de março de 2013  marcou a data em que o argentino Jorge Mario Bergoglio  – nascido em 1936 – tornou-se o Papa Francisco, o 266º pontífice supremo da Igreja Católica Romana. Como líder religioso, ele promoveu várias reformas na igreja e construiu uma reputação de humildade, afirma a Encyclopaedia Britannica (uma plataforma de conhecimento e educação em inglês).

Santa Sé também reconhece essa característica do religioso ao destacar a “sobriedade de maneiras e o estilo de vida rigoroso, em alguns aspectos quase ‘ascético’” de Bergoglio”, que foi arcebispo de Buenos Aires entre 1998 e 2013.

Em um artigo publicado no jornal “The Conversation”, Mathew Schmalz, professor de Estudos Religiosos no College of the Holy Cross, nos Estados Unidos, e fundador da revista acadêmica “Journal of Global Catholicism” (“Jornal do Catolicismo”), argumenta que o Papa argentino introduziu mudanças profundas na Igreja Católica, além de suas decisões de evitar o uso de vestes elaboradas.

“Ele abriu a Igreja para o mundo Exterior como nenhum de seus antecessores havia feito antes”, enfatiza Schmalz. De acordo com o acadêmico, Francisco “estendeu a mão pessoalmente para os pobres; incentivou uma atitude mais favorável em relação aos católicos gays e lésbicas; e, embora mantivesse que todos os sacerdotes deveriam ser homens, introduziu mudanças que permitiram que as mulheres assumissem vários papéis de liderança”.

“Entre suas realizações mais significativas estão a encíclica papal Laudato si, de 2015, seus esforços para promover a unidade entre católicosos não-católicos e os não-cristãos; e suas históricas desculpas aos sobreviventes de abuso sexual do clero”, continua a fonte enciclopédica.

Desde sua formação educacional até suas declarações mais marcantes, aqui estão 6 fatos sobre o Papa Francisco.

Na foto acima, Jorge Mario Bergoglio aparece em sua época de estudante. Ele está na quarta posição a partir da esquerda, na fileira do meio. O atual Papa estudou química antes de entrar para o sacerdócio.
Foto de Colegio Salesiano Don Bosco de Ramos Mejía Domínio Público

1. Quantos anos tem o Papa Francisco?

Jorge Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936. Portanto, a partir de fevereiro de 2025 ele terá 88 anos. É filho de imigrantes do Piemonte, na Itália, e seu pai, Mario, era contador e funcionário da ferrovia. Já Regina Maria Sívori, a mãe de Bergoglio, era dona-de-casa, como indica o site da Santa Sé. 

Na época de sua posse como Papaem 13 de março de 2013, ele tinha 76 anos de idade.

2. Jorge Bergoglio é um técnico químico e filósofo

Bergoglio frequentou a escola primária e secundária em Buenos Aires e se formou como técnico químico no final do ensino médio. Aos 17 anos, ingressou no seminário diocesano de Villa Devoto, onde iniciou sua formação religiosa. 

Posteriormente, completou os estudos de humanidades no Chile: “em 1963, ao retornar à Argentina, graduou-se em filosofia no Colégio San José, em San Miguel”, informa a Santa Sé. Ele também lecionou literatura e psicologia, cargo que ocupou de 1964 a 1966. Já de 1967 a 1970, estudou teologia e obteve sua licenciatura. Anos mais tarde, na década de 1980, Bergoglio realizou estudos de pós-graduação em teologia na Alemanha.

Sua formação também incluiu o estudo de vários idiomasfrancês, italiano, alemão, inglês, latim e grego, de acordo com um artigo publicado pela Cidade de Buenos Aires.

Aqui, o Papa Francisco se reúne com líderes inter-religiosos na antiga cidade de Ur, no Iraque.
Foto de Moises Saman

3. Aos 21 anos, o futuro Papa Francisco teve parte de um pulmão removido

Na juventude, mais precisamente aos 21 anos, Bergoglio sofreu uma grave pneumonia, o que levou os médicos a remover parte de seu pulmão direito, de acordo com a Encyclopaedia Britannica

Mais recentemente, em fevereiro de 2025, o Papa Francisco foi internado no hospital Gemelli, em Roma, na Itália, para tratamento médico de bronquite que mais tarde evoluiu para pneumonia em ambos os pulmões, informa a National Geographic Espanha.

4. Jorge Bergoglio participou do conclave para eleger Bento 16 

Um fato curioso é que, muito antes de se tornar o sucessor de Bento 16Bergoglio participou do conclave (a reunião do Colégio de Cardeais para eleger um novo Papa) que tornou Joseph Ratzinger o pontífice supremo na época.

Em abril de 2005, o conclave foi realizado para eleger o bispo de Roma para suceder João Paulo 2°, que havia falecido semanas antes. No segundo dia da reunião, Joseph Aloisius Ratzinger foi definido como Papa e adotou o nome de Bento 16.

Entretanto, em fevereiro de 2013o santo padre renunciou, alegando problemas de saúde. Após um novo conclaveBergoglio foi eleito para assumir seu lugar como chefe da Igreja Católica.

Fiéis na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, Argentina, na Santa Missa em Roma em 19 de março de 2013. A multidão de fiéis retratada aqui acompanha atentamente a Santa Missa que está sendo celebrada em Roma pelo Papa Francisco no início de seu Pontificado.
Foto de MARIANA SAPRIZA/GCBA (CC BY 2.0)

5. Jorge Bergoglio tornou-se o primeiro papa jesuíta, o primeiro papa latino-americano e o primeiro a ser chamado de Francisco 

Quando assumiu seu papel de líder religioso mundial, Jorge Bergoglio tornou-se o primeiro Papa originário das Américas e, mais precisamente, o primeiro latino-americano

Ele também é o primeiro pontífice da ordem dos jesuítas – ordem católica romana de religiosos fundada por Santo Inácio de Loyola, conhecida por suas obras educacionais, missionárias e de caridade, e considerada uma força de liderança na modernização da Igreja, de acordo com a Britannica.

Ele também foi o primeiro a adotar o nome Francis (Francisco), “em homenagem a São Francisco de Assis (1181/82-1226), que viveu uma vida de serviço humilde aos pobres, e também lembrando São Francisco Xavier (1506-1552), membro fundador dos jesuítas”, detalha a enciclopédia.

6. O Papa Francisco publicou quatro cartas, uma delas em defesa do meio ambiente

Por definição, uma encíclica é uma carta solene que o Sumo Pontífice dirige a todos os bispos e fiéis do mundo católico. Esses textos oferecem princípios orientadores para os fiéis e os convidam a refletir. Até 2025, Francisco publicou quatro desses documentos.

Em 2015, ele publicou a encíclica Laudato Si'uma carta na qual o Santo Padre pede que se cuide do planeta, que ele chama de “nossa casa comum”, e que se ouça o clamor dos mais pobres. Nela, ele aborda a crise climática e defende a gestão ambiental, descreve a Britannica.

Cinco anos depois, em meio à pandemia do coronavírus, o Papa Francisco publicou uma nova encíclica, desta vez enfatizando a fraternidade e a amizade social. Já na encíclica Dilexit nos, de 2024, explora o amor humano e divino no coração de Jesus Cristo.

Esses textos refletem as profundas transformações que ele introduziu na instituição da Igreja Católica, concluem as fontes. Para Schmalz, “Francisco será lembrado pela maneira como seu pontificado representou uma mudança de poder na Igreja Católica da Europa Ocidental para o sul global, onde a maioria dos católicos vive atualmente”.

Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2025/02/papa-francisco-um-olhar-sobre-a-vida-do-lider-religioso-atraves-de-6-fatos

À cimeira sobre a inteligência artificial

Inteligência Artificial (Opus Dei)

Mensagem do Papa Francisco na cimeira (conferência) sobre a inteligência artificial, que ocorreu em Paris, nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2025.

03/03/2025

Senhor Presidente,
Excelências, ilustres participantes,

Tomei conhecimento da vossa louvável iniciativa de realizar uma cimeira sobre a inteligência artificial, em Paris, a 10 e 11 de fevereiro de 2025. Soube que V. Exa., senhor Presidente, quis dedicar esta cimeira à ação em matéria de inteligência artificial.

Durante o nosso encontro, na Apúlia, no âmbito do G7, tive a oportunidade de salientar a urgência de "garantir e proteger um espaço de controle significativo do ser humano sobre o processo de escolha dos programas de inteligência artificial". De fato, considerava que sem estes mecanismos, a inteligência artificial, embora sendo um novo instrumento "fascinante", poderia mostrar o seu lado mais "tremendo", tornando-se uma ameaça para a dignidade humana (cf. Discurso na sessão do G7 sobre Inteligência Artificial).

Por isso, felicito-vos pelos esforços realizados, com coragem e determinação, para enveredar por um percurso político destinado a proteger a humanidade contra um uso da inteligência artificial que "limita a visão do mundo a realidades expressáveis em números e encerradas em categorias pré-concebidas, excluindo o contributo de outras formas de verdade e impondo modelos antropológicos, socioeconômicos e culturais uniformes". (ibid.); e pelo fato de na cimeira de Paris terdes querido envolver o maior número possível de atores e de peritos numa reflexão que visa produzir resultados concretos.

Na minha última Carta encíclica, Dilexit nos, quis distinguir a categoria dos algoritmos da do “coração”, conceito-chave defendido pelo grande filósofo e cientista Blaise Pascal, a quem dediquei uma Carta apostólica por ocasião do quarto centenário do seu nascimento (cf. Sublimitas et miseria hominis, 2023), para sublinhar que, se os algoritmos podem ser usados para enganar o homem, o “coração”, entendido como a sede dos sentimentos mais íntimos e mais verdadeiros, nunca o poderá enganar (cf. Carta encíclica Dilexit nos, nn. 14.20).

A todos os que participarão na cimeira de Paris, peço que não esqueçam que é apenas do “coração” do homem que provém o sentido da sua existência (cf. Blaise Pascal, Pensamentos). Convido a acolher como axiomático o princípio expresso com tanta elegância por um outro grande filósofo francês, Jacques Maritain: "O amor vale mais do que a inteligência" (Jacques Maritain, Reflexões sobre a inteligência, 1938).

Os vossos esforços, caros participantes, são um exemplo brilhante de uma política sadia que quer inscrever as novidades tecnológicas num projeto que visa o bem comum, para "abrir caminho a oportunidades diferentes, que não implicam frenar a criatividade humana nem o seu sonho de progresso, mas orientar esta energia por novos canais" (Laudato si', n. 191).

Estou convencido de que a inteligência artificial pode tornar-se um instrumento poderoso para os cientistas e os peritos que procuram em conjunto soluções inovadoras e criativas a favor da eco sustentabilidade do nosso planeta. Sem esquecer que o consumo de energia associado ao funcionamento das infraestruturas de inteligência artificial é, em si mesmo, muito elevado.

Já na minha Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2024, dedicada à inteligência artificial, salientei que "nos debates sobre a regulamentação da inteligência artificial, dever-se-ia ter em conta as vozes de todas as partes interessadas, incluindo os pobres, os marginalizados e outros que muitas vezes permanecem ignorados nos processos de decisão globais". (Mensagem para o 57.º Dia Mundial da Paz, 1 de janeiro de 2024). Nesta perspectiva, faço votos que a cimeira de Paris se empenhe na criação de uma plataforma de interesse público sobre a inteligência artificial; e para que cada nação possa encontrar na inteligência artificial um instrumento de por um lado desenvolvimento e por outro de luta contra a pobreza, e de tutela das culturas e das línguas locais. Só assim todos os povos da terra poderão contribuir para a criação de dados, que serão utilizados pela inteligência artificial, representando a verdadeira diversidade e riqueza que caracterizam toda a humanidade.

Este ano, o Dicastério para a Doutrina da Fé e o Dicastério para a Cultura e a Educação colaboraram na redação de uma Nota sobre "Inteligência Artificial e Inteligência Humana". Nesse documento, publicado a 28 de janeiro, foram examinadas diversas questões específicas relativas à inteligência artificial, que a atual cimeira está a abordar, bem como outras que me preocupam particularmente. Para o futuro, espero que os trabalhos das próximas cimeiras, que deveriam dar seguimento à presente, examinem mais detalhadamente os efeitos sociais da inteligência artificial nas relações humanas, na informação e na educação. A questão fundamental, porém, continua e continuará sempre a ser antropológica, ou seja: se "o homem, enquanto homem", no contexto do progresso tecnológico, se tornará "verdadeiramente melhor, isto é, mais amadurecido espiritualmente, mais consciente da dignidade da sua humanidade, mais responsável, mais aberto para com os outros, em particular para com os mais necessitados e os mais fracos". (Carta encíclica Redemptor hominis, n. 15). O nosso desafio último é o homem e continuará a ser sempre o homem; nunca o esqueçamos. Obrigado, senhor Presidente, e obrigado a todos os que contribuíram para esta Cimeira.

Vaticano, 7 de fevereiro de 2025

Francisco

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/a-cimeira-sobre-a-inteligencia-artificial/

Após 112 igrejas vandalizadas, Canadá encerra financiamento para pesquisa sobre túmulos em escolas católicas

Igreja Presbiteriana Grace Atacada Com Tinta Vermelha Em Calgary Foto: Agência Anadolu (Agência Anadolu Via Getty Images)

A comoção global sobre sepulturas sem identificação começou em 2021, quando a Primeira Nação Tk'emlúps te Secwépemc afirmou ter descoberto 215 locais de sepultamento na antiga Escola Residencial Indígena de Kamloops. No entanto, a alegação foi baseada apenas em varreduras de radar de penetração no solo, que detectam perturbações no solo, mas não confirmam a presença de restos mortais humanos. Nos anos seguintes, a alegação foi revisada de "215 sepulturas" para "200 possíveis sepultamentos", sem que escavações trouxessem mais clareza.

(ZENIT News / Ottawa, 01.03.2025).- O governo canadense retirou discretamente o financiamento de um comitê que investigava sepulturas não identificadas perto de antigas escolas residenciais depois que anos de investigações dispendiosas não conseguiram produzir evidências físicas de restos mortais humanos. A  decisão  reacendeu o debate sobre a verdade por trás de uma das narrativas mais politicamente carregadas do Canadá e o papel do governo e das instituições religiosas na história do país.

Milhões gastos, nenhum vestígio encontrado

O Comitê Consultivo Nacional sobre Escolas Residenciais, Crianças Desaparecidas e Enterros Não Identificados (NAC) anunciou em meados de fevereiro que estava “extremamente decepcionado” com a decisão do governo federal de retirar o apoio financeiro. O comitê, que era administrado em conjunto pelo Centro Nacional para a Verdade e Reconciliação e pelo Departamento de Relações Coroa-Indígenas, tinha a tarefa de ajudar as comunidades indígenas a localizar e homenagear crianças que supostamente desapareceram de escolas residenciais.

Apesar de milhões de dólares alocados para a iniciativa, nenhum corpo foi encontrado nas terras associadas a essas escolas obrigatórias do governo, muitas das quais eram administradas por igrejas católica e anglicana. O financiamento inicial para o projeto, orçado para 2022, estava previsto para expirar em 2025, com aproximadamente US$ 216,5 milhões já gastos. Vale ressaltar que os US$ 7,9 milhões gastos em trabalho de campo ainda não produziram nenhuma descoberta física.

A reivindicação de Kamloops e suas consequências

A comoção global sobre sepulturas sem identificação começou em 2021, quando a Primeira Nação Tk'emlúps te Secwépemc afirmou ter descoberto 215 locais de sepultamento na antiga Escola Residencial Indígena de Kamloops. No entanto, a alegação foi baseada apenas em varreduras de radar de penetração no solo, que detectam perturbações no solo, mas não confirmam a presença de restos mortais humanos. Nos anos seguintes, a alegação foi revisada de "215 sepulturas" para "200 possíveis sepultamentos", sem que escavações trouxessem mais clareza.

No entanto, meios de comunicação e figuras políticas ampliaram as alegações iniciais, provocando indignação pública generalizada. Após esses relatos, 112 igrejas, muitas delas servindo comunidades indígenas, foram vandalizadas, profanadas ou queimadas em todo o Canadá, com a maioria dos ataques tendo como alvo igrejas católicas.

A posição de Trudeau e a constante desinformação

Apesar da falta de evidências físicas confirmadas, o primeiro-ministro Justin Trudeau continuou a afirmar publicamente que sepulturas sem identificação foram descobertas. Em junho de 2024, ele reiterou essa afirmação, gerando controvérsia e críticas.

O sistema de escolas residenciais, que funcionou do final do século XIX até o fechamento da última escola em 1996, foi uma iniciativa do governo criada para assimilar crianças indígenas à sociedade ocidental. Embora organizações religiosas, particularmente a Igreja Católica, operassem muitas dessas instituições, as escolas foram estabelecidas e financiadas pelo governo federal.

Mortes trágicas ocorreram dentro do sistema, mas evidências históricas sugerem que muitas crianças sucumbiram a doenças como tuberculose, agravadas pelo financiamento governamental inadequado para assistência médica e saneamento. Um juiz aposentado de Manitoba, Brian Giesbrecht, criticou o governo Trudeau em outubro de 2024, alegando que os canadenses estavam sendo "deliberadamente enganados por seu próprio governo", pois este continuava a promover uma narrativa que culpava injustamente a Igreja Católica por "enterros secretos".

Uma narrativa politizada?

Embora não haja dúvidas de que abusos ocorreram em algumas escolas residenciais, alegações de valas comuns e enterros ocultos permanecem sem comprovação. Os críticos argumentam que as alegações não verificadas alimentaram uma reação anticatólica e minaram a precisão histórica.

A retirada silenciosa do financiamento pelo governo sugere um reconhecimento implícito de que as evidências não sustentam as alegações dramáticas feitas nos últimos anos.

Santuário Cristo Redentor presta homenagem ao Papa Francisco

"Força, Santo Padre!" (Santuário Cristo Redentor)

Santuário Cristo Redentor presta homenagem ao Papa Francisco: “Força, Santo Padre!”

Em um ato de união e fé, o Hallow, maior aplicativo católico do mundo, se junta ao Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor para prestar uma homenagem ao Papa Francisco, que se encontra em tratamento hospitalar. Uma projeção especial no monumento ao Cristo Redentor enviou uma mensagem de força ao Santo Padre.

Este é o início de uma parceria que contará com outras ações ao longo do ano, especialmente durante a Quaresma, momento significativo para a Igreja Católica. A colaboração tem como objetivo fortalecer a espiritualidade, incentivar a oração e criar uma corrente de solidariedade global em apoio ao Papa Francisco, aproximando ainda mais a comunidade de fé.

“Nesse local emblemático, o Santuário Cristo Redentor, um sinal da oração e intercessão a Deus pela saúde do Papa Francisco, assim como em todo nosso país. Toda a Igreja do Brasil unida em oração pela saúde do Papa Francisco. Unidos nós rezamos pedindo ao Senhor para que, cada vez mais, ele vá se recuperando. Precisamos estar muito unidos a este momento tão difícil que ele passa. Nossas orações e nossa unidade”, pediu o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.

A diretora geral do Hallow no Brasil, Stephany Fitch, destacou o início da parceria com o Santuário e falou sobre a importância deste momento de oração: “estamos muito felizes com essa união com o Santuário Cristo Redentor, um símbolo de fé para os brasileiros e para o mundo. Neste momento desafiador para o Papa, nossa comunidade se fortalece na oração, e essa parceria torna a experiência ainda mais especial. Esperamos que essa corrente de fé traga conforto e esperança a todos que se unem a nós”.

O início da parceria está sendo marcado pela homenagem e na promoção de uma vigília, convidando fiéis de todo o mundo a se unirem em oração pelo Papa. A iniciativa será transmitida nas redes sociais do Hallow, criando uma grande rede de intercessão e solidariedade.

A comunidade do Hallow continua a demonstrar o poder da oração e da união, proporcionando um espaço de acolhimento espiritual para milhões de pessoas. A parceria entre o app e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor reforça essa missão, conectando ainda mais fiéis em momentos de fé e esperança.

Sobre o Hallow

O Hallow ajuda as pessoas a aprofundarem seu relacionamento com Deus por meio de orações guiadas em áudio, meditações para o sono, leituras bíblicas, reflexões e músicas. O aplicativo oferece mais de 10.000 sessões, incluindo o Terço Diário, o Evangelho Diário, o Santo do Dia, Novenas, Exames de Consciência, a Bíblia em um Ano.

Com informações Santuário Cristo Redentor

Força: https://www.cnbb.org.br/

Prevost: confiemos o Papa a Maria, que consola aqueles que recorrem à sua ajuda

Oração do Terço - Cardeal Robert Prevost  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Na Praça de São Pedro, pela oitava noite consecutiva, a oração do Terço pela saúde de Francisco.

Vatican News

“Permaneçamos em oração com Maria, Mãe da Igreja, pela saúde do Santo Padre Francisco”. Este é o convite com o qual o cardeal Robert Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos, introduziu na noite desta segunda-feira, 3 de março, na Praça de São Pedro, a oração do Terço pelo Papa, que está internado no Hospital Gemelli desde 14 de fevereiro. No oitavo encontro consecutivo de oração pela saúde do Pontífice, organizado pelo Vicariato da Cidade do Vaticano, o cardeal enfatizou que a Virgem, “Mãe da Santa Esperança, assiste, restaura e consola todos aqueles que recorrem à sua ajuda”, esperando que ela seja também “um sinal de consolação, de esperança segura”.

Fiéis na Praça São Pedro (Vatican Media)

Diante da imagem de “Maria Mãe da Igreja”, colocada no pórtico da basílica vaticana, o prefeito do Dicastério para os Bispos conduziu a oração mariana na presença de cardeais, prelados, sacerdotes, religiosos e religiosas da Cúria Romana e da diocese de Roma e de centenas de fiéis que, desde 24 de fevereiro, às 21 horas de cada dia, se reúnem no abraço do hemiciclo de Bernini para confiar a recuperação de Francisco à intercessão da Virgem.

Após a meditação dos mistérios gozosos e a recitação do “Salve Regina”, e depois da Ladainha Lauretana, o cardeal Prevost invocou Deus para que envie o seu Espírito “para nos ajudar em nossa fraqueza, para que, perseverando na fé, possamos crescer no amor e caminhar juntos até a meta da bem-aventurada esperança”. Por fim, a assembleia entoou o “Oremus pro Pontifice nostro” que se concluiu com a bênção do cardeal.

A oração do Terço na noite desta terça-feira será conduzida pelo cardeal Arthur Roche, prefeito do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Da Vida de São Casimiro, escrita por um autor quase contemporâneo

São Casimiro (Liturgia das Horas Online)

Da Vida de São Casimiro, escrita por um autor quase contemporâneo

(Cap. 2-3,Acta Sanctorum Marti 1, 347-348)

Dispôs de seus tesouros segundo os preceitos do Altíssimo

Uma caridade quase inacreditável, não fingida mas sincera, inflamava o coração de Casimiro no amor de Deus todo-poderoso, pela ação do Espírito divino. E de tal modo este amor transbordava espontaneamente para com o próximo, que não havia alegria maior, nada lhe era tão agradável quanto dar o que era seu e entregar-se inteiramente aos pobres de Cristo, aos peregrinos, aos doentes, aos prisioneiros e aos sofredores.

Para as viúvas, órfãos e oprimidos não era apenas tutor e defensor: era pai, filho e irmão.

Seria necessário escrever uma longa história, se quiséssemos narrar uma por uma as obras de caridade com que demonstrava seu amor para com Deus e os homens.

Dificilmente se poderá descrever ou imaginar o seu amor pela justiça, a sua temperança, a sua prudência, a sua constância e fortaleza de ânimo. E tudo isso, justamente naquela idade da juventude em que os homens costumam ser mais impetuosos e inclinados para o mal.

Lembrava diariamente ao pai o dever de governar com justiça o reino e povos que lhe estavam submetidos. E se, às vezes, ocorria que, por descuido ou fraqueza humana, alguma coisa era negligenciada no governo, nunca deixava de chamar com delicadeza a atenção do rei.

Abraçava e defendia como suas as causas dos pobres e infelizes; por isso o povo se pôs a chamá-lo “defensor dos pobres”. Apesar de filho do rei e de ascendência nobre, nunca se mostrou orgulhoso, no trato ou nas palavras, com qualquer pessoa, por mais humilde e pequena que fosse.

Sempre preferiu estar no meio dos humildes e pobres de coração – dos quais é o reino dos céus – a se ver entre os ilustres e poderosos deste mundo. Nunca ambicionou nem aceitou o poder, mesmo quando o pai lhe ofereceu. Temia, na verdade, que seu ânimo fosse ferido pelo aguilhão das riquezas, que nosso Senhor Jesus Cristo chamava de espinhos, ou pudesse ser contaminado pelo contágio das coisas terenas.

Todos os de casa, seus camareiros e secretários, homens de grande valor, dos quais alguns ainda vivem, que o conheciam por dentro e por fora, afirmam e testemunham que ele viveu e se conservou virgem até o fim de seus dias.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

São Casimiro

São Casimiro (A12)
04 de março
Localização: Polônia
São Casimiro

Casimiro, nascido em Wawel, Cracóvia, na Polônia, com o título de grão-duque da Lituânia em 1458, foi o 13º filho do rei Casimiro IV da Polônia e da rainha Isabel de Habsburgo da Áustria. Todos os seus irmãos e irmãs foram coroados.

De sua mãe recebeu excelente educação e formação espiritual, e desde pequeno buscou a simplicidade, sem se deixar encantar pelo luxo. Os faustos da realeza não o seduziam, e jovem ainda fez voto de castidade, acompanhado de penitências e jejuns, e tão rigorosos que chegaram a afetar a sua saúde. Usava cilício e dormia no chão. Transformou o próprio quarto numa cela, onde dedicava-se à oração, solidão e ascese.

Tinha direito ao trono da Hungria, mas desistiu de reivindicá-lo para evitar disputas. Renunciou à coroa como havia renunciado aos prazeres mundanosDevoto de Nossa Senhora, a Ela consagrou-se, divulgando Suas virtudes.

Contudo, aos 17 anos, auxiliou o pai temporariamente ausente governando a Lituânia, que fazia parte do reino, na qualidade de grão-duque. Atuou com competência, prudência e retidão, ganhando a admiração e afeto do povo. Na volta do rei, preferiu novamente retirar-se do governo. Depois disso, seu pai quis casá-lo, mas Casimiro recusou, preferindo ser fiel ao celibato.

Contraindo uma tuberculose, veio a falecer com apenas 25 anos em Grodno (ou Hrodna), na Bielorrússia, em 4 de março de 1484. Foi sepultado em Vilnius, capital da Lituânia, onde 120 anos depois seu corpo foi constatado incorrupto – nem mesmo as suas roupas haviam deteriorado, apesar da grande umidade do local. Sobre seu peito, estava uma poesia dedicada à Nossa Senhora, com a qual havia pedido para ser enterrado.

 São Casimiro é padroeiro da Lituânia, bem como da sua juventude, e da Polônia.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

“Casimiro” significa “grande no comandar”, e assim fez este santo, no autocomando da sua alma e do seu corpo. De fato, viveu de forma heroica muitas virtudes, especialmente a castidade, ao buscar de forma consciente afastar-se das concupiscências num ambiente onde o luxo e a vaidade estavam presentes. Sua entrega a Maria Santíssima, porém, mostra que em qualquer situação é possível a fidelidade a Cristo, e trocando a saúde do corpo pela da alma, foi capaz de manter a retidão pessoal e para com os demais, familiares, súditos e necessitados.

Oração:

Ó Deus de infinita realeza, concedei-nos por intercessão de São Casimiro a nobreza da alma e do caráter, em especial a fidelidade e apreço da juventude atual para com a castidade santa, de modo a que possamos reinar sobre nós mesmos submissos à Virgem Maria, pela vida de oração e de caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF