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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Solenidade de Corpus Christi

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Um milagre eucarístico do século XIII está relacionado à origem da Solenidade de Corpus Christi, que a Igreja celebra na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, embora em alguns países as igrejas locais decidem movê-la para o domingo seguinte, por uma questão pastoral.

Nesta Solenidade, a Igreja presta à Eucaristia um culto público e solene de adoração, gratidão e amor, sendo a procissão de Corpus Christi uma das mais importantes em toda a Igreja Universal.
A Festa de Corpus Christi surgiu na Diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon. Ela tinha visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
Aconteceu que, em meados do século XIII, Pe. Pedro de Praga, um sacerdote que duvidava da presença de Cristo na Eucaristia, decidiu realizar uma peregrinação a Roma para rogar, sobre o túmulo de São Pedro, a graça da fé. Ao retornar, enquanto celebrava a Missa em Bolsena, na cripta de Santa Cristina, a Sagrada Hóstia sangrou, manchando o corporal.
A notícia chegou rapidamente ao Papa Urbano IV, que se encontrava muito perto, em Orvieto. Ele era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata Cornilon e percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos.
Papa Urbano IV mandou que o corporal fosse levado até ele.  Isso foi feito em procissão e, quando o Pontífice os encontrou na entrada da cidade, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Mais tarde, em 1264, o Papa publicou a Bula Transiturus de hoc mundo, com a qual ordenou que a Solenidade de Corpus Christi fosse celebrada em toda a Igreja na quinta-feira após o domingo da Trindade.
O Santo Padre encomendou a Santo Tomás de Aquino a produção de um ofício litúrgico para a celebração e a composição de hinos, que são entoados até hoje: Tantum Ergo, Lauda Sion.
O Papa Clemente V, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou uma vez mais esta Solenidade e publicou um novo decreto no qual incorporou o de Urbano IV. Posteriormente, João XXII instou sua observância.
A celebração dessa solenidade consta de uma Missa, procissão e Adoração ao Santíssimo Sacramento.
No Brasil, uma tradição que se espalhou pelas cidades do país é a confecção de tapetes para a passagem da procissão. Os desenhos dão ênfase aos temas sobre a Eucaristia, mas a criatividade das comunidades dá um toque especial, com o uso dos mais diversos materiais, como serragem e pedras coloridas, borra de café, flores, areia, entre outros.
ACI Digital

quarta-feira, 19 de junho de 2019

São Romualdo, rejeitado por outros monges, mas acolhido por Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “Amado Jesus Cristo, tu és o maior consolo que existe para os teus amigos”, costumava dizer o abade São Romualdo, fundador dos “Camaldulenses”, que começaram a usar vestes brancas por uma visão que o santo teve.

São Romualdo nasceu em Ravena (Itália) em meados do século X em uma família rica. Foi educado sem formação cristã, deixando-se levar pelas coisas do mundo. Entretanto, às vezes, sentia inquietudes e peso na consciência.
Depois de ver como seu pai matou um homem em um duelo, decidiu ir para um mosteiro beneditino. Pouco a pouco, foi tendo uma vida exemplar, o que irritou e incomodou outros monges e São Romualdo se afastou.
Começou a lidar mais com um monge áspero chamado Marino e assim foi progredindo rapidamente em sua vida de penitência.
Juntos, os dois conseguiram muitas conversões como a do chefe civil e militar de Veneza, o Doge de Veneza, que foi viver em oração e solidão e se tornou São Pedro Urseolo. O pai de São Romualdo também acabou se arrependendo das coisas que tinha feito e se retirou a um convento até a sua morte.
O santo teve que experimentar fortes tentações contra a pureza. O demônio buscava desanimá-lo, fazendo ver que a vida de oração, silêncio e penitência era algo inútil. Nas noites, o inimigo se apresentava a ele com imagens feias e espantosas.
São Romualdo redobrou suas práticas de piedade até que um dia, em meio aos mais terríveis ataques diabólicos, exclamou: “Jesus misericordioso, tenha compaixão de mim”. O demônio, ao ouvir isso, fugiu imediatamente e o santo recuperou a paz.
Depois de muitos sofrimentos e rejeições por parte dos outros monges, em 1012 fundou os “Camaldulenses”. Certo dia, São Romualdo teve uma visão de uma escada na qual seus discípulos subiam ao céu vestidos de branco e, desde então, mudou o hábito preto de seus religiosos por um claro.
O santo profetizou sua morte muitos anos antes e, ao final de sua vida, experimentou êxtases místicos. Partiu para a Casa do Pai em 19 de junho de 1027.
Sobre os “Camaldulenses”, atualmente há duas congregações, a de Camaldoli, integrada à Confederação Beneditina, e a reformada de Monte Corona, fundada pelo Beato Paulo Giustiniani, que restaurou a vida camaldulense em sua forma mais eremita e austera. Estes últimos têm mosteiros na Itália, na Polônia, na Espanha, nos Estados Unidos, na Colômbia e na Venezuela.
ACI Digital

domingo, 16 de junho de 2019

Santíssima Trindade: “ORAÇÃO E VIDA TRINITÁRIA”

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Santíssima Trindade está sempre presente na sagrada liturgia ao longo de todo o ano. Pela centralidade do mistério da Santíssima Trindade na vida e missão da Igreja, na doutrina e na liturgia, dedica-se a ela uma solenidade especial, logo após o término do Tempo Pascal. É uma ocasião privilegiada para cada membro da Igreja e para cada comunidade refletirem, rezarem e, acima de tudo, reavivarem a vida trinitária, que é dom e tarefa. A Santíssima Trindade está sempre presente em nossa vida e na vida da Igreja. Fomos batizados em nome da Santíssima Trindade!
A celebração eucarística inicia-se e termina em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A oração eucarística é concluída com um grande louvor trinitário, dirigindo-se ao Pai, “com Cristo, por Cristo, em Cristo, na unidade do Espírito Santo”.  As principais orações da missa são trinitárias. Nos domingos e solenidades, nós rezamos o “Creio” professando a nossa fé na Santíssima Trindade.
Necessitamos valorizar mais a Trindade Santa em nossas orações e em nosso modo de viver. É importante tomar consciência da importância da Trindade na liturgia, prestando atenção e valorizando mais as referências a ela. Iniciar e terminar o dia, assim como as principais atividades, invocando a Santíssima Trindade dá um sentido maior ao que fazemos e certamente nos leva a realizar nossas ações segundo a vontade de Deus. Contudo, a dimensão trinitária da liturgia e das orações cotidianas se manifesta e se completa no nosso modo de viver.  É preciso que a vida seja trinitária. Sendo a Santíssima Trindade mistério inesgotável de amor e de comunhão, a vida de cada um de nós e de cada comunidade devem ser feitas de amor e de comunhão, especialmente em nosso tempo marcado por tantas situações de egoísmo, divisão e violência. Necessitamos ser pessoas e comunidades trinitárias, à imagem da Santíssima Trindade, glorificando a Deus também pelo nosso modo de viver.
A palavra “mistério” aplicada a Santíssima Trindade não significa algo complicado. Conforme a concepção bíblica,  o “mistério” se manifesta, mas não se esgota. Ele se revela, sendo por nós acolhido e experimentado, mas não se reduz aos limites do nosso pensar e de nosso sentir. A Santíssima Trindade é o mistério do amor infinito de Deus, que sendo um só manifesta-se nas pessoas do Pai Criador, do Filho Redentor e do Espírito Santificador. Este mistério encontra-se revelado na Sagrada Escritura e tem sido transmitido pela Igreja, ao longo de sua história. Por isso, nós cremos no Pai, no Filho e no Espírito Santo, “um só Deus e um só Senhor; não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus”, conforme o prefácio da missa desta solenidade.
Glorifiquemos a Santíssima Trindade com os lábios, o coração e a vida!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Solenidade da Santíssima Trindade, o mistério do amor de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- A Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro, é a Solenidade litúrgica que a Igreja universal celebra hoje.

Em 2013, para explicar a algumas crianças as três pessoas da Santíssima Trindade, o Papa Francisco lhes disse que “o Pai cria o mundo, Jesus nos salva e o que o Espírito Santo faz? Ele nos ama, nos dá o amor”.
O mistério da Trindade não pode ser precisamente entendido porque é um mistério. Santa Joana D’Arc afirmava que “Deus é tão grande que supera a nossa ciência”, portanto, supera o entendimento humano.
Em uma ocasião, Santo Agostinho caminhava pela praia, quando observou uma criança que fazia um buraco na areia. O santo perguntou ao menino o que pretendia fazer e ele respondeu que queria colocar toda a água do mar naquele buraco.
Santo Agostinho, admirado, disse: “Mas você não percebe que é impossível?”. O menino respondeu que “é mais possível colocar toda a água do mar neste buraco do que tentar colocar o mistério da Trindade em sua cabeça”.
O santo irlandês São Patrício, para explicar este mistério, comparava-o com um trevo. Dizia que cada folha é diferente, mas as três formam o trevo, e o mesmo acontece com Deus, onde cada pessoa é Deus e formam a Santíssima Trindade.
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sábado, 15 de junho de 2019

Bem-Aventurada Albertina Berkenbrock, a “Maria Goretti brasileira”

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de junho, a Igreja recorda a Bem-Aventurada Albertina Berkenbrock, uma jovem que foi martirizada por defender a sua virgindade. Por sua história, a menina do sul do Brasil é chamada por muitos de “Maria Goretti brasileira”.

Albertina nasceu em 11 de abril de 1919, em Imaruí (SC). Filha de agricultores, recebeu desde cedo uma formação católica. Aprendeu ainda pequena as orações e rezava com bastante alegria. Participava da vida religiosa de sua comunidade e preparou-se com grandeza de coração para receber a Primeira Comunhão, dia que costumava classificar como o mais belo de sua vida.
Confessava-se com frequência e sempre participava da Eucaristia, da qual gostava de falar. A menina cultivou especial devoção a Nossa Senhora e rezava com intensidade o rosário. Também cultivou devoção ao padroeiro de sua comunidade, São Luís, o que é visto como uma “coincidência providencial”, já que ele é modelo de uma juventude levada com pureza espiritual e corporal.
Foi no dia 15 de junho de 1931 que Albertina, aos 12 anos, deu o seu grande testemunho, perdendo a vida para preservar a sua pureza espiritual e corporal. Naquele dia, obedecendo um pedido de seu pai, a menina foi procurar um animal que estava perdido. No caminho, ela encontrou seu malfeitor, apelidado “Maneco Palhoça”.
A jovem perguntou a ele se sabia onde estava o animal que procurava e o homem lhe indicou uma pista falsa, enviando a menina para o local onde tentou violentá-la. Albertina não se deixou subjugar. Resistiu bravamente e não cedeu.
Derrubada ao chão, a moça se cobriu o máximo que pôde com seu vestido e Maneco, sem conseguir derrotá-la, afundou um canivete em seu pescoço, degolando Albertina. Conforme ressalta o site dedicado à beata, a partir deste momento, “seu corpo está manchado de sangue... Sua pureza e virgindade, porém, estão intactas”.
O homem ainda escondeu o canivete e foi avisar aos familiares da menina que ela tinha sido assassinada, mas desviou-se de possíveis acusações dizendo que outro indivíduo era o culpado.
Jurando inocência, um homem chamado João Cândido chegou a ser preso, acusado injustamente. Entretanto, Maneco não conseguiu esconder por muito tempo seu crime. Segundo consta, o assassino não parava de ir e vir na sala do velório e, ao aproximar-se do caixão, a ferida no pescoço de Albertina começou a sangrar novamente.
Foi então que o prefeito da cidade mandou soltar João Cândido e, com ele, pegou um crucifixo na capela. Os dois seguiram até o velório e a cruz foi colocada sobre o peito da menina morta. Ali, João se ajoelhou e, com as mãos no crucifixo, jurou ser inocente. Conforme os relatos, naquele momento a ferida parou de sangrar.
A essa altura, Maneco Palhoça havia fugido, mas foi preso posteriormente. Ele confessou o crime e deixou claro que Albertina não cedeu à sua intenção de manter relações sexuais com ela porque não queria pecar.
A fama de martírio logo começou a circular entre a população local, pessoas que conheciam a vida de Albertina, sua educação cristã, seu amor à família e ao próximo, bem como seu bom comportamento, piedade e caridade.
Albertina Berkenbrock foi proclamada Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007 pelo Papa Bento XVI.
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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Bem-Aventurada Nhá Chica, a “Santinha de Baependi”

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “É porque eu rezo com fé”, costumava dizer a Bem-Aventurada Francisca de Paula de Jesus àqueles que recorriam a ela. Negra, analfabeta e filha de escravos, Nhá Chica, como ficou conhecida, dedicou sua vida humilde à caridade e é celebrada neste dia 14 de junho.

Francisca de Paula de Jesus nasceu em 1808 em São João del-Rei (MG) e mudou-se com a mãe e o irmão para Baependi, no mesmo estado. Ficou órfão aos dez anos, seu irmão tinha 12 anos, e os dois ficaram sob os cuidados de Nossa Senhora, a quem Francisca logo passou a chamar de “Minha Sinhá”.
Foi de sua mãe que ela recebeu uma grande devoção a Nossa Senhora da Conceição, que carregou ao longo de toda a sua vida. Soube administrar bem tal herança espiritual e ficou conhecida como “mãe dos pobres”.
Nunca se casou, porque decidiu dedicar-se totalmente ao Senhor. Sendo analfabeta, gostava quando alguém lia para ela as Sagradas Escrituras. Não pertenceu a uma organização religiosa e era respeitada por todos que a conheciam, desde o mais humilde dos homens aos mais poderosos de seu tempo.
Sempre atendeu com especial atenção cada pessoa que a procurava, muitos em busca de conselhos, palavras de conforto e oração.
Uma das coisas que se destaca em sua vida é a novena que compôs à Nossa Senhora da Conceição. Do mesmo modo, em honra a Ela, construiu ao lado de sua casa uma pequena igreja, onde venerava uma imagem desta devoção mariana e diante da qual rezava piedosamente por todas as pessoas que se recomendavam a ela.
Em 1954, esta igreja foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor e, atualmente, é o Santuário de Nossa Senhora da Conceição. Ao lado do templo é realizado um trabalho de assistência a crianças carentes que é mantido por devotos de Nhá Chica.
Finalmente, depois de uma vida dedicada à oração e ao serviço aos necessitados, a Santinha de Baependi morreu em 14 de junho de 1895.
Em maio de 2013, em uma histórica cerimônia para a Igreja no Brasil, foi beatificada, após o reconhecido da cura milagrosa de um problema de nascença no coração da professora Ana Lucia Meirelles Leite, o qual, no momento em que ela ia ser operada, foi constatado pelos médicos que havia desaparecido.
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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Santo Antônio de Pádua, o “santo de todo o mundo”

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Em 13 de junho, a Igreja celebra a festa de um dos santos mais conhecidos e venerados no mundo, Santo Antônio de Pádua, também chamado Santo Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu, e que segundo a tradição é invocado para encontrar objetos perdidos, o que se deve a um problema que teve com um noviço, e ainda como o santo casamenteiro, devido à ajuda dada a uma jovem pobre. 

Foi declarado Doutor da Igreja por Pio XII em 1946, ficando conhecido como o “Doutor do Evangelho”.
Santo Antônio nasceu em Portugal em 1195 em uma família nobre. Desde criança, consagrou-se à Santíssima Virgem. Em sua juventude, foi atacado por paixões sensuais, mas com a ajuda de Deus as dominou, encontrando sua força nas visitas ao Santíssimo Sacramento.
Foi admitido nos franciscanos no início de 1221, participou em Assis do capítulo geral da ordem desse ano e, mais tarde, foi enviado para pregar em várias cidades, obtendo um grande êxito na conversão dos hereges.
Como as pessoas procuravam estar perto dele e alguns arrancavam pedaços de seu hábito, foi designado um grupo de homens para protegê-lo após os sermões. Às vezes, pregava em praças e mercados. Bastava sua presença para que os pecadores caíssem de joelhos a seus pés.
Mudou-se para Pádua, onde havia trabalhado anteriormente. Denunciou e combateu o vício da usura, mas gradualmente a saúde de Santo Antônio foi se deteriorando e se retirou para descansar na floresta. Sentindo que sua vida estava chegando ao fim, pediu para voltar para Pádua, mas só chegou aos limites da cidade.
Em 13 de junho de 1231, recebeu os últimos sacramentos, entoou um canto à Virgem e antes de partir para a Casa do Pai, disse sorrindo: “Vejo vindo Nosso Senhor”.
Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, sem que tivesse transcorrido um ano de sua morte. E foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.
Um homem desafiou Santo Antônio a provar que Jesus estava na Eucaristia e deixou sem comer por três dias sua mula. Levou o animal ao templo e mostrou-lhe um pasto fresco, mas a mula escolheu ir com o santo, que estava ao lado com uma hóstia consagrada, e ajoelhou-se.
Santo casamenteiro e dos objetos perdidos
Muitos fiéis recorrem a Santo Antônio quando querem encontrar um marido ou uma esposa. Segundo consta, o título de santo casamenteiro se deve a um episódio, no qual uma jovem pobre teria pedido a bênção do então Frei Antônio porque não conseguia realizar o casamento por causa da baixa condição financeira de sua família, a qual não teria dinheiro para pagar o dote, as vestimentas e o enxoval. O frei abençoou a moça e pediu que confiasse; passados alguns dias, a mulher recebeu tudo o que precisava e conseguiu se casar.
Além disso, o santo é invocado para encontrar objetos perdidos, talvez porque certo dia um noviço fugiu do convento com um saltério que ele usava. Santo Antônio orou para recuperar o seu livro e o noviço se viu diante de uma aparição terrível e ameaçadora que o obrigou a regressar e devolver o que roubou.
Diz-se também que em uma ocasião, enquanto orava, apareceu-lhe o menino Jesus e o santo segurou-o em seus braços e por esta razão, até hoje, é representado sustentando o menino Deus. Santo Antônio é patrono das mulheres estéreis, dos pobres, dos viajantes, dos pedreiros, dos padeiros, entre outros. Devido à sua caridade com os pobres, com frequência se representa Santo Antônio oferecendo pão a indigentes. Santo Antônio também é considerado um dos doutores da Igreja, sendo chamado de “Doutor do Evangelho”, pela riqueza da sua pregação.
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quarta-feira, 12 de junho de 2019

No Dia dos Namorados, o conselho de um sacerdote aos solteiros

Foto referencial. Foto: Pixabay.
REDAÇÃO CENTRAL, 12 Jun. 19 / 06:00 am (ACI).- Nesta quarta-feira, 12 de junho, quando é comemorado no Brasil o Dia dos Namorados, muitos casais publicam declarações e fotos em suas redes sociais; em um dia como este, no ano passado, aproveitando a data, Pe. José Eduardo também decidiu fazer uma postagem, mas para os solteiros.
O sacerdote da Diocese de Osasco (SP), conhecido também pelo seu ativo apostolado através das redes sociais, deixou um conselho aos solteiros, para que não se deixem levar pela pressão gerada por uma data como esta ou pelas cobranças da sociedade, mas sim deixar Deus conduzir suas viras.
“A cobrança em cima dos solteiros é grande – indicou Pe. José Eduardo –, sobretudo num dia como hoje. Parece até que você tem a obrigação de estar com alguém, como se isso fosse por si mesmo sinal de sabedoria e felicidade…”.
O sacerdote recordou, porém, que “ninguém teve mais amores neste mundo que Salomão, o qual escreveu: ‘guarda teu coração acima de todas as outras coisas, porque dele brotam todas as fontes da vida’ (Pr 4,23)”.
Neste sentido, aconselhou: “Viva o seu tempo de solteiro como um momento de plenitude e realização, servindo a Deus e preservando-se de tudo que for nocivo para a sua alma”.
Reforçou ainda que “ninguém casa para ser feliz às custas do outro, mas para fazer o outro feliz às suas custas”.
“Você não precisa de ninguém para lhe completar, mas de alguém que seja sua companhia, um amor para a vida inteira. A ansiedade de encontrar alguém só para não estar sozinho lhe coloca apenas no caminho da defraudação emocional, da qual todo mundo sai com o coração decepado”, sublinhou.
Pe. José Eduardo ressaltou que ninguém pode se culpar “por estar sozinho, até porque você não está só: Deus está ao seu lado, escrevendo-lhe uma história maravilhosa”. Por isso, recomendou: “não o atrapalhe, colocando em sua vida pessoas ingratas, que pisarão em seus sentimentos”.
“E lembre-se: muitas fotos felizes escondem apenas corações doloridos! Que a sua felicidade seja verdadeira e sólida, construída ao longo de anos de paciência e abnegação, não apenas a ostentação vazia de uma alegria fugaz, que serve apenas para o mundo ver”, concluiu, acrescentando a hashtag #FicaADica.
Em diversas partes do mundo, como nos Estados Unidos e na Europa, o Dia dos Namorados é celebrado em 14 de fevereiro, quando se comemora o São Valentim (por isso, é chamado Valentine’s Day), padroeiro dos namorados.
No Brasil, porém, a data de 12 de junho foi instituída por questões comerciais em 1948, quando uma loja queria melhorar o resultado de suas vendas no mês de junho, quando eram fracas.
Por isso, contratou uma agência de publicidade que, baseada nos bons resultados econômicos do Dia das Mães, em maio, instituiu o Dia dos Namorados para o mês de junho.
Já a escolha do dia 12 de junho foi feita por se tratar da véspera do dia de Santo Antônio (13 de junho), conhecido como o santo casamenteiro.
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terça-feira, 11 de junho de 2019

São Barnabé Apóstolo, o “Filho da Consolação”

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Em 11 de junho, a Igreja celebra São Barnabé, apóstolo considerado pelos primeiros Padres da Igreja e por São Lucas devido à especial missão que o Espírito Divino lhe confiou.

Barnabé era apreciado pelos Apóstolos por ser um “homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11,24).
Seu verdadeiro nome era José, mas os apóstolos mudaram para Barnabé, que significa “Filho da Consolação”. Nos Atos dos Apóstolos (At 4) conta-se que vendeu sua propriedade e deu os recursos para os apóstolos, para que fossem distribuídos entre os pobres.
Colaborou bastante com São Paulo e suas pregações converteram muitos. Ambos estiveram por um tempo em Antioquia, lugar que se tornou o centro de evangelização e onde os seguidores de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos.
Os fiéis desta cidade os enviaram a Jerusalém com uma coleta para aqueles que estavam passando fome na Judeia.
O Espírito Santo recomendou aos dois Apóstolos uma missão por meio dos mestres e profetas que adoravam a Deus, receberam a imposição das mãos e partiram acompanhados durante um tempo pelo evangelista São Marcos, primo de Barnabé. Pregaram em vários lugares.
Depois de visitar diferentes cidades, confirmar os convertidos e ordenar sacerdotes, voltaram para Antioquia e, em seguida, foi realizado o Concílio de Jerusalém, no qual se declarou que os “gentios” não tinham o dever da circuncisão.
Para a segunda viagem missionária, Paulo com Silas e Barnabé com São Marcos tomaram caminhos diferentes. Posteriormente, os dois Apóstolos se encontraram novamente nas missões de Corinto.
Diz-se que Barnabé morreu apedrejado por judeus invejosos das conversões que obtinha. Seus restos mortais foram enterrados perto Salamina e encontrado no ano 488. O apóstolo tinha em seu peito o Evangelho de São Mateus, escrito em sua própria mão. Mais tarde, foi transferido para Mancheras (Chipre).
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segunda-feira, 10 de junho de 2019

Hoje celebra-se a memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 10 de junho, segunda-feira após o Domingo de Pentecostes, é celebrada a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, data que foi estabelecida pelo Papa Francisco no início de 2018, por meio de um Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

“Esta celebração ajudará a recordar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”, afirma o documento.
O texto explica ainda que o Papa Francisco decidiu estabelecer esta memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja, “considerando atentamente quanto à promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana”.
O Evangelho de São João narra que, “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’” (Jo 19,25-27).
Com referência a este episódio evangélico, o decreto assinala que a Virgem Maria “aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificado no discípulo amado, como filhos a regenerar à vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na cruz, dando o Espírito”.
“Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe, confiando-a a eles para que estes a acolhessem com amor filial”.
Além disso, continua o texto, “dedicada guia da Igreja nascente, Maria iniciou, portanto, a própria missão materna já no cenáculo, rezando com os Apóstolos na expectativa da vinda do Espírito Santo”.
Segundo o decreto, ao longo dos séculos, “a piedade cristã honrou Maria com os títulos, de certo modo equivalentes, de Mãe dos discípulos, dos fiéis, dos crentes, de todos aqueles que renascem em Cristo e, também, ‘Mãe da Igreja’, como aparece nos textos dos autores espirituais assim como nos do magistério de Bento XIV e Leão XIII”.
Assim, recorda que “o beato papa Paulo VI, a 21 de novembro de 1964, por ocasião do encerramento da terça sessão do Concílio Vaticano II, declarou a bem-aventurada Virgem Maria ‘Mãe da Igreja, isto é, de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima’ e estabeleceu que ‘com este título suavíssimo seja a Mãe de Deus doravante honrada e invocada por todo o povo cristão’”.
Além disso, a Sé Apostólica propôs uma Missa votiva em honra de Santa Maria, Mãe da Igreja, por ocasião do Ano Santo da Reconciliação em 1975. “A mesma deu a possibilidade de acrescentar a invocação deste título na Ladainha Lauretana (1980), e publicou outros formulários na Coletânea de Missas da Virgem Santa Maria (1986). Para algumas nações e famílias religiosas que pediram, concedeu a possibilidade de acrescentar esta celebração no seu Calendário particular”.
Assim, o Papa Francisco “estabeleceu que esta memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no Calendário Romano na Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja celebrada todos os anos”.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF