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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Santa Catarina Labouré

Santa Catarina Labouré (A12)
28 de novembro
Localizção: França (Borgonha)
Santa Catarina Labouré

Catarina Labouré nasceu numa aldeia da Borgonha, França, em 2 de maio de 1806. Nesta numerosa família de pobres camponeses, ela desde os nove anos teve que assumir o cuidado dos irmãos menores, por causa do falecimento prematuro da mãe. Mais tarde, abril de 1930, com permissão do pai, entra no noviciado das Filhas da Caridade, Congregação fundada por São Vicente, voltada para a assistência dos pobres, doentes, crianças e idosos.

Em 19 de julho do mesmo ano, Nossa Senhora lhe aparece a primeira vez; na noite de 27 de novembro, na Sua terceira e última aparição, a Virgem lhe apresenta uma imagem, dizendo: “Manda cunhar uma medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem com fé e devoção receberão grandes graças”. Dois anos depois, após severo inquérito canônico para verificar a autenticidade das aparições, o arcebispo de Paris autorizou a fabricação das medalhas.

Na imagem desta medalha de Nossa Senhora das Graças, raios saem de Suas mãos para a Terra, sendo, segundo a Virgem, “… o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que as pedem”. Só no período de quatro anos, foram cunhadas 20 milhões de cópias, pois, como disse o Papa Pio XII, “...desde o primeiro momento, [esta medalha] foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa.

 Após o noviciado, Irmã Catarina foi enviada a um asilo em Paris, para cuidar dos idosos e doentes. Durante 46 anos trabalhou nos serviços mais humildes e desprezíveis, lavando, cozinhando, limpando os velhos enfermos, sempre com amor. Durante toda a sua vida, ninguém, exceto o seu confessor, soube que ela era a vidente da revelação de Nossa Senhora, fato notabilizado somente após a sua morte em 31 de dezembro de 1876, aos 70 anos de idade.

Seu corpo, exumado em 1933, permanecia incorrupto, mesmo a cor dos olhos; está hoje num caixão de cristal sob o altar das aparições, no Santuário da Medalha Milagrosa, Rue du Bac, Paris. Canonizada, sua festa foi colocada no dia da última aparição, 27 de novembro.

Reflexão:

“Mas, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita” (Mt 6,3). A caridade deve ser praticada sem alarde, sem vanglória, mas somente com o espírito de amor a Deus e ao próximo. Santa Catarina não quis ser conhecida como uma privilegiada de Deus, agraciada com o contato direto e particular da Virgem Maria, nem que o bem praticado no seu trabalho fosse reconhecido e admirado. Ao contrário, tudo o que nela foi exaltado revelou-se quando já não poderia receber nenhum retorno terreno, pois a verdadeira glorificação é obra somente de Deus. Certamente é questão da mais rasa justiça reconhecer o valor do próximo, mas a vaidade pelo que fazemos corretamente contradiz a razão, já que fazer o melhor possível aquilo que devemos fazer é o mínimo diante de Deus; de fato, é Ele mesmo que nos dá as graças, dons e condições sem as quais nada teríamos nem poderíamos fazer. A prática da caridade traz a felicidade e a paz por si mesma, e a recompensa infinita no Céu.

Oração:

Ó Santa Catarina Labouré, escolhida como mensageira da vontade de Nossa Senhora, obtende-nos de Deus servir ao próximo com amor, humildade e constância, e a confiança plena e tranquila nos desígnios do Pai e no favor de Maria Santíssima. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

A alegria do Evangelho: Um chamado para todo cristão

O Papa Francisco durante a Audiência Geral  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 27 de novembro, o Papa Francisco destacou a ‘alegria evangélica’, que se reflete na vida do sacerdote Thiago Henrique Guimarães, que relembra seu encontro com o Pontífice em Aparecida-SP: “Já demonstrava sua alegria nos encontros”.

Fagner Lima – Vatican News

A alegria foi o fruto do Espírito Santo destacado pelo Papa Francisco, na última quarta-feira (27/11), em mais uma catequese dirigida aos fiéis do mundo, direto da Praça São Pedro, no Vaticano. Desde o início de seu pontificado, o Santo Padre recorda da alegria que se deve ter o cristão.

O sacerdote da Arquidiocese de Aparecida, no interior de São Paulo, Thiago Henrique Guimarães, compartilha seu testemunho, ao celebrar cinco anos de ordenação presbiteral, desta alegria fruto do Espírito Santo que brota em sua vida na decisão de seguir a Cristo em sua vocação.

A alegria do cristão

“A alegria deveria ser a marca registrada do cristão”, destaca o presbítero, que recorda de modo particular os discursos do Santo Padre. “O Papa Francisco sempre nos lembra de São Felipe Neri, considerado o ‘santo da alegria’, que mesmo diante das tribulações de sua vida mantinha esse sentimento, não de forma passageira, mas sim de maneira constante em sua vida”.

Ressaltando ainda os desafios do cotidiano, ele pontua que “vemos muitos motivos que sugam nossas alegrias”, porém, encoraja que o cristão “nunca pode perder esse fruto que vem do Espírito Santo. Devemos saber ter nele a centelha que ilumina as sombras que insistem em apagar o brilho de nossa alegria”.

Um sentimento que permanece

Padre Thiago elucida que a alegria que vem do Espirito Santo é permanente: “E ao me referir em ‘alegria’, não estou falando naquela momentânea, efusiva e até mesmo escandalosa. Mas, no sentimento que permanece, que caminha de mãos dadas com a esperança. São como irmãs: alegria e esperança a guiar nossos passos.”

O sentimento desse júbilo vem do encontro pessoal com Cristo, pontua o sacerdote, recordando a figura de Francisco. “Veja nosso Papa Francisco, a alegria que transparece em cada encontro. Porque ali temos uma pessoa que se encontrou com Cristo verdadeiramente e que quer levar este mesmo Cristo aos outros”, fazendo alusão ainda a uma frase da homilia do primeiro Domingo de Ramos de seu pontificado:

“Não sejais nunca homens, mulheres tristes: um cristão jamais pode sê-lo. Nunca vos deixeis vencer pelo desânimo. A nossa alegria não nasce do fato de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus”

Recordando do sucessor de Pedro, o sacerdote compartilha a experiência de seu encontro pessoal com o Papa recém-eleito ainda em 2013: "Nosso querido Papa Francisco, a quem já tive a oportunidade de trocar breves palavras na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, quando ele passou em Aparecida-SP. Já demonstrava sua alegria nos encontros, com os bispos ou autoridades, ou com os cozinheiros e seguranças. Sempre um sorriso, um afago e, dentro da possibilidade do tempo, uma pequena brincadeira”, destacando que essa é a verdadeira alegria do Ressuscitado.

"É aquela 'alegria do Ressuscitado' que proclamamos na Páscoa. É a alegria do 'Cristo Menino na Manjedoura' que iremos anunciar em breve no Natal, alegria que não cabe somente a nós, mas que é proclamada aos demais", complementa.

Alegrai-vos no Senhor

O presbítero conclui, encorajando aos cristãos. “Então, não percamos tempo! Hoje, temos tantas possibilidades de levar a alegria do Evangelho aos nossos irmãos e irmãs”, e compartilhando de sua vida cotidiana, recorda que em pequenos gestos conseguimos anunciar a ‘alegria evangélica’: “Eu mesmo, como dizem alguns amigos, tenho às vezes uma leve sutileza nos assuntos seja pelas mídias sociais ou nos encontros pessoais, para trazer o riso em alguns momentos ainda que mais formais”.

E finaliza, recordando as duas ‘irmãs’: “Sigamos a Cristo com coragem, fé e estas irmãs, esperança e alegria, e assim, testemunhemos seu bonito amor por cada um de nós!”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Conheça o significado dos símbolos da Medalha Milagrosa

Nossa Senhora das Graças (A12)
27 de novembro
Nossa Senhora das Graças

Conheça o significado dos símbolos da Medalha Milagrosa

Ao celebrarmos o Dia de Nossa Senhora das Graças, vamos conhecer um pouco mais da mensagem apresentada em sua medalha milagrosa.

Escrito por Rádio Aparecida

27 NOV 2024 - 07H00 (Atualizada em 27 NOV 2024 - 07H35)

Hoje a Igreja celebra Nossa Senhora das Graças, a Virgem da Medalha Milagrosa. Sua devoção teve início, em 1830, com as aparições da Virgem Maria à Santa Catarina Labouré, na época freira do convento das Filhas da Caridade. Confiando-lhe a missão de mandar cunhar uma Medalha, a Virgem disse à irmã: 

“Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo, disse Nossa Senhora. As pessoas que a trouxerem com confiança receberão muitas graças, sobretudo se a trouxerem ao pescoço.” 

Compreendemos que o título Nossa Senhora das Graças está intimamente ligado à revelação da Medalha Milagrosa. Porém, as graças distribuídas por Nossa Senhora não dependem do uso da medalha e sim de pedir a ela com fé e devoção. Tanto que, em uma de suas aparições, Nossa Senhora se queixou a Santa Catarina Labouré dizendo: “Tenho muitas graças para distribuir…, mas as pessoas não me pedem”.

A medalha e Deus realizou muitos milagres e alcançou muitas graças aos que a utilizam. Mas, o que indicam os símbolos que aparecem na Medalha e qual é a sua mensagem?

#1 Triunfa sobre Satanás 

Na frente da Medalha Milagrosa, aparece a Virgem Maria esmagando a cabeça da serpente que está sobre o mundo: Ela, a Imaculada, tem todo poder em virtude de sua graça para triunfar sobre Satanás.

#2 Evoca o Apocalipse

As doze estrelas da cabeça de Maria e a cor de seu manto mostram a mulher vestida de sol, do Livro do Apocalipse.

#3 Raios das graças

Suas mãos estendidas, transmitindo raios de graça, são sinal de sua missão de Mãe e Medianeira das graças que derrama sobre o mundo e a quem lhes peça.

#4 Sinal da Imaculada

A famosa inscrição “Oh Maria” afirma a Imaculada Conceição da Virgem, manifestada a Santa Catarina nesta aparição em 27 de novembro de 1830, muito antes do dogma ser proclamado em 1854. Do mesmo modo, indica a missão de intercessão da Mãe de Deus, a quem podemos procurar com confiança.

#5 A realeza de Maria

globo, que representa a terra, está sob os pés da Virgem Maria, porque Ela é a rainha do céu e da Terra.

#6 Mãe do crucificado

Na parte de trás da Medalha está a letra “M”, símbolo de Maria e da sua maternidade espiritual. A cruz é o mistério da redenção e sustenta a letra “Yota” do alfabeto grego ou a “I”, que é um monograma do nome “Jesus”. Tudo isso simboliza a Mãe de Cristo crucificado.

#7 A Igreja com os Corações Sagrados

As doze estrelas são um símbolo da Igreja que Cristo fundou nos Apóstolos. Enquanto os Sagrados Corações de Jesus e Maria se referem à devoção que os cristãos devem ter a ambos os corações.

Reze a Oração a Nossa Senhora das Graças

a12 · Rádio Aparecida: Oração a Nossa Senhora das Graças

https://www.a12.com/radio/noticias/conheca-o-significado-dos-simbolos-da-medalha-milagrosa

Fonte: acidigital.com

VIRTUDES CARDEAIS: A prudência é a verdadeira razão prática (II)

Alegoria de três das quatro virtudes cardeais: fortaleza, prudência e temperança (falta justiça), Rafael, Stanza della Segnatura, Vaticano

VIRTUDES CARDEAIS

Arquivo 30Giorni nº. 11 - 2000

A prudência é a verdadeira razão prática

Para Aristóteles, a prudência era a maior virtude do político, a capacidade de ver coisas boas para si e para os outros homens. Para São Tomás, guiou as outras virtudes para o meio-termo dourado. Em vez disso, Kant relegou-o para fora da esfera moral.

por Giovanni Franchi

O declínio da prudência e da filosofia moderna 

A doutrina moral de Tomás de Aquino estabeleceu, como vimos, uma ligação firme entre o trabalho do intelecto e o da vontade: este admirável equilíbrio foi perdido no século XIV com o “nominalismo”. É sobretudo Guilherme de Ockham (ca. 1280-1349) quem contesta a ideia de que a vontade já está em si orientada para o bem, e que portanto as escolhas que o homem faz livremente estão enraizadas numa verdade de razão que as precede. Os “nominalistas” negam, na prática, a ideia de uma “liberdade de qualidade” (entendida como a discricionariedade de tornar ou não um bem cognoscível por meio do intelecto) e afirmam, em vez disso, uma “liberdade de indiferença” ( como simples possibilidade de escolher entre opostos) (13) . A grande fratura entre o intelecto e a vontade, entre a teoria e a prática, que caracteriza a Escolástica tardo-medieval, tem consequências muito importantes que chegam até aos nossos tempos e condicionou o destino de uma virtude como a prudência, cuja tarefa é precisamente mediar entre os dois diferentes esferas. Da “fratura” nominalista surge, de fato, por um lado, a redução “moderna” da prudência à simples “prudência” ou “astúcia” individual voltada à sobrevivência em um mundo hostil, como, por exemplo, no espanhol o jesuíta Baltasar Gracián (1601-1658) (“ Que a circunspecção do prudente concorra com a atenção do observador... ” (14) ); por outro, a sua expulsão do papel de guia das ciências políticas e jurídicas: se Aristóteles tivesse ligado estreitamente a frónhsiw e a política, e Tomás de Aquino tivesse falado especificamente de uma "prudência política" cujo objectivo é o bem da sociedade (15) , o pensamento político moderno , livre do condicionamento dos princípios morais, encontra seu fundamento na voluntarista "liberdade de indiferença" de indivíduos empíricos únicos e pode, assim, dar vida ao direito natural “contratual” (16) . A partir de Thomas Hobbes (1588-1679), ganha cada vez mais espaço uma linha de pensamento que busca estudar a política por meio de um método rigoroso, baseado em princípios matemáticos e das ciências naturais. Assistimos assim à transição da clássica prudentia civilis ou prudentia política à ciência de câmara esclarecida, na qual o trabalho técnico dos governos se torna central para o bem-estar económico e social das nações (17) .

Um verdadeiro “golpe de graça” à virtude da prudência foi infligido por Immanuel Kant (1724-1804) em seus Fundamentos da Metafísica da Moral. Para o filósofo prussiano, o princípio supremo da moralidade é a plena autonomia da vontade individual. Isto é expresso num “imperativo categórico” “a priori”: “ Aja apenas de acordo com aquela máxima através da qual vocês possam juntos querer que ela se torne uma lei universal ” (18) . A Prudência ( Klugheit ), que Kant define como «a capacidade de escolher os meios para o máximo bem-estar» (19) , tem uma natureza "heterônoma", "a posteriori" (ou seja, depende de um fim externo à vontade) , sendo, consequentemente, relegado para fora da verdadeira esfera moral, próximo da simples habilidade técnico-prática (20) . 

A "reabilitação da filosofia prática" e os caminhos para a recuperação da prudência 

O triunfo do Iluminismo e dos princípios positivistas nas ciências morais e políticas coincide com o completo esquecimento da prudência e, mais genericamente, do estudo das virtudes. Somente no final do século XIX houve um retorno parcial à filosofia antiga e medieval: no contexto católico, o Papa Leão XIII fez do pensamento de Tomás de Aquino a doutrina filosófica e teológica oficial da Igreja (encíclica Aeterni Patris , 1879). No entanto, a abordagem ainda fortemente racionalista e dogmática do neotomismo impede um interesse específico pela ética e pela "razão prática": na verdade, foi apenas em 1936 que o filósofo alemão Josef Pieper (1904-1997) dedicou um breve mas importante ensaio sobre a prudência, dentro de uma tetralogia de escritos sobre as virtudes cardeais (21) . Ao mesmo tempo, no contexto “secular”, no início do século XX, especialmente na Alemanha, assistimos a um renovado interesse pelo pensamento antigo, tanto que se falava mesmo de um “neohumanismo alemão” (U. von Wilamowitz-Moellendorff, W. Jaeger, P. Natorp etc.) (22) . Neste contexto Max Scheler (1874-1928) e Nicolai Hartmann (1882-1950) elaboram uma doutrina moral baseada na intuição de "valores" objetivos (23) , enquanto Othmar Spann (1878-1950) fala explicitamente das virtudes como orientação humana para a perfeição (24) .

No entanto, foi depois da Segunda Guerra Mundial que o interesse pela ética antiga e, portanto, também pelo problema das virtudes se desenvolveu de forma mais aprofundada e coerente. Graças aos trabalhos de autores como Leo Strauss (1899-1973), Eric Voegelin (1901-1985) e Hannah Arendt (1906-1975), movimento que tomou o nome de «reabilitação da filosofia prática» (K.-H Ilting, HG Gadamer, J. Ritter, M. Riedel etc.) que se refere ao. frónhsiw de Aristóteles em oposição ao cientificismo marxista e neopositivista (25) . Na França, Pierre Aubenque dedicou um ensaio à prudência em Aristóteles (26) ; na Inglaterra Gertrude Anscombe e Georg H. von Wright, ambos alunos de Ludwig Wittgenstein, em oposição ao modelo "nomológico-dedutivo" dos neopositivistas deram vida a uma lógica baseada no silogismo prático, enquanto nos Estados Unidos, Alasdair MacIntyre, com Depois da virtude (1981) (27) , tornou-se um dos protagonistas da virada na filosofia anglo-saxônica em direção a um renascimento de temas humanísticos e metafísicos. Finalmente, mesmo na Itália, após a longa temporada de neo-idealismo, houve um renascimento do interesse pela filosofia antiga, especialmente com Giovanni Reale, da Universidade Católica de Milão, que com a sua escola tratou principalmente de Platão, e com Enrico Berti , ex-aluno de Marino Gentile e professor em Pádua, atualmente um dos mais importantes estudiosos do pensamento de Aristóteles.

Como, podemos perguntar-nos neste ponto, é possível recuperar plenamente o papel da prudência no método das ciências filosóficas e sociais que ainda não ocorreu? Certamente deverá passar por uma reconsideração da importância das virtudes no contexto de uma antropologia filosoficamente fundamentada. Em segundo lugar, então, também através de uma redescoberta da sua centralidade em toda ação política e social que não renuncia nem a um fundamento racional nem a uma distinção do simples “fazer” da tecnologia: nesta direção eles se moveram nos últimos anos, alguns autores (28) . Além disso, é importante reconhecer a correção lógica do raciocínio prudente, isto é, do silogismo prático, uma correção que agora encontrou amplo reconhecimento como, por exemplo, no próprio Berti (29). Por outro lado, o resultado especificamente prático de tal raciocínio, necessário à vida civil e política dos indivíduos, parece finalmente não poder ser plenamente alcançado por aqueles que, embora em parte estejam na origem da própria "reabilitação" da filosofia prática, como Hans Georg Gadamer, do frónhsiw, acentuou particularmente o momento da “interpretação”, isto é, do questionamento histórico e sempre “aberto” do objeto (hermenêutica), em detrimento de uma obrigatoriedade resposta racional capaz de qualificar a ação e responsabilizar as pessoas pelos seus efeitos (30) . 

Notas: 

13 Sobre isso cf. S. Pinckaers, op. cit ., pág. 444 e segs.
14 Cf. G. Macchia , Os moralistas clássicos , Milão 1989, p. 25 e pág. 261 e segs. e diretamente B. Gracián, Manual oráculo e arte da prudência , Milão 1991.
15 São Tomás de Aquino, A soma teológica , cit., questão 47, artigos 10-12.
16 Só depois da Revolução Francesa Joseph de Maistre pôde ser irónico sobre o conceito de liberdade no Iluminismo: o liberal John Locke identificou erradamente a liberdade com a simples capacidade de agir e com a “vontade livre”; mesmo o seu discípulo Condillac «troca o resultado ou sinal externo da liberdade, isto é, a ação física, com a própria liberdade, que é um facto moral. “Liberdade é capacidade de fazer”! E o que isso significa? Talvez um homem preso e oprimido por correntes não tenha capacidade de ser culpado de todos os crimes, mesmo sem agir? Tudo o que ele precisa fazer é querer." Na verdade, a vontade não pode ser forçada (não seria mais vontade), mas apenas atraída pelo bem ou pelo mal. J. de Maistre, As Noites de Petersburgo , Milão 1986, pp. 315-319.
17 Ver V. Sellin, Política , Veneza 1993, em parte. pp. 57-95.
18 I. Kant, Fundação da metafísica dos costumes , Milão 1995, p. 151.
19 Ibid. , pág. 137. 20 Sobre tudo isso cf. P. Pellegrin, op. cit.
, pp. 1205-1206.
21 Ver nota 8.
22 Assim em E. Berti, Aristotele nel Novecento , Bari 1992, p. 15 e segs.
23 M. Scheler , Der Formalismus in der Ethik und die material Wertethik , Halle 1913-1916; N. Hartmann, Ethik , Berlim 1926.
24 O. Spann, Gesellschaftsphilosophie , Munique 1928.
25 Sobre a “reabilitação da filosofia prática” cf. L. Cortella, Aristóteles e a racionalidade da práxis. Uma análise do debate sobre a filosofia prática aristotélica na Alemanha , Roma 1987; G. Fornero, A reabilitação da filosofia prática na Alemanha e o debate entre "neo-aristotélicos" e "pós-kantianos" , em N. Abbagnano, História da filosofia , vol. IX, Filosofia contemporânea 3 , Milão 1996, p. 195 e seguintes; E. Berti, op. cit ., pág. 186 e segs.
26 Ver nota 2.
27 A. MacIntyre, After Virtue , Milão 1988.
28 Por exemplo, de um ponto de vista tomista, cf. U. Galeazzi, Ética filosófica em Tomás de Aquino , Roma 1990; Id., Introdução a Tomás de Aquino Os vícios mortais , Milão 1996, p. 5 e seguintes; G. Abbà, Lex e virtus. Estudos sobre a evolução da doutrina moral de São Tomás de Aquino , Roma 1983; Id., Felicidade, boa vida e virtude. Ensaio sobre filosofia moral , Roma 1995; Id., Que abordagem para a filosofia moral ? , Roma 1996. 

29 Ver E. Berti, Racionalidade prática entre ciência e filosofia , em Id., Os caminhos da razão , Bolonha 1987, p. 55 e segs. 

30 Veja, por exemplo HG Gadamer, Hermenêutica como filosofia prática , em Id., Razão na era da ciência , Gênova 1999, p. 87 e segs., onde, equiparando filosofia prática e hermenêutica, afirma: «Uma interpretação definitiva seria em si uma contradição. A interpretação está sempre em movimento” (p. 104).

Fonte: https://www.30giorni.it/

Esta é a igreja mais misteriosa do mundo

Esta é a igreja mais misteriosa do mundo (e ninguém sabe como foi construída) — Foto: Getty Images/Claude LeTien

Esta é a igreja mais misteriosa do mundo (e ninguém sabe como foi construída)

Proibida ao público, foi construída no século V sobre uma rocha de 40 metros e é a igreja mais misteriosa do mundo.

Por  Annabelle Dufraigne*

27/11/2024 06h01  Atualizado 27/11/2024

Uma curiosa igreja construída a 40 metros do solo é a igreja mais misteriosa do mundo. “Dirigir pelas belas e sinuosas estradas rurais da remota região de Imereti, no oeste da Geórgia, é uma experiência de viagem muito agradável, mas não imediatamente associada a experiências religiosas. Até você passar por um beco escondido marcado com a placa de uma igreja”, diz a CNN Travel. Dirigindo 200 quilômetros a oeste de Tbilisi, capital georgiana, você é surpreendido por um pico rochoso coroado por uma estranha igreja. No meio deste vale verdejante, o Pilar Katskhi, apelidado de “Pilar da Vida” pelos habitantes da província, surge como uma curiosidade geológica, mas também histórica. Como é que foi construída tão alta e como é que se chega lá? A CNN a chama de “a igreja mais sagrada e isolada do mundo”. Mas qual é a sua história? Envolto de mistério, o santuário ortodoxo só foi descoberto pelos investigadores em 1944, e só foi realmente estudado a partir de 1999, antes de ser finalmente restaurado pelo Estado georgiano em 2009.

A Coluna Katskhi está localizada no vale de um rio no oeste da Geórgia — Foto: Getty Images/Ozbalci

edifício pode parecer pequeno visto de longe, mas na verdade abriga 150 m² de espaço de culto, incluindo uma igreja, uma cripta, celas de eremitério e uma adega. Em 1946, os historiadores conseguiram datar as ruínas de um primeiro recinto religioso antigo, construído no século V (do qual ainda resta uma cruz como testemunho), seguido de uma igreja construída no século XI, no início da Idade Média. Nessa época, os monges viviam no topo do rochedo e veneravam Saint-Maxime com a maior ascese, segundo pesquisas realizadas por historiadores, que descobriram condições de vida muito rudimentares.

Até 2015, o padre georgiano Maxime Qavtaradze morou lá e mandou construir uma nova estrutura. De acordo com o Times of India, o monge refugiou-se aqui na solidão em 1993, depois de ter sido preso por crimes relacionados com drogas. “Ele percebeu que a melhor maneira de se arrepender do seu crime e entrar em contato com Deus era meditar em uma cela solitária no topo do pilar Katskhi”, afirma a mídia indiana. O monge só sai de seu poleiro duas vezes por semana para rezar embaixo com seus discípulos, os mesmos seguidores que todos os dias elevam sua comida até o topo do pilar usando uma roldana.

Só os monges podem subir ao pilar através de uma escada de metal — Foto: Getty Images/Paul Biris

Atualmente, os monges vivem em um mosteiro sob o pilar Katskhi e realizam a sua difícil subida todos os dias, subindo uma escada estreita, durante cerca de 20 minutos. “Diz-se que a peregrinação diária para rezar no topo os aproxima de Deus”, afirma a CNN, que os entrevistou. Até a data, são as únicas pessoas no mundo que podem fazer até, mas as obras de renovação iniciadas em 2009 preveem tornar o local acessível ao público. Ao pé do cume, uma placa indica que é estritamente proibido violar a rocha. Até a nova ordem, as mulheres não estão autorizadas a escalar a rocha; teoricamente, nunca nenhuma mulher pôs os pés no local de culto do cume.

Para os mais curiosos, porém, já é possível chegar ao primeiro nível da rocha, onde se pode meditar em um espaço esculpido na pedra, ou optar pela capela ao pé do pilar, decorada com um teto em arco.

O nome é em homenagem ao São Simeão, um monge que passou 37 anos de sua vida em um pilar semelhante em Aleppo, na Síria. Quanto ao mistério de como a igreja mais alta foi construída e como o pilar foi escalado na Idade Média, continua a ser um mistério, e a investigação continua. Em 2021, o New York Post intitulava: “Ninguém sabe como esta igreja foi construída”. E o mistério permanece intacto.

A igreja de Saint-Siméon abaixo do pilar — Foto: Getty Images/Feng Wei

*Matéria originalmente publicada na AD França

Fonte: https://casavogue.globo.com/arquitetura/edificios/noticia/2024/11/esta-e-a-igreja-mais-misteriosa-do-mundo-e-ninguem-sabe-como-foi-construida.ghtml

Uma breve história do cristianismo: MONGES E EREMITAS (I)

São Martinho, Eremita (Aleteia)

Uma breve história do cristianismo

MONGES E EREMITAS

Por Geoffrey Blainey

    Os primeiros cristãos, em sua maioria, viviam em companhia da família e trabalhavam seis dias por semana. Seu cotidiano  era absolutamente comum. Em 320, porém, um número crescente de cristãos eremitas habitava regiões isoladas da Síria ou vilarejos abandonados perto do rio Nilo.

    Muitos viviam sós, em cavernas ou cabanas simples. Nos domingos, eles se reuniam a outros eremitas para rezar. Em seguida, retornavam a suas moradias com chão de terra batida. Alguns, porém, não suportavam o isolamento; além de se ressentirem da falta de atividade, eram vítimas de ladrões e assassinos. Estes eremitas, então, procuravam comunidades chamadas mosteiros, onde passavam a viver para sempre como monges.

    A disciplina fazia parte do dia a dia dos monges. Vivendo sozinhos ou em grupo, seguiam fielmente regras rígidas e numerosas. Um mosteiro de uma dúzia de homens, por exemplo, sem regras, seria caótico, impraticável. Uma decisão importantíssima era quanto à admissão de novos membros, já que em tempos de carência de alimentos ou agitação popular – ou, ainda, de fervor evangélico – muita gente devia bater às portas dos mosteiros. O ingresso no mosteiro implicava renunciar ao mundo exterior e a todos os seus prazeres, e esquecer o passado.

A VIDA NO MOSTEIRO

    O candidato à admissão devia saber de cor a oração do Pai-Nosso e alguns salmos, além de convencer o superior do mosteiro de que não era um criminoso nem estava fugindo de um antigo trabalho, para começar vida nova. As atitudes e a personalidade do candidato eram cuidadosamente analisadas, para que o espírito do mosteiro não fosse prejudicado pela admissão de monges que levassem para lá o egoísmo do mundo exterior.

O CANDIDATO À ADMISSÃO DEVIA [...] CONVENCER O SUPERIOR DO MOSTEIRO DE QUE NÃO ERA CRIMINOSO.

    
    Umas das primeiras listas de regras foi elaborada por um monge egípcio chamado Pacômio, fundador de um mosteiro em um vilarejo quase deserto, próximo ao rio Nilo, em 323. A regra de número 60, conforme aprovado por Pacômio, instruía os monges a não discutirem questões da vida mundana. As roupas eram lavadas aos domingos, mas sempre em silêncio. Os encarregados de preparar o pão diariamente não podiam conversar durante a tarefa; em vez disso, deviam recitar trechos da Bíblia. Presume-se que outras tarefas diárias, como preparar fibras para a fabricação de cordas ou folhas de palmeira para a fabricação de cestas trançadas, também fossem executadas em silêncio.

     Os peregrinos ou os monges de outros mosteiros que estivessem em viagem eram tratados com generosa hospitalidade. Pacômio considerava as mulheres capazes de perturbar a paz do mosteiro. No entanto, se delas chegasse ao anoitecer, “seria crueldade manda-la embora”. Assim, acomodava-se a viajante em um aposento para hóspedes, separado por um muro ou uma cerca.

     As palavras “convento”, “mosteiro” e “claustro” já tiveram o mesmo significado. “Convento” era sinônimo de mosteiro, mas passou a ser usado para instituições femininas. Atualmente, “claustro” corresponde às arcadas e aleias internas da construção, mas na era medieval designava o prédio inteiro. Na peça Medida por Medida, de Shakespeare, um dos personagens diz: “Hoje minha irmã vai entrar para o claustro.”

     Em épocas de fome e pobreza, o monastério oferecia uma segurança incomum. Era fornecido até um uniforme, em duas versões: de gala e de uso diário. Os 3 mil homens que ocupavam os cerca de nove monastérios administrados por Pacômio usavam uma túnica de linho ou pele de cabra, cinto, lenço no pescoço e um capuz com a insígnia do mosteiro e, às vezes, da seção em que viviam.

    Alguns cristãos concluíram que tanto era possível viver como eremita em uma cabana do deserto quanto junto a uma estrada movimentada. Simeão Estilista, nascido em Cilícia por volta de 390, perto do atual território da Síria, deixou o mosteiro e resolveu construir uma coluna – “stylos” é pilar em grego – e viver sobre ela. A coluna, várias vezes aumentada, chegou a uma altura equivalente a um prédio de seis andares. Alimento, água e mensagens eram enviados a ele, lá de cima. Ano após ano, verão e inverno, ele viveu sobre a coluna, cercado por uma grade de madeira, para evitar uma queda. Pregador cativante e gentil, transmitia uma mensagem duas vezes por dia, quando incentivava os ouvintes a olharem para o céu e “imaginar o reino esperado”, depois que a famosa coluna não estivesse mais habitada.

O CORPO PRECISAVA SER DOMADO, PARA PERMITIR QUE O ESPÍRITO E A ALMA TRIUNFASSEM.

     Simeão Estilista refletia uma tendência à meditação e à mortificação encontrada no cristianismo. Acreditava-se que os apetites do ser humano representassem um perigo. O Corpo precisava ser domado, para permitir que o espírito e a alma triunfassem. Era essa a mensagem transmitida por eles aos que se reuniam à coluna para ouvi-lo.

     Enquanto homens vivendo no alto de colunas atraíram multidões, os monges e os eremitas ficavam ocultos. De início, viviam apenas no Oriente – as palavras “eremita” e “monge” vêm do grego. No ano 400, novos mosteiros foram projetados ou construídos, da Arábia e da Abissínia à França e ao sudeste da Escócia.

     O primeiro mosteiro da Europa só foi fundado em 361, perto de Poitiers, no atual território francês. Martinho, o fundador, era um ex-soldado, e o sucesso foi tal, que ele veio a ser bispo de Tours, em 375. Mais de mil e cem anos depois, em homenagem a ele, uma criança recebeu o nome de “Martinho”. Era Martinho Lutero, que seria o primeiro protestante.

Fonte: Livro "Uma breve história do cristianismo", de Geoffrey Blainey, Editora Fundamento Educacional, págs 77/86, Ano 2012.

São Virgílio

São Virgílio (Templário de Maria)
27 de novembro
Localização: Irlanda/Áustria
São Virgílio

(século VIII)

Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo.

Nasceu na primeira década do século VIII e foi batizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgilio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou.

Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgilio para a Abadia de São Pedro de Salzburg, atual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgilio como bispo daquela diocese.

Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, atuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgilio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgilio participava do mesmo entendimento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzsburg.

Mas Virgílio era homem de fé fortalecida e de vasta cultura, dominava como poucos as ciências matemáticas, ganhando, mesmo, o apelido de ‘o Geômetra’ em seu tempo. Viveu oito séculos antes de Galileu e Copérnico e já sabia que a Terra era redonda, o que na ocasião e em princípio era uma heresia cristã. Foi para Roma para se justificar com o papa, deixou a ciência de lado e abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus como poucos bispos consagrados o fizeram. Revolucionou a diocese de Salzburg com o seu testemunho e converteu aquele rebanho para a redenção de Cristo, aproveitando-se do interesse político do rei.

Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, Virgílio foi consagrado bispo de Salzburg. Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria. Fundou e restaurou mosteiros e igrejas, com isso construiu o primeiro catálogo e crônica dos mosteiros beneditinos.

Morreu e foi sepultado na Abadia de Salzburg, Áustria, em 27 de novembro de 784, em meio à forte comoção dos fieis, que transformaram essa data a de sua tradicional festa. Séculos depois, suas relíquias foram trasladadas para a bela Catedral de Salzburg. Em 1233, foi canonizado, e o dia de sua festa mantido. São Virgílio foi proclamado padroeiro de Salzburg.

Texto: Paulinas Internet

Fonte: https://templariodemaria.com/santo-do-dia-27-de-novembro-sao-virgilio/

“Viver o Jubileu”: livro de Pe. Enzo Fortunato para descobrir a Basílica de São Pedro

Praça São Pedro (Vatican News)

Por ocasião do Ano Jubilar, o diretor do setor de Comunicação da Basílica Vaticana, Padre Enzo Fortunato, lançou um novo livro, para levar o leitor, desde a Via della Conciliazione ao túmulo do apóstolo Pedro, à descoberta do lugar onde o cristianismo nasceu e se estruturou como Igreja.

Vatican News

Padre Enzo Fortunato, coordenador da Jornada Mundial da Criança e diretor do setor de Comunicação da Basílica Papal de São Pedro, apresenta-nos, por ocasião do Ano Santo, sua última obra, já nas livrarias com o título “Viver o Jubileu: um itinerário espiritual na Basílica de São Pedro” (Edições São Paulo, 2024), como ele mesmo explica: “O Jubileu convida-nos a redescobrir o valor da interrogação, como instrumento de conversão e renovação, bem, como os lugares santos, com a sua beleza e sacralidade, que nos recordam que somos peregrinos nesta terra. Façam das suas interrogações, uma ponte para o divino, e dos lugares santos, uma etapa preciosa da sua peregrinação espiritual”.

Trata-se de uma viagem à descoberta do lugar, onde o Cristianismo se estruturou como Igreja e onde cada etapa corresponde a um capítulo do livro: a avenida da Conciliação, que leva à Praça São Pedro e à colunata de Bernini, símbolo de acolhimento e abraço; a passagem pela Porta Santa, lugar de decisão, limiar e alegoria da conversão, que, uma vez atravessada, purifica e muda integralmente quem a atravessa. No entanto, nada seria possível sem a Graça, ali representada pela estátua de Nossa Senhora, que segura Cristo morto nos braços: a Pietà (‘Piedade’) de Michelangelo. Por fim, a estátua do apóstolo São Pedro e seu túmulo são lugares que representam um caminho e celebração. Pedro também foi a Roma de longe, depois de uma longa e árdua viagem. Quem visita seu túmulo se reconhece nele e no seu caminho. A basílica, a maior igreja do mundo, foi construída sobre o túmulo do apóstolo Pedro, sinal da celebração da glória de Deus e da sua Palavra.

Não poderíamos deixar de fazer uma referência à Bula, que proclama o Jubileu, “Spes non confundit”, como explica o Padre Fortunato: “Ela é um convite a redescobrir e abraçar a virtude teologal fundamental: a esperança, descrita como força regeneradora do espírito humano e guia seguro no caminho da vida".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 26 de novembro de 2024

VIRTUDES CARDEAIS: A prudência é a verdadeira razão prática (I)

Alegoria de três das quatro virtudes cardeais: fortaleza, prudência e temperança (falta justiça), Rafael, Stanza della Segnatura, Vaticano | 30Giorni

VIRTUDES CARDEAIS

Arquivo 30Giorni nº. 11 - 2000

A prudência é a verdadeira razão prática

Para Aristóteles, a prudência era a maior virtude do político, a capacidade de ver coisas boas para si e para os outros homens. Para São Tomás, guiou as outras virtudes para o meio-termo dourado. Em vez disso, Kant relegou-o para fora da esfera moral.

por Giovanni Franchi

A cultura moderna habituou-nos agora a numerosos paradoxos: um dos mais marcantes é certamente o “ético”: apesar de ter se tornado o fulcro do universo desde o Renascimento e a revolução científica, o homem esqueceu-se de saber se ele próprio e os modos de com que ele se relaciona com o mundo e com seus pares. Perante os crescentes desafios da “globalização” (culturais, económicos, tecnológicos, etc.) e os riscos que tal processo acarreta (políticos, ambientais, biológicos, etc.), ele é literalmente incapaz de agir. Esta condição é o resultado final de uma concepção filosófica e, num sentido mais geral, cultural, que visava alcançar o bem do homem e da comunidade através do instrumento das ciências naturais: segundo tal doutrina, de facto, o " desenvolvimento” e “progresso” só são alcançáveis ​​através do conhecimento empírico da relação causa-efeito entre os objetos, da extrapolação de certas regularidades a partir dela, da formulação de leis e do uso destas para projetos de transformação econômico-social em que a esfera da ação individual perde-se ou, quando muito, torna-se marginal. Deste modo, no nosso século chegámos ao fenómeno macabro dos regimes “totalitários” em que alguns homens, em nome de uma suposta verdade científica, conseguiram planear o extermínio sistemático de outros homens, julgando necessário alcançar um bem futuro.

Nos últimos cinquenta anos, a civilização do capitalismo mundial esteve, no entanto, longe de estar livre de tais perigos: a ideia de que o bem, a salvação, vem do conhecimento rigoroso, domina de uma forma cada vez mais convencida. As novas descobertas científicas e tecnológicas alimentam imediatamente o potencial de um sistema económico em que o homem está na maior parte do tempo destinado a desempenhar o papel de simples intermediário das solicitações mercantis que o comprometem mecanicamente e apenas nas esferas menos conscientes e elevadas do seu ser. . As grandes conquistas da ciência não garantem por si mesmas a plena dignidade do homem porque não têm em conta a dimensão mais específica das suas ações, ou seja, a moral, que implica a capacidade de bem deliberar, ou seja, de fazer tão pessoalmente, com responsabilidade. Este é o reino da prudência.

As origens: phrónesis em Aristóteles

A necessidade de um tratamento autónomo do tema da boa deliberação, ou seja, da prudência, faz-se sentir desde os tempos da filosofia grega clássica. Em controvérsia com o seu professor Platão (427-347 a.C.), Aristóteles (384-322 a.C.) foi o primeiro dos pensadores ocidentais a distinguir explicitamente a ciência da moralidade (1) . Na Ética a Nicômaco, o Estagirita afirma que o objetivo do homem é a felicidade; ele afirma que existem duas fontes diferentes de felicidade: aquela dada pela contemplação e aquela que, ao contrário, é típica da vida em comum com outros homens. A conquista da felicidade consiste na realização do pressuposto ontológico específico inerente à alma humana: a boa ação, isto é, a virtude, consiste nesta “conclusão”. Existem, portanto, dois tipos distintos de virtudes: as "dianoéticas", que dizem respeito às verdades incontestáveis ​​da razão (os "universais"), e as "éticas", que, pelo contrário, têm a ver com a realidade humana, com o que é bom . ou direito para isso e, portanto, não conseguem alcançar o rigor do primeiro. Entre as virtudes dianoéticas, Aristóteles coloca o intelecto que consiste na intuição dos primeiros e indemonstráveis ​​princípios da razão, a ciência que diz respeito ao procedimento lógico da razão e da sabedoria, a união harmoniosa dos dois primeiros; entre as virtudes éticas, porém, encontramos justiça, coragem, liberalidade, etc. Aristóteles acredita que para adquirir virtudes éticas não é necessário ser sábio: o importante é ser educado, ao longo do tempo, no bom comportamento, ou seja, na busca do “meio certo” entre o excesso e o defeito. Neste contexto fica evidente como a convivência, a comunicação e a tradição se mostram necessárias para a formação do homem virtuoso. Mas qual é a relação entre virtudes dianoéticas e éticas? O Estagirita dá implicitamente uma resposta a tal questão através do conceito de phrónesis (2): esta é, de facto, a virtude que faz a mediação entre o nível da teoria e o da prática e, portanto, desempenha um papel central na sua antropologia e na sua doutrina moral. Segundo o pai da escola peripatética, frónhsiw é uma virtude dianoética, isto é, teórica, mas dotada de uma natureza muito particular: embora ligada aos “universais”, dirige-se igualmente à realidade contingente, aos “particulares”, que podem ou não existir, e sobre o qual só é possível decidir. A prudência é, portanto, uma virtude intelectual que tem a ver com deliberação: “prudente”, afirma Aristóteles, é “ser capaz de deliberar bem sobre coisas boas e vantajosas” (3) . Mas o que significa deliberação? Na Ética a Nicómaco há um silogismo “prático” que nos pode ajudar: a lei universal que constitui a premissa maior: «As carnes leves são saudáveis ​​para o homem», deve ser seguida pela premissa menor: «As carnes de aves são leves», para então poder tirar a conclusão: «A carne de aves é saudável para os humanos». Ora, Aristóteles observa que aqueles que conhecem a lei universal (a natureza saudável das carnes leves), mas são desprovidos de conhecimento do particular (a identificação das carnes de aves como carnes leves) não chegarão a nenhuma conclusão sobre o que concretamente é saudação; aqueles que, pelo contrário, ignoram a lei universal e conhecem apenas a particular (a natureza leve e, portanto, saudável da carne de aves) ainda estão em vantagem (4) .

Outro ponto da análise aristotélica, ainda hoje muito importante para nós, é a comparação entre frónhsiw, por um lado, e política e produção técnica, por outro. Para o Estagirita, a política e a frónhsiw, embora diferentes em essência, visam ambas a esfera das coisas humanas: por esta razão ele rejeita o ideal platônico do rei-filósofo - que pressupõe a identificação da sabedoria e da política - e tece, em vez disso, o elogios a uma figura histórica, Péricles, e a todos aqueles frónimoi que são " capazes de ver as coisas que são boas para eles e as que são boas para os homens... tais são os homens que governam casas e cidades ” (5) . Por fim, destaca-se a diferença entre a produção frónhsiw e a produção técnico-artística. Enquanto a ação que caracteriza a primeira tende apenas para si mesma (a virtude não reside, de fato, num fim para além dos meios, mas, precisamente na forma como esse fim é alcançado), o “fazer” técnico, por outro lado, visa a criação de um objeto independente, destinado a separar-se de quem o cria. 

Prudência da antiguidade à filosofia de Tomás de Aquino 

Foi com Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) que o conceito de frónhsiw foi traduzido pela primeira vez para o latim como prudentia (6) . No tratado Dos Deveres, a prudência distingue-se da sabedoria, mas juntamente com esta última é incluída, com a justiça, a fortaleza e a temperança, entre as quatro virtudes principais, fontes de todos os deveres, segundo um modelo já presente em Platão (7) . Na antiguidade tardia, os Padres da Igreja deram a estas quatro virtudes o nome de “cardeais” (Santo Ambrósio), ao lado de outras três virtudes, chamadas “teológicas” (fé, esperança, caridade), que representam um dom da graça divina. Um novo interesse pela virtude da prudência coincide com o renascimento do estudo de Aristóteles no Ocidente, no século XIII: Santo Alberto Magno (1205-1280) trata disso, mas não conhece o VI livro do Nicômaco A Ética (8) , e sobretudo São Tomás de Aquino (1225ca.-1274), que dedicou um tratado ao tema na Summa theologiae , e alguns considerações importantes em seu comentário à Ética a Nicômaco (9) . Com Tomás podemos afirmar que a definição “clássica” de prudência encontra plena acomodação. Para compreender o papel central que a prudência desempenha na ética de Tomás, devemos levar em consideração a concepção que ele tem da escolha e, portanto, da liberdade humana. Para Tomás de Aquino, assim como para Aristóteles, o homem possui duas faculdades espirituais que é capaz de direcionar para o bem: o intelecto (para o bem teórico) e a vontade (para o bem prático): a terceira, representada pelos sentidos, porém, permanece fora do escopo de “ética”. A escolha, afirma Tomás, é própria da vontade que - como já vimos - em si já está orientada para o bem. Mas para escolher corretamente, a vontade necessita do intelecto que deve “iluminá-la”, julgando o que deve ser feito e o que, em vez disso, deve ser evitado: tal “iluminação moral” que Tomás chama de sinderese (10) . A escolha é, portanto, um todo de intelecto e vontade. Esta união passa pelo “juízo prático”, isto é, por aquela atividade da razão que é capaz de mediar entre a regra geral e o conhecimento do caso particular e que é, precisamente, a prudência (11) . Definida, portanto, como a “razão certa para agir” ( recta ratio agibilium), a prudência também é considerada o “cocheiro das virtudes” porque, embora não tenha fim próprio, tem a tarefa fundamental de direcionar todas as demais virtudes para o “meio certo” (12) . 

(...)

Notas: 

1 Na Politeia Platão identifica prudência com sabedoria: cf. Platão, Politeia , IV, 427 d- 429 a. 

2 A origem do termo frÄnhsiw nos levaria longe: basta lembrar que, ainda nos poemas homéricos, o substantivo plural frÄnew indica uma parte do corpo, o diafragma, na qual o homem é atingido por "impressões vivas". Progressivamente, o novo adquire uma conotação ética, aproximando-se da ideia de uma percepção imediata do que é sensato fazer. Veja B. Snell , O caminho do pensamento e da verdade. Estudos sobre a língua grega das origens , editado por G. Calboli, Ferrara 1991, p. 63 e seguintes; ver também Id., Cultura Grega e as Origens do Pensamento Europeu , Torino 1963, p. 226 e segs. e M. Detienne-J.-P. Vernant, A astúcia da inteligência na Grécia antiga , Bari 1999. No panteão grego é Atenas quem encarna a phrónesis. Assim Walter F. Otto: «A verdadeira Atenas não é um ser impulsivo nem um ser contemplativo. Ele está igualmente distante de ambas as naturezas... seu espírito claro não é razão pura. Representa o mundo da ação, mas não da ação impensada e primitiva, embora da reflexão, etc. » (WF Otto, Os deuses da Grécia. A imagem do divino refletida pelo espírito grego , Milão 1968, pp. 76-77). On frónhsiw em Aristóteles, cf. P. Aubenque, La prudence chez Aristote , Paris 1963. Em geral, sobre a ética na filosofia antiga, cf. O. Gigon, Problemas fundamentais da filosofia antiga , Nápoles 1983. 

3 Aristóteles, Ética a Nicômaco , VI, 1140 a, 25. 

Ibid. , VI, 8, 15-20. Para Aristóteles, portanto, a frónhsiw «dirige a ação; consequentemente, ele deve possuir ambos os conhecimentos, ou de preferência aqueles relativos aos detalhes." Os "particulares" que o frónhsiw percebe não são apenas dados sensíveis (ainda permanece uma forma de razão), mas semelhantes ao que é definido como "sensíveis comuns": como a percepção deste triângulo específico com respeito à ideia em si de triângulo. Veja o comentário de M. Zanatta sobre Ética a Nicômaco , Milão 1996, vol. II, pág. 919. Sobre o silogismo prático, cf. também Aristóteles, op. cit ., VII,1147 a., e o comentário de Zanatta ed. cit ., pp. 947-948.
5 Aristóteles, op. cit. , VI, 1140 b, 5-10. Em geral, sobre o pensamento político de Aristóteles cf. L. Strauss-J., História da filosofia política , Gênova 1993, vol. Eu, pág. 219 e seguintes; E. Voegelin, Ordem e História - A filosofia política de Aristóteles , editado por GF Lami, Roma 1999.
Prudentia é uma forma contratada de providentia , ou seja, a capacidade de ver antecipadamente. Ver P. Pellegrin, Prudence , em Dictionnaire d'éthique et de philosophie morale , Paris 1996, p. 1201 e segs. 

7 Cícero, Sobre deveres , Livro I, V, VI, XLIII. 

8 Ver Alberto Magno, Il bene , editado por A. Trabocchia Canavero, Milão 1987, tratado IV, La prudenza , p. 473 e segs. 

9 Sobre o pensamento de Tomás de Aquino cf. B. Mondin, O sistema filosófico de Tomás de Aquino , Milão 1992; S. Vanni Rovighi, Introdução a Tomás de Aquino , Bari 1996; A. Campodonico, Integritas - metafísica e ética em St. Thomas , Fiesole 1996; C. Fabro, Introdução a São Tomás. Metafísica tomista e pensamento moderno , Milão 1997. Para uma leitura da prudência à luz do pensamento de Tomás, cf. o ensaio agora "clássico" de Josef Pieper (1936): J. Pieper, La prudenza , Brescia-Milano 1999. 

10 Uma diferença importante entre Aristóteles e Tomás reside precisamente nisto: enquanto para o pai da escola peripatética os fins da ação pertencem ao mundo das opiniões, em Tomás eles estão necessariamente ligados ao conhecimento absoluto. Isto pode ser visto na crítica de Thomas à distinção aristotélica entre um intelecto “possível” que conhece coisas necessárias e outro que conhece coisas contingentes. Em vez disso, Tomás de Aquino afirma que o intelecto é um e que a verdade necessária e a verdade contingente "têm uma relação entre elas que é a do perfeito para o imperfeito no gênero da verdade". São Tomás de Aquino, Comentário à Ética a Nicômaco de Aristóteles , Bolonha 1998, vol. 2, pág. 16.
11 Sobre tudo isso cf. S. Pinckaers, As fontes da moralidade cristã. Método, conteúdo, história , Milão 1992, p. 444 e segs.
12 São Tomás de Aquino, A soma teológica , Bolonha 1984, vol. XVI, Prudência , questão 47, artigos. 6-7, pp. 232-236.

Fonte: https://www.30giorni.it/

São Leonardo de Porto Maurício

São Leonardo de Porto Maurício (A12)
26 de novembro
Localização: Itália (Porto Maurício)
São Leonardo de Porto Maurício

Nascido em 1676, em Porto Maurício, na Itália, estudou no Colégio Romano, e entrou para a Ordem Franciscana, onde foi ordenado sacerdote. Frei Leonardo passou muitos anos como superior de conventos franciscanos em Florença e Roma, a partir de onde organizou, em 40 anos, mais de 340 missões populares, em 85 dioceses.

Como pregador popular, foi um dos maiores oradores sacros do século XVII: os Papas Clemente XII e Bento XIV assistiram várias vezes às suas pregações, declarando não terem conhecido orador mais eloquente e zeloso, e Santo Afonso Maria de Ligório, seu contemporâneo, dizia que ele era o maior missionário daquele século. Uma característica da sua pregação era levar os fiéis a uma grande devoção à Paixão e Morte de Cristo, por meio do exercício da Via-Sacra.

Realizou a primeira cerimônia penitencial com a Via-Sacra no interior do Coliseu, no Ano Santo de 1750, gesto que evitou que este monumento fosse destruído, já que a atividade tornou-se uma tradição; até hoje os Papas ali fazem a Via-Sacra na Sexta-Feira da Paixão. O Coliseu antipaticamente lembrava a morte e perseguição dos cristãos, mas Frei Leonardo dizia que o seu martírio havia santificado o local.

Outra devoção que propagava era a do Sagrado Coração de Jesus, por meio de horas de Adoração Eucarística. E, durante as missões, para obter a conversão dos pecadores, oferecia vários sacrifícios, como dormir no chão, jejuar e mortificar duramente o corpo. Ainda permanecia o dia todo no confessionário, sem se alimentar ou descansar.

 Faleceu aos 26 de novembro de 1751, com 75 anos de idade, em Roma, tendo sido visitado em seu leito de morte pelo Papa Bento XIV, que muito o admirava.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Revisão e acréscimos: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

O zelo por levar o Evangelho a todos é parte integrante da dimensão apostólica de todo batizado, e São Leonardo de Porto Maurício cumpriu exemplarmente esta tarefa através, principalmente, das suas missões populares. Mas nem todos têm esta sua mesma vocação específica, por isso o anúncio da Boa Nova também pode e deve ser feito em qualquer circunstância da vida normal, através da coerência e exemplo de obediência aos Mandamentos. Maria, por exemplo, realizou o maior de todos os apostolados, sendo simples dona de casa.

Oração:

Ó Sagrado Coração de Jesus, que arde de infinito amor por nós e por nossa salvação, dai-nos a graça de, por intercessão do Vosso incansável missionário São Leonardo de Porto Maurício, sempre zelar fervorosamente pelas nossas obrigações apostólicas, nas ações e palavras do cotidiano, e em qualquer circunstância da vida. Por intercessão de Vossa Mãe Santíssima. Amém.

Fonte: 
https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF